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PATOLOGIA TEÓRICA

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RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
PATOLOGIA GERAL I 
A patologia se dedica ao estudo das alterações estruturais, bioquímicas e 
funcionais em células, tecidos e órgãos que constituem a base das doenças. 
Processo de doença: 
1. Etiologia ou Causa: genéticos, adquiridos ou multifatoriais; contribuição 
da suscetibilidade. 
2. Patogenia: é a série de eventos eu acontecem depois da exposição a 
um agente lesivo; aquilo que o patologista não vê. 
3. Alterações morfológicas: alterações estruturais características; vista 
no microscópio. 
4. Perturbações funcionais e manifestações clínicas: resultados finais; 
podem existir lesões idênticas por mecanismos diferentes. 
Respostas celulares ao estresse e estímulos nocivos: 
- Manter o estado de equilíbrio: homeostase. 
- Adaptação, lesão celular ou morte celular, 
- Adaptações: respostas estruturais e funcionais reversíveis; alcança novo 
estado de equilíbrio. Se os limites da resposta adaptativas forem excedidos, 
ocorre uma sequência de eventos = lesão celular. 
- Uma célula normal (que está em homeostase) pode sofrer um estresse ou 
uma lesão direta (adaptação e lesão celular, respectivamente). Caso, em um 
primeiro momento, o estresse seja muito intenso, a célula evolui de uma 
adaptação para uma lesão celular. Essa última pode ser reversível (leve e 
transitória) ou irreversível (intensa e progressiva  morte celular  necrose ou 
apoptose). 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
AULA 1 – ADAPTAÇÃO CELULAR 
São alterações reversíveis no tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica 
ou função das células, em resposta a modificações no seu ambiente. Célula sai 
do estado de homeostasia. 
- Hipertrofia, metaplasia, hiperplasia, displasia, atrofia ou acúmulo de 
substâncias endógenas e exógenas (alterações metabólicas). 
- Se não cessar a agressão em um estágio de adaptação reversível  célula 
entra em morte celular. 
Adaptações celulares baseadas em alterações metabólicas: 
- Acúmulo daquilo que não funciona; substância endógena ou exógena. Início 
de uma das adaptações irreversíveis. 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Tumefação celular / Degeneração Hidrópica: ocorre uma falha na bomba 
de prótons, causando um edema celular; alteração metabólica adaptativa 
reversível. 
- Degeneração gordurosa: aparecem espaços de lipídeos no citoplasma; 
cirrose; toxina, hipóxia; alteração metabólica adaptativa reversível. 
* Esteatose: acúmulo de 
triglicerídeos; principalmente no 
fígado; álcool, diabetes e 
desnutrição – fígado, gordura 
dentro do hepatócito; pode ser 
leve/reversível ou causar morte 
celular = cirrose. Corpúsculo de 
Mallory (na cirrose hepática por 
álcool). 
* Aterosclerose: acúmulo de colesterol; células de músculo 
liso e nos macrófagos; placa na cada íntima dos vasos. 
* Xantomas: colesterol em macrófagos; dislipidemia grave; hiperlipidemia 
hereditária ou adquirida. 
* Pigmentos exógenos: carbono, antracose 
(acúmulo de C nos macrófagos do alvéolo e 
linfonodos)  tabagismo  enfisema pulmonar. 
Pigmentos escuros. 
* Pigmentos endógenos: lipofuscina (radicais 
livres), melanina (grânulos negros), hemossiderina 
(equimoses, degradação da hemoglobina). 
 
Adaptações celulares baseadas em alterações de crescimento celular: 
 Hipertrofia: aumento do tamanho das células, que resulta no aumento do 
tamanho do órgão. 
- Causada por aumento da demanda funcional ou por estimulação de 
hormônios e fatores de crescimento; aumento da carga de trabalho. 
- É o resultado do aumento na produção das proteínas celulares. 
- Ocorre em tecidos incapazes de divisão celular. 
- Fisiológica: musculação, útero gravídico (estrogênio); patológica: hipertensão 
arterial. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
Atrofia: diminuição do tamanho e do número de células. 
- Fisiológica: desenvolvimento embrionário; útero pós-
parto. 
- Patológica: pode ser local ou generalizada; atrofia de 
desuso (osso fraturado imobilizado), por denervação 
(lesão de nervos), diminuição do suprimento sanguíneo 
(isquemia, atrofia senil, Alzheimer), nutrição inadequada 
(caquexia), perda da estimulação endócrina (mama), 
compressão. 
- Resulta da diminuição da síntese proteica e do aumento da degradação das 
proteínas nas células  diminui a atividade metabólica. 
Autofagia: resposta de adaptação celular quando há privação de nutrição; a 
célula se “fagocita”; envelhecimento, doenças neurodegenerativas, câncer. 
 
Adaptações celulares baseadas em alterações da proliferação e 
diferenciação celular: 
Hiperplasia: aumento do número de células em resposta a 
um estímulo. 
- Frequentemente ocorre associada a hipertrofia. 
- Resultado da proliferação de células maduras. 
- Fisiológica: hormonal (ocorre quando estímulo) ou compensatória (pós lesão 
ou ressecção); crescimento da mama na puberdade; regeneração hepática. 
- Patológica: ação excessiva de hormônios ou fatores de crescimento; 
hiperplasia endometrial (muito estrogênio); hiperplasia nodular prostática 
(androgênio); um bom modo de iniciar câncer; resposta a infecções virais. 
Metaplasia: alteração no fenótipo de células-tronco a partir de estímulos 
externos. 
- Um tipo celular é substituído por outro mais 
capaz de suportar aquela alteração no ambiente. 
- Alteração reversível. 
- Mediado por citocina e fator de crescimento. 
- Metaplasia colunar para escamosa = trato 
respiratório. 
* Esôfago de Barrett / Adenocarcinoma: epitélio escamoso do esôfago é 
substituído por células colunares tipo intestinais, influenciadas pelo refluxo 
gástrico. 
 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
Displasia: início de uma neoplasia; necessário cessar o estresse; geralmente 
acontece depois de hiperplasia / metaplasia. 
 
