Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 PATOLOGIA GERAL I A patologia se dedica ao estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais em células, tecidos e órgãos que constituem a base das doenças. Processo de doença: 1. Etiologia ou Causa: genéticos, adquiridos ou multifatoriais; contribuição da suscetibilidade. 2. Patogenia: é a série de eventos eu acontecem depois da exposição a um agente lesivo; aquilo que o patologista não vê. 3. Alterações morfológicas: alterações estruturais características; vista no microscópio. 4. Perturbações funcionais e manifestações clínicas: resultados finais; podem existir lesões idênticas por mecanismos diferentes. Respostas celulares ao estresse e estímulos nocivos: - Manter o estado de equilíbrio: homeostase. - Adaptação, lesão celular ou morte celular, - Adaptações: respostas estruturais e funcionais reversíveis; alcança novo estado de equilíbrio. Se os limites da resposta adaptativas forem excedidos, ocorre uma sequência de eventos = lesão celular. - Uma célula normal (que está em homeostase) pode sofrer um estresse ou uma lesão direta (adaptação e lesão celular, respectivamente). Caso, em um primeiro momento, o estresse seja muito intenso, a célula evolui de uma adaptação para uma lesão celular. Essa última pode ser reversível (leve e transitória) ou irreversível (intensa e progressiva morte celular necrose ou apoptose). ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- AULA 1 – ADAPTAÇÃO CELULAR São alterações reversíveis no tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica ou função das células, em resposta a modificações no seu ambiente. Célula sai do estado de homeostasia. - Hipertrofia, metaplasia, hiperplasia, displasia, atrofia ou acúmulo de substâncias endógenas e exógenas (alterações metabólicas). - Se não cessar a agressão em um estágio de adaptação reversível célula entra em morte celular. Adaptações celulares baseadas em alterações metabólicas: - Acúmulo daquilo que não funciona; substância endógena ou exógena. Início de uma das adaptações irreversíveis. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Tumefação celular / Degeneração Hidrópica: ocorre uma falha na bomba de prótons, causando um edema celular; alteração metabólica adaptativa reversível. - Degeneração gordurosa: aparecem espaços de lipídeos no citoplasma; cirrose; toxina, hipóxia; alteração metabólica adaptativa reversível. * Esteatose: acúmulo de triglicerídeos; principalmente no fígado; álcool, diabetes e desnutrição – fígado, gordura dentro do hepatócito; pode ser leve/reversível ou causar morte celular = cirrose. Corpúsculo de Mallory (na cirrose hepática por álcool). * Aterosclerose: acúmulo de colesterol; células de músculo liso e nos macrófagos; placa na cada íntima dos vasos. * Xantomas: colesterol em macrófagos; dislipidemia grave; hiperlipidemia hereditária ou adquirida. * Pigmentos exógenos: carbono, antracose (acúmulo de C nos macrófagos do alvéolo e linfonodos) tabagismo enfisema pulmonar. Pigmentos escuros. * Pigmentos endógenos: lipofuscina (radicais livres), melanina (grânulos negros), hemossiderina (equimoses, degradação da hemoglobina). Adaptações celulares baseadas em alterações de crescimento celular: Hipertrofia: aumento do tamanho das células, que resulta no aumento do tamanho do órgão. - Causada por aumento da demanda funcional ou por estimulação de hormônios e fatores de crescimento; aumento da carga de trabalho. - É o resultado do aumento na produção das proteínas celulares. - Ocorre em tecidos incapazes de divisão celular. - Fisiológica: musculação, útero gravídico (estrogênio); patológica: hipertensão arterial. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 Atrofia: diminuição do tamanho e do número de células. - Fisiológica: desenvolvimento embrionário; útero pós- parto. - Patológica: pode ser local ou generalizada; atrofia de desuso (osso fraturado imobilizado), por denervação (lesão de nervos), diminuição do suprimento sanguíneo (isquemia, atrofia senil, Alzheimer), nutrição inadequada (caquexia), perda da estimulação endócrina (mama), compressão. - Resulta da diminuição da síntese proteica e do aumento da degradação das proteínas nas células diminui a atividade metabólica. Autofagia: resposta de adaptação celular quando há privação de nutrição; a célula se “fagocita”; envelhecimento, doenças neurodegenerativas, câncer. Adaptações celulares baseadas em alterações da proliferação e diferenciação celular: Hiperplasia: aumento do número de células em resposta a um estímulo. - Frequentemente ocorre associada a hipertrofia. - Resultado da proliferação de células maduras. - Fisiológica: hormonal (ocorre quando estímulo) ou compensatória (pós lesão ou ressecção); crescimento da mama na puberdade; regeneração hepática. - Patológica: ação excessiva de hormônios ou fatores de crescimento; hiperplasia endometrial (muito estrogênio); hiperplasia nodular prostática (androgênio); um bom modo de iniciar câncer; resposta a infecções virais. Metaplasia: alteração no fenótipo de células-tronco a partir de estímulos externos. - Um tipo celular é substituído por outro mais capaz de suportar aquela alteração no ambiente. - Alteração reversível. - Mediado por citocina e fator de crescimento. - Metaplasia colunar para escamosa = trato respiratório. * Esôfago de Barrett / Adenocarcinoma: epitélio escamoso do esôfago é substituído por células colunares tipo intestinais, influenciadas pelo refluxo gástrico. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 Displasia: início de uma neoplasia; necessário cessar o estresse; geralmente acontece depois de hiperplasia / metaplasia. Calcificações Patológicas: Distrófica: cálcio especificamente nos tecidos que estão morrendo (necrose); não há alteração sérica; ateroma de aterosclerose. Metastática: quando os níveis de cálcio séricos estão aumentados; hipercalcemia; deposição em tecidos normais; aumento de PTH, leucemias. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- AULA 2 – LESÃO E MORTE CELULAR - Ocorre quando células são submetidas a um estresse tão severo que não são mais capazes de se adaptar. - Pode ser causada por: 1. Privação de oxigênio: hipóxia, isquemia. 2. Agentes químicos: glicose, sal, CO, etanol. 3. Agentes infecciosos: vírus, parasitas, bactérias e protozoários. 4. Reações imunológicas: reações autoimunes, alérgicas. 5. Defeitos genéticos: deficiência de proteínas funcionais ou acumulação de DNA danificado. 6. Desequilíbrios nutricionais. 7. Agentes físicos: trauma, extremos de temperatura, radiação. 8. Envelhecimento: alterações na replicação e reparo das células. Célula diminui a resposta ao dano. - A função da célula pode ser perdida antes que ocorra a morte celular. As falhas profundas na função celular + incapacidade de reverter a disfunção mitocondrial = irreversibilidade da lesão. - Mecanismos de lesão celular: 1. Depleção de ATP (hipóxia, dano mitocondrial e toxinas; necrose). 2. Danos à mitocôndria (aumentos de cálcio e hipóxia; a célula fica com pouquíssimo ATP / citocromo C sai da mitocôndria e causa morte celular por apoptose). 