Buscar

As escolas de economia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Parte inferior do formulário
 As escolas de pensamento econômico
 A ciência econômica visa entender como as sociedades utilizam os seus recursos 
materiais e humanos para produzir e distribuir bens e serviços que atendam às 
necessidades dos indivíduos. É uma ciência social, pois trata de problemas ligados ao 
comportamento humano. Ao mesmo tempo, diferencia-se das demais ciências 
humanas por empregar métodos e ferramentas próprios das ciências exatas, como 
Estatística e Matemática. A história do pensamento econômico pode ser dividida em 
mercantilismo, fisiocracia, economia clássica, marxismo, economia neoclássica, 
escola keynesiana, estruturalismo ( específico para os países da América L atina), 
neoliberalismo e terceira via. 
Mercantilismo – Conjunto de princípios que orienta os Estados-Nações europeus 
frente à expansão comercial ocorrida entre os séculos XV e XVII. Seus principais 
expoentes são os ingleses Thomas Mun (1571-1641) e Josiah Child (1630-1699), os 
franceses Barthélemy de Laffemas (1545-1612), Jean-Baptiste Colbert (1619- 1683) 
e Antoine de Montchrestien (1575-1621), e o italiano Antonio Serra. 
A idéia central do mercantilismo é que a riqueza de uma nação é formada por suas 
reservas de metais preciosos, especialmente o ouro, que, na época, era moeda 
corrente, junto com a prata. Dessa forma, o Estado deve acumular reservas, pela 
descoberta de novas jazidas de minério ou pela obtenção de superávits comerciais, 
ou seja: exportar mais mercadorias do que importar. Para garantir a expansão 
comercial, os Estados-Nações europeus investem na conquista e exploração de novos 
mercados mundiais, como a América. 
No mercantilismo, o Estado é o grande idealizador e operador da política econômica. 
Essa intervenção está centrada na instituição de barreiras alfandegárias, com o 
objetivo de regular as transações internacionais, e no fortalecimento das 
companhias mercantis, voltadas para o comércio nos territórios colonizados. 
 
Fisiocracia – No século XVIII, o francês François Quesnay (1694 -1774) funda a 
escola fisiocrata, que contesta o pensamento mercantilista. Outro representante é o 
francês Anne Robert Jacques Turgot (1727- 1781), autor da obra Reflexões sobre a 
Formação e a Distribuição da Riqueza (1766). 
Os fisiocratas defendem uma sociedade basicamente agrícola, porque, para eles, a 
terra é a única fonte de riqueza de uma nação. As demais atividades – indústria e 
comércio – são necessárias, porém improdutivas: limitam-se a transformar uma coisa 
em outra ou a transferir de lugar mercadorias preexistentes. O estudo Quadro 
Econômico (1756), de François Quesnay, é a primeira análise do equilíbrio global do 
sistema econômico. Nele, o autor demonstra como a renda gerada na agricultura é 
redistribuída entre as classes da sociedade. 
 A fisiocracia também realiza a primeira defesa sistemática do liberalismo. Ao 
contrário dos mercantilistas, a escola rejeita a interferência do governo nas 
operações que seguem leis naturais da economia (oferta e procura). A expressão 
“laissez-faire, laissez-passer” (“deixar fazer, deixar passar”), que se converte na 
máxima do liberalismo, nasce com os fisiocratas. 
 Liberalismo (ou escola clássica) – A ciência econômica é definitivamente criada com 
a fundação da escola clássica. O marco fundamental é a publicação, em 1776, da obra 
Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações , do escocês 
Adam Smith (1723- 1790). Após a morte de Smith, três grandes nomes aperfeiçoam 
e ampliam as su as idéias: o francês Jean-Baptiste Say (1767- 1832) e os ingleses 
Thomas Malthus (1766-1834) e David Ricardo (1772-1823). 
 O pensamento clássico desenvolve-se na segunda metade do século XVIII e no 
século XIX, período que se caracteriza pelo crescimento da indústria. Desse modo, 
centra suas reflexões nas transformações do processo de produção, introduzidas 
pela Revolução Industrial inglesa. Os clássicos alteram novamente a noção de 
riqueza. Na abertura de seu livro, Adam Smith afirma que não é a prata ou o ouro 
que determinam a prosperidade de uma nação, mas sim o trabalho humano. Como 
consequência, qualquer mudança que aprimore as forças produtivas estará 
potencializando o enriquecimento de uma nação. A principal delas – junto com a 
mecanização – é a divisão social do trabalho, amplamente estudada por Adam Smith. 
A escola também trata de vários outros assuntos, como as causas das crises 
econômicas, as implicações do crescimento populacional e a acumulação de capital. 
Os clássicos são defensores do liberalismo. Elaboram o conceito de racionalidade 
econômica, no qual cada indivíduo deve satisfazer suas necessidades da melhor 
forma possível, sem se preocupar com o bem-estar da coletividade. Essa busca 
egoísta e competitiva, no entanto, está na origem de t odo bem público. Qualquer 
intervenção nessas leis naturais do comportamento humano bloqueia o 
desenvolvimento das forças produtivas e o enriquecimento da nação. Usando a 
metáfora econômica de Smith, os homens, levados por uma “mão invisível”, acabam 
promovendo um fim que não era intencional. 
 Socialismo - corrente de pensamento que se desenvolve a partir do século XIX em 
oposição ao liberalismo e ao capitalismo. Propõe uma organização social na qual são 
abolidas a propriedade privada dos meios de produção e a sociedade de classes. H á 
diferentes formas de socialismo. Algumas doutrinas pregam o controle rigoroso e 
autoritário do Estado na economia e na sociedade, enquanto outras permitem maior 
descentralização. 
O pensamento socialista é primeiramente formulado por Saint -Simon ( 1760-1825), 
Charles Fourier ( 1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-1858), 
que criam o chamado socialismo utópico. A denominação vem do fato de seus 
teóricos exporem os princípios de uma sociedade ideal sem indicar os meios para

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais