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1 Capítulo 5 – Análise com volumes de controle fixos Como dito anteriormente, a análise de alguns problemas de Mecânica dos Fluidos aplicados a engenharia é mais fácil, e adequada, quando feita a partir da consideração de volumes de controle. Exemplos ► Tempo para preenchimento de um tanque com líquido. ► Força para manter uma turbina presa em uma bancada de testes. ► Transferências de líquidos entre dois tanques desnive- lados. ► Etc. 2 Conceitos básicos para abordagem desses problemas ► Conservação da massa. ► Segunda lei de Newton. ► Leis fundamentais da termodinâmica. ► Teorema de Reynolds (forma geral). SCVC dAbbdtDtDB nV VSIS 3 5.1 Conservação da massa e equação da continuidade 5.1.1 Derivação da equação da continuidade ► Um sistema é definido como uma quantidade de massa fixa e identificável de um material. Desta definição, e do princípio da conservação de massa, vem que, ► Assim, se a massa é o parâmetro físico, como na equação anterior, teremos, 0SIS Dt DM 0 SCVC dAdt nV V Significa que a taxa de variação de massa no volume de controle somada à vazão líquida de massa através da superfície de controle é nula. 4 Seguindo a discussão, ► Consideremos a figura a seguir que mostra um sistema e um volume de controle fixo, coincidentes num dado instante t. • (a) em t - δt. • (b) em t (coincidentes). • (c) em t + δt. 5 ► Aplicando o teorema de Reynolds. SISSIS dVM 0 SCVCSIS dAdtdDtD nV VV Taxa de variação temporal da mas- sa do sistema coincidente. Taxa de variação temporal da mas- sa no volume de controle coincidente. Vazão líquida de massa através da superfície de controle. 6 Ponderações. ► Se o escoamento é permanente, ► A vazão em volume através da área dA da superfície de controle é, ► A vazão em massa através de dA é, ► Se o escoamento é para fora do volume de controle, ► Se o escoamento é para dentro do vol. de controle, dAQ nV 0 VC dt V dAm nV 0nV 0nV 7 Com essas ponderações. Onde • é vazão em massa líquida total no volume de controle (kg/s). • é vazão em massa que entra no volume de controle (kg/s). • é vazão em massa que sai no volume de controle (kg/s). 0 mmmdA entrasaiSC nV m Difícil de calcular em alguns casos Fácil de medir na maioria dos casos entram saim 8 ► A vazão em massa, , através de uma superfície de controle de área, A, pode ser dada por, Onde ρ é a massa específica e V é perpendicular a A. ► A equação acima só representa a realidade, se considerarmos valores médios para ρ e V ao longo do escoamento. Assim, como Vem que, VAQm SC dAm nV m A dA VdAAV SC SC nVnV 9 ► Se o perfil de velocidade do escoamento é uniforme na seção transversal que apresenta área A, isto é, se o escoamento for unidimensional, temos, Onde U é a velocidade do escoamento. U A dA V SC nV 10 Assim, num ponto da superfície de controle... ► (se a velocidade e a densidade forem constantes ao longo da área A) 11 5.1.2 Volumes de controle fixos e indeformáveis Exemplos 1) A água do mar escoa em regime permanente no bocal cônico mostrado na figura abaixo. No bocal, está instalado uma mangueira e esta é alimentada por uma bomba hidráulica. Qual deve ser a vazão em volume da bomba para que a velocidade de descarga da seção do bocal seja igual a 20 m/s? 12 Solução ► O volume de controle contém, em qualquer instante, a água do mar que está contida na mangueira. ► Temos informações sobre a seção de descarga do bocal. Assim, poderemos encontrar a vazão no volume de controle. ► Aplicando o teorema de Reynolds, ► Como o regime é permanente, ► Logo, 0 SCVCSIS dAdtDtDM nV V 0 VC dt V 2112 ,0 mmmmdASC nV 13 ► Por outro lado, como o regime é permanente, ► Ainda temos ρ1= ρ2, portanto, ► Daí, 2211 21 QQ mm smQ DAVQQ /0251,0)040,0( 4 20 2 32 1 2 2221 21 QQ 14 2) O ar escoa entre duas seções de um tubo de diâmetro igual a 10 cm, como mostrado na figura abaixo. As distribuições de pressão e temperatura são uniformes em cada seção. Se a velocidade média do ar na seção (2) é 304,8 m/s, calcule a velocidade média na seção (1). 15 Solução ► O volume de controle indicado na figura contém, a todo instante, o ar em quantidade constante, já que o escoamento é permanente. ► Aplicando o teorema de Reynolds, ► Como, (escoamento permanente) ► Então, 0 VCVCSIS dAdtDtDM nV V 0 VC dt V 12 12 0 0 mm mmdA dA SC SC nV nV 16 ► Seguindo, ► Não podemos considerar ρ1 = ρ2, pois a massa específica do ar varia com a pressão e a temperatura. Isto é, 222111 12 AVAV mm s m k kV Tp VTp A RT p AV RT p A AVV Assim RT p 8,66 4535,689 8,30454087,126 , 1 21 212 1 1 1 22 2 2 11 222 1 17 3) A figura a seguir mostra o desenvolvimento de um escoamento laminar de água num tubo reto (raio R). O perfil de velocidade na seção (1) é uniforme com velocidade U paralela ao eixo do tubo. O perfil de velocidade na seção (2) é assimétrico, parabólico e com velocidade nula na parede do tubo. Qual a relação existente entre U e uMax? Qual a relação existente entre a velocidade média na seção (2), VMed(2), e uMax? 18 Solução ► Aplicando o teorema de Reynolds, ► Como, (escoamento laminar permanente) ► Então, ► Na seção 1, V = U e ainda, U é perpendicular a A1. Logo, 0 VCVCSIS dAdtDtDM nV V 0 VC dt V 0 0 21 AA SC dAdA dA nVnV nV UAdAUdA AA 11 )180cos(nV 19 Seguindo, ► Agora, analisando a seção 2: • Os componentes de V também são perpendiculares a área A2. • n aponta para fora, logo V.n > 0. • A seção A2 é circular de raio R. Assim, 0 2 A dAUA nV 20 ► Dessa forma, 0 42 2 012 021 , 1 02 0 2 42 2 0 2 3 2 0 2 2 2 0 2 R Max R Max R Max Max R R rruR dr R ruRU rdr R ruUA Daí R ruu rdruUA 21 ► Seguindo, ► Nas paredes da seção (2), u = 0. A velocidade máxima na seção (2), por sua vez, é 2U. Desta forma, UuRuRU R RRuRU R rruRU MaxMax Max R Max 20 4 2 0 42 2 0 42 2 2 2 2 42 2 0 2 42 2 UUuV Max 2 2 2 0 22 ► Cálculo formal de 2V dA A V A nV ˆ1 rdr R ru R V R 21 1 0 2 max22 42242212 22 2 max 0 2 42 2 max 0 2 2 max 2 RR R u R rr R urdr R r R uV RR 4 2 2 2 max 2 R R uV U uV 2 max 2 ► Solução Proposta pela aluna Patrícia Martins 23 UVqueVemconstanteUVCom AVAV Entãoiguaissaídaeentradadeáreasase ívelincompressepermanenteescoamentooSendo 21 2211 ,. ,. , 24 O exercício anterior, trata do “escoa- mento de Poiseuille” ► Descoberto experimentalmente por Poiseuille durante estudos sobreo movimento de sangue na artéria aorta. ► A unidade de viscosidade, poise, é uma homenagem aos seus traba- lhos. 2 max 1)( R ruru Jean Louis Marie Poiseuille (1797 ‐ 1869) 25 4) A banheira retangular mostrada na figura abaixo está sendo enchida com água fornecida por uma torneira. A vazão em volume é constante e igual a 2,0 m3/h. Determine a taxa de variação temporal da profundidade, h, de água na banheira. 