Calcificações Patológicas: 
Distrófica: cálcio especificamente nos tecidos que estão morrendo (necrose); 
não há alteração sérica; ateroma de aterosclerose. 
Metastática: quando os níveis de cálcio séricos estão aumentados; 
hipercalcemia; deposição em tecidos normais; aumento de PTH, leucemias. 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
AULA 2 – LESÃO E MORTE CELULAR 
- Ocorre quando células são submetidas a um estresse tão severo que não são 
mais capazes de se adaptar. 
- Pode ser causada por: 
1. Privação de oxigênio: hipóxia, isquemia. 
2. Agentes químicos: glicose, sal, CO, etanol. 
3. Agentes infecciosos: vírus, parasitas, bactérias e protozoários. 
4. Reações imunológicas: reações autoimunes, alérgicas. 
5. Defeitos genéticos: deficiência de proteínas funcionais ou acumulação 
de DNA danificado. 
6. Desequilíbrios nutricionais. 
7. Agentes físicos: trauma, extremos de temperatura, radiação. 
8. Envelhecimento: alterações na replicação e reparo das células. Célula 
diminui a resposta ao dano. 
- A função da célula pode ser perdida antes que ocorra a morte celular. As 
falhas profundas na função celular + incapacidade de reverter a disfunção 
mitocondrial = irreversibilidade da lesão. 
- Mecanismos de lesão celular: 
1. Depleção de ATP (hipóxia, dano mitocondrial e toxinas; necrose). 
2. Danos à mitocôndria (aumentos de cálcio e hipóxia; a célula fica com 
pouquíssimo ATP / citocromo C sai da mitocôndria e causa morte 
celular por apoptose). 
3. Influxo de cálcio (indução da apoptose). 
4. Estresse oxidativo. 
Lesões reversíveis: 
- Tumefação celular (falha na bomba de íons; edemacelular; primeira 
manifestação de quase todas as lesões celulares) e degeneração gordurosa 
(forma vacúolos lipídicos; lesão por hipóxia). 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
Lesões irreversíveis: 
Necrose: 
- Série de alterações que acompanham a morte celular. 
- Resulta da ação de degradação das enzimas. 
- Os conteúdos das células sempre extravasam, rompimento da membrana. 
- Aumento da eosinofilia (célula em necrose fica mais rosada). 
 Padrões de necrose tissular: 
 
 Coagulativa: não há alteração na estrutura; 
células sem núcleo e eosinofílicas; infartos, 
isquemia; células parecem ter uma cortina. 
 Liquefativa: infecções bacterianas ou fúngicas; 
acúmulo de células inflamatórias; morte por 
hipóxia do sistema nervoso; não consegue 
diferenciar as células; pus; apêndice cecal; 
neutrófilo = apendicite aguda. 
 Gordurosa: lipases pancreáticas; pancreatite 
aguda; reação inflamatória periférica. 
 Caseosa: infecção tuberculosa; células 
rompidas ou fragmentadas; estrutura é 
completamente destruída; não localiza os 
contornos celulares; borda inflamatória = 
granuloma; célula gigante multinucleada. 
 Fibrinoide: reações imunes de vasos 
sanguíneos; antígeno-anticorpo nas artérias; 
 
Apoptose: 
- Programa de suicídio regulado. 
- Processo enzimático ativo (caspases – dependem de 
moléculas pró e antiapoptóticas), no qual há a 
degradação das proteínas nucleares e citoplasmáticas. 
- Antes de o conteúdo extravasar da membrana, a 
célula é recolhida pelos macrófagos  por isso a 
apoptose não induz a reação inflamatória. 
- Funciona para eliminar células potencialmente prejudiciais e células que já 
tenham passado do seu período de “viver”. 
- Morfologia: encolhimento, condensa cromatina, bolhas citoplasmáticas e 
corpos apoptóticos. 
 
 
 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Causas: 
Fisiológicas: elimina células que não são mais necessárias. 
1. Embriogênese. 
2. Privação de hormônios que atuam em tecidos hormônio-dependentes 
(endométrio e menstruação). 
3. Populações já têm muitas células e é preciso manter um número 
constante. 
4. Privação dos sinais de sobrevivência em células que já tenham 
cumprido seu papel. 
5. Impedir a reação contra os tecidos do corpo da própria pessoa. 
6. Linfócitos T citotóxicos (mecanismo de defesa contra viroses/tumores). 
Patológicas: elimina células que estão geneticamente alteradas ou possuem 
lesões que não as permitem serem reparadas. 
1. Lesão de DNA (ex: ação dos quimioterápicos). 
2. Mutações nos genes que codificam proteínas, que se acumulam mal 
dobradas. 
3. Infecções. 
4. Obstrução de ducto  atrofia patológica do parênquima. 
 
