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Liberalismo polítco

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Liberalismo Político
Profderly@gmail.com
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O LIBERALISMO POLÍTICO
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HISTÓRICO DO LIBERALISMO CLÁSSICO
Na história européia e das Américas o liberalismo se implantou de forma diversa.
Enquanto o absolutismo triunfa na França, a Inglaterra sofre as revoluções lideradas pela burguesia, que visam limitar a autoridade do rei.
As conquistas burguesas exigem do rei, a convocação regular do parlamento, sem o qual ele não pode fazer leis ou revogá-las, cobrar impostos ou manter exército.
No Novo Mundo, ocorre a Independência dos Estados Unidos, enquanto outros movimentos são duramente reprimidos, como as Conjurações Mineira (1789) e Baiana (1798), no Brasil.
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CONCEITO DE LIBERALISMO
Liberal: conjunto de ideias éticas, políticas e econômicas da burguesia, em oposição à visão de mundo da nobreza feudal.
Em um primeiro momento os burgueses apóiam a formação das monarquias nacionais porque necessitam do Estado forte, a burguesia passa em seguida a reivindicar sua própria autonomia ao se fortalecer.
O pensamento burguês passa a separar Estado e sociedade, reduzindo ao mínimo a intervenção do Estado na vida de cada um.
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CONCEITO DE LIBERALISMO
O liberalismo pode ser entendido pelo menos sob três enfoques: o político, o ético e o econômico.
O liberalismo político constitui-se contra o absolutismo real, e busca nas teorias contratualistas a legitimação do poder, com o consentimento dos cidadãos.
Aperfeiçoamento das instituições de voto e da representação.
Autonomia dos poderes e a limitação do poder central.
O liberalismo inicia elitista (restrita aos cidadãos de posse) e amplia-se a partir de pressões externas.
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CONCEITO DE LIBERALISMO
O liberalismo ético supõe o prevalecimento do estado de direito, que rejeita o arbítrio, as lutas religiosas, tortura, penas cruéis.
Garantia dos direitos individuais, como liberdade de pensamento, expressão e religião.
O liberalismo econômico se opõe inicialmente à intervenção do poder do rei nos negócios.
Fisiocratas: 
“laissez-faire, laissez-passer le monde va de lui-même”.
“deixem fazer, deixem passar, que o mundo anda por si mesmo”.
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CONCEITO DE LIBERALISMO
Essas idéias são desenvolvidas pelos economistas ingleses Adam Smith (1772-1823) e David Ricardo (1772-1823), na defesa da propriedade privada dos meios de produção e de uma economia de mercado baseada na livre iniciativa e competição.
O Estado mínimo (não-intervencionista) seria viável porque o equilíbrio pode ser alcançado pela lei da oferta e da procura (a “mão invisível” do mercado).
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A TEORIA POLÍTICA DE LOCKE
John Locke (1632-1704), filósofo inglês, era médico e descendia de burgueses comerciantes.
Ensaio sobre o entendimento humano: defende o empirismo (Teoria do Conhecimento).
Dois tratados sobre o governo civil: torna-se o teórico da revolução liberal inglesa. 
Suas ideias fecundam todo o século XVIII, dando o fundamento filosófico das revoluções liberais ocorridas na Europa e nas Américas.
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ESTADO DE NATUREZA E CONTRATO
Locke parte da concepção pela qual os indivíduos isolados no estado de natureza se unem mediante contrato social para constituir a sociedade civil.
Apenas o pacto torna legítimo o poder do Estado.
Os indivíduos buscam o pacto para visar a segurança e a tranquilidade necessárias ao gozo da propriedade, afinal cada um é juiz em causa própria.
Segue o jusnaturalismo convencido de que os direitos naturais humanos subsistem para limitar o poder do Estado.
Direito à insurreição: o poder é confiado aos governantes e se estes não visarem o bem público, o poder é oferecido a outrem.
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SOCIEDADE CIVIL E A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PODER
Na sociedade civil (ou política) o poder está fundamentado nas instituições políticas.
O poder político deve garantir e tutelar o livre exercício da propriedade, da palavra e da iniciativa econômica.
