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CURSO PREPARATÓRIO PARA 2ª FASE DA OAB (XXIII EXAME) Professor: Marcílio Ferreira Filho e Rafael Leitão | Matéria: Constitucional Curso Rede Juris – Unidade Goiânia |(62) 3956-6900 | www.redejuris.com 40 DICAS MATADORAS CONSTITUCIONAL Um ARSENAL de Dicas para estar pronto na 2a Fase da OAB Queridos amigos e futuros colegas de profissão, é chegada a hora! Passados mais de dois meses, vocês se esforçaram e se dedicaram, renunciaram a prazeres da vida para atingir esse sonho. Vocês estão aqui e podem conseguir esse objetivo, basta acreditar no seu projeto de vida. Como sempre disse a vocês, o segredo da aprovação é uma boa revisão. Logo, preparei 40 dicas especiais, querendo ajudar vocês ao máximo. Lembrem-se de que esse objetivo é seu e que você se preparou para isso. Não há concorrentes, não há qualquer obstáculo além de você. Basta ter confiança e acreditar, que a aprovação com certeza virá! Vamos juntos! Prof. Marcílio Ferreira Filho 01. EXCEÇÕES À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO: Não se aplica o art. 97 da CF/88: (a) quando já houver decisão do STF; (b) quando já houver decisão do próprio tribunal; (c) em declarações de constitucionalidade; (d) interpretação conforme a constituição; (e) declarações de não recepção. 02. EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: Significa a aplicação das normas sobre direitos fundamentais em relações jurídicas entre entes privados (relações de horizontalidade); 03. FORÇA NORMATIVA DO PREÂMBULO CONSTITUCIONAL: No Brasil, adota-se a teoria de que o preâmbulo constitucional não possui força normativa. 04. DIFERENÇA ENTRE REPRISTINAÇÃO X EFEITO REPRISTINATÓRIO: 04.1. Repristinação: 3 normas (Lei “C” revoga Lei “B”. Porém, a Lei “B” é revogada pela Lei “A”. Nesse caso, a Lei “C” só voltar a ter vigência, caso a Lei “A” assim determine. 04.2. Efeito Repristinatório: 2 normas (Lei “A” é revogada pela Lei “B”. Porém, a Lei “B” é declarada inconstitucional pelo STF. Nesse caso, volta a vigorar automaticamente a Lei “A”, exceto se o STF disser diferente). 05. TEORIA DA DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO: Parte da Constituição anterior compatível com a nova seria recepcionada pela nova com status de lei. Não é admitido no Brasil, exceto quando a própria Constituição nova assim o prevê. 06. CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE: No Brasil, não existe constitucionalidade OU inconstitucionalidade superveniente. A compatibilidade de uma norma com a Constituição é inferida a partir do momento em que ela ingressa no ordenamento jurídico. Atenção: Se a norma é constitucional e fica incompatível com futura EC, será ela revogada. Se a norma era inconstitucional e passa a ser compatível com uma futura EC, continuará sendo inconstitucional. 07. BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE: Normas materiais de cunho constitucional, constantes ou não da CF (ex: art. 5º, §3º e §2º da CF). 08. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DE LEI PELO SENADO E SEUS EFEITOS (CF, art. 52, X): Prevalece a tese de que a resolução do Senado que suspende a execução de lei declarada inconstitucional pelo STF possui natureza constitutiva, com efeitos ex nunc. 09. EXCEÇÕES À DEFESA DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI EM ADI PELO AGU: (a) quando já há entendimento do STF; (b) quando manifestamente contrário aos interesses da União. 10. MODULAÇÃO DE EFEITOS E HIPÓTESES DE CABIMENTO (Lei 9.868, Art. 27): A modulação de efeitos é cabível em sede de ADI, ADC, ADPF e o STF também vem aceitando em controle difuso promovido no âmbito de RE. 11. EFEITOS DA DECISÃO EM CONTROLE ABSTRATO (cautelar x mérito): 11.1. Decisão de mérito: Efeitos ex tunc (exceto se houver modulação), vinculante, erga mones. 11.2. Decisão em cautelar: Efeitos ex nunc (exceto se houver modulação), vinculante, erga mones. CURSO PREPARATÓRIO PARA 2ª FASE DA OAB (XXIII EXAME) Professor: Marcílio Ferreira Filho e Rafael Leitão | Matéria: Constitucional Curso Rede Juris – Unidade Goiânia |(62) 3956-6900 | www.redejuris.com 12. CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE SIMULTÂNEO (STF x TJ): 12.1. Se propostas duas ADI’s (STF e TJ) tendo como parâmetro norma de reprodução obrigatória da CE diante da CF, suspende-se o curso da ADI- Estadual até o julgamento pelo STF. 12.2. Se o STF julgar procedente, perde o objeto. 