 Mecanismos da apoptose: 
 Via mitocondrial da apoptose: 
- Citocromo C e antagonistas dos inibidores de apoptose. 
- BCL2: controle da permeabilidade da mitocôndria; inibidor da apoptose. 
- Bcls sofrem ação da privação de fatores de crescimento/hormônios ou 
quando as células são expostas à agentes de lesão de DNA. 
- Há a ativação de fatores pró-apoptóticos que criam canais na membrana da 
mitocôndria e facilitam a saída do citocromo C para o citoplasma  ativa as 
caspases. 
Via receptor de morte da apoptose: 
- Receptores de morte da superfície disparam a apoptose. 
- Membros da família do Fator de necrose tumoral (TNF). 
- Eliminação de linfócitos auto-reativos e linfócitos T citotóxicos. 
** P53: atua no ciclo celular. 
Necroptose: 
- Compartilha morfologicamente a necrose e patologicamente a apoptose. 
- Perda de ATP, tumefação celular e de organelas, liberação de enzimas 
lisossômicas e ruptura da membrana plasmática. 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- É desencadeada por eventos programados. 
- Necrose programada. 
- Não resulta da ação de caspases. “Morte celular programada independente 
de caspase”. 
- Inclui danos à mitocôndria – diminuição dos níveis de ATP. 
- Mecanismos de TNF. 
- Formação da placa de crescimento do osso de mamíferos, morte celular da 
esteatose hepática, doença de Parkinson. 
Piroptose: 
- Liberação de citocina IL-1, que causa febre. 
- Semelhanças com apoptose. 
- Inflassomo: ativa a caspase, que induz a morte celular. 
 
PÓS TESTE: 
1. Tipos de necrose: “coligocafi”: coagulativa (isquemia – sem núcleo), 
liquefativa (infecção – não diferencia), gordurosa (inflamação periférica – 
pancreatite), caseosa (tuberculose – célula gigante multinucleada) e 
fibrinoide (vasos sanguíneos). 
 
2. Morfologia da apoptose: célula menor, citoplasma denso  
condensação da cromatina, na periferia  bolhas citoplasmáticas  
corpos apoptóticos  fagocitose por macrófagos. 
 
3. Função da BCL2: antiapoptótico, impede a saída do citocromo C. 
 
4. Função do P53: para o ciclo celular quando ocorre lesão no DNA. 
 
5. O que é necroptose: forma programada de necrose ou morte celular 
independente de caspases. Método que compartilha características da 
necrose e da apoptose. 
 
6. O que é piroptose: morte inflamatória induzida  necessita caspase 1  
via de sinalização para sistema imunológico  causa febre. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
AULA 3 – ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS 
- A saúde celular depende da vascularização adequada e de uma hemostasia 
normal. 
- Hemostasia é a capacidade que o organismo tem de formar um coágulo para 
solucionar uma lesão tecidual. 
- Hemostasia anormal: não forma coágulo (hemorragia, choque, 
comprometimento da vascularização local) ou forma trombos/êmbolos (pode 
obstruir o meio de vascularização local, morte celular). IAM, AVC e embolia 
pulmonar. 
- Trombose/Trombo = coagulação inapropriada; localizado no sistema 
cardiovascular. 
- Embolia/Êmbolo = é um fragmento de trombo que migrou; existente em 
qualquer segmento da circulação sistêmica. 
EDEMA: aumento da quantidade de líquido no interstício. 
- Transudato: translúcido; secundário ao aumento de volume ou redução das 
proteínas; líquido pobre em proteínas e células; alterações hemodinâmicas. 
- Exudato: inflamatório; amarelado; rico em proteínas; secundário a um 
aumento da permeabilidade capilar. 
- Quilosa: leitosa; rica em lipídeos. 
- Causas: 
 Aumento do volume ou pressão dentro do vaso. 
Diminuição na quantidade de proteínas do vaso – albumina 
(desnutrição). 
 Aumento da pressão coloidosmótica do interstício. 
 Alterações endoteliais. 
 Aumento da permeabilidade vascular (edema inflamatório). 
 Obstrução das vias linfáticas. 
Retenção de sódio e, consequentemente, de água (insuficiência 
cardíaca e renal). 
- Controle do movimento do líquido é dado pela diferença de pressão 
hidrostática do interstício e de pressão coloidosmótica (pressão das proteínas; 
atuação da albumina) dentro do vaso. 
- A saída de líquido pela alta pressão intersticial é compensada pela pressão 
coloidosmótica, que faz o retorno desse líquido para o vaso. O pouco que 
restou é drenado pelas vias linfáticas (ducto torácico). 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Na insuficiência cardíaca congestiva, o baixo débito cardíaco causa uma 
menor perfusão renal. Com menos sangue chegando, há a ativação do eixo 
SRAA que aumenta a retenção de água. Isso aumenta o volume, mas, se o 
coração ainda não bombear, aumenta o líquido à montante, causando aumento 
da pressão venosa e edema. 
- A albumina é a principal proteína que mantém a pressão coloidosmótica do 
interior do vaso. Quando há diminuição da sua síntese ou perda na circulação,essa queda na pressão coloidosmótica permite a saída de líquidos para o 
interstício, causando o edema. Nesse caso também há a ativação do SRAA, 
mas não resolve porque a causa é falta de proteína e não de volume. Ex: 
síndrome nefrótica aumenta a permeabilidade da parede, cirrose diminui a 
produção de albumina. 
- A retenção de sódio causa tanto um aumento da pressão hidrostática dentro 
do vaso (por aumento de volume) quanto a diminuição da pressão 
coloidosmótica. Onde o sódio vai, a água vai atrás. Comprometimento renal. 
- Morfologia: clareamento e separação 
dos elementos da MEC, com pequeno 
edema celular. Edema gravitacional na 
insuficiência cardíaca; edema periorbital 
ou anasarca na síndrome nefrótica; 
edema pulmonar na insuficiência cardíaca 
e na SARA. 
- O edema pulmonar, além de dificultar a 
ventilação e as trocas gasosas, também 
cria um espaço propício para a 
proliferação de bactérias e a ocorrência 
de pneumonias de repetição. Acúmulo de 
líquido nos alvéolos. 
HIPEREMIA E CONGESTÃO: aumento local do volume de sangue. 
- Hiperemia  processo ativo, por vasodilatação; há o aumento do fluxo 
sanguíneo. 
- Congestão  processo passivo, por estagnação; diminui o efluxo sanguíneo. 
Relacionada com o edema. Fígado em noz-moscada. 
 