3. Influxo de cálcio (indução da apoptose). 4. Estresse oxidativo. Lesões reversíveis: - Tumefação celular (falha na bomba de íons; edemacelular; primeira manifestação de quase todas as lesões celulares) e degeneração gordurosa (forma vacúolos lipídicos; lesão por hipóxia). RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 Lesões irreversíveis: Necrose: - Série de alterações que acompanham a morte celular. - Resulta da ação de degradação das enzimas. - Os conteúdos das células sempre extravasam, rompimento da membrana. - Aumento da eosinofilia (célula em necrose fica mais rosada). Padrões de necrose tissular: Coagulativa: não há alteração na estrutura; células sem núcleo e eosinofílicas; infartos, isquemia; células parecem ter uma cortina. Liquefativa: infecções bacterianas ou fúngicas; acúmulo de células inflamatórias; morte por hipóxia do sistema nervoso; não consegue diferenciar as células; pus; apêndice cecal; neutrófilo = apendicite aguda. Gordurosa: lipases pancreáticas; pancreatite aguda; reação inflamatória periférica. Caseosa: infecção tuberculosa; células rompidas ou fragmentadas; estrutura é completamente destruída; não localiza os contornos celulares; borda inflamatória = granuloma; célula gigante multinucleada. Fibrinoide: reações imunes de vasos sanguíneos; antígeno-anticorpo nas artérias; Apoptose: - Programa de suicídio regulado. - Processo enzimático ativo (caspases – dependem de moléculas pró e antiapoptóticas), no qual há a degradação das proteínas nucleares e citoplasmáticas. - Antes de o conteúdo extravasar da membrana, a célula é recolhida pelos macrófagos por isso a apoptose não induz a reação inflamatória. - Funciona para eliminar células potencialmente prejudiciais e células que já tenham passado do seu período de “viver”. - Morfologia: encolhimento, condensa cromatina, bolhas citoplasmáticas e corpos apoptóticos. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Causas: Fisiológicas: elimina células que não são mais necessárias. 1. Embriogênese. 2. Privação de hormônios que atuam em tecidos hormônio-dependentes (endométrio e menstruação). 3. Populações já têm muitas células e é preciso manter um número constante. 4. Privação dos sinais de sobrevivência em células que já tenham cumprido seu papel. 5. Impedir a reação contra os tecidos do corpo da própria pessoa. 6. Linfócitos T citotóxicos (mecanismo de defesa contra viroses/tumores). Patológicas: elimina células que estão geneticamente alteradas ou possuem lesões que não as permitem serem reparadas. 1. Lesão de DNA (ex: ação dos quimioterápicos). 2. Mutações nos genes que codificam proteínas, que se acumulam mal dobradas. 3. Infecções. 4. Obstrução de ducto atrofia patológica do parênquima. Mecanismos da apoptose: Via mitocondrial da apoptose: - Citocromo C e antagonistas dos inibidores de apoptose. - BCL2: controle da permeabilidade da mitocôndria; inibidor da apoptose. - Bcls sofrem ação da privação de fatores de crescimento/hormônios ou quando as células são expostas à agentes de lesão de DNA. - Há a ativação de fatores pró-apoptóticos que criam canais na membrana da mitocôndria e facilitam a saída do citocromo C para o citoplasma ativa as caspases. Via receptor de morte da apoptose: - Receptores de morte da superfície disparam a apoptose. - Membros da família do Fator de necrose tumoral (TNF). - Eliminação de linfócitos auto-reativos e linfócitos T citotóxicos. ** P53: atua no ciclo celular. Necroptose: - Compartilha morfologicamente a necrose e patologicamente a apoptose. - Perda de ATP, tumefação celular e de organelas, liberação de enzimas lisossômicas e ruptura da membrana plasmática. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - É desencadeada por eventos programados. - Necrose programada. - Não resulta da ação de caspases. “Morte celular programada independente de caspase”. - Inclui danos à mitocôndria – diminuição dos níveis de ATP. - Mecanismos de TNF. - Formação da placa de crescimento do osso de mamíferos, morte celular da esteatose hepática, doença de Parkinson. Piroptose: - Liberação de citocina IL-1, que causa febre. - Semelhanças com apoptose. - Inflassomo: ativa a caspase, que induz a morte celular. PÓS TESTE: 1. Tipos de necrose: “coligocafi”: coagulativa (isquemia – sem núcleo), liquefativa (infecção – não diferencia), gordurosa (inflamação periférica – pancreatite), caseosa (tuberculose – célula gigante multinucleada) e fibrinoide (vasos sanguíneos). 2. Morfologia da apoptose: célula menor, citoplasma denso condensação da cromatina, na periferia bolhas citoplasmáticas corpos apoptóticos fagocitose por macrófagos. 3. Função da BCL2: antiapoptótico, impede a saída do citocromo C. 4. Função do P53: para o ciclo celular quando ocorre lesão no DNA. 5. O que é necroptose: forma programada de necrose ou morte celular independente de caspases. Método que compartilha características da necrose e da apoptose. 6. O que é piroptose: morte inflamatória induzida necessita caspase 1 via de sinalização para sistema imunológico causa febre. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 AULA 3 – ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS - A saúde celular depende da vascularização adequada e de uma hemostasia normal. - Hemostasia é a capacidade que o organismo tem de formar um coágulo para solucionar uma lesão tecidual. - Hemostasia anormal: não forma coágulo (hemorragia, choque, comprometimento da vascularização local) ou forma trombos/êmbolos (pode obstruir o meio de vascularização local, morte celular). IAM, AVC e embolia pulmonar. - Trombose/Trombo = coagulação inapropriada; localizado no sistema cardiovascular. - Embolia/Êmbolo = é um fragmento de trombo que migrou; existente em qualquer segmento da circulação sistêmica. EDEMA: aumento da quantidade de líquido no interstício. - Transudato: translúcido; secundário ao aumento de volume ou redução das proteínas; líquido pobre em proteínas e células; alterações hemodinâmicas. - Exudato: inflamatório; amarelado; rico em proteínas; secundário a um aumento da permeabilidade capilar. - Quilosa: leitosa; rica em lipídeos. - Causas: Aumento do volume ou pressão dentro do vaso. Diminuição na quantidade de proteínas do vaso – albumina (desnutrição). Aumento da pressão coloidosmótica do interstício. Alterações endoteliais. Aumento da permeabilidade vascular (edema inflamatório). Obstrução das vias linfáticas. Retenção de sódio e, consequentemente, de água (insuficiência cardíaca e renal). - Controle do movimento do líquido é dado pela diferença de pressão hidrostática do interstício e de pressão coloidosmótica (pressão das proteínas; atuação da albumina) dentro do vaso. - A saída de líquido pela alta pressão intersticial é compensada pela pressão coloidosmótica, que faz o retorno desse líquido para o vaso. O pouco que restou é drenado pelas vias linfáticas (ducto torácico). RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Na insuficiência cardíaca congestiva, o baixo débito cardíaco causa uma menor perfusão renal. Com menos sangue chegando, há