O poder legislativo é o poder supremo, ao qual deve se subordinar tanto o executivo quanto o poder federativo (encarregado das relações exteriores).
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O CONCEITO DE PROPRIEDADE
Locke enfatiza que os indivíduos abandonam o estado de natureza para preservar a propriedade.
Propriedade é tudo o que pertence ao indivíduo: sua vida, sua liberdade e seus bens.
O corpo é a primeira coisa que a pessoa possui: todo indivíduo é proprietário de si mesmo e de suas capacidades.
O trabalho de seu corpo é propriamente dele – o trabalho dá início ao direito de propriedade em sentido estrito (bens, patrimônio).
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O CONCEITO DE PROPRIEDADE
Todos são proprietários ao menos de sua vida, de seu corpo, de seu trabalho.
Contradições: 
O direito à ilimitada acumulação de propriedade produz um desequilíbrio na sociedade, criando um estado de desigualdade.
O discurso de que todos são cidadãos, por serem proprietários, é ambíguo, pois Locke considera que só os que possuem fortuna podem ter plena cidadania, em virtude de interesse em preservá-las.
O liberalismo defende uma igualdade que passa a ser somente formal, pela impossibilidade de existir realmente.
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O ILUMINISMO
Kant: somente nesse período o ser humano atinge a maioridade e confia na capacidade racional, recusando qualquer autoridade arbitrária.
Exalta a ciência e deposita esperança na técnica, instrumento capaz de dominar a natureza.
A razão é a fonte de progresso material, intelectual e moral, o que leva à crença e à confiança na sua perfectibilidade.
Pela razão universal, o ser humano teria acesso à verdade e à felicidade.
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MONTESQUIEU: A AUTONOMIA DOS PODERES
Desenvolve a teoria da separação dos poderes: “só o poder freia o poder”.
Cada poder, legislativo, executivo e judiciário, devem manter-se autônomos e constituídos por pessoas diferentes.
Seu pensamento foi apropriado pelo liberalismo burguês, mas ele próprio era um aristocrata liberal.
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ROUSSEAU E O CONTRATO SOCIAL
Busca legitimar o poder no contrato social.
Distingue os conceitos de soberano e governo, atribuindo ao povo a soberania inalienável.
Em seu livro Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, cria a hipótese segundo a qual os indivíduos viviam um estado em natureza, sadios, bons, felizes, cuidando de sua própria sobrevivência.
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ROUSSEAU E O CONTRATO SOCIAL
O surgimento da propriedade privada, com uns tendo que trabalhar para os outros, gera escravidão e miséria.
O indivíduo que surge da desigualdade é corrompido pelo poder e esmagado pela violência.
O contrato social, para ser legítimo, deve ter o povo reunido sob uma só vontade.
Deve se originar do consentimento necessariamente unânime.
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ROUSSEAU E O CONTRATO SOCIAL
Cada associado abdica de seus direitos, sem reserva, em favor da comunidade.
“Pelo pacto, o indivíduo abdica de sua liberdade, mas como ele próprio é parte integrante e ativa do todo social, ao obedecer à lei, obedece a si mesmo e, portanto, é livre”.
Na qualidade de povo incorporado, mantém a soberania.
Soberano é o corpo coletivo que expressa, por meio da lei, a vontade geral.
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ROUSSEAU E O CONTRATO SOCIAL
A soberania do povo é inalienável, isto é, não pode ser representada.
Toda lei não-ratificada pelo povo é nula.
Os magistrados que constituem o governo apenas executam as leis.
Preconiza a democracia direta ou participativa.
Como soberano, o povo é ativo e considerado cidadão.
Mas exerce uma cidadania passiva, na qualidade de súdito.
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A VONTADE GERAL
Antes deve-se distinguir:
Pessoa pública – cidadão ou súdito.
Pessoa privada – vontade individual que geralmente visa uma vontade egoísta e a gestao de bens particulares.
Vontade de todos: soma das decisões baseadas nas vontades individuais.
“O interesse comum não é o interesse de todos, no sentido de uma confluência dos interesses particulares, mas o interesse de todos e de cada um enquanto componente do corpo coletivo e exclusivamente nesta qualidade”.

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