 
 
 
 
 
 
INFLAMAÇÃO 
EDEMA 
PAREDE 
ALVEOLAR 
HEMORRAGIA 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
HEMORRAGIA: saída de sangue para o espaço extracelular. 
- Normalmente secundária à lesão vascular. Trauma, arteriosclerose, neoplasia 
de parede. 
- Petéquias = hemorragias diminutas = aumento da pressão intravascular, 
baixo número de plaquetas ou deficiência dos fatores de coagulação. 
- Acúmulo de sangue = hematoma. 
- Importante saber o local e a quantidade de sangue perdido. 
HEMOSTASIA E TROMBOSE: 
- Hemostasia  fisiológica; processos que mantém o sangue em estado fluido 
e sem formar coágulos em vasos normais, mas também induz a formação de 
tampão hemostático (fibrino-plaquetário) no local de lesão. 
- Trombose  forma patológica de hemostasia; formação de coágulos em 
locais sem lesão ou quando lesões muito leves. 
- Evolvem: parede vascular, plaquetas e cascata de coagulação. 
Hemostasia normal: 
1. Lesão tecidual. 
2. Período de vasoconstrição arterial reflexa (por mecanismos 
neurogênicos e ação da endotelina). 
3. Hemostasia primária: liberação do fator de Von Willebrand pelo 
endotélio  chama plaquetas  alteram seu formato para ouriços do 
mar  aderem-se à parede  liberação de tromboxano  mais 
plaquetas agregadas  formação do tampão hemostático. 
4. Hemostasia secundária: fator tecidual  ativação da cascata de 
coagulação  formação de trombina  quebra o fibrinogênio em 
fibrina  formação da rede de fibrina  sedimentação do coágulo e 
chama mais plaquetas  tampão hemostático irreversível. 
5. Mecanismos de contra regulação: plasmina desencadeia fibrinólise para 
limitar a formação do tampão ao local da lesão. 
- O equilíbrio entre as atividades anti e pró-trombóticas determinam se há a 
formação, propagação ou dissolução do trombo. 
- Propriedades antitrombóticas: fluxo de sangue líquido bloqueia a adesão de 
plaquetas, inibe a cascata de coagulação e destrói coágulos sanguíneos. 
Antiagregantes plaquetários (óxido nítrico), anticoagulantes (heparina e 
trombomodulina) e propriedades fibrinolíticas (fator do plasminogênio tecidual – 
tPA – quebra a fibrina). 
- Propriedades pró-trombóticas: afetam plaquetas, proteínas da coagulação e 
o sistema fibrinolítico. Fator de Von Willebrand sintetizado pelo endotélio e 
exposto quando há lesão tecidual, favorece a adesão de plaquetas. Inibidor do 
ativador de plasminogênio inibe a fibronólise. 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Trombina: formada após a ativação da cascata de coagulação; recruta fatores 
pró-coagulantes e anticoagulantes (atua como mediador); induz a agregação 
plaquetária e a secreção de tromboxano; induz a fibrinólise para não coagular 
em excesso. 
- Plasmina: faz a destruição dos coágulos; anticoagulante. 
- Plaquetas: quando há lesão tecidual, as plaquetas que estavam livres 
encontram fatores liberados pela MEC. Sofrem alterações no seu formato, 
adesão (mediada pelo Von Willebrand), secreção de outros fatores 
(tromboxano, fibrinogênio, ADP. via intrínseca da coagulação) e agregação 
(tromboxano, tampão hemostático). 
** Deficiências genética do fator de Von Willebrand resultam em 
problemas de coagulação. 
Cascata de Coagulação: terceiro componente da hemostasia. 
- Cada etapa quebra uma proteína inativa (“gênio”) para a forma ativa (“ina”). 
- Trombina: a enzima mais importante no processo de coagulação. Transforma 
o fibrinogênio em fibrina para a formação do tampão hemostático definitivo. 
- Via Extrínseca: desencadeador externo; é a mais importante para a 
coagulação; ativada pela tromboplastina (aparece em locais de lesão). 
- Via Intrínseca: só precisa da exposição do fator tecidual a uma superfície 
trombogênica; funciona in vitro; há a ação da trombina. 
- Existe uma via comum às duas vias da cascata de coagulação. Envolve 
trombina, protrombina e fibrina. 
- Uma vez ativada, a cascata deve ser restrita ao local de lesão vascular para 
evitar a coagulação desenfreada por todos os vasos. Sua ativação também 
desencadeia uma cascata fibrinolítica (para controle do coágulo). 
Trombose: desregulação da hemostasia. 
- Situação patológica, na qual há a solidificação do sangue. 
- Tríade de Virchow: 
1. Lesão endotelial – pode causar ou ser causada pela alteração do fluxo 
sanguíneo. Ativa a via de coagulação intrínseca e diminui a quantidade 
de fatores anticoagulantes. 
2. Estase venosa ou turbulência de fluxo – permitem o contato do endotélio 
com as plaquetas + alteram o esquema de fluxo sanguíneo, com plasma 
na periferia e células no centro. 
3. Hipercoagulabilidade - desordens primárias ou secundárias; ex: 
trombofilia. 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Morfologia: trombos arteriais em locais 
de fluxo turbulento e trombos venosos 
(vermelhos) em locais de estase. 
Apresentam as linhas de Zahn, quando 
há fluxo sanguíneo (importante para 
medicina legal). Formam uma cauda que 
tem facilidade em fragmentar e formar um 
êmbolo. Trombos nas câmaras cardíacas 
ou na luza da aorta = trombos murais. 
- Destino dos trombos: propagação (até 
causar obstrução do vaso), embolização 
(se fragmentam), dissolução (atividade 
fibrinolítica) ou organização / 
recanalização. 
- Trombose Venosa (Flebotrombose): preocupantes porque podem embolizar 
os pulmões; superficiais = veia safena; profundo = veias de grande calibre 
acima do joelho (poplítea, femoral e ilíaca) são mais propensas a êmbolos; 
circulação colateral; insuficiência cardíaca = estase venosa = TVP; idade 
avançada, repouso no leito e imobilização = diminuem bomba dos músculos da 
perna = diminui retorno venoso. 
- Aterosclerose é o principal desencadeador de trombose  perda da 
integridade do endotélio e mudança no fluxo sanguíneo. 
- Câncer = necrose tecidual = forma mais trombina = mais coagulação = 
trombose. 
EMBOLIA: massa que é carregada de seu ponto de origem. 
- Normalmente, é uma parte de um trombo. Tromboembolia. 
- Causa necrose isquêmica no local que impactar. 
- Oclusão dos vasos pequenos. 
- Quando proveniente do coração esquerdo e artérias  afeta órgãos 
terminais, como coração, baço e rins. 
- Quando proveniente do coração direito  embolia pulmonar. 
Tromboembolia Pulmonar: 
Normalmente por TVP acima do joelho. 
Entram na circulação pulmonar.Pode ocluir uma artéria ou estar na 
bifurcação (Êmbolo em Sela). 
Pode causar insuficiência do VD (cor 
pulmonale). 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
Não necessariamente causa infarto por 
causa da compensação pulmonar. 
Embolia Gordurosa: 
Após fratura de ossos longos 
(contém medula gordurosa). 
Glóbulos de gordura na circulação. 
Taquipneia súbita, dispneia e 
taquicardia. 
Obstrução mecânica e lesão 
bioquímica. 
Pacientes queimados. 
Embolia Gordurosa Cerebral 
Embolia Gasosa: 
 Bolhas de ar na circulação que formam massas espumosas. 
 Obstrução do fluxo sanguíneo. 
Doença de descompressão (mergulhador) – inspira e nitrogênio se 
dissolve na circulação; quando volta rápido esse nitrogênio dilata e sai 
da solução física do sangue. 
Doença do caixão – ainda tem êmbolos gasosos nos ossos que 
causam necrose isquêmica. 
Tratamento com câmara de descompressão. 
 
Embolia de Líquido Amniótico: 
 Complicação rara do trabalho de parto. 
 Início súbito de dispneia grave, cianose e choque. 
 Entrada de líquido amniótico na circulação da mãe. 
 Abertura da placenta e ruptura de veias uterinas. 
 
INFARTO: 
- Área de necrose isquêmica causada por uma falta de suprimento arterial ou 
de drenagem venosa. 
- Gangrena = infarto periférico = diabetes. 
- Normalmente decorrentes de eventos trombóticos e embólicos arteriais. 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Raramente ocorrem por trombose venosa, porque essas geralmente causam 
obstrução e congestão venosa. Surgimento de canais colaterais. 
- Fatores que determinam um infarto: natureza do suprimento vascular (há via 
alternativa?) + velocidade do desenvolvimento da oclusão + vulnerabilidade à 
hipóxia do órgão + quantidade de oxigênio no sangue. 
- Morfologia: formato em cunha, com o vaso ocluído no ápice e a periferia do 
órgão na base. Necrose isquêmica de coagulação. Lesões teciduais 
isquêmicas no cérebro resultam em necrose de liquefação. 
Infartos vermelhos (hemorrágicos): 
- Oclusões venosas; 
- Tecidos frouxos (pulmões) que permitem acúmulo de sangue; 
- Tecidos com dupla circulação, o que permite circulação paralela; 
- Tecidos com fluxo lento prévio; 
- Quando o fluxo é restabelecido em um local com necrose prévia. 
Infarto branco (anêmicos): 
- Oclusões arteriais; 
- Órgão sólidos (coração, baço, rins), porque a solidez limita a 
quantidade hemorrágica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES P1: 
- Trombo arterial (incorreta – necrose liquefativa). 
- Nomear o significado: esteatose, aterosclerose, antracose, calcificação distrófica. 
- O que é metaplasia + exemplo. 
- Endométrio em reposição hormonal no climatério. Atrofia por desuso? 
- Hiperalbuminemia (incorreta causa de edema). 
- Tampão X Trombo. 
- Qual é a Tríade de Virchow. 
- Congestão diminui o fluxo sanguíneo (não aumenta). 
- Hemostasia primária forma tampão frouxo (correta). 
- Trombo arterial se forma em local de turbulência. 
- Cite os tipos de necrose. 
- Infarto cerebral com necrose liquefativa (caso clinico). 
- Vilosidade fantasma = intestino delgado com infarto e necrose de coagulação (caso 
clínico). 
- Morfologia da apoptose. 
- Função do P53 e do citocromo C. 
- Infarto pulmonar com necrose de coagulação (caso clínico). 
-Apendicite aguda com necrose de liquefação (caso clínicio). 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
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AULA 4 – INFLAMAÇÃO 
“A inflamação é uma resposta protetora direcionada para eliminar a causa da 
inicial da lesão bem como as células e tecidos necróticos que resultam do 
insulto original”. 
- Dilui, neutraliza ou destrói os agentes nocivos. 
- Apesar de ser um mecanismo de proteção, ela mesmo é capaz de causar 
lesão tecidual. 
- Se não houvesse inflamação, as lesões prosseguiriam e não haveria 
cicatrização. 
- Forma parte da imunidade inata. 
- Só acontece em tecidos vascularizados (medicina legal). 
- Células envolvidas: proteínas plasmáticas, leucócitos do sangue, células da 
parede vascular e da matriz extracelular. 
- Macrófagos residentes: não mudam de local. Células de Kupffer. 
- Aguda: de início rápido e curta duração; caracteriza-se pelo exsudato de 
líquidos e proteínas plasmáticas e acúmulo de leucócitos (majoritariamente 
neutrófilos). Sequência estereotipada, com atuação dos vasos sanguíneos e 
linfócitos. Edema intersticial + infiltrado inflamatório. 
- Crônica: mais insidiosa e de duração mais longa; caracterizada pelo influxo 
de linfócitos e macrófagos associado à fibrose. 
- Sinais Cardinais da Inflamação: alterações vasculares e recrutamento de 
células. Dor, calor, rubor, edema, perda de função. 
- Etapas da Resposta Inflamatória: 
 1. Reconhecimento de agente lesivo. 
 1.1. Receptor Celular. 
 1.2. Sensor de dano celular. 
 1.3. Receptor celular envolvido na resposta imune. 
 1.4. Proteína citoplasmática. 
 2. Recrutamento de leucócitos. 
 3. Remoção do agente. 
 4. Regulação (controle) da resposta. 
 5. Resolução/Reparo. 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Efeitos sistêmicos da Inflamação: febre (mais proeminentes da fase aguda; 
pirogênios estimulam síntese de prostaglandina), aumento plasmático de 
proteína (PC reativa, fibrinogênio), leucocitose (principalmente infecções 
bacterianas), coagulação intravascular disseminada. 
 
INFLAMAÇÃO AGUDA: 
“Resposta rápida à lesão ou outras substâncias estranhas, que é designada a 
levar leucócitos e proteínas plasmáticas para os locais de lesão”. 
- Possui dois componentes principais: (altera calibre vascular, microcirculação 
e leucócitos migram). 
1. Alterações vasculares: vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular 
2. Eventos celulares: saída dos leucócitos da circulação e acúmulo no local da 
lesão (recrutamento e ativação). Os principais leucócitos são os neutrófilos 
(polimorfonucleados). 
- Estímulos para a Inflamação Aguda: infecções, trauma, agentes químicos e 
físicos (lesão térmica, radiação), necrose tecidual, corpos estranhos, reações 
imunes (reações de hipersensibilidade). 
- Neutrófilos predominam no infiltrado inicial e depois são substituídos pelos 
macrófagos. 
- Reações típicas da Inflamação: 
a) Alterações vasculares: 
 Alterações no fluxo e no calibre vascular: vasoconstrição transitória seguida 
de vasodilatação das arteríolas por ação de histamina e ON (causa o eritema e 
calor). O aumento da permeabilidade facilita a saída de líquido, diminuindo a 
velocidade do fluxo (estase). Com a estase, os leucócitos se acumulam 
(marginalização – primeira etapa da jornada dos leucócitos). 
 Aumento da permeabilidade vascular: aumento da pressão hidrostática 
favorece a saída de líquido. Inicialmente transudato. Depois, com aumento da 
permeabilidade/espaços interendoteliais aumentados, saída de exsudato (rico 
em proteínas e células). Aumenta a pressão oncótica intersticial que favorece a 
saída de água e íons (edema). 
- Induzido pela histamina, cinina e outros mediadores que produzem aberturas 
entre as células endoteliais, por lesão endotelial direta ou induzida por leucócito 
e pelo aumento da passagem de líquidos pelo endotélio. 
 Respostas dos vasos linfáticos: são responsáveis por remover o que resta 
de líquido intersticial (drenagem do edema). Nas inflamações o fluxo linfático 
está aumentado e é uma via de disseminação do agente lesivo. Linfonodos 
podem ficar inflamados e aumentados (hiperplasiados folículos linfoides). 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
b) Eventos celulares: 
 Ativação de leucócitos: 
- Transporte de leucócitos até o local da lesão e sua ativação. Uma vez 
ativados podem causar lesão tecidual e prolongar a inflamação. 
 Recrutamento de leucócitos: atuação de mediadores químicos. 
 1. Marginação, adesão e rolamento. 
 2. Aderência firme ao endotélio. 
 3. Transmigração entre células endoteliais. 
 4. Migração em direção ao estímulo. 
* Marginalização e rolagem: acúmulo de leucócitos na periferia do vaso + 
adesão transitória (selectinas) e movimentação conforme o fluxo sanguíneo. 
* Adesão e transmigração: adesão firme (integrinas) de leucócitos ativados + 
movimentação por causa das quimiocinas + se espremem nas junções 
intercelulares (diapedese). 
* Quimiotaxia: leucócitos vão para o local da infecção/lesão. 
 Ativação de leucócitos: micróbios, produtos da necrose e mediadores. 
Funções: fagocitose, substâncias que destroem o que foi fagocitado e 
removem tecidos mortos, produção de mediadores da resposta inflamatória. 
Fagocitose: reconhecimento do agente (opsoninas) + fixação da partícula + 
engolfamento + vacúolo fagocítico + degradação do material. 
 Lesão tecidual induzida por leucócitos: 
- Causas: parte da reação normal, lesa ndo tecidos ao redor + como tentativa 
normal de remoção de tecidos mortos + como resposta inflamatória imprópria. 
- Quando ativados, os leucócitos podem liberar toxinas não apenas dentro dos 
vacúolos, mas no espaço extracelular. Grânulos de enzimas lisossômicas. 
- A destruição é causada por radicais livres, ativados pelas enzimas 
lisossômicas. 
- Resultados da Inflamação Aguda: pode ser resolvida e retornar ao normal 
(permeabilidade restaurada, leucócitos/neutrófilos morrem por apoptose, 
limitação da inflamação), progredir para inflamação crônica (agente nocivo não 
é removido, sequente resolução ou cicatrização) ou resultar em cicatrização e 
fibrose (após destruição tecidual). 
 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Morfologia: 
1. Inflamação serosa: saída de fluido 
aquoso, dentro ou imediatamente abaixo 
da epiderme. Bolha cutânea de 
queimadura. Líquido na serosa = efusão. 
 
 
 
2. Inflamação Fibrinosa: lesões mais 
graves, com escape de fibrinogênio. Rede 
eosinofílica de filamentos. Meninges, 
pericárdios e pleuras. “Pão com manteiga” 
macroscopicamente. 
 
 
 
 
RESUMO ROBBINS: 
Sequência de eventos na Inflamação Aguda: 
- As alterações vasculares na inflamação aguda são caracterizadas por 
um fluxo sanguíneo aumentado pela dilatação de arteríolas e leito 
capilar (eritema e calor). 
- A permeabilidade vascular aumentada, através das junções 
interendoteliais afastadas ou por lesão direta, resulta em um exsudato 
de líquido rico em proteínas (edema tecidual). 
- Os leucócitos, predominantemente neutrófilos no início, aderem ao 
endotélio através de moléculas de adesão, e então deixam a 
microcirculação e migram para o local de lesão por influência de 
agentes quimiotáticos. 
- Se seguem a fagocitose, destruição e degradação do agente nocivo. 
- O resultado da inflamação pode ser a remoção do exsudato, com 
restauração da arquitetura normal do tecido (resolução); transição para 
inflamação crônica; ou extensa destruição do tecido, resultando em 
cicatrização. 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
 
3. Inflamação Supurativa/Purulenta: 
presença de muito exsudato purulento 
(pus) – neutrófilo, célula necrótica e líquido 
de edema. Abscessos. Acúmulo de 
leucócitos dentro de uma fibrina. 
 
 
 
 
4. Úlcera: escavação da superfície. 
Necrose e desprendimento do tecido. 
Tecido necrótico e inflamação próximo/na 
superfície. Estômago. 
 
 
 
- Mediadores químicos da inflamação: podem ser produzidos localmente 
pelas células (no sítio da inflamação) ou podem estar circulando no plasma 
(produzidos pelo fígado). A ligação aos receptores induz suas ações 
(extremamente reguladas) nas células-alvo. Um mediador pode estimular outro. 
** Metabólitos do ácido araquidônico (prostaglandinas, leucotrienos e 
lipoxinas): eicosanoides; medeiam cada etapa da inflamação; lipoxinas são 
inibidores da inflamação. 
** Fator de ativação plaquetária: a partir de fosfolipidios de membrana das 
células de defesa; atua diretamente na célula alvo; estimula plaquetas, 
vasoconstrição e broncoconstrição. 
** Citocinas: mediadores da inflamação e resposta imune; estimulam a 
produção de mais leucócitos. 
** Fator de Necrose Tumoral e Interleucina 1: produzidos por macrófagos 
ativados; ativação endotelial (expressão de moléculas de adesão). 
** Óxido Nítrico: vasodilatação, antagonismo nos estágios de agregação 
plaquetária, recruta menos leucócitos para o local da lesão e ação citotóxica. 
 Aminas Vasoativas: 
** Histamina: produzida pelos mastócitos; liberada dos grânulos em resposta a 
lesão física, imunológica, anafilatoxinas, citocinas; causa dilatação das 
arteríolas e aumenta a permeabilidade da vênula. 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
** Serotonina: efeitos semelhantes à histamina; grânulos de plaquetas; liberada 
durante a agregação plaquetária. 
 
 
 
Granuloma ≠ Tecido de 
granulação. 
 
 
 Edema, vasos 
jovens, congestão 
 
 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA: 
- Inflamação ativa, destruição tecidual e reparação ocorrem simultaneamente. 
- Morfologia: infiltrado de células mononucleares (macrófagos, linfócitos e 
plasmócitos) + destruição tecidual + reparo (angiogênese e fibrose). 
- Angiogênese: proliferação de novos vasos. 
- Quando a resposta aguda não pode ser resolvida ou o agente lesivo é 
persistente, uma inflamação aguda pode evoluir para uma inflamação crônica. 
- Origens: infecções persistentes por microorganismos difíceis de 
erradicar, doenças inflamatórias imunomediadas (reações de 
hipersensibilidade – doenças autoimunes – podem ter morfologia mista 
de aguda e crônica), exposição prolongada a agentes tóxicos (sílica). 
 