a ativação do eixo SRAA que aumenta a retenção de água. Isso aumenta o volume, mas, se o coração ainda não bombear, aumenta o líquido à montante, causando aumento da pressão venosa e edema. - A albumina é a principal proteína que mantém a pressão coloidosmótica do interior do vaso. Quando há diminuição da sua síntese ou perda na circulação,essa queda na pressão coloidosmótica permite a saída de líquidos para o interstício, causando o edema. Nesse caso também há a ativação do SRAA, mas não resolve porque a causa é falta de proteína e não de volume. Ex: síndrome nefrótica aumenta a permeabilidade da parede, cirrose diminui a produção de albumina. - A retenção de sódio causa tanto um aumento da pressão hidrostática dentro do vaso (por aumento de volume) quanto a diminuição da pressão coloidosmótica. Onde o sódio vai, a água vai atrás. Comprometimento renal. - Morfologia: clareamento e separação dos elementos da MEC, com pequeno edema celular. Edema gravitacional na insuficiência cardíaca; edema periorbital ou anasarca na síndrome nefrótica; edema pulmonar na insuficiência cardíaca e na SARA. - O edema pulmonar, além de dificultar a ventilação e as trocas gasosas, também cria um espaço propício para a proliferação de bactérias e a ocorrência de pneumonias de repetição. Acúmulo de líquido nos alvéolos. HIPEREMIA E CONGESTÃO: aumento local do volume de sangue. - Hiperemia processo ativo, por vasodilatação; há o aumento do fluxo sanguíneo. - Congestão processo passivo, por estagnação; diminui o efluxo sanguíneo. Relacionada com o edema. Fígado em noz-moscada. INFLAMAÇÃO EDEMA PAREDE ALVEOLAR HEMORRAGIA RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 HEMORRAGIA: saída de sangue para o espaço extracelular. - Normalmente secundária à lesão vascular. Trauma, arteriosclerose, neoplasia de parede. - Petéquias = hemorragias diminutas = aumento da pressão intravascular, baixo número de plaquetas ou deficiência dos fatores de coagulação. - Acúmulo de sangue = hematoma. - Importante saber o local e a quantidade de sangue perdido. HEMOSTASIA E TROMBOSE: - Hemostasia fisiológica; processos que mantém o sangue em estado fluido e sem formar coágulos em vasos normais, mas também induz a formação de tampão hemostático (fibrino-plaquetário) no local de lesão. - Trombose forma patológica de hemostasia; formação de coágulos em locais sem lesão ou quando lesões muito leves. - Evolvem: parede vascular, plaquetas e cascata de coagulação. Hemostasia normal: 1. Lesão tecidual. 2. Período de vasoconstrição arterial reflexa (por mecanismos neurogênicos e ação da endotelina). 3. Hemostasia primária: liberação do fator de Von Willebrand pelo endotélio chama plaquetas alteram seu formato para ouriços do mar aderem-se à parede liberação de tromboxano mais plaquetas agregadas formação do tampão hemostático. 4. Hemostasia secundária: fator tecidual ativação da cascata de coagulação formação de trombina quebra o fibrinogênio em fibrina formação da rede de fibrina sedimentação do coágulo e chama mais plaquetas tampão hemostático irreversível. 5. Mecanismos de contra regulação: plasmina desencadeia fibrinólise para limitar a formação do tampão ao local da lesão. - O equilíbrio entre as atividades anti e pró-trombóticas determinam se há a formação, propagação ou dissolução do trombo. - Propriedades antitrombóticas: fluxo de sangue líquido bloqueia a adesão de plaquetas, inibe a cascata de coagulação e destrói coágulos sanguíneos. Antiagregantes plaquetários (óxido nítrico), anticoagulantes (heparina e trombomodulina) e propriedades fibrinolíticas (fator do plasminogênio tecidual – tPA – quebra a fibrina). - Propriedades pró-trombóticas: afetam plaquetas, proteínas da coagulação e o sistema fibrinolítico. Fator de Von Willebrand sintetizado pelo endotélio e exposto quando há lesão tecidual, favorece a adesão de plaquetas. Inibidor do ativador de plasminogênio inibe a fibronólise. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Trombina: formada após a ativação da cascata de coagulação; recruta fatores pró-coagulantes e anticoagulantes (atua como mediador); induz a agregação plaquetária e a secreção de tromboxano; induz a fibrinólise para não coagular em excesso. - Plasmina: faz a destruição dos coágulos; anticoagulante. - Plaquetas: quando há lesão tecidual, as plaquetas que estavam livres encontram fatores liberados pela MEC. Sofrem alterações no seu formato, adesão (mediada pelo Von Willebrand), secreção de outros fatores (tromboxano, fibrinogênio, ADP. via intrínseca da coagulação) e agregação (tromboxano, tampão hemostático). ** Deficiências genética do fator de Von Willebrand resultam em problemas de coagulação. Cascata de Coagulação: terceiro componente da hemostasia. - Cada etapa quebra uma proteína inativa (“gênio”) para a forma ativa (“ina”). - Trombina: a enzima mais importante no processo de coagulação. Transforma o fibrinogênio em fibrina para a formação do tampão hemostático definitivo. - Via Extrínseca: desencadeador externo; é a mais importante para a coagulação; ativada pela tromboplastina (aparece em locais de lesão). - Via Intrínseca: só precisa da exposição do fator tecidual a uma superfície trombogênica; funciona in vitro; há a ação da trombina. - Existe uma via comum às duas vias da cascata de coagulação. Envolve trombina, protrombina e fibrina. - Uma vez ativada, a cascata deve ser restrita ao local de lesão vascular para evitar a coagulação desenfreada por todos os vasos. Sua ativação também desencadeia uma cascata fibrinolítica (para controle do coágulo). Trombose: desregulação da hemostasia. - Situação patológica, na qual há a solidificação do sangue. - Tríade de Virchow: 1. Lesão endotelial – pode causar ou ser causada pela alteração do fluxo sanguíneo. Ativa a via de coagulação intrínseca e diminui a quantidade de fatores anticoagulantes. 2. Estase venosa ou turbulência de fluxo – permitem o contato do endotélio com as plaquetas + alteram o esquema de fluxo sanguíneo, com plasma na periferia e células no centro. 3. Hipercoagulabilidade - desordens primárias ou secundárias; ex: trombofilia. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Morfologia: trombos arteriais em locais de fluxo turbulento e trombos venosos (vermelhos) em locais de estase. Apresentam as linhas de Zahn, quando há fluxo sanguíneo (importante para medicina legal). Formam uma cauda que tem facilidade em fragmentar e formar um êmbolo. Trombos nas câmaras cardíacas ou na luza da aorta = trombos murais. - Destino dos trombos: propagação (até causar obstrução do vaso), embolização (se fragmentam), dissolução (atividade fibrinolítica) ou organização / recanalização. - Trombose Venosa (Flebotrombose): preocupantes porque podem embolizar os pulmões; superficiais = veia safena; profundo = veias de grande calibre acima do joelho (poplítea, femoral e ilíaca) são mais propensas a êmbolos; circulação colateral; insuficiência cardíaca = estase venosa = TVP; idade avançada, repouso no leito e imobilização = diminuem bomba dos músculos da perna = diminui retorno venoso. - Aterosclerose é o principal desencadeador de trombose perda da integridade do endotélio e mudança no fluxo sanguíneo. - Câncer = necrose tecidual = forma mais trombina = mais coagulação = trombose. EMBOLIA: massa que é carregada de seu ponto de origem. - Normalmente, é uma parte de um trombo. Tromboembolia. - Causa necrose isquêmica no local que impactar. - Oclusão dos vasos pequenos. - Quando proveniente do coração esquerdo e artérias afeta órgãos terminais, como coração, baço e rins. - Quando proveniente do coração direito embolia pulmonar. Tromboembolia Pulmonar: Normalmente por TVP acima do joelho. Entram na circulação pulmonar.Pode ocluir uma artéria ou estar na bifurcação (Êmbolo em Sela). Pode causar insuficiência do VD (cor pulmonale). RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 Não necessariamente causa infarto por causa da compensação pulmonar. Embolia Gordurosa: Após fratura de ossos longos (contém medula gordurosa). Glóbulos de gordura na circulação. Taquipneia súbita, dispneia e taquicardia. Obstrução mecânica e lesão bioquímica. Pacientes queimados. Embolia Gordurosa Cerebral Embolia Gasosa: Bolhas de ar na circulação que formam massas espumosas. Obstrução do fluxo sanguíneo. Doença de descompressão (mergulhador) – inspira e nitrogênio se dissolve na circulação; quando volta rápido esse nitrogênio dilata e sai da solução física do sangue. Doença do caixão – ainda tem êmbolos gasosos nos ossos que causam necrose isquêmica. Tratamento com câmara de descompressão. Embolia de Líquido Amniótico: Complicação rara do trabalho de parto. Início súbito de dispneia grave, cianose e choque. Entrada de líquido amniótico na circulação da mãe. Abertura da placenta e ruptura de veias uterinas. INFARTO: - Área de necrose isquêmica causada por uma falta de suprimento arterial ou de drenagem venosa. - Gangrena = infarto periférico = diabetes. - Normalmente decorrentes de eventos trombóticos e embólicos arteriais. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Raramente ocorrem por trombose venosa, porque essas geralmente causam obstrução e congestão venosa. Surgimento de canais colaterais. - Fatores que determinam um infarto: natureza do suprimento vascular (há via alternativa?) + velocidade do desenvolvimento da oclusão + vulnerabilidade à hipóxia do órgão + quantidade de oxigênio no sangue. - Morfologia: formato em cunha, com o vaso ocluído no ápice e a periferia do órgão na base. Necrose isquêmica de coagulação. Lesões teciduais isquêmicas no cérebro resultam em necrose de liquefação. Infartos vermelhos (hemorrágicos): - Oclusões venosas; - Tecidos frouxos (pulmões) que permitem acúmulo de sangue; - Tecidos com dupla circulação, o que permite circulação paralela; - Tecidos com fluxo lento prévio; - Quando o fluxo é restabelecido em um local com necrose prévia. Infarto branco (anêmicos): - Oclusões arteriais; - Órgão sólidos (coração, baço, rins), porque a solidez limita a quantidade hemorrágica. QUESTÕES P1: - Trombo arterial (incorreta – necrose liquefativa). - Nomear o significado: esteatose, aterosclerose, antracose, calcificação distrófica. - O que é metaplasia + exemplo. - Endométrio em reposição hormonal no climatério. Atrofia por desuso? - Hiperalbuminemia (incorreta causa de edema). - Tampão X Trombo. - Qual é a Tríade de Virchow. - Congestão diminui o fluxo sanguíneo (não aumenta). - Hemostasia primária forma tampão frouxo (correta). - Trombo arterial se forma em local de turbulência. - Cite os tipos de necrose. - Infarto cerebral com necrose liquefativa (caso clinico). - Vilosidade fantasma = intestino delgado com infarto e necrose de coagulação (caso clínico). - Morfologia da apoptose. - Função do P53 e do citocromo C. - Infarto pulmonar com necrose de coagulação (caso clínico). -Apendicite aguda com necrose de liquefação (caso clínicio). RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- AULA 4 – INFLAMAÇÃO “A inflamação é uma resposta protetora direcionada para eliminar a causa da inicial da lesão bem como as células e tecidos necróticos que resultam do insulto original”. - Dilui, neutraliza ou destrói os agentes nocivos. - Apesar de ser um mecanismo de proteção, ela mesmo é capaz de causar lesão tecidual. - Se não houvesse inflamação, as lesões prosseguiriam e não haveria cicatrização. - Forma parte da imunidade inata. - Só acontece em tecidos vascularizados (medicina legal). - Células envolvidas: proteínas plasmáticas, leucócitos do sangue, células da parede vascular e da matriz extracelular. - Macrófagos residentes: não mudam de local. Células de Kupffer. - Aguda: de início rápido e curta duração; caracteriza-se pelo exsudato de líquidos e proteínas plasmáticas e acúmulo de leucócitos (majoritariamente neutrófilos). Sequência estereotipada, com atuação dos vasos sanguíneos e linfócitos. Edema intersticial + infiltrado inflamatório. - Crônica: mais insidiosa e de duração mais longa; caracterizada pelo influxo de linfócitos e macrófagos associado à fibrose. - Sinais Cardinais da Inflamação: alterações vasculares e recrutamento de células. Dor, calor, rubor, edema, perda de função. - Etapas da Resposta Inflamatória: 1. Reconhecimento de agente lesivo. 1.1. Receptor Celular. 1.2. Sensor de dano celular. 1.3. Receptor celular envolvido na resposta imune. 1.4. Proteína citoplasmática. 2. Recrutamento de leucócitos. 3. Remoção do agente. 4. Regulação (controle) da resposta. 5. Resolução/Reparo. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Efeitos sistêmicos da Inflamação: febre (mais proeminentes da fase aguda; pirogênios estimulam síntese de prostaglandina), aumento plasmático de proteína (PC reativa, fibrinogênio), leucocitose (principalmente infecções bacterianas), coagulação intravascular disseminada. INFLAMAÇÃO AGUDA: “Resposta rápida à lesão ou outras substâncias estranhas, que é designada a levar leucócitos e proteínas plasmáticas para os locais de lesão”. - Possui dois componentes principais: (altera calibre vascular, microcirculação e leucócitos migram). 1. Alterações vasculares: vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular 2. Eventos celulares: saída dos leucócitos da circulação e acúmulo no local da lesão (recrutamento e ativação). Os principais leucócitos são os neutrófilos (polimorfonucleados). - Estímulos para a Inflamação Aguda: infecções, trauma, agentes químicos e físicos (lesão térmica, radiação), necrose tecidual, corpos estranhos, reações imunes (reações de hipersensibilidade). - Neutrófilos predominam no infiltrado inicial e depois são substituídos pelos macrófagos. - Reações típicas da Inflamação: a) Alterações vasculares: Alterações no fluxo e no calibre vascular: vasoconstrição transitória seguida de vasodilatação das arteríolas por ação de histamina e ON (causa o eritema e calor). O aumento da permeabilidade facilita a saída de líquido, diminuindo a velocidade do fluxo (estase). Com a estase, os leucócitos se acumulam (marginalização – primeira etapa da jornada dos leucócitos). Aumento da permeabilidade vascular: aumento da pressão hidrostática favorece a saída de líquido. Inicialmente transudato. Depois, com aumento da permeabilidade/espaços interendoteliais aumentados, saída de exsudato (rico em proteínas e células). Aumenta a pressão oncótica intersticial que favorece a saída de água e íons (edema). - Induzido pela histamina, cinina e outros mediadores que produzem aberturas entre as células endoteliais, por lesão endotelial direta ou induzida por leucócito e pelo aumento da passagem de líquidos pelo endotélio. Respostas dos vasos linfáticos: são responsáveis por remover o que resta de líquido intersticial (drenagem do edema). Nas inflamações o fluxo linfático está aumentado e é uma via de disseminação do agente lesivo. Linfonodos podem ficar inflamados e aumentados (hiperplasiados folículos linfoides). RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 b) Eventos celulares: Ativação de leucócitos: - Transporte de leucócitos até o local da lesão e sua ativação. Uma vez ativados podem causar lesão tecidual e prolongar a inflamação. Recrutamento de leucócitos: atuação de mediadores químicos. 1. Marginação, adesão e rolamento. 2. Aderência firme ao endotélio. 3. Transmigração entre células endoteliais. 4. Migração em direção ao estímulo. * Marginalização e rolagem: acúmulo de leucócitos na periferia do vaso + adesão transitória (selectinas) e movimentação conforme o fluxo sanguíneo. * Adesão e transmigração: adesão firme (integrinas) de leucócitos ativados + movimentação por causa das quimiocinas + se espremem nas junções intercelulares (diapedese). * Quimiotaxia: leucócitos vão para o local da infecção/lesão. Ativação de leucócitos: micróbios, produtos da necrose e mediadores. Funções: fagocitose, substâncias que destroem o que foi fagocitado e removem tecidos mortos, produção de mediadores da resposta inflamatória. Fagocitose: reconhecimento do agente (opsoninas) + fixação da partícula + engolfamento + vacúolo fagocítico + degradação do material. Lesão tecidual induzida por leucócitos: - Causas: parte da reação normal, lesa ndo tecidos ao redor + como tentativa normal de remoção de tecidos mortos + como resposta inflamatória imprópria. - Quando ativados, os leucócitos podem liberar toxinas não apenas dentro dos vacúolos, mas no espaço extracelular. Grânulos de enzimas lisossômicas. - A destruição é causada por radicais livres, ativados pelas enzimas lisossômicas. - Resultados da Inflamação Aguda: pode ser resolvida e retornar ao normal (permeabilidade restaurada, leucócitos/neutrófilos morrem por apoptose, limitação da inflamação), progredir para inflamação crônica (agente nocivo não é removido, sequente resolução ou cicatrização) ou resultar em cicatrização e fibrose (após destruição tecidual). RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Morfologia: 1. Inflamação serosa: saída de fluido aquoso, dentro ou imediatamente abaixo da epiderme. Bolha cutânea de queimadura. Líquido na serosa = efusão. 2. Inflamação Fibrinosa: lesões mais graves, com escape de fibrinogênio. Rede eosinofílica de filamentos. Meninges, pericárdios e pleuras. “Pão com manteiga” macroscopicamente. RESUMO ROBBINS: Sequência de eventos na Inflamação Aguda: - As alterações vasculares na inflamação aguda são caracterizadas por um fluxo sanguíneo aumentado pela dilatação de arteríolas e leito capilar (eritema e calor). - A permeabilidade vascular aumentada, através das junções interendoteliais afastadas ou por lesão direta, resulta em um exsudato de líquido rico em proteínas (edema tecidual). - Os leucócitos, predominantemente neutrófilos no início, aderem ao endotélio através de moléculas de adesão, e então deixam a microcirculação e migram para o local de lesão por influência de agentes quimiotáticos. - Se seguem a fagocitose, destruição e degradação do agente nocivo. - O resultado da inflamação pode ser a remoção do exsudato, com restauração da arquitetura normal do tecido (resolução); transição para inflamação crônica; ou extensa destruição do tecido, resultando em cicatrização. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 3. Inflamação Supurativa/Purulenta: presença de muito exsudato purulento (pus) – neutrófilo, célula necrótica e líquido de edema. Abscessos. Acúmulo de leucócitos dentro de uma fibrina. 4. Úlcera: escavação da superfície. Necrose e desprendimento do tecido. Tecido necrótico e inflamação próximo/na superfície. Estômago. - Mediadores químicos da inflamação: podem ser produzidos localmente pelas células (no sítio da inflamação) ou podem estar circulando no plasma (produzidos pelo fígado). A ligação aos receptores induz suas ações (extremamente reguladas) nas células-alvo. Um mediador pode estimular outro. ** Metabólitos do ácido araquidônico (prostaglandinas, leucotrienos e lipoxinas): eicosanoides; medeiam cada etapa da inflamação; lipoxinas são inibidores da inflamação. ** Fator de ativação plaquetária: a partir de fosfolipidios de membrana das células de defesa; atua diretamente na célula alvo; estimula plaquetas, vasoconstrição e broncoconstrição. ** Citocinas: mediadores da inflamação e resposta imune; estimulam a produção de mais leucócitos. ** Fator de Necrose Tumoral e Interleucina 1: produzidos por macrófagos ativados; ativação endotelial (expressão de moléculas de adesão). ** Óxido Nítrico: vasodilatação, antagonismo nos estágios de agregação plaquetária, recruta menos leucócitos para o local da lesão e ação citotóxica. Aminas Vasoativas: ** Histamina: produzida pelos mastócitos; liberada dos grânulos em resposta a lesão física, imunológica, anafilatoxinas, citocinas; causa dilatação das arteríolas e aumenta a permeabilidade da vênula. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 ** Serotonina: efeitos semelhantes à histamina; grânulos de plaquetas; liberada durante a agregação plaquetária. Granuloma ≠ Tecido de granulação. Edema, vasos jovens, congestão INFLAMAÇÃO CRÔNICA: - Inflamação ativa, destruição tecidual e reparação ocorrem simultaneamente. - Morfologia: infiltrado de células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos) + destruição tecidual + reparo (angiogênese e fibrose). - Angiogênese: proliferação de novos vasos. - Quando a resposta aguda não pode ser resolvida ou o agente lesivo é persistente, uma inflamação aguda pode evoluir para uma inflamação crônica. - Origens: infecções persistentes por microorganismos difíceis de erradicar, doenças inflamatórias imunomediadas (reações de hipersensibilidade – doenças autoimunes – podem ter morfologia mista de aguda e crônica), exposição prolongada a agentes tóxicos (sílica). - Células e mediadores: ** Macrófagos: células dominantes na inflamação crônica; derivados dos monócitos; sistema de fagócitos mononucleares; atuam como filtros e sentinelas; macrófago ativados = células epitelioides (grandes, achatados e rosas); depois que o estimulo cessa, os macrófagos morrem ou vão para a via linfática – na inflamação crônica, o acúmulo desses permanece por causa da liberação constante de quimiocinas; interferon induz formação de células gigantes. ** Linfócitos, Plasmócitos, Eosinófilos e Mastócitos: os macrófagos apresentam os antígenos para os linfócitos e produzem citocinas que estimulam as RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 respostas; linfócitos T produzem interferon (ativa macrófago); o acúmulo dessas células pode formar folículos linfoides; eosinófilos encontrados em infecções parasitárias ou associados a alergias; mastócitos relacionados reações alérgicas e choque anafilático; embora marca da inflamação aguda, muitas inflamações crônicas podem manter neutrófilos. Inflamação Granulomatosa / Específica: - Padrão distinto de inflamação crônica. - Causa infecciosa (tuberculose – coloração Wade) ou não infecciosa (corpo estranho). - Caracterizada por agregados de macrófagos ativados que tem uma aparência epitelióide. - Morfologia: granuloma; macrófagos circulados por linfócitos; célulasgigantes multinucleadas; pode haver necrose ou não; necrose caseosa; tuberculose, corpo estranho. Quando há “bolas brancas” no granuloma, suspeitar de fungos (coloração Grocott). ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- AULA 5 – REPARO TECIDUAL - Resposta curativa a lesão tecidual. - MEC regula o crescimento, a proliferação, o movimento e a diferenciação das células que vivem no seu interior. Síntese e degradação. Funções: suporte mecânico, controle do crescimento celular (regulam a proliferação celular), manutenção da diferenciação celular. 1. REGENERAÇÃO: restituição completa do tecido perdido ou lesado. - Proliferação de céulas íntegras e maturação de células tronco. - A partir de fatores de crescimento. - Tecido substitui e volta ao normal. - Crescimento hepático após ressecção ou necrose citocina e fatores de crescimento; até 90% de ressecção; prolifera hepatócitos (céls quiescentes) e células não parenquimatosas (Kupffer, endoteliais e estreladas); hiperplasia RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 compensatória; não há ação das células progenitoras e hepatócitos novos não são gerados. - Tecido hematopoiético e epitélios da pele e TGI. - Lesões que não atingiram a MEC (superficiais). 2. REPARO POR CICATRIZAÇÃO: - Regeneração + formação de cicatriz. - Cicatriz: deposição de colágeno e outros elementos da MEC (fibrose). - Quando o reparo não conseguiu ser feito por regeneração. - Cérebro e Coração! - Órgãos sólidos que param em G0 – quiescentes, não entram no ciclo celular. - Ocorre quando a MEC é danificada. - Substitui células por tecido conjuntivo. - Inflamação crônica é acompanhada de lesão persistente e formação de cicatriz pela produção local de fatores de crescimento e citocinas (fibrose). - O processo pode causar disfunção tecidual (ex: desenvolvimento de aterosclerose). - Características básicas: inflamação, angiogênese, migração e proliferação de fibroblastos, formação da cicatriz e remodelamento do tecido conjuntivo. Patogênese: A) Angiogênese – formação de novos vasos. VEGF, tecido de granulação (vários vasos e células inflamatórias). B) Formação de tecido conjuntivo – fibroblasto. C) Reparo do tecido – cicatrização. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 Proliferação tecidual: - O número de células é determinado pelas taxas de proliferação celular, diferenciação e morte por apoptose. - Apoptose: mecanismo fisiológico para manter a homeostasia do tecido; pode ser desencadeada por diversos fatores patológicos. - Pode ser estimulada por diversos fatores fisiológicos e patológicos. Proliferação de células endometriais por ação do estrogênio. Desenvolvimento de bócio nodular na tireoide pelo aumento nos níveis de hormônio estimulante da tireoide. - Controlada por sinais solúveis ou dependentes de contato que estimulam ou inibem a proliferação. - Excesso de estimuladores ou deficiência de inibidores resulta em crescimento e, no caso do câncer, em crescimento descontrolado. - Tecidos são divididos em 3 grupos de acordo com sua capacidade proliferativa: lábeis (estão em divisão contínua, epitélios), quiescentes (tecidos estáveis, respondem à estímulos) e permanentes (não se dividem, neurônios, musculares cardíacas e esqueléticas). - A replicação das células é estimulada por fatores de crescimento ou por sinalização da MEC, através das integrinas. - Fatores de crescimento: agem como ligantes para receptores específicos, os quais liberam sinais para as células alvo. Controlam a entrada e progessão no ciclo celular. VEGF – Fator de Crescimento Endotelial Vascular: potente indutor da formação de vasos sanguíneos no início do desenvolvimento e no crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogenese – na cura das feridas, inflamação crônica e nos tumores). TFG-B – Fator de Crescimento Transformador Beta: inibidor de crescimento da maioria das células epiteliais (bloqueia o ciclo celular), potente agente fibrinogênico (estimula quimiotaxia de fibroblastos), forte efeito anti-inflamatório (proliferação de células T). - Citocinas: mediadores da inflamação e da resposta imune. Algumas podem ser consideradas fatores de crescimento por estimularem o crescimento de uma gama de células. TNF – Fator de Necrose Tumoral e IL-1 participam da cura das feridas. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 Cura de feridas cutâneas: Acontece em 3 fases: 1. Inflamação lesão inicial provoca adesão e agregação de plaquetas, formando um coágulo, levando à inflamação. 2. Proliferação há formação do tecido de granulação, proliferação e migração de células do tecido conjuntivo para repovoar o epitélio. 3. Maturação envolve deposição de MEC e remodelamento do tecido. - Cura por primeira intenção: morte de um numero limitado de células epiteliais; processo de regeneração; feridas cirurgicas. - Cura por segunda intenção: lesões mais profundas; grandes perdas de células e de tecido conjuntivo; processos de reparo (regeneração + cicatrização + contração da ferida pelos miofibloblastos); reação inflamatória intensa, formação de tecido de granulação, extensa deposição de colágeno. 1ª INTENÇÃO 2ª INTENÇÃO Inflamação menor Inflamação maior Ferida menor Ferida maior Coágulo fibrina menor Coágulo fibrina maior Menos exsudato, necrose Mais exsudato, necrose Menos fibrina Mais fibrina Menos tecido de granulação Mais tecido de granulação Cicatriz menor Cicatriz maior Sem miofibroblastos Miofibroblastos ajudam na contração - Sequência da cicatrização: a) Formação do coágulo sanguíneo: ativação das vias de coagulação; células em migração são atraídas por fatores de crescimento, citocinas e quimiocinas de liberação local. VEGF aumenta a permeabilidade do vaso e leva ao edema. A desidratação externa do coágulo forma a crosta. Em 24h aparecem neutrófilos. b) Formação do tecido de granulação: 24-72h; proliferação de fibroblastos e presença de novos e pequenos vasos sanguíneos (angiogênese); como esses vasos são permeáveis, frequentemente há edema; entre 5-7 dias, o tecido de granulação preenche a lesão e a vascularização é máxima. c) Proliferação Celular e Deposição de Colágeno: 48-96h os neutrófilos são substituídos por macrófagos; remoção de materiais estranhos e promoção da RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 angiogênese; reepitelização; formação de pontes de fibrina, TFG-B; proliferação de fibroblastos. d) Formação da Cicatriz: avascular, composta de fibroblastos fusiformes, colágeno denso, fragmentos de tecido elástico e outros componentes da MEC; no fim do primeiro mês, não há infiltrado inflamatório e a cicatriz é recoberta por epiderme. e) Contração da Ferida: ocorre em grandes feridas de superfície; diminui a lacuna, ajuda a fechar a ferida; característica de cura por 2ª intenção; formação de rede de miofibroblastos. f) Remodelamento do Tecido Conjuntivo: substituição do tecido de granulação por uma cicatriz; alteração na composição da MEC; metaloproteinases (degradação Do colágeno); inibidores de metaloproteinases. Fatores do Hospedeiro que influenciam no reparo: Fatores sistêmicos: - Nutrição deficiência de vitamina C e proteínas inibem síntese de colágeno e retardam a cicatrização. - Estado metabólico DM no atraso da cicatrização. - Estado circulatório suprimento inadequado, aterosclerose.- Hormônios glicocorticoides são anti-inflamatórios e inibem a síntese de colágeno. Fatores locais: - Infecção retardo da cura porque causam inflamação e lesão persistentes. - Fatores mecânicos separação das margens da ferida. - Corpos estranhos. - Tamanho, localização e tipo de ferida em áreas bem vascularizadas, mais superficiais. Anormalidades no reparo: Formação deficiente de cicatriz: - Formação inadequada do tecido de granulação ou a organização da cicatriz. Muito fibroblasto. - Deiscência da ferida (ruptura de ferida) ou ulceração (vascularização inadequada ou falta de sensibilidade). RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 Formação excessiva dos componentes de reparo: - Cicatrizes hipertróficas (acúmulo de muito colágeno; após lesão traumática ou térmica, envolvendo camadas mais profundas da derme) ou queloides (quando a cicatriz hipertrófica cresce além das margens da ferida original). - Carne esponjosa: formação excessiva do tecido de granulação; protrusão acima do nível da pele; impedem a reepitelização. Formação de contraturas: - Deformidade das feridas e dos tecidos circundantes. - Palmas das mãos, plantas dos pés e face anterior do tórax. - Frequente após queimaduras severas. - Podem comprometer movimentação da articulação. Fibrose de tecidos parenquimatosos: - Deposição excessiva de colágeno e componentes da MEC em um tecido. - A principal citocina envolvida é a TFG-B (agente fibrinogênico). Inibe metaloproteinase. - Deposição de colágeno em doenças crônicas. - O mecanismo é o mesmo da cura de feridas, porém o estímulo da cicatrização é mais prolongado, causando disfunção do órgão. - Cirrose hepática, fibrose pulmonar, esclerodermia. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- AULA 6 – NEOPLASIA - Cura para o câncer? Não. Câncer não é uma doença, mas muitas desordens que compartilham uma profunda desregulação do crescimento. Nomenclatura: - Neoplasia = novo crescimento = proliferação de células. “Massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo e não coordenado com aquele dos tecidos normais, e persiste de maneira excessiva após a interrupção do estímulo que originou a alteração”. - Tumor = edema causado pela inflamação. - Alterações genéticas que permitem a proliferação excessiva e desregulada que se tornam autônomas (independente do estímulo fisiológico do crescimento). RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - O que diferencia uma neoplasia de uma displasia ou hiperplasia é essa autonomia de proliferação (não consegue parar de dividir). - Todas as células neoplásicas derivam de uma única célula que sofreu alterações genéticas = células clonais. - Componentes básicos: 1. Parênquima: células neoplásicas clonais. Estimula a produção ou não de colágeno. 2. Estroma: tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, macrófagos e linfócitos. Quando escasso = mole. Quando muito tecido conjuntivo = desmoplasia = duro/cirrótico (câncer de mama). ** Duro = cirrótico = produção de mais colágeno = proliferação de tecido conjuntivo = desmoplasia = mais agressivo = câncer de mama. - O crescimento e evolução das células neoplásicas é dependente do estroma (suprimento vascular adequado). - A carcinogênese ocorre por um dano gentético que inativa os proto oncogens (defensores) e ativa os oncogens. - Carcinogênese química: Início: lesão do DNA; exposição da célula aos iniciadores carcinogênicos; isoladamente não é suficiente para a formação do tumor; provoca dano permanente ao genoma; é rápida e irreversível. Agente Promotor: agentes de proliferação; isoladamente causam hiperplasia, não um tumor; portanto sua ação não afeta o DNA diretamente, alterações reversíveis; inicia a proliferação celular; forma um cone pré-neoplásico (displasia) e, se continuar em exposição, segue com neoplasia. Progressão: já é neoplasia; irreversível. - Carcinogênese Microbiana: Vírus Oncogênicos: HTLV-1, HPV, Epstein-Barr, Hepatite B e C, H. Pylori. BENIGNOS: Célula de origem + OMA. - Mesenquimais fibroma (nos tecidos fibrosos), condroma (cartilaginoso), lipoma (tecido adiposo). - Epiteliais adenoma (epitelial derivado de glândulas), papilomas (projetam micro ou macroscopicamente estruturas semelhantes a dedos), cistadenomas (formam cistos), pólipo (quando projeta estrutura macroscópica sobre a mucosa; sésseis ou pediculados; quando houver displasia = pólipo adenomatoso) RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 MALIGNOS: - Mesenquimais = SARCOMA = apresentam estroma com pouco tecido conjuntivo, são moles fibrossarcoma, condrossarcoma, leiomiossarcoma, rabdomiossarcoma. - Epiteliais = CARCINOMA carcinoma de células escamosas (células tumorais lembram um epitélio escamoso estratificado), adenocarcinoma (células tumorais crescem em padrões glandulares). - Quando uma neoplasia maligna é composta de células de origem desconhecida = neoplasia indiferenciada. - Teratoma: um tipo de tumor que vêm de mais de 1 camada germinativa. Pode dar origem a vários tecidos. Se originam de células totipotentes. Benigno (todas as partes são bem diferenciadas) ou maligno (menos diferenciado). Exceções: Linfoma, melanoma, mesotelioma, seminoma neoplasias malignas. Lesões que mimetizam neoplasias: epitélio totalmente diferente na topografia correta (hamartoma) ou tecido ectópico (coristoma). BENIGNO MALIGNO – Câncer Célula de origem + OMA. SARCOMA / CARCINOMA Localizado. Metástase. Crescem em expansão. Crescimento infiltrativo. Plano de clivagem. Capacidade de adesão. Bem diferenciados. Anaplásicos. Mitoses são poucas e normais. Mitoses muitas e atípicas. Pleomorfismo. Cápsula (crescimento lento – hipóxia). Necrose (rápido crescimento). Desmoplásicos (tecido conjuntivo) RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Normalmente se diferenciam por sua morfologia. - Diferenciação: extensão com que as células neoplásicas lembram as células parenquimatosas normais correspondentes. Quanto mais diferenciado, mais parecido com o órgão original, mais benigno. A falta dela = anaplasia (reversão da diferenciação para níveis mais primitivos). As células no câncer podem ser menos ou mais diferenciadas, mas algum grau de desordem de diferenciação está sempre presente. Critérios de Anaplasia: - Pleomorfismo: variação no tamanho e forma, tanto das células quanto dos núcleos. Morfologia nuclear anormal: núcleo com cromatina abundante e corado fortemente (hipercromático). São desproporcionalmente grandes em comparação com a célula. Forma do núcleo frequentemente irregular. - Mitoses: tumores malignos normalmente tem um grande numero de mitoses, apresentando maior atividade proliferativa das células parenquimatosas. Mitoses atípicas! Nos benignos é típica. - Perda de polaridade: orientação das células anaplásicas é alterada. Crescimento anárquico e desorganizado de células. - Necrose: quando o tumor tem um rápido crescimento, sua área central perde a vascularização, gerando necrose. - Formação de células gigantes tumorais, algumas com um núcleo gigante e polimórfico e outras podem ser polimorfonucleadas. - Displasia: crescimento desordenado. Perda da uniformidade das células e perda de sua organização arquitetônica. Células tem pleomorfismo considerável e núcleos hipercromáticos. - Quando um tumor sólido puder ser detectado clinicamente, significa que ele jácompletou a maior parte do seu ciclo de vida. - Taxa de Crescimento: determinada por 3 fatores principais: o tempo de duplicação das células tumorais, a quantidade de células que estão no grupo de replicação e a taxa com que as células são perdidas ou morrem. Células que estão fora de G0. Quando o tumor é clinicamente detectado, a maioria das células não está em divisão celular. - Invasão Local: praticamente todos os tumores benignos crescem como uma massa expansiva coesa, que permanece localizada em seu sítio de origem e não apresenta a capacidade de infiltrar ou metastatizar para lugares distantes (como fazem os malignos). Como crescem lentamente, quase sempre formam uma cápsula fibrosa que permite sua remoção cirúrgica (plano de clivagem). Quando tumores malignos, seu crescimento é acompanhado por infiltração progressiva, infiltração e destruição de tecidos adjacentes. Não há plano de clivagem delimitado. Crescimento rápido = necrose central. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - A invasividade é a característica mais confiável para diferenciar os tumores malignos dos benignos. - Carcinoma in situ: mostram características de malignidade sem a invasão da membrana basal. - Metástases: Tumor que se desprende de sua origem e prolifera longe; característica maligna, porque os benignos não metastatizam. A invasividade dos tumores malignos permite que eles penetrem nos vasos sanguíneos, linfáticos e cavidades corpóreas. Basicamente, todos os cânceres podem gerar metástases (exceção: glioma). - Vias de disseminação: 1. Cavidades corpóreas/Semeadura: quando tumor maligno penetra em um campo aberto natural. Cavidade peritoneal. Pleura, pericáridio. Carcinoma que origina no ovário. 2. Disseminação linfática: carcinoma. O padrão de envolvimento dos linfonodos segue as rotas naturais de drenagem linfática. Carcinoma de mama = linfonodos axilares. O aumento dos linfonodos pode ser por: disseminação e crescimento das células tumorais ou hiperplasia reativa. Portanto, o aumento dos linfonodos próximos a um câncer, ao mesmo tempo em que deve levantar suspeita, não significa necessariamente um meio de disseminação da lesão primária. 3. Disseminação hematológica: sarcomas. Principalmente veias = parede mais fina = acomete mais fígado e pulmões por causa da corrente de drenagem. Clone da célula Relaxamento da E-Caderina Sai da membrana basal Vai para MEC Cresce no tecido conjuntivo Rompe membrana do vaso Algumas células morrem e outras não (plaquetas não deixam células NK chegar) Formam êmbolo Andam pela corrente Adesão e implantação Angiogênese (nessa etapa atua a quimioterapia) crescimento e proliferação. Intravasamento Extravasamento Intravasamento. RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Barreiras da disseminação: 1. Membrana Basal: dificulta movimentação das células. 2. NK Cells: reconhecem e destroem as células tumorais. 3. Circulação: fluxo turbilhonado destrói células de formato irregular. 4. Plaquetas e fibrina: rompem as células na formação do embolo. 5. Endotélio: tropismo por tecido específico (fenômeno Homing) - Linfonodo Sentinela: é o 1º linfonodo a receber clone metastático. Serve como marcador prognóstico. - Os linfonodos regionais servem como barreira por um tempo, por proliferarem células de defesa em combate as células tumorais. Hiperplasia. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- AULA 7 – BIOLOGIA DO CRESCIMENTO NEOPLÁSICO - História natural do tumor: 1. Transformação maligna da célula alvo. 2. Crescimento dessas células (fixação da mutação). 3. Invasão local. 4. Metástases distantes. - Tumor mutado Exposição contínua Mutações adicionais Heterogeneidade tumoral. - Proteína RAS e P53 são fatores de proteção. Estão mutados em uma neoplasia. P53 selvagem = inibe angiogênese. - Células tem crescimento acelerado, não porque se dividem mais rápido, mas porque tem mais células para se dividirem = NÃO há encurtamento do ciclo celular! RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 - Angiogênese: fatores de crescimento para a criação de novos vasos sanguíneos. Beta-FGF e VEGF (fator de crescimento vascular endotelial). P53 inibe a angiogênese (como está mutado, não tem essa proteção). - Heterogeneidade: com o passar do tempo, os tumores vão contraindo mutações adicionais. Tornam-se cada vez mais malignos e agressivos = Progressão Tumoral. Há o aparecimento de subclones (células diferentes em relação ao fenótipo, de caráter invasivo e com capacidade de resposta à agressão). - Síndrome Paraneoplásica: sintomas complexos nos pacientes com câncer, que não são explicados pela origem ou disseminação tumoral. Dificulta diagnóstico. Diagnóstico Laboratorial: - Métodos citológicos e histológicos: biópsia, aspiração por agulha, esfregaço citológico. São os métodos mais comumente utilizados. - Imunoistoquímica: identificar produtos celulares ou marcadores de superfície. Útil na categorização de tumores malignos indiferenciados (tumores são muito parecidos histologicamente, mas tem prognóstico e terapêutica diferentes), na determinação do sítio de origem dos tumores metastáticos (antígenos tecido ou órgão-específicos) e na detecção de moléculas que apresentam significado prognóstico e terapêutico (aquelas sensíveis à ação do estrogênio são suscetíveis a terapia antiestrogênio, por exemplo). HER 2 = Receptor de membrana celular. HF = Receptor nuclear da célula. - Marcadores Tumorais: enzimas, hormônios e outros marcadores contribuem para a detecção do tumor / efetividade da terapia / aparecimento de recorrência. PSA: próstata. Elevados no câncer e na hiperplasia prostática. Baixa sensibilidade e baixa especificidade. HCG: testículo, placenta. CA 19-9: pâncreas. AFP: fígado, [testículo e ovário]. CEA: intestino, cólon [mama, pâncreas, estômago]. CA 125: ovário.
Compartilhar