26 Solução ► O volume de controle contém, em qualquer instante, a água acumulada na banheira, a água descarregada pela torneira e o ar. ► Aplicando o teorema de Reynolds, 0 SCVCSIS dAdtDtDM nV V 0 aráguaVágua águaVar ar mmdtdt VV 27 ► Ponderações: • As taxas de variação temporal das massas de ar e água, isoladamente, não são nulas. • O princípio da conservação da massa nos leva ao fato que a taxa de variação temporal da massa de ar no volume de controle precisa ser igual ao fluxo de ar que sai de dentro do volume. • Idem para água. Daí, 0 0 águaVágua água arVar ar md t md t V V 28 ► A taxa de variação temporal da massa de água pode ser calculada por Onde Vbanheira = hx 0,6 x 1,5 é o volume água na banheira em t. Vj = (0,5 – h)Aj é o volume de água na banheira em t + δt. Aj é a área transversal do jato d’água. Daí, vem que, ])5,0()5,16,0([ )]([ jáguaVágua água jbanheiraáguaVáguaáguaVágua água Ahh t d t t d t d t V VVVV águajágua mAhht ])5,0()5,16,0([ 29 ► Na equação abaixo, h é o único parâmetro a variar, logo, ► Assumindo que Aj << 0,9, teremos, min/37/102,6 3600 2 9,0 1 9,0 4 3 mmsm s mQ t h água )9,0( )9,0( ])5,0()5,16,0([ j água águaáguaágua águajágua águajágua A Q t h Qmmas m t hA mAhh t ► Solução Proposta pelo aluno Alex Machado 30 9,0 9,0 )9,0( 9,0 )()5,0()9,0()( , 5,09,0)5,0()9,05,1( , Q dt dhtermosASe A Q dt dh dt dhA dt dhQ hA dt dA dt dh dt dQt dt d tempoaorelaçãoemequaçãoestaDerivando hAAhAhhQt VolumeQt t VolumeQ temosbanheiraaencherparanecessáriooquemenorttempoumPara j j j jj jjj 31 5) Um escoamento de água é descrito pelo campo de velocidade Determine a vazão em massa no paralelogramo mostrado na figura abaixo. kjiV zyx 5)42()23( 32 Solução ► Aplicando o teorema de Reynolds, ► Como temos um escoamento permanente, logo, ► Assim, 0 SCVCSIS dAdtDtDM nV V kjiV zyx 5)42()23( 0 VC dt V 012 mmmdASC nV 33 ► Continuando, 6 65 54 4 2 3 321 1 facefaceface face facefaceSC dAdAdA dAdAdAdA nVnVnV nVnVnVnV )50,50(5:6 )50,50(5:5 )20,50(42:4 )20,50(23:3 )20,50(42:2 )20,50(23:1 56 55 44 33 22 11 yxzFace yxzFace zyyFace zxxFace zyyFace zxxFace nVkn nVkn nVjn nVin nVjn nVin 34 ► Daí, ► Este resultado mostra que a vazão líquida através da superfície de controle é nula e, portanto, a massa se conserva dentro do volume de controle (paralelogramo da figura). 0 , )5()5()42( )23()42()23(1000 5 0 5 0 5 0 5 0 5 0 2 0 5 0 2 0 5 0 2 0 5 0 2 0 m Logo dzdyzdzdxzdzdyy dzdyxdzdxydzdxxm 35 Características importantes dos exemplos anteriores ► Todos os escoamentos são permanentes e têm volumes de controle fixos. Logo, ► Para um escoamento transitório, 0 0 0 entrasai entrasai VC QQ mm d t V VC dt 0V 36 ► Se o volume de controle só apresenta uma seção de alimentação ou descarga, e o regime do escoamento é permanente, ► Se for incompressível, 222111 VAVAm 2211 VAVAQ 37 5.1.3 Volumes de controle indeformáveis e móveis ► Muitas vezes é necessário analisar um escoamento utilizando um volume de controle indeformável solidário a um referencial móvel. ► A velocidade do fluido em relação ao volume de controle móvel (velocidade relativa) é importante nesses casos. Sejam, • W a velocidade do fluido vista por um observador solidário ao volume de controle. • VVC a velocidade do volume de controle vista por um observador solidário a um referencial fixo a terra. • V a velocidade do fluido vista um observador imóvel solidário ao referencial fixo a terra. • Assim, V = W + VVC -> W = V – VVC 38 Exemplos 1) Um avião move-se com velocidade de 971 km/h como mostrado na figura abaixo. A área frontal da turbina é 0,8 m2 e a massa específica do ar que entra por essa seção é 0,736 kg/m3. Um observador fixo a terra observa que a velocidade de exaustão dos gases é de 1050 km/h. A área de exaustão da turbina é 0,558 m2 e a massa específica dos gases exauridos é de 0,515 kg/m3. Estime a razão de massa de combustível para dentro da turbina em kg/h. 39 No referencial fixo ao avião. • W1 é a velocidade do ar em relação ao avião. • W2 é a velocidade dos gases exauri- dos pela turbina em relação ao avião. controlevolterrafluido Mas hkm ./2 2 1 ? )/(971 VVW W jW 40 No referencial fixo a Terra. • V1 é a velocidade do avião em relação a Terra (= VVol.Contole). • V2 é a velocidade dos gases exauridos pela turbina em relação a Terra (= Vfluido/Terra). )/(2021)971(1050 , )/(1050 )/(971 2 ./2 /2 .1 hkm Então Como hkm hkm controlevolterrafluido terrafluido controleVol jjjW VVW jVV jVV 41 42 Solução ► O volume de controle mostrada na figura contém todo ar, combustível e gases localizada no interior da turbina. Este volume é indeformável, porém, móvel para um referencial fixo a terra. ► Aplicando o teorema de Reynolds, ► Temos um escoamento permanente, logo, ► Assim, 0 SCVCSIS dAdtDtDM nV V 0 VC dVt argáscomb combargásSC mmm mmmdA . . 0nV 43 Continuando, ► Da equação, ► Temos Onde W1 e W2 são as velocidade de entrada e saída do volume de controle do ar e dos gases, respectivamente, para um observador solidário ao avião. • W1 = 971 km/h. • W2 = V2 – Vavião = 1050 – (-971) = 2021 km/h (veja página 38). argáscomb mmm . 1122. AWAWm argáscomb 44 ► Continuando, h kgm h mm m kg h mm m kgm comb comb 9100 1097180,0736,0 102021558,0515,0 . 32 3 32 3. 45 2)A vazão de água no irrigador de jardim da próxima figura é 1000 ml/s. Se a área de seção de descarga de cada um dos bocais do irrigador é de 30 mm2, determine a velocidade da água que deixa o irrigador em relação ao bocal se: (a) a cabeça do irrigador for imóvel. (b) a cabeça do irrigador apresenta uma rotação de 600 rpm. (c) a cabeça do irrigador acelera de 0 a 600 rpm. Suponha que cada braço do irrigador tenha 20 cm de comprimento. 46 Solução ► O volume de controle mostrado na figura contém, em todo instante, toda água localizada na cabeça do irrigador. Este volume é indeformável, porém,móvel para um referencial fixo a terra. ► Aplicando o teorema de Reynolds, ► Temos um escoamento permanente, logo, ► Assim, 0 SCVCSIS dAdtDtDM nV V 0 VC dVt saientra entrasaiSC mm mmdA 0nV 47 ► Como há duas saídas e uma entrada, ► Para os três casos, W2 independe da velocidade angular do irrigador (W2 foi calculada para um referencial fixo à cabeça do irrigador) e representa a velocidade (média) das seções de descarga. smW A QW QWADaí QmeWAm águaágua águaentraáguasai /7,16 10302 101000 2 2, 2 6 6 2 2 2 22 22 48 ► A velocidade para um observador fixo a terra é, W2 = V2 + U (V2 = W2 - U) Onde U é a velocidade do bocal em relação a um referencial fixo a terra. ► r é o raio do irrigador. odispositivdoirrigadordocabeça cabeçadaRaiodaangularVelocidadeU rU 49 ► Com relação a um observador estacionário... a) O irrigador está parado. b) A cabeça gira a 600 rpm. UWV 22 rU m/s7,162 22 V WV 1 rpm = 2π rad·min−1 = 2π/60 rad·s−1 ≈ 0,10471976 rad·s−1 600 rpm = 62,83186 rad·s−1 m/s4,13 0,262,831867,16 2 2 22 V V rWV 50 c) A cabeça do irrigador acelera de 0 a 600 rpm. Isto significa que U = U(t)=ωt r (m/s) 12,566377,16)( 0,262,831867,16)( )()( 2 2 22 ttV ttV rtWtV 600 rpm = 62,83186 rad·s−1 51 5.2 Segunda Lei de Newton – As equações da quantida- de de movimento linear e do momento da quantidade de movimento 5.2.1 Derivação da equação da quantidade de movimen- to ► Segunda Lei de Newton, Taxa de variação temporal da Soma das forças quantidade de momento linear = externas que agem do sistema sobre o sistema ► Para uma partícula fluida de massa ρdV, a quantidade de movimento é dp = VρdV. Assim, a quantidade de movimento do sistema é, V SIS dVpEquação vetorial dV é diferencial de volume 52 ► Aplicando a segunda Lei de Newton, ► Considerando o caso em que o sistema coincide, mesmo que instantaneamente, com o volume de controle. SistemaSIS dDtDDtD FVp V ecoincident controledeVolumeSistema FF 53 ► Aplicando o Teorema de Reynolds, ► Multiplicando pelo vetor velocidade, SCVCSISSIS dAdtdDtDMDtD nV VV SCVCSIS dAdtdDtD nVVVV VV Taxa de variação temporal da quantidade de movimento linear do sistema . Taxa de variação temporal da quantidade de movimento linear do volume de controle. Fluxo líquido de quantidade de movimento linear através da superfície de controle. 54 ► Combinando as equações, ► Obtemos a equação da quantidade de movimento linear SistemaSIS dDtDDtD FVp V SCVCSIS dAdtdDtD nVVVV VV ecoincidentcontroledeVolumeSCVC dAdt FnVVV V ecoincident controledeVolumeSistema FF 55 ► A somatória, contém, 1. Forças de campo (mas, só consideraremos o campo gravitacional em nossos estudos). 2. Forças superficiais exercidas sobre o volume de controle pelo material que está localizado nas vizinhanças externa do volume de controle, por exemplo, paredes de um recipiente. Estas são forças de reação no fluido feitas pelas paredes que o confinam. 3. Um objeto imerso em um escoamento também exerce forças superficiais sobre o fluido. ecoincident controledeVolumeF 56 5.2.2 Aplicação da equação da quantidade de movimento linear ► A equação, é vetorial e sua análise é feita em um sistema de coordenadas Cartesianas (x, y, z) ou cilíndricas (r, θ, z). ► Principais considerações para o uso da equação acima são: Escoamentos permanentes e unidimensionais. (vídeos) ecoincidentcontroledeVolumeSCVC dAdt FnVVV V 57 Exemplos 1) A figura abaixo mostra um jato de água horizontal incidindo num anteparo estacionário. O jato é descarregado do bocal com velocidade uniforme e igual a 3 m/s. O ângulo entre o escoamento de água, na seção de descarga do anteparo, e a horizontal é θ. Admitindo que os efeitos gravitacionais e viscosos são desprezíveis, determine a força necessária para manter o anteparo imóvel. 58 Solução ► Consideremos o volume de controle a seguir ► Aplicando a equação da quan- tidade de movi- mento, Lembrando que AzSCVC AXSCVC ecoincident controledeVolumeSCVC FdAwdw t FdAudu t scomponenteEm dAd t nV nV FnVVV V V V 0, vcasoneste wvu kjiV 59 ► Se o regime de escoamento é permanente, ► Ponderações, • A água entra e sai do volume de controle como um jato livre a pressão atmosférica. • Assim, a pressão que atua na superfície de controle é uniforme e igual a pressão atmosférica. • A força líquida devida a pressão atmosférica é nula. • Desprezando os pesos da água e do anteparo, as únicas forças que atuam no conteúdo do volume de controle são as componentes horizontal e vertical que mantêm o anteparo fixo. 0 VCVC dwtdut VV 60 • Na seção 1 • Na seção 2 • Como desprezamos os efeitos gravitacionais e viscosos, • ► Assim, na seção 1, na seção 2, Daí, 1VnV 021 ppp 21 VV 2VnV sencos 11 VweVu 1Vu AxAASC FdAudAudAu 21 nVnVnV AzAASC FdAwdAwdAw 21 nVnVnV 61 ► Primeiro na direção x ► Na direção z )1(cos)cos1(cos )(cos)( 2 11 2 111 2 11 2 1 2121111111 21 VAFouVAAVAVF VVeAAFAVVAVV dAudAudAu AxAx Ax AxAASC FnVnVnV sen )(sen)(0 2 11 212121111 21 VAF VVeAAFAVVAV dAwdAwdAw Az Az AyAASC FnVnVnV 62 ► Logo, ► Substituindo os valores fornecidos, ► Se θ = 0 Fax = Faz = 0. ► Se θ = 90o Fax = Faz = 50,1 N. ► Se θ = 180o Fax = -100,2 N e Faz = 0. NFAx )cos1(1,50)cos1)(3)(1057,5)(999( 23 NFAz sen1,50)sen)(31057,5)(999( 23 )cos1()cos1( 1 2 11 VmFouVAF AxAx sensen 21211 VmFouVAF AzAz 63 2) Determine a força necessária para imobilizar um bocal cônico instalado na seção de descarga de uma torneira de laboratório (figura) sabendo que a vazão de água na torneira é de 0,6 litros/s. A massa do bocal é de 0,1 kg e os diâmetros das seções de alimentação e descarga do bocal são, respectivamente, iguais a 16 mm e 5 mm. O eixo do bocal está na vertical e a distância axial entre as se- ções (1) e (2) é 30 mm. A pressão na seção (1) é de 464 kPa. 64 Solução ► A força procurada é a força de reação da torneira sobre a rosca do bocal. ► O volume de controle corresponde ao mostrado na figura ao lado. ► As forças verticais que atuam no conteúdo do volume de com- trole, estão mostradas na figura ao lado, menos a pressão atmos- férica, cuja ação é nula em todas as direções. ► As forças devidas as pressões relativas não se anulam. 65 ► Aplicando a equação da quantidade de movimento, na direção vertical, onde 2211 ApWApWFdAwdwt dAwdw t WnASCVC ecoincident controledeVolumeSCVC nV FnV V V 66 ► Se o regime de escoamento é permanente, ► ► Vamos admitir que os escoamento é incompressível ► E também que os perfis de velocidade sejam uniformes na entrada (w1) e saída (w2) (podem não ser em um caso geral). 