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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PSICOLOGIA
CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA - UNIP
PROJETO DE INTERVENÇÃO
CENTRO EDUCACIONAL MABEL - CEM
Estagiárias:
Professora Supervisora: Ms. Janaina Moraes Magalhães
Goiânia, junho de 2017
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PSICOLOGIA
CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA
PROJETO DE INTERVENÇÃO
CENTRO EDUCACIONAL MABEL - CEM
Estagiárias:
Professora Supervisora: Ms. Janaina Moraes Magalhães
Projeto de Intervenção no Centro Educacional Mabel – CEM, apresentado ao Centro de Psicologia Aplicada (CPA) da Universidade Paulista como requisito parcial para conclusão do estágio Supervisionado Intervenção à Queixa Escolar, sob orientação da Professora Supervisora Ms. Janaina Moraes Magalhães.
Goiânia, junho de 2017
RESUMO
Palavras chaves: 
Introdução
Atualmente, a psicologia tem ampliado as formas de produção de conhecimento e atuação profissional em psicologia escolar. A psicologia escolar pode ser entendida como uma área de produção de conhecimento e atuação profissional que possui como lócus de ação o processo de escolarização, focando-se na escola e nas relações que nela se estabelecem. 
Tendo em conta a demanda de profissionais da psicologia e da comunidade em geral para o atendimento psicológico de crianças e adolescentes cuja queixa tem origem em questões escolares, Beatriz de Paula Souza e Cintia Copit Freller, psicólogas da equipe do Serviço de Psicologia Escolar da USP, desenvolveram uma abordagem de atendimento a qual denominam de Orientação à Queixa Escolar.
O trabalho de Orientação à Queixa Escolar parte de uma perspectiva crítica, dialética, que enfatiza a importância dos fatores sociais na constituição dos sujeitos. Nesse sentido, à queixa escolar é compreendida como um emergente de uma rede de relações que envolvem a criança, a família e a escola.
Portanto, o objeto de estudo é essa rede de relações e o objetivo do trabalho é movimentar tal rede para que se caminhe no sentido do desenvolvimento de todos os segmentos envolvidos. Trata-se de uma abordagem que parte de uma determinada concepção da natureza e da gênese da queixa escolar, entendida como aquela, que tem em seu centro, o processo de escolarização. Trata-se de uma rede de relações que emergem as dificuldades escolares: criança/adolescente, a escola, e a família.
Nosso objeto de investigação/intervenção atua nesta rede, avaliando a relação entre si e como estão se desenvolvendo. Considerando que um momento é construído ao longo de uma história que lhe dá sentido, conhecer e problematizar tal história inclui-se necessariamente no atendimento (Souza, 2007).
D. Winnicott indica-nos que a intervenção no ambiente concreto – e não apenas em suas representações no universo simbólico do indivíduo – faz parte do âmbito da ação terapêutica. O ambiente não se restringe ao universo familiar, mas inclui outros grupos e instituições com participação importante na formação e desenvolvimento do psiquismo. A escola costuma ser um destes: exerce função estruturante da subjetividade, que forma não apenas nas fases precoces do desenvolvimento, e é pleno de potencialidades terapêuticas e também patologizantes. Daí a importância de o psicólogo fazer do ambiente um objeto de intervenção, em seu trabalho focado na pessoa em sofrimento que o procura. (Souza, 2007).
Entendemos a queixa escolar como um fenômeno entretecido nas tramas institucionais e relacionais vivenciadas nas escolas e na sociedade. Tal concepção direciona nossa intervenção junto aos que passam por dificuldades de escolarização, a outros participantes significativos da produção e manutenção de tais queixas (geralmente pais e a escola) e nas relações entre essas pessoas. 
As queixas escolares segundo Souza (2007), são muitas vezes investigadas a partir de dificuldades intelectuais e afetivas, localizadas nas próprias crianças e em suas famílias. Desconsideram-se assim, as transformações que o contexto atual gera no ambiente escolar e também os fatores escolares envolvidos na produção de tais queixas.
