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Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 FARMACOLOGIA – P2 TRATAMENTO DA DOR - Experiência sensorial e emocional desagradável, que está relacionada a uma lesão tecidual real ou potencial. - Dor superficial: bem localizada. Analgésicos. - Dor visceral: cólica (ocas), difusa. Analgésicos. Parassimpáticolítico para diminuir a motilidade de vísceras ocas (escopobalamina / buscopam). - Dor neuropática: disestesia (formigamento doloroso), dor em choque/ agulha/ queimação, deve obedecer a território nervoso. Analgésicos + medicamentos para dor neuropática (anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos, capsaína tópica) atuação sobre a transmissão / modulação central da dor. - O tratamento varia conforme o tipo, a duração e a intensidade da dor. a) Dor leve: analgésico não opióide. b) Dor moderada: analgésico não opióide + opióide fraco. c) Dor intensa: opióide moderado ou forte. ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES: - Inibem a COX = ↓ síntese de prostaglandina e tromboxano = evitam a hipersensibilização (evita hiperalgesia causada pela PG) e inibem a hipertermia (pela inibição da síntese de PG). - Podem ter efeitos: analgésico, antitérmico e antiinflamatório. - Acetoaminofeno, paracetamol, cetorolaco e dipirona: não tem ação anti-inflamatória, apenas anaslgésica e antitérmica. - Para dores agudas leve-moderadas e tratamento da osteoartrite. Efeitos: alívio da dor + controle da hipertermia (ação antitérmica). - Há aumento do efeito analgésico duplicando a dose. - Associação: soma de efeitos indesejáveis, reações adversas aumentam, diminuição da concentração sanguínea de um deles. - Tem teto de efeito: após certa quantidade não aumenta o efeito analgésico (platô), apenas aumenta o risco de toxicidade. - Todos os analgésicos tem eficácia final e efeitos máximos parecidos. A seleção vai variar de acordo com: o potencial de toxicidade, efeitos adversos, farmacocinética, experiência de uso, preferência e comodidade do pcte. - Via de administração usual: VO. Junto com alimentos diminui irritação digestiva. Administrar no intervalo de refeições diminui tempo de latência. - Meia vida: 2,5h. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 - Se não tiver boa resposta com não opióides, primeiro deve trocar a classe do não opióide. Se ainda assim não adiantar, adiciona um opióde fraco. - Classificação: a) Derivados do Ácido Salicílico: aspirina (AAS), difunisal. Náusea, vômitos, diarréia, dispepsia, sangramento digestivo. b) Derivados do Paraaminofenos: paracetamol, cetonolaco. c) Derivados da Pirazolona: dipirona e fenilbutazona. Mielotoxicidade. d) Novos AINES: ácido mefenâmico, cetorolaco, ibuprofeno, piroxican, coxibs. Indicados para artrite reumatoide e dismenorreia. Nefrotoxicidade. Efeito analgésico mais duradouro. Menor risco de sangramento ou irritação TGI. * Abaixo: todos são antipiréticos. AAS: - Efeito antiinflamatório e antitrombótico. - Pode causar irritação digestiva alta. - Dose indicada: 1g. - Manejo dos episódios de cefaleia tensional. - Administração VO. - NÃO usar em asmáticos. - Cuidar Síndrome de Reye. PARACETAMOL: - É a primeira escolha para dor leve (menos efeitos adversos em doses terapêuticas). - Não tem efeito antiinflamatório. - Hepatotoxicidade! DIPIRONA: - Mesma eficácia de analgésicos comuns. - Uso controlado: ocorrência de reações idiossincráticas (agranulocitose potencialmente fatal). IBUPROFENO: - Usar como antitérmico em crianças > 39°C. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 ** Paracetamol (acetaminofeno) e AAS tem analgesia semelhante, meia-vida parecidas. ** Paracetamol + Ibuprofeno = ↑ antitérmico (atuam por vias diferentes). ANALGÉSICOS OPIÓIDES: - Derivados da papoula. - Narcóticos. - Se ligam a receptores nos neurônios (receptores opióides), do SNC e SNP. Mimetizam a ação dos peptídeos opióides endógenos (POE). - POE: Endorfina (“morfina endógena”) X Encefalina X Dinorfina. - Receptores Opióides: Receptores Mü: U1: Agonistas: morfina, tramadol, fentanil analgesia supramedular, ↑ prolactina, ↓ acetilcolina, miose e euforia. Analgesia porque removem a inibição GABAérgica. U2: Agonistas: morfina, fentanil analgesia medular, depressão respiratória, constipação (↓ parassimpático), liberação de dopamina. Receptores Kappa. Receptores Delta. Receptores Sigma. - ↓ Transmissão medular. ↑ Sistema inibitório. Interferência na interpretação afetiva da dor. - Também tem ação periférica (principalmente tecidos inflamados). - Dores agudas (moderadas ou intensas) ou dores crônicas. NÃO em migrânea com náusea. - Efeitos negativos: depressão do SN (sonolência, coma), náuseas e vômitos, constipação (bom para o tratamento de gastrenterite viral em adultos – Loperamida), depressão respiratória (efeito direto nos centros respiratórios, tratada com naloxona), bradipneia / broncoespasmo (NÃO em asmáticos), miose, retenção urinária, dependência e abstinência. - Antes de substituir opióide fraco por um mais forte, precisa tentar a dose máxima do fraco. - Todos os opióides são metabolizados no fígado Cuidar hepatopatas! - Classificação: a) Agonista Puro: - Nas doses habituais, são relativamente seletivos pelos receptores u. - Em altas doses, podem interagir com outros receptores. Fortes: morfina, fentanil (anestesia). Fracos-Moderados: tramadol e oxicodona. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 Fracos: codeína. ** Tramadol e Codeína benefícios quando associados com não opióides para dores moderadas (sinergismo). b) Agonista Parcial: Pentazocina. - Analgesia ≡ Efeitos adversos. - Efeitos psicomiméticos graves. - Atua nos receptores sigma = Não reversível com Naloxona. - Uso clínico limitado. c) Antagonista: Naloxona! - Antagonista puro opióide injetável (atua nos 3 receptores. Exceto sigma: pentazocina). - Não usada VO pois tem muito metabolismo de primeira passagem. - Breve competição com agonista. - Infusão contínua. - Ex: quando parada respiratória por excesso de anestésico. - NÃO produzem analgesia, mas revertem quadros de intoxicação por opióides. - Não recomendado após analgesia prolongada porque pode causar abstinência, náusea e arritmia cardíaca. MORFINA: - Dor aguda intensa. - Início e duração de efeitos prolongado (doses intermitentes). - Insuficiência renal sedação prolongada (metabólitos ativos) e hipotensão (vasodilatação). MEPERIDINA: - Meia-vida mais curta que Morfina. - 10x menos potência que Morfina. - Mais sedação, euforia, náusea, vômito e depressão respiratória. - Menos efeitos TGI e cardiovasculares. - O metabólito ativo é neuroexcitatório (convulsões, delírios..). FENTANILA: - Anestesiologia (indução). - Início e duração mais curtos. - Doses repetidas pode acumular e prolongar os efeitos. - Associação com anestésicos no parto. TRAMADOL: - Inibe receptação de norepinefrina e serotonina (mecanismo de antidepressivo). - Menos efeitos adversos. CODEÍNA: - 10x mais potente que morfina. - Baixa afinidade com receptores opióides. - Doses maiores não aumentam efeito analgésico. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 METADONA: - Usada para tratamento de pacientes dependentes de opióides ou pacientes com dor crônica. - Meia vida mais longa. FÁRMACOS USADOS EM DOR CRÔNICA: - Pacientes com dor que perdura por mais de 3 meses, intermitente ou contínua. - Provoca distúrbio psiquiátrico (emocional e comportamental). - Dor intermitente: problemas inflamatórios crônicos e dor neuropática.- Dor contínua: causas inflamatórias ou neuropáticas. - Dor mista: causas oncológicas. - Manejo da dor crônica não é restrito aos analgésicos. Associação com outros fármacos. - Fármacos Adjuvantes: Corticóides: dor oncológica. Relaxante Muscular: hérnias, torcicolos. Antidepressivos Tricíclios: - Dose menor e latência de efeito menor. - Fármacos de 1ª linha para dor crônica. - Boa relação custo X benefício. - Não usar em pacientes com glaucoma. Anticonvulsivantes: - Tratamento de dor neuropática. - Em doses menores do que as necessárias para efeito antiepiléptico. - Ex: Carbamazepina. ** Profilaxia para migrânea: pacientes com mais de 2 crises/mês beta-bloqueador, anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ANESTÉSICOS LOCAIS - Fazem o bloqueio reversível da condução nervosa a partir da inibição da despolarização das fibras sensitivas (ligam-se com os canais de sódio no interior do axônio). Há perda de sensações, SEM perda de consciência. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 - Uso: anestesia, analgesia, efeito anticonvulsivante e efeito antiarrítmico. - Dor: fibras finas, não mielinizadas. Sensibilidade tátil/vibratória: fibras grossas, mielinizadas. - É mais fácil abolir a sensibilidade de dor/temperatura do que a sensibilidade tátil por causa da espessura das fibras. A recuperação é na ordem inversa. Autonômicas Dolorosa Térmica, táteis, pressão e vibração Propriocepção e motora. - O que vai ser bloqueado depende do local de aplicação e da estrutura da fibra. - Início e duração de efeito dependem do local de administração e do agente utilizado. - Anestésico local: bloqueio da despolarização do neurônio pseudounipolar, impede o influxo de cálcio. Não há perda da consciência porque não se propaga para o SNC. Característica principal: reversibilidade. - Agentes Neurolíticos: diferem dos anestésicos locais por terem efeito irreversível. Álcool, fenol. - Funcionam bem em pH alcalino (libera a forma livre); pH ácido torna os anestésicos mais hidrossolúveis, dificultando sua ação (ex: anestesia não pega em abcesso). - Distribuição (ida para a corrente sanguínea) = Término de efeito. Tecidos mais vascularizados tem menor tempo de efeito quase todos os anestésicos tem efeito vasodilatador. - Possuem uma cadeia lipofílica (para passarem a bainha neuronal e atingirem as raízes dos nervos), uma cadeia hidrofílica (para bloquearem os canais de sódio) e uma cadeia intermediária (que dá as características, éster X amida). TIPO ÉSTER: - São mais hidrossolúveis. - Maior potencial alergênico. - Instáveis. - Duração e efeito menores (rápida hidrólise). - Metabolismo por hidrólise por colinesterase. a) De ácido benzoico: Cocaína, Benzocaína, Tetracaína. b) De ácido paraaminobenzóico (PABA): Procaína, Cloroprocaína. TIPO AMIDA: - Maior duração de efeito (lenta biotransformação hepática). - Menos alergênicos. - Estáveis. - Características mais favoráveis. - Metabolismo hepático. - Classificação por duração de efeito: Curta (minutos): Procaína e Cloroprocaína ÉSTERES. Intermediária (horas): Lidocaína, Mepivacaína e Prilocaína AMIDAS. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 Longa (quando atuar em estruturas calibrosas – feixe nervoso/medula): Tetracaína (éster), Ropivacaína e Bupivacaína (amidas). - Seleção do anestésico: 1. Potência relativa: concentração anestésica mínima capaz de bloquear a condução de impulso por um tempo padrão. Fatores de interferência: alterações eletrolíticas, pH do meio, estrutura da fibra nervosa. 2. Toxicidade relativa: potencial de toxicidade dentro do limite de dosagem. O mais potente normalmente é o mais tóxico. 3. Latência de efeito: o inicio deve ser o mais rápido possível = lipossolubilidade / concentração / dose. 4. Duração de efeito: deve ser o suficiente para a duração do procedimento = vascularização do tecido / associação com vasocontritores / ligação do fármaco com proteínas plasmáticas. - Efeitos adversos: SNC (sonolência, tremores, convulsões, náuseas e vômitos), cardíaco (arritmia, queda do débito cardíaco), circulação periférica (vasodilatação), sistêmicos (acidose, hipotensão). ** Cocaína: único que produz euforia no SNC. - Fármacos (todos amidas): LIDOCAÍNA: - Anestésico local padrão. - Rápido início de ação. - Duração (intermediária) e toxicidade moderadas. - Boa atividade tópica. - Sofre metabolismo de primeira passagem (metabólitos ativos contribuem para toxicidade). - IV: anticonvulsivante, antiarrítmico e antitussígeno. MEPIVACAÍNA: - Não é eficaz no uso tópico. - Anestesias infiltrativas e bloqueios periféricos. - Duração mais longa que lidocaína (intermediária) porque tem menor efeito vasodilatador. - NÃO em obstetrícia = lento metabolismo em fetos / RN. BUPIVACAÍNA: - Procedimentos de maior duração. - Início de efeito mais lento. - Não em uso tópico. - Parto bupivacaína epidural + analgésico opioide (fentanila) analgesia sem bloqueio motor. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 ROPIVACAÍNA: - Menor potência e menor duração de efeito. - Isoladamente: vasocontrição. - Anestesias: a) Tópica: Lidocaína ou Prilocaína. Contato com o sítio de ação. Pequenos procedimentos. Mucosas e pele. Precisa de alta concentração. b) Infiltrativa: Lidocaína, Prilocaína e Mepivacaína. No sítio da cirurgia ou próximo. Intradérmica, subcutânea, submucosa, intra-óssea e intraligamentar. c) Regional / Bloqueador Periférico: Lidocaína, Prilocaína ou Mepivacaína. Cirurgias ortopédicas ou traumatológicas. Bloqueia condução do SNP. d) Epidural (peridural ou extradural): Lidocaína, Bupivacaína e Rupivacaína. Precisa de mais anestésico do que a raqui. Anestesia em faixa (metâmeros). Grávidas, idosos, pctes com ateriosclerose maior duração de efeito por causa do ingurgitamento venoso do espaço intradural. e) Espinhal (raquianestesia ou bloqueio subaracnóideo): injeta no LCR, com contato direto com as raízes nervosas. Manter o pcte com a cabeça elevada (soluções hipo ou hiperbáricas). Doses menores, menor risco de toxicidade, efeito mais rápido, maior profundidade anestésica. - Em um caso obstétrico (parto), se eu anestesiar, perco a mecânica do trabalho de parto. Portanto, faço apenas analgésicos potentes com caráter epidural, em infusão contínua. Posso também utilizar anestésicos em dosagem muito baixa. USO RACIONAL DE VASOCONSTRITORES: - Interação farmacocinética de distrubuição. - Diminui a passagem do anestésico para a circulação = mantém mais tempo no local. - Adrenérgicos X Felipressina. - Contraposição ao efeito vasodilatador da maioria dos anestésicos. - Indicações: toxicidade é alta, precisa de muito anestésico ou quando a área é muito vascularizada. - Contraindicações: locais de circulação terminal (como não tem circulação colateral causa necrose), doenças cardíacas, hipotireoidismo descompensado, DM não controlado, tumor de adrenal (secreção de catecolamina), feocromocitoma. ANESTÉSICOS GERAIS: - Busca-se: hipnose (fazer dormir), analgesia, relaxamento muscular, bloqueio de resposta neuro- humorais. Não existe anestésico que faça tudo isso, por isso usamos associação. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 - Sedação consciente: só dormir. Mantém reflexos de proteção e vias aéreas pérvia. Ex: Midazolan (benzodiazepínico) na endoscopia. - Sedação profunda: perde reflexose capacidade de manter VA. - Etapas: a) Pré-Operatório: avaliação ASA + medicamento pré anestésico (amnésia, relaxamento). Anestésicos inalatórios ou IV. b) Intra-Operatório: indução, manutenção e recuperação (emergência – retornar a consciência de modo suave e sem traumas). c) Pós-Operatório. - Fases de Guedel da Anestesia Geral: 1. Analgesia / Indução: administração perda de consciência. 2. Excitação / Delírio: perda de consciência padrão respiratório rítmico. 3. Anestesia cirúrgica: até paralisia respiratória (perde o reflexo palpebral). 4. Parada respiratória até morte. - CAM – Concentração Alveolar Mínima: concentração de anestésico mínima que suprime a resposta nociceptiva a incisão em 50% dos pacientes. Óxido Nitroso não tem CAM porque não atinge ausência de resposta (mesmo sendo potente analgésico). - As morbidades do paciente definem a escolha. PRÉ- ANESTÉSICOS: - Benzodiazepínicos (GABA). - Analgésicos opióides (analgésico + sedação. Potencializa benzodiazepínico). - Anticolinérgico (contra acetilcolina). - Droperidol (antagonista dopaminérgico. Antiemético). - Hidrato de cloral (crianças e idosos. Efeito paradoxal do benzodiazepínico). ANESTESIA: o INALATÓRIA: Manutenção anestésica! Perda rápida e suave da consciência. Baixo potencial de irritação das VA. Administrados e excretados por via respiratória. Em baixas doses: hipnose, analgesia, amnésia, euforia, excitação e hipereflexia. Pode usar para métodos diagnósticos (RNM). Em altas doses: sedação profunda, relaxamento muscular e redução de respostas ao estímulo nocivo. - Óxido Nitroso gás. - Halotano. - Isoflurano. - Enflurano. o INTRAVENOSA: Pré-medicação e indução! Ação rápida. - Barbitúricos (GABA). - Benzodiazepínicos (GABA). - Derivados opióides. - Propofol. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 - Anestésicos Inalatórios: HALOTANO: - Potente hipnótico. - Ação e recuperação rápidas. - Relaxante muscular proporcional a dose. - Cuidar cardiopata, nefropata e gestantes em trabalho de parto (relaxa músculo liso do útero). - Bom para asmáticos broncodilatador. ENFLURANO: - Potente hipnótico. - Ação e recuperação lentas. - Bom para cardiopatas (não altera o débito cardíaco). - Menos náusea/vômitos e tremores no pós operatório. ISOFLURANO: - Maior margem de segurança cardiovascular (não altera débito cardíaco). - Não em cardiopatia isquêmica Síndrome do Roubo Coronariano. - Bom para neurocirurgia (↑ perfusão, ↓PIC, ↓ metabolismo cerebral). SEVOFLURANO: - Indutor anestésico pediátrico. - Indução e recuperação mais precoces. - Fácil controle da profundidade anestésica. - Metabólito nefrotóxico não usado para manutenção. - Bom em idosos e cardiopatas (mantém a função cardiovascular). ÓXIDO NITROSO / GÁS HILARIANTE: - Sua função é analgésica! - Não é bom hipnótico, sedativo ou relaxante muscular. - Concentração máxima de segurança: 70%. - Anestésicos Intravenosos: BARBITÚRICO (NÃO-BENZODIAZEPÍNICO): - São bons anticonvulsivantes. - Não bons analgésicos (precisa associar). - Tiopental: cuidar na infusão contínua porque pode acumular; grande capacidade de hipnose; não analgésico ou relaxante muscular; em doses baixas = hiperalgesia; bom para neurocirurgia (↓PIC, anticonvulsivante). - Metoexital: melhor do que o tiopental; não acumula porque tem depuração mais rápida. BENZODIAZEPÍNICO: - Sedação, amnésia, relaxamento muscular, hipnose, anticonvulsivante, ansiolítico. - Não é analgésico, mas não precisa tanto opióide. - Diazepam e Midazolan (intubação endotraqueal). Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 PROPOFOL: - Ação ultra-curta. - Sedativo, hipnótico, antiemético, anticonvulsivante, antipruriginoso. - Não é analgésico. - Não afeta musculatura brônquica. - Desvantagens: dor no local da injeção, hipotensão, bradipneia, bradicardia e risco de infecção. Efeitos cardiovasculares em crianças. CETAMINA: - Hipnose, analgesia e amnésia mais próximo do ideal. - Antagonista do glutamato. - Agonista alfa e beta-adrenérgico (broncodilatador). - Duração curta. - Bom para procedimentos diagnósticos, cirurgias superficiais curtas, intubação endotraqueal e choque hipovolêmico (↑ PA, taquicardia, broncodilatador). - Cuidar cardiopatia. - Sonhos desagradáveis, catalepsia (olhos abertos, em nistagmo). ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES: - Indução, manutenção e analgesia PO. - Fentanil, sufentanil, meperidina, remifentanil, morfina. - Remifentanil não acumula, por isso diminui a analgesia no PO. - Efeitos Adversos: hipertermia maligna, depressão respiratória e cardiovascular, arritmia, aborto, hepatopatia leve, fenômenos de emergência (característica dos barbitúricos – oscilação de efeitos). ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES: - Atuam nos receptores colinérgicos (acetilcolina) nicotínicos da junção neuromuscular. Colinesterase aumenta seu metabolismo, diminui o tempo de ação. - Agentes não competitivos e despolarizantes: despolarizam a placa depois a bloqueia, mimetizam a acetilcolina. SUCCINILCOLINA: - Despolariza a placa e depois bloqueia os canais de sódio. - Exposição repetida faz com que menos despolarização seja necessária até o bloqueio completo. - Melhor perfil para intubação endotraqueal. - Cuidar em meninos < 8 anos: distrofia muscular hipertermia maligna. - Agentes competitivos e não-despolarizantes: impedem a despolarização da placa Metocurina, Galamina e Pancurônio. Bloqueia os canais fechados e prejudica a liberação pós sináptica. - Utilizados para procedimentos curtos (intubação), intermediários (procedimento ambulatorial) ou de longa duração. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 a) Curta duração: Succinilcolina e Mivacúrio. b) Duração intermediária ( < 3h) : Atracúrio, Rocurônio... c) Duração prolongada ( > 3h) : Metocurina, Galamina e Pancurônio. - Todos tem a mesma eficácia. O que define a escolha é a latência e duração de efeito. - Hipertermia maligna: distúrbio na contração muscular (rigidez muscular e trismo + aumento rápido da temperatura). Mais comum em pediatria. Uso de Sudamadex (bloqueador neuromuscular que não atua nos receptores nicotínicos). ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- HIPNO-SEDATIVOS E ANSIOLÍTICOS: - Indução de sono + sedação (hipnose) + redução de reflexos polissinápticos. - Insônia: pobre qualidade de sono. Dificuldade para iniciar ou manter o sono. Acordar muito cedo ou não obter descanso. Há consequências no período diurno: diminuição das funções cognitivas, cansaço, irritabilidade. Mulheres, idosos e pctes com comorbidades associadas tem mais chance de insônia. Crônica Primária: sem causa específica, 3 noites/semana, por 1 mês. Crônica Secundária: associada a doenças médicas, problemas psicológicos/psiquiátricos ou medicamentos tratamento objetiva resolver o problema causal. Transitória/Curta ação: estresse agudo, viagens única indicação comprovada de hipnóticos. - Ex: depressão = insônia terminal = pcte consegue dormir a qualquer momento, tem facilidade, mas acorda no meio da noite e não consegue mais dormir. - Drogas não alteram o sono REM (rapid eye movement), mas aumenta o tempo de sono, aumentando o tempo de sono REM. - Álcool seda, mas não melhora a qualidade de sono. - Causam: tolerância,dependência física e síndrome da abstinência. BENZODIAZEPÍNICOS: - Representantes maiores dos ansiolíticos (relaxamento muscular). - GABA: hiperpolariza a célula = inibe sua atividade. - Ação nos receptores GABA-A (potencializam a ação gabaérgica). Receptores GABA: Alfa-1: efeitos sedativos, anticonvulsivantes e amnésicos dos BZD. Alfa-2 e Alfa-3: efeitos ansiolíticos seletivos = hipnóticos Z = Zolpidem. - Maior índice terapêutico com menor dependência. - Sono mais próximo do fisiológico. - Insônia transitória ou de curta-ação. - Meia vida mais longa efeito residual de sedação pela manhã. - Iniciar tratamento com doses pequenas. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 - Duração curta de tratamento (até 4 semanas). Uso prolongado precisa de retirada gradual (sintomas de retiradas). - Uso continuado gera tolerância. - São teratogênicos = NÃO usar em grávidas. - Efeitos paradoxais = crianças e idosos = surtos psicóticos. BZD LONGA AÇÃO BZD CURTA AÇÃO OUTROS Diazepan Midazolan Zolpidem Clonazepan (Rivotril) Temazepan Zopiclona Fluorazepan Trizolan Antidepressivos Flumitrazepan Anti-histamínicos Diazepan: meia vida de 16h, pode dar sedação residual. Midazolan: não são ansiolíticos, apenas hipnóticos. EDA, biópsia. Temazepam e Triazolan não são mais utilizados: agressividade ao acordar e efeito rebote. Antidepressivos = Amitriptilina: insônia causada pela depressão. Zolpidem: indutor potente de sono. Efeitos rápidos. Disforia. - Efeitos adversos: tolerância e dependência (Zolpidem e BZD de curta duração). Insônia de rebote na retirada. Síndrome de Abstinência. - Ansiedade Generalizada: síndrome psiquiátrica. Preocupação excessiva ou tremores, geradas por fatores do cotidiano, por, no mínimo, 6 meses, com prejuízo das atividades diárias. Sintomas motores, autonômicos, aumento da vigilância, menor concentração. - Objetivos do tratamento: diminuir sintomas. Benzodiazepínicos! - Antidepressivos (inibidores seletivos da receptação de serotonina) = diminui a depressão = diminui ansiedade generalizada. - Drogas + Psicoterapia + TCC. FÁRMACOS DE USO NÃO MÉDICO: emprego de substâncias com atividades sobre o SNC com o intuito de produzir emoções e sensações gratificantes, não obrigatoriamente iguais aos efeitos terapêuticos. - Efeito estimulante no SNC. - Uso agudo tem pequeno efeito deletério. - Álcool, barbitúricos, BZD, cocaína, anfetamina, opioides (morfina, heroína), psicodélicos, cannabinoides, solventes voláteis, nicotina. - Tolerância: a dose necessária para estimular o SNC começa a ser tão alta que causa arritmia cardíaca = morte. - Teste de Fagestrom Nicotina. Escala CAGE Alcoolismo. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 ANTIPSICÓTICOS: - Psicose: perda lógica do pensamento, incapacidade de julgamento, percepção incorreta da realidade, alucinações, ilusões, excitação extrema e/ou comportamento violentos. Psicoses Relacionadas: Paranóide: há sentido no pensamento. Esquizoafetiva: manifestações maníacas e depressivas. Freniforme. Psicoses Reativas Breves. - Esquizofrenia: perda progressiva da sociabilidade, deterioração dos autocuidados, perda dos limites de ego, incapacidade de se reconhecer como indivíduo, graves perturbações no pensamento lógico, autismo, alucinações, ilusões, ideias persecutórias. Duração > 6 meses. Completa desorganização do pensamento. Fase aguda: surto psicótico. Hebefrênica: desorganização. Catatônica: ausência de resposta motora espontânea. Paranóide: sentimento de perseguição. Indiferenciada: sem polarização comportamental. Residual: após intervenção, sem características mais marcantes. - Manejo não farmacológico não é muito efetivo. - O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas. Antipsicóticos >> Sedativos. - Tratamento do surto: evitar riscos de trauma e exposição, suprimir sintomas, melhorar funções mentais e desempenho social. Administração intramuscular. - Manutenção: melhorar funcionamento e qualidade de vida, manter ausência de sintomas, reduzir recaídas e monitorar. Normalmente VO. - Pacientes Refratários: aqueles que não respondem a 2-3 tratamentos com 2 antipsicóticos convencionais em doses plenas por 6 meses, nos últimos 5 anos. - Antipsicóticos bloqueiam receptores dopaminérgicos D2. - Podem funcionar como tranquilizantes e antieméticos. - Utilizados em esquizofrenia e psicoses agudas e crônicas. - Todos os fármacos tem a mesma eficácia. São selecionados pela quantidade de efeitos adversos, por uma resposta prévia (muito importante!), conveniência de uso e custo. - São altamente lipofílicos = fácil penetração no SNC = acumulam. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 - Atravessam a placenta e são secretados no aleitamento. ANTIPSICÓTICOS CONVENCIONAIS – NEUROLÉPTICOS: - Bastante efeito adverso extrapiramidal. - Fenotiazina: Clopromazina mais sedativa, mais rápida e eficaz. Antiemético. - Butiofenona: Haloperidol mais efeitos no sistema piramidal. - Efeitos extrapiramidais: Parkinsonismo (sem degradação da substância nigra). Constante movimentação = acatisia. Distonia aguda. - Sedação, hipotensão postural, ginecomastia, alergia, icterícia. - São bloqueadores de dopamina = NÃO em Parkinson. ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS: - Pouco ou ausência de efeitos extrapiramidais. - Clozapina pacientes refratários. - Loxapina, Quetiapina, Sertindol. - Tratamento de sintomas negativos (depressivas, paradas).. - Menor taxa de recidiva. - Tratamento da crise e não na manutenção. - Agranulocitose, miocardite, ganho de peso, indução de DM. - Alto custo. ** Igualmente eficazes no controle dos sintomas positivos (agitação, ideação, traquilalias..). ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ANTIDEPRESSIVOS: - Distúrbios do Humor: depressão maior, melancólica, pós-parto, atípica,mascarada, unipolar, distimia (neurose depressiva), doença bipolar (episódios de depressão e mania) e mania (euforia, expansividade, irritabilidade, excesso de autoestima, fuga de ideias, menor necessidade de sono). - Na depressão: monoaminas endógenas (serotonina, norepinefrina e dopamina) em menor quantidade. - Características: insônia terminal ou excesso de sono, sentimentos de desvalia ou culpa recorrentes, pensamentos de morte, alterações de peso/apetite. - A síndrome depressiva possui altas taxas de recorrência. - Fatores de risco: histórico familiar de doença bipolar/recorrente, início da depressão antes dos 20 anos, quadro grave com tentativa de suicídio. - Medidas não medicamentosas: Aconselhamento telefônico, terapia cognitivo-comportamental, tratamento psicológico ativo. - Fármacos funcionam para: depressão, transtornos de ansiedade, bulimia nervosa e dor crônica. - Objetivos: reduzir sinais e sintomas, reduzir recorrência e retomar ocupações. - A eficácia dos antidepressivos é a mesma, o que muda são os efeitos adversos. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 a) ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLIOS (ADT): - Depressão grave. - SUS: Amitriptilina, Noritriptilina, Imaprina e Clomipramina. - São anticolinérgicos boca seca, constipação, taquicardia, retenção urinária, sono, glaucoma, redução da memória. - Inibidores da receptação de noradrenalina. - Inicia com doses pequenas e o aumento é gradual. - Duração do tratamento é prolongada (6-9 meses). - Retirada é gradual.b) INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS): - Depressão leve-moderada. - Menos efeitos adversos. - Não são cardiotóxicos. - Redução da libido. - Fluoxetina quase atóxica, tem um limite de ação, dá ansiedade. - Sertralina. - Latência de efeito é de 2-3 semanas. - Retirada súbita (de uma só vez). - 1ª linha de escolha para depressão pós-parto. c) HETEROCÍCLICOS / ADH / ATÍPICOS: - Citalopram, Mianserina e Maprotilina = não tem efeitos cardiotóxicos. - Trazodona dá muito sono. - Bupropiona = parar de fumar. d) INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE NOREPINEFRINA. e) INIBIDORES DA MAO: - Prescrição por especialistas. - Inibem a destruição das catecolaminas nas sinapses. - Interação com produtos derivados do leite. - Em pctes que não respondem com antidepressivos convencionais ou pctes com depressão atípica. f) INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE DOPAMINA. - Efeitos Adversos: virada maníaca, hipotensão postural, taquicardia, arritmia. Maior suscetibilidade de efeitos adversos no idoso. LÍTIO: é o melhor antimaníaco. - Tratamento agudo e manutenção da mania e depressão. - Bloqueia a função dopaminérgica. - Resposta lenta e alta toxicidade. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 ANTICONVULSIVANTES: - Epilepsia: surtos de descargas elétricas sincrônicas espontâneas, repentinas, excessivas e sustentadas. Parciais X Generalizadas. Primárias X Secundárias. 1. Crises parciais: começam focalmente em uma região do córtex. a) Simples não tem alteração de consciência. b) Complexas desorganiza consciência e memória. c) Parciais seguidas de crises generalizadas secundárias: tônico, tônico-clônica ou clônica. 2. Crises generalizadas: podem ser convulsivas ou não convulsivas (com ou sem expressão motora). Bilaterais, simétricas com alterações sincrônicas no eletroencefalograma. a) Ausência (pequeno mal) desconecta do ambiente. b) Mioclônicas contração de grupos musculares difusos. c) Clônicas treme, altera relaxamento e contração. d) Tônica contrações sustentadas. Opistótono. e) Tônico-clônica (grande mal) hiperextensão e tremelico se alternam. Epilepsia. Perda súbita de consciência, cerramento de mandíbula, mordedura de língua. f) Atônicas relaxamento da musculatura esquelética. 3. Não classificáveis: expressão mesclada. - Tem muita despolarização, descargas repetitivas sustentadas, sem hiperpolarização inibitória = precisa de medicamentos que hiperpolarizem ou que não deixem despolarizar. - Tem ativação de canais de cloro voltagem dependentes para auxiliar na sustentação das contrações = precisa medicamentos que cancelem essa liberação de cloro. - Não tem ação do GABA suficiente (neurotransmissor inibitório) = precisa de medicamentos que ativem e aumentem a ação do GABA. Bloqueadores dos Canais de Sódio impedem a liberação de neurotransmissores excitatórios (glutamato, aspartato). Crises parciais e tônico-clônicas generalizadas. Carbamazepina, fenitoína, Ácido Valproico. Aumento da ação inibitória do GABA seja fechando canais de cloro (barbitúricos e BZD), inibindo a degradação enzimática (ácido valproico), aumentando a sua liberação (gabapentina). Bloqueadores dos Canais de Cálcio para crises de ausência. Etossuximida, trimetadiona, ácido valproico. Inibição dos receptores gabaérgicos tipo A BZD e Ácido valproico. Crises mioclônicas. - Antiepiléticos são prescritos para prevenir a recorrência de crises. - Objetivo do tratamento: controlar crises, controlar efeitos adversos, restaurar qualidade de vida. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 Parciais Simples/ Complexas Carbamazepina ou Fenitoína Fenobarbital ou Primidona NÃO adianta benzodiazepínico Parciais Secundariamente Generalizadas Ácido Valproico Clobazan, Topiramato, Gabapentina, Etossuximida Generalizadas Ácido valproico Ausência: Etossuximida Clônica: Carbamazepina - Esquema monoterapêutico Aumenta até dose terapêutica limite Muda para medicamento com mecanismo de ação diferente Associação empírica (normalmente em recorrência). - Quando polifarmácia: usar mecanismos de ação diferentes (sinergismo). Ácido valproico com carbamazepina. A maioria é indutor do metabolismo hepático = um pode fazer com que o outro seja degradado. - O efeito dos fármacos depende da sua quantidade no SNC. - Só interrompe o tratamento quando 2 anos já livre de crises. - Efeitos adversos: neurotoxicidade (depressores do SNC), alterações comportamentais, tolerância e dependência. - Há grande risco de teratogênese na gestação (evitar acido valproico, fenitoina e barbitúricos). MAL EPILÉTICO EMERGÊNCIA MÉDICA. - Crises contínuas, > 30 minutos // Várias crises sem recuperação da consciência entre elas por > 30 minutos. - Se não for controlado pode gerar dano neuronal permanente. - Suporte ventilatório e hemodinâmico AMPOLA IV DIAZEPAM (agonista GABA – inibitório) Fenitoína (50 mg/min) Midazolan ou Fenobarbital CTI. COLVULSÕES FEBRIS: - Crianças, temperaturas > 38,4°C - Crises tônico-clônicas generalizadas. - Não precisa tratamento contínuo (efeitos adversos). Apenas acompanhar. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO: - Tique: cacoete. Fim da infância e adolescência; piora com o nervosismo. Tratamento com antipsicóticos. - Tremor: tremor postural X tremor de repouso (Parkinson). Trata o postural com beta-bloqueador (não em asmático porque faz broncoconstrição). - Rigidez: espástica (piramidal, AVC) X plástica. - Distonia: rigidez curta e transitória. Consequência de medicamentos (muito bloqueador de dopamina, sobra acetilcolina). Tratamento da distonia generalizada: anticolinérgico (Biperideno). - Espasmo: distonias focais. Movimentos involuntários de um grupo muscular. Toxina Botulínica. - Atetose: movimentos serpentiformes. - Coreia e Balismo (arremesso de tijolo). DOENÇA DE PARKINSON: - Degeneração dopaminérgica da substância negra (pouca dopamina, muita acetilcolina). - Plasil e Dramim (bloqueadores da dopamina) aceleram esse processo. - Dopamina: dá motricidade e ânimo. - Depressão é comum no início da doença Demência. - Doença de Parkinson é a primeira causa de parkinsonismo. A segunda causa é o uso de fármacos = antipsicóticos típicos (bloqueiam dopamina pelos receptores D2, na esquizofrenia), bloqueadores de canais de cálcio (vertigem). No caso do parkinsonismo secundário a medicamentos, o tremor é bilateral simétrico. - TRATAMENTO: LEVODOPA = se tem pouca, dá dopamina = ↓ rigidez. BIPERIDENO = anticolinérgico = tira acetilcolina que tá sobrando = ↓ tremor. Inibidores da MAO = inibe a destruição da dopamina. - Parkinsoniano só tem sintomas acordado, não precisa dar medicamento durante o sono. - Interação da levodopa com proteína animal (não tomar junto com refeições). - Contraindicação absoluta de antipsicóticos atípicos em parkinsonianos em surto psicótico porque esses medicamentos são bloqueadores da dopamina. Pode usar o atípicos, como Clozapina. - Uso crônico de Biperideno predispõe a D. Alzheimer. Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 DEMÊNCIA: - Disfunção psiquiátrica, com dificuldade de memória recente e também perda da capacidade cognitiva anterior (cálculo, orientação,juízo crítico). - Plasticidade cerebral: capacidade de o cérebro formar novas conexões. Sua perda é fisiológica. É a causa da latência de efeito dos antidepressivos. - Idoso normal Comprometimento Cognitivo Leve Demência. - 4 D’s: Demência, Delirium (estado confusional agudo), Depressão (pseudodemência) e Drogas (fármacos: anticolinérgicos (ADT), benzodiazepínicos, Zolpidem, barbitúricos, agonistas dopaminérgicos, anticonvulsivante (fenitoína), digitálicos, beta-bloqueadores, opioides. - Tratamento com dose efetiva de antidepressivos = resultado em 30-40 dias. No idoso, começa com doses menores pela alta chance de efeitos adversos. Tempo mínimo de uso de antidepressivo = 1 ano. Retirada gradual. - Para diagnosticar: 1. Tira antidepressivos tricíclicos e Anticolinérgicos (parassimpáticolíticos) que possam causar Delirium. 2. Depressão? Usa inibidor da receptação da serotonina. 3. Se tudo isso for feito e não resolver = provavelmente estamos diante de D. de Alzheimer. DOENÇA DE ALZHEIMER: - Neurodegenerativa. - Atrofia do núcleo da base de Meynert: núcleo de expressão de acetilcolina Inibidores de Acetilcolinesterase = Parassimpáticomiméticos = Rivastigmina (aumento da dose gradativamente para acomodar o organismo / tolerância aos efeitos). * Por isso não posso dar antidepressivo tricíclico para idoso que suspeito de demência. Se ele já tem pouca acetilcolina, não posso dar um parassimpáticomimético, que aumente a acetilcolinesterase (enzima que degrada a acetilcolina). - Achados anatomopatológicos: placas senis e emaranhados neurofibrilares. - Outra hipótese de causa: excitotoxicidade do glutamato = neurotransmissor excitatório = causa morte neuronal Agonista Parcial do Glutamato = Memantina = ↓ excitotoxicidade (para diminuir a atividade do SNC sem tirar, estimula menos do que o estímulo endógeno). Na fase 1 e 2 (inicial e intermediária) = Inibidor da Acetilcolinesterase = ↑ Cognitiva. Na fase 3 (avançada) = não adianta mais inibidores porque não vai ter melhora. DEMÊNCIA VASCULAR: - Tende a aparecer mais precocemente. - Raciocínio fica mais lento (ocorre dano axonal). Agnes Gabrielle Wagner – ATM 2022/1 DEMÊNCIA DE CORPOS DE LEVY: - É uma mistura. - Parkinsonismo discreto + Alucinações visuais.
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