0 VC dwt V controledeVolumenoentraescoamentooquandowdA controledeVolumedosaiescoamentooquandowdA dAnV 67 ► Desta forma,2211222111 221121 2211 )()( ApApWWFAwwAww ApApWWFdAwdAw ApApWWFdAw WnA WnASS WnASC nVnV nV Sinais negativos, pois as velocidades apontam para baixo 68 ► Daí, 221121 21 22112211 22112211 )( )( )( )()( ApApWWwwmF queVem massadaoconservaçãmmmqueAssumindo ApApWWmwmwF e ApApWWFmwmw WnA WnA WnA 69 ► Substituindo os valores NW gDDDDh gcontroledeVolumegmW NgmW smskg A Qw smskg A Qw skgQAwm W WW nn 028,08,910)516()5()16()1030( 12 1999 )( 12 1 )( 981,081,91,0 /6,30 ]4/)105[( /106,0 /0,3 ]4/)1016[( /106,0 /6,0)106,0(999 6223 21 2 2 2 1 23 3 2 2 23 3 1 1 3 11 70 ► Logo, ► Com FA > 0, seu sentido é para cima (de acordo com o sistema de referência considerado). ► Outros volumes de controle podem ser considerados na solução desse problema. Vejam páginas 131, 132 e 133 do Young. NF F F pWApWwwmF A A A WnA 8,77 028,03,9398,05,16 028,0 4 )1016(1046498,0)6,300,3(6,0 )0()( 23 3 21121 71 3) Água escoa na curva mostrada na figura abaixo. A área da seção transversal da curva é constante e igual a 9,3x10-3 m2. A velocidade é uniforme em todo o campo de escoamento e é igual a 15,2 m/s. A pressão absoluta nas seções de alimentação e descarga são, respectivamente, iguais a 207 kPa e 165 kPa. Determine os componentes da força necessária para ancorar a curva nas direções x e y. 72 Solução ► Vamos considerar o volume de controle mostrado na figura anterior (linha azul tracejada). ► A próxima figura mostra as forças horizontais e verticais que atuam no volume de controle. ► Força peso atua na vertical, portanto, não influencia na determinação da força hori- zontal de estabilização. 73 ► Aplicando a equação da quantidade de movimento, . )( 0 . )(0 0 2102211 . . aatmosféricpressãop AApApApFFdAv FdAu dA anteriorFigoconsideradscoordenadadesistemaNo dA permanenteescoamentod t dAd t AyYSC XSC SC SC controlevol Externas VC SC controlevol Externas VC nV nV nVV FnVV V FnVVV V V 74 ► Considerando a figura anterior, verificamos que nas seções (1) e (2), o escoamento coincide com a direção y, por isso, u = 0. Não existe assim, fluxo na direção x, portanto, FX = 0 (como escrito na equação anterior). ► A força para imobilizar o cano é a reação às forças em y feitas pela água e pressão. ►Na seção (1), ►Na seção (2), )( )( 210221121 2102211 AApApApFdAvdAv AApApApFFdAv AySS AyYSC nVnV nV 11 VeVv nV 22 VeVv nV Cuidado com esse termo. 75 ► Logo, ► Levando em conta que )()()()( )( 212211222111 21221121 AApApApFAVVAVV AApApApFdAvdAv oAy oAySS nVnV oAy ApppAFmV DaíVAmAVmAVm então móduloemVVV AA 2)(2 ,. , )( 21 222111 21 21 76 ► Substituindo os valores, ► Observando que as pressões p1 e p2 são absolutas, então, devemos considerar que. kPakPakPappp kPakPakPapppe pppppAssim pppeppp R R RRo RoRo 653,101165 1073,101207 2, 022 011 2121 2211 s kgm s m m kgVAm 2,141103,92,15999 233 77 ► Assim, NF F Portanto ppAmVF ApApppAFmV Ay Ay RRAy ooRRAy 1,5892 )106510107(103,92,1412,152 , )(2 22)(2 333 21 21 78 4) Determine o módulo e o sentido das componentes nas direções x e y da força necessária para imobilizar o conjunto cotovelo – bocal esboçado na figura abaixo. O conjunto está montado na horizontal. 79 Solução ► De acordo com o texto e a figura, as seções de alimentação e descarga estão montadas na direção x. Por esse motivo, v = 0 e não existe fluxo da quantidade de movimento nesta direção, portanto, FY = 0. ► Aplicando a equação da quantidade de movimento, ► As pressões dadas são relativas (p1=103,4 kPa e p2 = 0). SC controlevol Externas SC controlevol Externas VC dA dAd t . . FnVV FnVVV V = 0, escoamento permanente. 80 ► Assim, ►Na seção (1), ►Na seção (2), ► p2 = 0 (descarga na atmosfera). Daí, 11 VeVu nV 221121 2211 0 ApApFdAudAu FdAv ApApFFdAu dA AxSS YSC AxXSC SC nVnV nV nV nVV 22 VeVu nV 11222111 11222111 )()( )()( ApFAVVAVV ApFAVVAVV Ax Ax 81 NF sm A mV NAp s kgAVm ApVVmF quevempermanenteescoamentomAVmAVmComo ApFmVmV Ax Ax Ax 919054,7588)41,135,1(5,109 /4,13 2 102,0 5,109 54,7588 2 305,0104,103 5,109 2 305,05,1999 )( ),( 2 2 2 2 3 11 2 11 1121 222111 112211 82 5) Determine uma expressão para queda de pressão que ocorre entre as seções (1) e (2) do escoamento mostrado na figura abaixo. 2 12 12 R rww 83 Solução ► RZ é a força que as paredes exercem sobre o fluido (ATRITO) e W é força peso da água no tubo. ► Aplicando a equação da quantidade de movimento na direção z, zS S SC Z SC ExternasVC RWApApdAwdAw FdAw dAd t 22111 2 nVnV nV FnVVV V = 0, escoamento permanente. 84 ► Na seção (1), ► Na seção (2), ► Assim, z R zS zS RWApAprdr R rwmw RWApApdAwAww RWApApdAwwAww 22110 22 111 2211 2 22111 221122 2111 212 )()( )( 11 weww nV 2 2 12 12 weR rwww nV 85 ► Separadamente, 6 2211 , 3 418212 2 0 4 5 2 3 0 4 4 2 2 0 22 2 2 1 22 2 10 22 1 Rdr R r R rrrdr R r R rrdr R r nteSeparadame Rwdrr R rwrdr R rw RRR R 11 2 1 2121 2211 2 2 1111 3 ,, 3 4)( , A R A WwppquevemAAComo RWApApRwAww Assim z z 86 ► A expressão, Mostra que a variação de pressão ocorre devido a: 1. Variação da velocidade ao longo do escoamento. 2. Peso do fluido (efeito hidrostático). 3. Atrito com paredes. 11 2 1 21 3 A R A Wwpp z 87 6) A comporta deslizante esquematizada na figura abaixo está instalada num canal que apresenta largura b. A força necessária para imobilizar a comporta é maior quando ela está fechada ouaberta? 88 Solução ► Para responder esta pergunta, calcularemos as reações das forças feitas pela água nestes dois casos. ► Aplicando a equação da quantidade de movimento, note que só teremos resultante na direção x. ► Rx é a força feita pela comporta e (γHA/2) = (γH2b /2) é a força feita pela água sobre o vol. Controle. XSC XSC X SC ExternasVC RbHdAu RHbHRAHdAu dAd t 2 2 1 22 nV nV FnVVV V = 0, escoamento permanente. 89 ► Continuando, Se a comporta estiver fechada, o primeiro membro da equação acima é nulo, porque não ocorre escoamento. Logo, ► RX é, em módulo, igual a força hidrostática da água. XSC RbHdAu 221 nV bHbHR bHR X X 22 2 49509810 2 1 2 1 90 ► Agora, vamos analisar o que ocorre com a comporta aberta. Neste caso, há fluxo, portanto, ► As duas primeiras parcelas do segundo membro corres- pondem as forças hidrostáti- ticas nas seções (1) e (2), respectivamente. Veja figura ao lado. fXSC fSC X FRbhbHdAw FRAhAHdAw 22 21 2 1 2 1 22 nV nV 91 ► Interpretando as parcelas )( )2( 2 1 2 1 )1( 2 1 2 1 2 2 2 1 águaaseguraratendeatritodeforçaaéF comportapelafeitaforçaéR seçãonacahidrostátiforçaaébhhA seçãonacahidrostátiforçaaébHHA f X fXSS FRbhbHdAudAu Assim 2221 2121 , nVnV 92 ► Na seção (1), ► Na seção (2), ► Comparando as duas expressões encontradas para Rx Verificamos que a força com a comporta aberta é menor. 11 VeVu nV hbVHbVFhHbR FRhHbAVVAVV FRbhbHdAudAu formaDesta fX fX fXSS 2 2 2 1 22 22 222111 22 21 )( 2 1 )( 2 1)( 2 1 2 1 , nVnV 22 VeVu nV hbVHbVFhHbRebHR fXX 2 2 2 1 222 )( 2 1 2 1 É nulo Se V1 puder ser considerada igual a 0 93 5.2.3 Derivação da equação do Momento da quantidade de movimento ►Muitas vezes a força feita por um fluido gera um momento (torque) em relação a um dado eixo de uma estrutura. Como resultado esta estrutura pode apresentar um movimento de rotação em torno deste eixo. ► Para encontrarmos esse momento, vamos considerar uma partícula fluida de massa ρδV e um sistema de coordenadas (x, y, z) (figura). Como já vimos, a quantidade de movimento dessa partícula é V ρδV, onde V é sua velocidade. 94 ► Aplicando a lei de movimento de Newton, δFPartícula é a resultante das forças externas que atuam sobre a partícula. ► O momento (torque) sobre está partícula é, r é o vetor posição da partícula fluida (figura anterior). PartículadDt D FV )( V PartículadDt D FV )( V dV é uma diferencial de volume 95 ► Lembrando que, ► Estendendo a análise a todas as partículas do sistema, e seja r o vetor posição da partícula fluida (figura anterior), então, SISPartículaSIS dVDtD )()( FrVr PartículadVdt DdV Dt D LogodVdV dt Dmas dV dt DdV dt DdV Dt D FrVrVr VVVr VrVrVr ))[( ,.0, ))[( 96 ► Da mesma forma que na seção anterior, consideraremos que quando o sistema e o volume de controle são coincidentes, as forças externas que atuam sobre ambos são iguais. Assim, (*))()( SISPartículaSIS dDtD FrVr V Taxa de variação temporal do momento da quantidade de movimento do sistema . Soma dos torques externos que atuam no sistema *)2()()( VCSIS VCSIS FrFr FF 97 ► Aplicando o teorema de Reynolds, Esta é a expressão para o momento da quantidade de movimento. VCSCVC SCVCSIS SCVCSIS SCVCSIS dAd t sencontramoeresultadososdoSubstituin dAd t d Dt D dAd t d Dt D dAd t d Dt D )()()( ,*),2((*) )()()( FrnVVrVr nVVrVrVr nVVrVrVr nVVVV V VV VV VV 98 5.2.4 Aplicações da equação do Momento da quantidade de movimento ► Consideraremos as seguintes hipóteses: • Escoamentos unidimensionais => em distribuições uniformes de velocidade. • Escoamentos permanentes, • Trabalharemos sempre com a componente axial da equação, Desta forma, consideraremos sempre a mesma direção do eixo de rotação. 0 VC dwt V VCSCVC dAd t )()()( FrnVVrVr V 99 ► Para aplicar a equação do momento da quantidade de movimento e testar estas hipóteses, consideremos o exemplo do irrigador de jardim. 100 ► Consideraremos também a figura a seguir 101 Análise ► O escoamento da água cria um torque no braço do irrigador e o faz girar. ► Existe modificações na direção da velocidade do escoamento do braço do irrigador, pois: • O escoamento na seção de alimentação, seção (1), é vertical. • Os escoamentos nas seções de descargas, seções (2), são tangenciais. ► O volume de controle, em forma de disco, contém a cabeça do irrigador parado ou em movimento. ► A superfície de controle corta a base da cabeça do irrigador de modo que o torque que resiste ao movimento pode ser facilmente calculado. 102 ► Quando a cabeça do irrigador está girando, o campo de escoamento no volume de controle estacionário é cíclico e transitório, mas o escoamento é permanente em média. ► Voltando a equação: O primeiro termo só pode ser nulo onde existe escoamento cruzando a superfície de controle. Em qualquer outra região da superfície de controle este termo será nulo porque V.n =0. ► A água entra axialmente no braço do irrigador pela seção (1). Nesta região da superfície de controle a componente de r x V na direção do eixo de rotação é nula, porque r x V é perpendicular ao eixo de rotação. Desta forma não existe fluxo de momento de quantidade de movimento na seção (1). VCSC dA )()( FrnVVr 103 ► A água é descarregada do volume de controle pelos dois bocais (seções 2). Nestas seções, |r x V| = r2Vθ2, onde r2 é o raio da seção (2) medido em relação ao eixo de rotação, e Vθ2 é a componente tangencial do vetor velocidade do escoamento nos bocais de descarga medida em relação ao sistema de coordenadas solidário ao volume de controle, que é fixo. ► A velocidade do escoamento vista por um observador solidário ao bocal é: ► U é a velocidade do bocal em relação à superfície de controle fixa. )(, VCVUUVWUWV 104 ► Para verificação da componente axial de r x V é preciso que r = r êr e que a componente tangencial da velocidade absoluta seja V = Vθ êθ. Assim, para o irrigador das figuras anteriores, ► A vazão em massa é a mesma se o irrigador estiver rodando ou em repouso. ► r x V > 0 se V = Vθ êθ e U tiverem o mesmo sentido. ► O torque líquido em relação ao eixo de rotação associado com as forças normais que atuam no volume de controle é muito pequeno. ► O torque líquido devido às forças tangenciais também é desprezível para o volume de controle considerado. ))(()( 22 mVrdA AxialSC nVVr 105 ► Levando em conta as análises anteriores, ► Teixo > 0 => que Teixo atua no mesmo sentido de rotação do irrigador (regra da mão direita). eixo Axialcontrolevol doConteúdo T . )( Vr 106 ► A potência no eixo, , associada ao torque no eixo, Teixo, é ►O trabalho por unidade de massa é definido por, ► Se Weixo > 0 então é o volume de controle que realiza trabalho. Isto é, o fluido realiza trabalho no rotor. mUVW bocaisdosvelocidadeaéUrComo mVrTW eixoeixoeixo 2 2 22 , 2UVm WW eixoeixo eixoW 107 Exercícios 1) A vazão em água na seção de alimentação do braço do irrigador mostrado na figura abaixo é igual a 1000 ml/s. As áreas das seções transversais de descarga são 30 mm2 e o escoamento deixa esses bocais tangencialmente. A distância entre esses bocais e o eixo de rotação é, r2, 200 mm. a) Determine o torque necessário para imobilizar o irrigador. b) Determine o torque resistivo necessário para que o irrigador gire a 500 rpm. c) Determine a velocidade do irrigador se não existir qualquer resistência ao movimento do braço. 108 Solução a) Torque necessário para imobilizar o irrigador. A figura abaixo mostra as velocidades nas seções de alimentação e descarga do volume de controle. ► Aplicando a equação do torque: mVrTeixo 22 109 ► Levando em conta que se o volume de controle for fixo e indeformável e o escoamento nas seções de descarga seja tangencial a este, em cada bocal, mNT smsmmmVrT sm m sm A QWVV Eixo Eixo 34,3 )/001,0)(/7,16)(2,0( /7,16 10302 /101000 3 22 26 36 2 222 Quando o irrigador está em repouso. 110 b) Torque resistivo necessário para que o irrigador gire a 500 rpm. mNT smsmmmVrT Assim smUWV sm s radrpmrU smW UWV Eixo Eixo VC 24,1 )/001,0)(/2,6)(2,0( , /2,67,107,16 /47,10)2,0( 60 2)500( /7,16 )( 3 22 222 22 2 2222222 VUUWV ► Note que o torque resistente é menor que o torque neces- sário para manter o irrigador imobiliza- do. 111 c) Velocidade do irrigador se não existir qualquer resistência ao movimento do braço. rpmou srad r WmrWr nulosejaresistentetorqueoqueSupondo mrWrmVrT rWV VV mVrT Eixo Eixo 797 2 603,83 /5,83 2,0 7,160)( , )( 2 2 22 2222 22 22 22 112 ► Agora, vamos analisar o resultado da aplicação da equação do momento da quantidade de movimento a um escoamento unidimensional numa maquina rotativa. Isto é, ► Discutindo os sinais, • O sinal negativo no termo vazão em massa na seção de alimentação, , vem do produto escalar V.n < 0. • Os sinais no termo re Vθe depende do sentido do produto vetorial (rxV)axial. Uma maneira de determinar esse sinal é comparar o sentido de Vθe com a velocidade da paleta do bocal, U. re Vθe > 0 se Vθ e U apresentam o mesmo sentido. re Vθe < 0 se Vθ e U apresentam sentidos opostos. • O sentido do torque, TEixo, é positivo se tiver o mesmo sentido de (regra da mão direita). ))(())(( ssseeeEixo VrmVrmT em 113 ► A potência no eixo, , está relacionada com o TEixo, por ► Considerando, TEixo> 0 e a equação vem que, EixoEixo Tw Eixow ))(())(( ssseeeEixo VrmVrmT ))(())(( ))(())(( ssseeeEixo ssseeeEixo VUmVUmw rUcomo VrmVrmw 114 ► Discutindo os sinais da equação • UVθ se U e Vθ apresentam o mesmo sentido. • TEixo > 0 hipótese. • > 0 quando a potência é consumida no volume de controle, por exemplo, uma bomba. • < 0 quando a potência é produzida no volume de controle, por exemplo, uma turbina. ► Trabalho do eixo por unidade de massa (lembrando que a conservação da massa estabelece que ) é Eixow Eixow ))(())(( ssseeeEixo VUmVUmw se mmm )()( sseeEixo VUVUmw 115 Exercício A figura a seguir mostra o esboço de um ventilador que apresenta diâmetros externo e interno de 305 mm e 254 mm, respectivamente. A altura das paletas do rotor é de 25 mm. O regime de escoamento é permanente em média e a vazão em volume média é 0,110 m3/s. Note que a velocidade absoluta do ar na seção de alimentação do rotor, V1, é radial e que o ângulo dentr a direção do escoamento do rotor e a direção radial é de 30o. Estime a potência necessária para opera o ventilado sabendo que a rotação é de 1725 rpm. 116 Solução ► O volume de controle considerado é fixo e indeformável e contém as paletas do ventilador e o fluido contido no rotor. ► Em média o escoamento é permanente, apesar de cíclico. ► O único torque a considerar é o torque do eixo do motor, TEixo. Este é produzido pelo motor acoplado ao ventilador. ► Consideremos também perfis de velocidades uniformes nas seções de descarga. ► Aplicando a equação do momento da quantidade de movimento para um escoamento unidimensional numa maquina rotativa, ► O primeiro termo do segundo membro é nulo, já que V1 é radial (Vθ1 = 0). ))(())(())(( 222222111 VUmVUmVUmweixo 117 Continuando... ? )30cos( , , ? /5,27 )60( )2)(1725( 2 305,0 /135,00110,023,1 ))(())(( 2 222 222 2 2 21 222111 We WUV ladoaosvelocidadedetriânguloocomacordoDe Mas V smrU skgQmmm VUmVUmw o eixo UWV 118 O triângulo de velocidades mostra que smV WUV VcalcularpodemosAgora smW hr mWAssim VhrVAm DaíVeWvetoresdosradialcomponenteaéVOnde WV o o RR R o R /6,19 )2/3(16,95,27)30cos( , /16,9 )sen(30)025,0)(1525,0)(2)(23,1( 135,0 )sen(30)2( , )2( ,. )30cos( 2 222 2 2 o 2 2 2222 222 22 119 Voltando a equação (1) ► U2Vθ2 > 0, já que os dois vetores apresentam o mesmo sentido. ► 72,8 W é a potência necessária para acionar o eixo do rotor nas condições estabelecidas. ► Toda potência no eixo só será transferida ao escoamento se todos os processos de transferência de energia forem ideais no ventilador. Mas devido ao atrito apenas uma parte da potência será de fato utilizada. ► A quantidade de energia transferida depende da eficiência das pás. Ww VUmw eixo eixo 8,72)6,195,27)(135,0( ))(( 222 120 5.3 Primeira Lei da Termodinâmica – Equação da Energia. 5.3.1 Derivação da Equação da Energia A primeira lei da termodinâmica estabelece que = + SISelíqelíqSIS SISseSISseSIS WQde Dt D ou WWQQde Dt D .. V V Taxa de variação temporal da energia total do sistema Taxa líquida de transferência de Calor para o sistema Taxa de realização de trabalho (potên- cia transferida para o sistema 121 ►Na equação, • e é a energia total por unidade de massa. Está relacionada com a energia interna, u, com a energia cinética por unidade de massa, V2/2, e com a energia potencial por unidade de massa, gz. Isto é, • taxa líquida de transferência de calor: se a transferência é do meio p/ o sistema. se a transferência é do sistema p/ meio. (*).. SISelíqelíqSIS WQdeDtD V gzVue 2 2 0. elíqQ 0. elíqQ elíqQ . 122 • taxa líquida de transferência de trabalho (potência): se é realizado pelo meio sobre o sistema. se é realizado pelo sistema sobre o meio. ► Agora, considerando um volume de controle coincidente com o sistema, num dado instante, então, SISelíqelíqSIS WQde Dt D .. V 0. elíqW 0. elíqW elíqW . *)2(..... ecoincident controleVolelíqelíqSISelíqelíq WQWQ 123 Situações Práticas de Engenharia ► Muitos processos práticos em engenharia podem ser considerados adiabáticos, assim, ► Emmuitas situações, o trabalho é transferido para o volume de controle, através da sup. de controle por um eixo móvel (turbinas, ventiladores, bombas, hélices, motores de combustão interna, compressores,...), dessa forma, • Trabalho • Potência • Logo, ► Se há vários eixos, )( rotaçãoprovocaquetorqueTTW eixoeixoeixo rF 0 se QQ ),( rVosdispositivnessesW VF XF W *)5(,,., seixoeeixolíqeixo WWW 124 ► A transferência de trabalho também pode ocorrer quando uma força associada com a tensão normal do fluido é deslocada. ► Nesses casos, as tensões normais, σ, no fluido são iguais ao negativo da pressão, ► A tensão associada com a tensão normal é, Onde V é a velocidade da partícula fluida. ► Se a força devida a tensão normal for expressão como o produto da pressão local pela área da partícula, nδA, então, p VF normalTensãonormalTensãoW ApAW normalTensão nVnV 125 ► Assim, para todas as partículas situadas na superfície de controle, •Na superfície de controle, •Na região do tubo onde há escoamento, *)6( SCSCnormalTensão dApdAW nVnV 00 normalTensãonV 00 normalTensãonV 126 ► O trabalho de rotação de um eixo sobre uma superfície de controle é transferido pelas tensões de cisalhamento do material do eixo. ► Para uma partícula fluida a potência associada a força tangencial é, •Na superfície interna do tubo da figura a seguir (sup. controle), •Nas demais regiões 00 ltangienciaTensãoV 00 tangencialTensãoV VF tangencialTensãotangencialTensãoW 127 ► A primeira lei da termodinâmica para o conteúdo de controle, é obtida combinando as equações (4*), (5*) e (6*), ► Aplicando a definição de energia total, ►Obtemos a definição de energia total, SCelíqeliqSCVC dAWQdAedet nVnV .. V gzVue 2 2 elíqeliqSCVC WQdAgzVpude t .. 2 2 nV V 128 5.3.2 Aplicação da Equação da Energia ►O termo representa a taxa de variação tem- poral da energia total do volume de controle. É nulo se o escoamento for permanente. ►O termo é diferente de zero quando V.n também for diferente de zero. ► Integrando a última equação, considerando que os termos u, p/ρ, V2/2 e gz sejam constantes nas seções de alimentação e descarga, VC det V SC dAgzVpu nV 2 2 ssSC mgzVpumgzVpudAgzVpu 222 222 nV 129 ► Aplicando o teorema de Reynolds considerando o parâmetro b = e (energia total por unidade de massa) e para um volume de controle fixo e indeformável, *)3( SCVCSIS dAedetdeDtD nV VV Taxa de variação temporal da energia total do sistema . Taxa de variação temporal da energia total do vol. de controle Fluxo líquido de energia total na superfície do controle SCVCSIS dAbdbtDt DB nV ˆ V 130 ► Combinando as equações (*), (2*) e (3*), obtemos, *)4(... ecoincident controleVolelíqelíqSCVC WQdAede t nV V 131 ► A equação Pode ser simplificada levando em conta que, E, como vimos anteriormente, Obtemos, 0 es mm EsSC mgzVpumgzVpudAgzVpu 222 222 nV elíqeliqSCVC WQdAgzVpude t .. 2 2 nV V elíqelíqes es es es WQzzg VVppuum .. 22 )( 2 132 Exercícios 1) A figura abaixo mostra um esquema de bomba d’água que apresenta uma vazão, em regime permanente, igual a 0,019 m3/s. A pressão na seção (1) da bomba – seção de alimentação – é 1,24 bar e o diâmetro de 89 mm. A seção (2) – seção de descarga - tem diâmetro de 25 mm e a pressão neste local é 4,14 bar. A elevação entre os centros das seções (1) e (2) é nula e o aumento de energia interna específica da água associado ao aumento de temperatura do fluido, u2 – u1, é igual a 279 J/kg. Determine a potência necessária para operar a bomba admitindo que esta opere de modo adiabático. 133 Solução ► Consideremos a equação ► Precisamos encontrar os valores da vazão em massa na bomba, , e das velocidades nas seções (1) e (2) do volume de controle para que seja possível calcular a potência. ► A vazão em massa pode ser calculada por, )1()( 2 .. 22 elíqelíqes es es es WQzzg VVppuum skgQm /0,19)019,0)(1000( = 0 já que a elevação entre os centros das seções (1) e (2) é nula m = 0 já que o escoamento é adiabático. 134 ► A velocidade nas seções de escoamento é ► Assim, ► Aplicando a equação (1), kWW W VVppuumWW eixolíq eixolíq es es eseixolíqelíq 9,24 2 )1,3()7,38( 1000 1024,1 1000 1014,4)279()0,19( 2 . 2255 . 22 .. 2)2/(D Q A QV sm A QV /1,3 )2/1089( 019,0 23 1 1 sm A QV /7,38 )2/1025( 019,0 23 2 2 135 É a equação da energia para escoamentos unidimensionais e permanentes em média. ► É aplicável para escoamentos compressíveis (gases) e incompressíveis (líquidos). ► Definindo a entalpia por, , vem que, elíqelíqes es es es WQzzg VVppuum .. 22 )( 2 puh elíqelíqes es es WQzzg VVhhm .. 22 )( 2 136 Exercícios 2) A figura abaixo mostra o esquema de uma turbina a vapor. A velocidade e a entalpia específica do vapor na seção de alimentação da turbina são iguais a 30 m/s e 3348 kJ/kg. O vapor deixa a turbina como uma mistura de líquido e vapor, com entalpia específica de 2550 kJ/kg, e a velocidade do escoamento na da seção de descarga da turbina é de 60 m/s. Determine o trabalho no eixo da turbina por unidade de massa de fluido que escoa no equipamento sabendo que o escoamento pode ser modelado como adiabático e que as variações de cota do escoamento são desprezíveis. 137 Solução ► Consideremos a equação ►Onde ► Como )1()( 2 .. 22 elíqelíqes es es es WQzzg VVppuum = 0 já que a elevação entre os centros das seções (1) e (2) é nula = 0 já que o escoamento é adiabático. 2 22 . es eseixolíq VVhhmW 2 22 . . es es eixolíq eixolíq VVhh m W w e ee s ss puhepuh 138 ► Vem que, ► porque o trabalho está sendo realizado pelo fluido que escoa no equipamento. kgkJw eixolíq /7972 )60()30( 103348102550 22 33 . ow eixoliq . 139 5.3.3 Comparação da Equação da Energia com a equação de Bernoulli ► Consideremos um escoamento incompressível e permanente com potencia nula. Então, temos ► Dividindo esta equação por ► é a taxa de transferência de calor por unidade de massa que escoa no volume de controle. m )( 22 )( 2 . 22 . 22 elíqese ee s ss elíq es es es es quugzVpgzVp m Q zzgVVppuu elíqes es es es Qzzg VVppuum . 22 )( 2 mQq elíqelíq /.. 140 ► A equação É aplicável a escoamento unidimensionais, permanentes, com uma seção de entrada e outra de saída, ou entre duas seções de uma mesma linha decorrente. ► é a taxa de transferência de calor por unidade de massa que escoa no volume. ► Se os efeitos viscosos forem desprezíveis no escoamento, então, )( 22 . 22 elíqese ee s ss quugzVpgzVp mQq elíqelíq /.. 0. elíqes quu 141 ► Assim, chegamos a própria equação de Bernoulli, ► A equação de Bernoulli serve para descrever o que acontece entre duas seções de um escoamento unidimensional. ► Quando o escoamento é incompressível, entretanto, existe atrito e, ► Esta quantidade representa a perda da energia disponível no escoamento devido ao atrito. e e es s Se ee s ss zVpzVpougzVpgzVp 2222 2222 0. elíqes quu perdaquu elíqes . 142 ► Dessa forma, chegamos a equação de Bernoulli, 21 22 22 perdagzVpgzVp eeesss Perda de energia por unidade de massa entre as seções 1 e 2 143 Exercício A figura abaixo mostra dois orifícios localizados numa parede com espessura de 120 mm. Os orifícios são cilíndricos e um deles apresenta entrada arredondada. O ambiente do lado esquerdo apresenta pressão constante de 1,0 kPa acima do valor da atmosfera e a descarga dos dois orifíciosocorre na atmosfera. Como discuti- remos em Mec. Flu. II, a a perda de energia dispo- nível em orifícios com em- tradas bruscas ( orifício superior) é 0,5V22 / 2, e para orifícios arredondados (orifício inferior) é 0,05V22/2. Nestas condições, determine as vazões nos orifícios. 