Entendemos que processos interventivos que visem colaborar para uma superação das queixas escolares que não seja meramente adaptativa (portanto, conservadora) devem abarcar o maior número possível de pessoas que fazem parte significativa da trama que produz e mantém ou aprofunda as dificuldades e sofrimentos apresentados, com vistas a problematizar e ressignificar o processo de escolarização, a saber, as pessoas pertencentes aos contextos escolar, familiar e social do adolescente em questão. 
O projeto tem como tema especifico---------------------------------------------------------------, onde será trabalhado com crianças na faixa etária de nove anos. Dentre algumas teorias, a de Jean Piaget (1896-1980), será referência neste projeto, acreditamos que a mesma não foge à regra, na medida em que ela busca, como as demais, compreender o desenvolvimento do ser humano. Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento (Furtado, 1999). São eles:
1º período: Sensório-motor              (0 a 2 anos)
2º período: Pré-operatório                (2 a 7 anos)
3º período: Operações concretas     (7 a 11 ou 12 anos)
4º período: Operações formais         (11 ou 12 anos em diante)
Cada uma dessas fases é caracterizada por formas diferentes de organização mental que possibilitam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o rodeia (Coll e Gillièron, 1987). De uma forma geral, todos os indivíduos vivenciam essas 4 fases na mesma sequência, porém o início e o término de cada uma delas podem sofrer variações em função das características da estrutura biológica de cada indivíduo e da riqueza (ou não) dos estímulos proporcionados pelo meio ambiente em que ele estiver inserido. 
O período das operações concretas (7 a 11, 12 anos): o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes (próprios e de outrem) e de integrá-los de modo lógico e coerente (Rappaport, 1981). Um outro aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da criança de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor (se lhe perguntarem, por exemplo, qual é a vareta maior, entre várias, ela será capaz de responder acertadamente comparando-as mediante a ação mental, ou seja, sem precisar medi-las usando a ação física).
Diante disso, este projeto tem enquanto relevância acadêmica e social, acredita-se que será possível contribuir para a melhoria das práticas profissionais da psicologia escolar, bem como para a divulgação e extensão dessas práticas a outros psicólogos da área, atuando, assim, como um referencial de possibilidades de intervenção. Este trabalho também se torna significativo se for considerado que se pode colaborar para a percepção da importância do vínculo estabelecido entre a universidade e a comunidade escolar, visto que as intervenções realizadas e aqui relatadas permitem estabelecer uma ponte entre a teoria e a prática, bem como possibilitam beneficiar a comunidade com os conhecimentos produzidos na academia.
 O presente Projeto de Estágio se faz necessário como um importante instrumento para aplicar o trabalho desenvolvido no estágio de Psicologia Escolar. O Projeto de Estágio é uma peça fundamental do estágio curricular obrigatório como pré-requisito para a formação do psicólogo. A prática numa Instituição Escolar possibilita ao graduando uma experiência teórico-vivencial de grande valor para a formação de um profissional
de Psicologia competente e capacitado. A inserção da Psicologia na Escola pode servir como um valioso instrumento na compreensão dos processos inseridos no ambiente escolar, como também fornecer um olhar diferenciado diante da diversidade e adversidades encontradas na escola – uma visão psicológica fundamentada e alicerçada num pilar teórico, prático, com a orientação de uma supervisão embasada.
Objetivo Geral
• Desenvolver o aprimoramento das relações interpessoais através da comunicação entre a comunidade escolar, aperfeiçoando e fortalecendo o diálogo entre seus integrantes, contribuindo para a melhoria da dinâmica escolar.
Objetivos Específicos
• Desenvolver a compreensão grupal através de experiências vivenciais;
• Realizar oficinas e debates com temas variados para promover uma ressignificação;
• Proporcionar um espaço para a circulação das falas e, principalmente romper com os discursos cristalizados.
Metodologia
Este projeto será desenvolvido no Centro Educacional Mabel – CEM, situado no município de Goiânia - Goiás, na Rua 1, Qd: CH, Lt:02, Vila São João. O Cem – Centro Educacional Mabel nasceu como Complexo Educacional Interagir, em 2001, após um longo processo de apreciação, no qual refletia-se a todo instante sobre as questões referentes ao desenvolvimento infantil em seus diferentes aspectos.
Em 2010, o nome Interagir foi registrado por uma escola do Rio Grande do Sul, no INPI, e por esta razão alterou-se o nome com o qual hoje figura publicamente a Escola. O novo nome CEM - Centro Educacional Mabel, foi escolhido pela Diretora da Escola, Sra. Mabel Melo, a sigla CEM vem como referência à nota máxima, ou seja, à qualidade total. A palavra CENTRO, também quer significar a convergência à educação, ponto fundamental ao desenvolvimento humano em todos os aspectos, sejam físicos, intelectuais ou emocionais.
A Proposta Político Pedagógica do Cem é refeita ano a ano, a partir das experiências coletadas em encontros com pais, estudos e debates, nos qual envolve toda a Equipe Escolar e profissionais de diversas áreas. A escola reconhece a necessidade e importância de fornecer incessantemente novos conhecimentos e informações, proporcionando aos alunos, condições de acesso às novas tecnologias, fatos, realidades, lugares e costumes totalmente diferentes dos seus, sem, contudo, deixar de priorizar os valores humanos. A escola procura despertar no aluno o amor ao próximo, respeito e solidariedade para com todos, valorização da família enfim, todos os sentimentos que denotem nobreza de alma.
Os participantes serão crianças com faixa etária de doze nove anos --------------------------tanto do sexo masculino quanto feminino.
Trabalharemos com estas crianças a modalidade de intervenção como grupo fechado, o desenvolvimento da prática de intervenção será conduzido por um trio de estagiárias composto por. As intervenções terão início em Setembro e serão finalizadas em Novembro, serão quinzenais nas terças-feiras totalizando uma média de cinco encontros, que aconteceram em um espaço disponibilizado pela instituição, no período matutino com duração de uma hora e meia. 
Os procedimentos adotados para à realização do projeto será primeiramente o convite para à participação do mesmo, no qual será feito pela instituição através da psicóloga responsável. Serão desenvolvidas atividades com temas variados dentre eles ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- e também deixaremos em aberto temas livres para serem escolhidos entre os mesmos, ou seja, as temáticas serão pensadas a partir das necessidades do público-alvo, identificadas através do diálogo e do entendimento das suas próprias necessidades e das formas de atendê-las. Os recursos materiais a serem utilizados serão variados tais como colagem, tinta, filmes, músicas, argila, fantoches, poemas, massinha, historias, cola, tesoura, cartolina, giz de cera, dança, teatro etc.
Sendo assim ao final da realização de todas as atividades será elaborado um relatório para a instituição e será feita também uma devolutiva oral para a psicóloga responsável. 
VI- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLL,C.; GILLIÈRON. C. Jean Piaget: o desenvolvimento da inteligência e a construção do pensamento racional. In, LEITE, L.B. (org) Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo: Cortez, 1987. p. 15-49
FURTADO, O.; BOCK,A.M.B;  TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 1999
PULASKI, M.A.S. Piaget: perfil biográfico. In, Compreendendo Piaget: uma introdução ao desenvolvimento cognitivo da criança. (?): Zahan Editora, 1980
RAPPAPORT, C.R. Modelo piagetiano. In RAPPAPORT; FIORI; DAVIS. Teorias do Desenvolvimento: conceitos fundamentais. - Vol. 1. EPU, ?: 1981. p. 51-75
SOUZA, B. de P. (2007). Apresentação. In B. de P. Souza (org.), Orientação à Queixa Escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo.
	
ANEXOS
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Professora Supervisora: Ms. Janaina Moraes Magalhães
Goiânia, junho de 2017

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