12.3. Se o STF julgar improcedente, a ADI- Estadual tem continuidade, pois pode haver declaração de inconstitucionalidade com base em outro parâmetro da CE. 13. INEXISTÊNCIA DE HIERARQUIA ENTRE L.O. E L.C.: O STF entende que não há hierarquia entre L.O. e L.C., mas sim mera divisão de competências pela CF/88. Assim, pode uma L.O. revogar o dispositivo de uma L.C., caso este não seja de competência exclusiva de uma L.C. 14. CARÁTER SUPRA LEGAL DE TRATADOS SOBRE DIREITOS HUMANOS NÃO INCORPORADOS PELO RITO DO ART. 5º, §3º, da CF/88: Os tratados sobre direitos humanos não incorporados de acordo com o rito do art. 5º, §3º da CF/88 possuem natureza supralegal, estando abaixo da Constituição, mas acima da Lei. (ADI 5240) 15. DIREITO ADQUIRIDO E O ADVENTO DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO: O direito adquirido não precisa ser observado por uma nova Constituição, dada a sua liberdade plena. No entanto, pode ser alegado em face de uma EC. 16. INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO E ESCRITÓRIO (CF, art. 5º, XI): Abrange casa, moradia, qualquer espaço habitado, consultórios, escritórios, assim como estabelecimentos industriais e comerciais. 17. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA E RESERVA DE JURISDIÇÃO: “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal” (CF, art. 5º, XII) 18. PODERES DA CPI: CPI tem poderes instrutórios e investigatórios próprios de autoridades judiciais. 18.1. PODE: (a) convocar autoridades, sob pena de crime de responsabilidade; (b) quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico; 18.2. NÃO PODE: (a) interceptação telefônica; (b) decretar indisponibilidade de bens. Não pode mandar prender (salvo em flagrante); (c) determinar medidas processuais de garantia, tais como: sequestro e indisponibilidade de bens (Informativo 158 do STF); (d) impedir que pessoa deixe o País; (e) decretar prisão preventiva; (f) tomar decisões imotivadas (Informativo 162 do STF). 19. FIDELIDADE PARTIDÁRIA: 19.1. Nos cargos sujeitos ao sistema proporcional, previstos no Art. 45, caput, da CRFB/88, o mandato eletivo pertence ao partido político e, não, ao parlamentar. 19.2. Nos cargos sujeitos ao sistema majoritário, o mandato eletivo pertence ao parlamentar e, não, ao partido político 20. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL: “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência” (CF, art. 16) 21. INELEGIBILIDADE RELATIVA EM RAZÃO DO PARENTESCO (inelegibilidade reflexa): CF art. 14, §7º c/c SV 18 “A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal”. 22. PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE: “A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa” (CF, art. 60, §5º e 62, §10) Atenção: tal princípio é absoluto para EC e MP, mas não para LO, pois pode haver reapresentação caso haja maioria absoluta de qualquer das casas (CF, art. 67). CURSO PREPARATÓRIO PARA 2ª FASE DA OAB(XXIII EXAME) Professor: Marcílio Ferreira Filho e Rafael Leitão | Matéria: Constitucional Curso Rede Juris – Unidade Goiânia |(62) 3956-6900 | www.redejuris.com 23. PRERROGATIVA DE FORO E PERDA DO MANDATO: A perda do mandato reflete na perda da prerrogativa de foro, exceto: (a) quando já iniciado o julgamento; (b) quando houver claro intuito de fraudar a competência da Corte. 24. EFEITO AMBIVALENTE DAS DECISÕES EM SEDE DE ADI: A decisão proferida em ADI, caso julgue constitucional, terá efeitos abstratos (vinculante, erga omnes) de uma declaração de constitucionalidade. A mesma coisa ocorre em relação à ADC. Atenção: No caso de medida cautelar em ADI, o indeferimento não importa em efeito ambivalente. 25. CPI ESTADUAL E MUNICIPAL: Pode haver tanto CPI-Estadual, como também CPI-Municipal. Porém, nesse último caso (CPI- Municipal), não haverá poderes equivalentes à jurisdição. 26. LEI DELEGADA – DELEGAÇÃO TÍPICA E ATÍPICA: 26.1. Delegação típica: Congresso delega ao Chefe do Executivo, sem necessidade de retorno para análise. 26.2. Delegação atípica: Congresso delega ao Chefe do Executivo, mas volta ao Congresso para análise, em votação única, vedada qualquer emenda (CF, art. 68, §3º). 27. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E PODER REGULAMENTAR: O Poder Público não pode criar direitos e obrigações, senão mediante lei. Os Decretos não podem inovar no ordenamento jurídico (decreto autônomo), mas apenas podem dar execução a uma lei existente (decreto executivo). 28. VERTICALIZAÇÃO NAS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS: Tratava-se da exigência formulada pelo TSE no sentido de que coligações ajustadas para determinado cargo (ex: Presidente da República) não poderiam formar outras coligações, com partidos diversos, para outros cargos (ex: Governador). Tal exigência foi afastada expressamente no art. 17, §1º (EC 52/06). 29. TEORIA DA DUPLA REFORMA (dupla revisão): Em um primeiro momento, retira-se da Constituição a vedação à reforma das cláusulas pétreas. Em seguida, alteração a norma constitucional em relação a qual a proteção foi afastada. Essa teoria não é acolhida. 30. PODER CONSTITUINTE DECORRENTE E LIMITAÇÕES À AUTO-ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS: 30.1. Princípios constitucionais sensíveis: Essência da organização constitucional federativa (art. 34, VII) 30.2. Princípios constitucionais extensíveis: normas organizatórias da União que se estendem aos Estados, por previsão constitucional expressa ou implícita; 30.3. Princípios constitucionais estabelecidos: restringem a capacidade organizatória dos Estados de maneira direta no Texto Constitucional. Atenção: Não existe Poder Constituinte no âmbito dos Municípios. 31. MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL: Mudança na interpretação de uma mesma norma constitucional com o passar do tempo. (evita a petrificação do direito) 32. CONTROLE JUDICIAL DE CONSTITUCIONALIDADE PRÉVIO: Admite-se apenas através de MS protocolado por Parlamentar, nos casos de (a) vício no processo legislativo; (b) projeto tendente à abolição de cláusula pétrea. 33. TEORIA DA TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: Teoria não adotada pelo STF. Somente o dispositivo da decisão produz efeito vinculante. Os motivos invocados na decisão (fundamentação) não são vinculantes. (Rcl 11477 AgR/CE) 34. INICIATIVA POPULAR EM CONSTITUIÇÃO ESTADUAL: Admite-se que Constituição do Estado preveja iniciativa popular de leis e mesmo de Emendas Constitucionais. 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Imunidade Material (inviolabilidade): Relativo à responsabilidade por seus atos. “Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos” (CF, art. 53, caput). Dentro do recinto parlamentar, a imunidade é presumida. Fora do recinto, precisa estar relacionado à atividade parlamentar. Atenção: Quanto aos Vereadores, a inviolabilidade se dá no âmbito da jurisdição de sua atuação. (CF, art. 29, VIII) 37.2. Imunidade Formal: Relativo a instauração de processo contra o parlamentar. “Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.” (art. 53, §2º) “Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação” (art. 53, §3º) 38. VEDAÇÃO MATERIAL À EDIÇÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA: § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III – reservada a lei complementar; IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 39. INEXISTÊNCIA DE HIERARQUIA ENTRE NORMAS CONSTITUCIONAIS ORIGINÁRIAS: Não existe hierarquia entre normas formalmente constitucionais, independentemente do seu conteúdo. Assim, não é cabível falar em inconstitucionalidade de norma originária. 40. ADI POR PARTIDO POLÍTICO E PERDA DE REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL: “a aferição da legitimidade deve ser feita no momento da propositura da ação e que a perda superveniente de representação do partido político no Congresso Nacional não o desqualifica como legitimado ativo para a ação direta de inconstitucionalidade”. (ADI 2159 AgR/DF) ANOTAÇÕES _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ __________________________________________________________________________________________ _____________________________________________
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