144 Solução )2(2 , , 2 ,,0 22 )1(:,, 2/1 21 21 2 21 1 2 22 211 211 2 11 2 2 22 22 perdappV Assim perdapVp entãozzeVComo perdagzVpgzVp equaçãoadoConsideran VAQpordadaéQorifíciosdosnumvazãoA 145 )3( 2 2 , )(05,0 )(5,0 :, 2 ,, ).2()1(, 2/12 221 2 2 2 21 VKppV Daí inferiororifícioaarredondadentradacomorifíciosparaK superiororifíciobruscaentradacomorifíciosparaK sendoperdadeecoeficientoéK VKperda temosnteEmpiricame eseçõesasentreenergiadeperdaaestudarvamosAgora L L L L L 146 smQ kPakPaQ KinferiororifícioNo smQ kPakPaQ KsuperiororifícioNo Assim K ppDVAQ emDe L L L /445,0 )05,01(23,1 )101102(2 4 )120,0( 05,0, /372,0 )5,01(23,1 )101102(2 4 )120,0( 5,0, : )1( )(2 4 ,)2()1( 3 2/12 3 2/12 2/1 21 2 2 22 )4( )1( )(2 , 2)1( 2 2 2 2 2 2 , 2/1 21 2 212 2 21 2 22 2 2 2212 2 2/12 221 2 L L L L L K ppV Obtemos ppKV ppVKV VKppV VKppV equaçãonaoTrabalhand 147 ► Agora, vamos considerar a potência líquida não nula, além de escoamentos unidimensionais, incompressíveis e permanentes. ► A equação que modela esses escoamentos é, ► Dividindo por Onde: é o trabalho por unidade de massa. continua sendo a perda de energia devido ao atrito. m )( 22 .. 22 elíqeselíqe ee s ss quuwgzVpgzVp elíqelíqes eses es WQzzg VVppuum .. 22 )( 2 mWw elíqelíq /.. )( .elíqes quu 148 ► Com estas considerações, Esta equação é conhecida como equação da energia ou de Bernoulli estendida. Cada um dos seus termos tem unidade (J/kg). ► Se dividirmos cada termo da equação acima por g (aceleração da gravidade), perdawgzVpgzVp elíqeeesss . 22 22 Leixoe ee s ss elíq e ee s ss hhz g Vpz g Vp g perda g w z g V g pz g V g p 22 22 22 . 22 149 ► Na equação, ► Na hidráulica, é comum denominar CARGADEPERDAh BOMBADACARGAbombasparah TURBINADACARGAturbinaparahcomh h L b TT eixo )0( Leixoe ee s ss hhz g Vpz g Vp 22 22 Todos os termos desta equação têm dimensão de comprimento, ou energia por unidade de força (peso) g perdah Q W gm W g w h L eixolíqeixolíqeixolíq eixo ... 150 Exercício A figura abaixo mostra o esquema de um ventilador axial que é acionado por um motor que transfere 0,4 kW para as pás do ventilador. O escoamento a jusante do ventilador pode ser modelado como cilíndrico (diâmetro de 0,6 m) e o ar nessa região apresenta velocidade igual a 12 m/s. O escoamento a montante do ventilador apresenta velocidade desprezível. Determine o trabalho transferido ao ar, ou seja, o trabalho que é convertidoemaumento de energia disponível no escoamento e esti- me a eficiência mecâ- nica deste ventilador. 151 Solução ► kgJperdawVperdaw Logo zzeVrelativappp enunciadodoefiguradadadososcomacordoDe eixolíqeixolíq /722 12 2 , 0),(0 , 2 . 2 2 . 211021 21.1 2 11 2 2 22 22 perdawgzVpgzVp éodispositivessemodelaqueequaçãoA eixolíq 152 ► A eficiência deste tipo de dispositivo é definida como a vazão entre a quantidade de trabalho útil, isto é, aproveitado para aumentar a energia do escoamento e a quantidade total de trabalho fornecido pelas pás. Ou seja, ►O trabalho fornecido às pás, por sua vez, vale, eixolíq eixolíq w perdaw totalTrabalho útilTrabalhon . . 75,0 9,95 72/9,95 17,4 400, /17,4 4 )6,0(23,1 2 , . 22 2 . . nekgJwEntão skgDVAmCom m W w eixolíq eixolíq eixolíq 75% do trabalho é aproveitado e 25% é perdido devido ao atrito 153 Exercício A vazão da bomba d’água indicada na figura abaixo é igual a 0,056 m3/s e o equipamento transfere 7,46 kW para a água que escoa na bomba. Sabendo que a diferença entre as cotas das superfícies dos reservatórios indicados na figura 9,1 m, determine as perdas de carga e de potência no escoamento de água. 154 Solução LeixoA ABBABA LeixoeixolíqB BB A AA perdidaLeixo hhz temosAssimmzzVVrelativapp livresssuperfícieasmrepresentaBeA hhwz g Vpz g Vp equaçãoausarVamosWehhencontrarPrecisamos ,,.1,9,0,0),(0 : 22 .., . 22 155 ► Seguindo as definições, )( , 5,41,96,16 , 6,13 )/(056,0)/(9810 7460 . 33 . novamente Q W h equaçãoausarpodemosperdidapotênciaacalcularPara mzhh Daí m smmN kW Q W h eixolíq eixo AeixoL eixolíq eixo 156 kWhQW entãocargadeperdaarepresentahSe Q W h temosequaçãoúltimaestaAdequando Lperdidaeixo L perdidaeixo L 47,25,4056,09810 ,, ,, . 157 5.3.4 Aplicação da Equação da Energia para escoamentos não uniformes ► Consideremos a equação ► Em situações nas quais o perfil da velocidade não é uniforme em qualquer região onde o escoamento cruza a superfície de controle sugere que a integral requer atenção. elíqeliqSCVC WQdAgzVpude t .. 2 2 nV V dAgzVpu SC nV 2 2 158 ► Sem uma prova matemática convincente, por hora, vamos admitir que, ► Lembre-se que os índices s corresponde a saída e e a entrada, respectivamente, no volume de controle. ► α é o coeficiente de energia cinética e é a velocidademedia definida pela equação 222 222 eess SC VVmdAgzVpu nV A dA V A nV V 159 ► A partir desses resultados, obtemos, ► Para o escoamento que cruza a região da superfície de controle que apresenta área A. Assim, ► É possível mostrar que: - α ≥ 1 para qualquer perfil de velocidade. - α = 1 apenas para escoamentos uniformes. dAVVm A nV 22 2 2 2/ 2 2 2 Vm dAV A nV 160 ► A equação da energia para escoamentos não uniformes (energia por unidade de massa), incompressíveis e válida para um volume de controle com uma seção de entrada e outra de saída é, perdawgzVpgzVp elíqeeeessss . 22 22 161 Exercício A vazão em massa de ar no pequeno ventilador esboçado na figura a seguir é 0,1 kg/min. O escoamento no tubo de alimentação do ventilador é laminar (perfil parabólico) e o coeficiente de energia cinética, neste escoamento, é 2,0. O escoamento no tubo de descarga do ventilador é turbulento (mas o perfil de velocidade é muito próximo do uniforme) e o coeficiente de energia cinética é 1,08. O aumento de pressão estática no ventilador é 0,1 kPa e a potência consumida na operação equipamento é 0,14W. Compare os valores da perda de energia disponível calculadas nas seguintes condições: a) Admitindo que todos os perfis de velocidade são uniformes. b) Considerando os perfis de velocidade reais nas seções de alimentação e descarga do ventilador. 162 163 Solução kPappquejá perdaacalcularparaVeVwdevaloresosconhecerprecisoÉ VVppwperda VpVpwperda quevemzzezzzzComo perdawgzVpgzVp equaçãoadoConsideran eixolíq eixolíq eixolíq es eixolíqe eee s sss 1,0 ,, )1( 22 22 ,,, 22 . 12 21. 2 22 2 1112 . 2 111 2 222 . 1212 . 22 164 sm A mV VdeCálculo sm A mV VdeCálculo kgJ m ventiladoraofornecidaPotênciaw wdeCálculo eixolíq eixolíq /92,1 2 03,023,1 )60/1,0( , /48,0 2 06,023,1 )60/1,0( , /84 60/)1,0( 14,0 , 2 2 2 2 2 1 1 1 . . 165 . /95,0 2 )92,1(08,1 2 )48,0(2 23,1 101,084 ),1(,08,1,0,2:) /98,0 2 )92,1( 2 )48,0( 23,1 101,084 ),1(,1:) :, . 223 21 223 21 eixolíquniformenãouniforme wdevalorocomcomparadasseperdaperda kgJperda perda emdosubstituinuniformesnãoperfisdoConsideranb kgJperda perda emdosubstituinuniformesperfisdoConsiderana resolvendoAgora
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