- Células e mediadores: 
** Macrófagos: células dominantes na inflamação crônica; derivados dos 
monócitos; sistema de fagócitos mononucleares; atuam como filtros e 
sentinelas; macrófago ativados = células epitelioides (grandes, achatados e 
rosas); depois que o estimulo cessa, os macrófagos morrem ou vão para a via 
linfática – na inflamação crônica, o acúmulo desses permanece por causa da 
liberação constante de quimiocinas; interferon induz formação de células 
gigantes. 
** Linfócitos, Plasmócitos, Eosinófilos e Mastócitos: os macrófagos apresentam 
os antígenos para os linfócitos e produzem citocinas que estimulam as 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
respostas; linfócitos T produzem interferon (ativa macrófago); o acúmulo 
dessas células pode formar folículos linfoides; eosinófilos encontrados em 
infecções parasitárias ou associados a alergias; mastócitos relacionados 
reações alérgicas e choque anafilático; embora marca da inflamação aguda, 
muitas inflamações crônicas podem manter neutrófilos. 
 
Inflamação Granulomatosa / Específica: 
- Padrão distinto de inflamação crônica. 
- Causa infecciosa (tuberculose – coloração Wade) ou não infecciosa (corpo 
estranho). 
- Caracterizada por agregados de macrófagos ativados que tem uma aparência 
epitelióide. 
 
- Morfologia: granuloma; macrófagos 
circulados por linfócitos; célulasgigantes 
multinucleadas; pode haver necrose ou 
não; necrose caseosa; tuberculose, corpo 
estranho. 
Quando há “bolas brancas” no granuloma, 
suspeitar de fungos (coloração Grocott). 
 
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AULA 5 – REPARO TECIDUAL 
- Resposta curativa a lesão tecidual. 
- MEC regula o crescimento, a proliferação, o movimento e a diferenciação das 
células que vivem no seu interior. Síntese e degradação. Funções: suporte 
mecânico, controle do crescimento celular (regulam a proliferação celular), 
manutenção da diferenciação celular. 
 
1. REGENERAÇÃO: restituição completa do tecido perdido ou lesado. 
- Proliferação de céulas íntegras e maturação de células tronco. 
- A partir de fatores de crescimento. 
- Tecido substitui e volta ao normal. 
- Crescimento hepático após ressecção ou necrose  citocina e fatores de 
crescimento; até 90% de ressecção; prolifera hepatócitos (céls quiescentes) e 
células não parenquimatosas (Kupffer, endoteliais e estreladas); hiperplasia 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
compensatória; não há ação das células progenitoras e hepatócitos novos não 
são gerados. 
- Tecido hematopoiético e epitélios da pele e TGI. 
- Lesões que não atingiram a MEC (superficiais). 
 
2. REPARO POR CICATRIZAÇÃO: 
- Regeneração + formação de cicatriz. 
- Cicatriz: deposição de colágeno e outros elementos da MEC (fibrose). 
- Quando o reparo não conseguiu ser feito por regeneração. 
- Cérebro e Coração! 
- Órgãos sólidos que param em G0 – quiescentes, não entram no ciclo celular. 
- Ocorre quando a MEC é danificada. 
- Substitui células por tecido conjuntivo. 
- Inflamação crônica é acompanhada de lesão persistente e formação de 
cicatriz pela produção local de fatores de crescimento e citocinas (fibrose). 
- O processo pode causar disfunção tecidual (ex: desenvolvimento de 
aterosclerose). 
- Características básicas: inflamação, angiogênese, migração e proliferação de 
fibroblastos, formação da cicatriz e remodelamento do tecido conjuntivo. 
 Patogênese: 
A) Angiogênese – formação 
de novos vasos. VEGF, 
tecido de granulação 
(vários vasos e células 
inflamatórias). 
 B) Formação de tecido 
conjuntivo – fibroblasto. 
 C) Reparo do tecido – 
cicatrização. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
 Proliferação tecidual: 
- O número de células é determinado pelas taxas de proliferação celular, 
diferenciação e morte por apoptose. 
- Apoptose: mecanismo fisiológico para manter a homeostasia do tecido; pode 
ser desencadeada por diversos fatores patológicos. 
- Pode ser estimulada por diversos fatores fisiológicos e patológicos. 
Proliferação de células endometriais por ação do estrogênio. Desenvolvimento 
de bócio nodular na tireoide pelo aumento nos níveis de hormônio estimulante 
da tireoide. 
- Controlada por sinais solúveis ou dependentes de contato que estimulam ou 
inibem a proliferação. 
- Excesso de estimuladores ou deficiência de inibidores resulta em crescimento 
e, no caso do câncer, em crescimento descontrolado. 
- Tecidos são divididos em 3 grupos de acordo com sua capacidade 
proliferativa: lábeis (estão em divisão contínua, epitélios), quiescentes (tecidos 
estáveis, respondem à estímulos) e permanentes (não se dividem, neurônios, 
musculares cardíacas e esqueléticas). 
- A replicação das células é estimulada por fatores de crescimento ou por 
sinalização da MEC, através das integrinas. 
- Fatores de crescimento: agem como ligantes para receptores específicos, os 
quais liberam sinais para as células alvo. Controlam a entrada e progessão no 
ciclo celular. 
 
VEGF – Fator de Crescimento Endotelial Vascular: potente indutor da formação 
de vasos sanguíneos no início do desenvolvimento e no crescimento de novos 
vasos sanguíneos (angiogenese – na cura das feridas, inflamação crônica e 
nos tumores). 
TFG-B – Fator de Crescimento Transformador Beta: inibidor de crescimento da 
maioria das células epiteliais (bloqueia o ciclo celular), potente agente 
fibrinogênico (estimula quimiotaxia de fibroblastos), forte efeito anti-inflamatório 
(proliferação de células T). 
- Citocinas: mediadores da inflamação e da resposta imune. Algumas podem 
ser consideradas fatores de crescimento por estimularem o crescimento de 
uma gama de células. TNF – Fator de Necrose Tumoral e IL-1 participam da 
cura das feridas. 
 
 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
 Cura de feridas cutâneas: 
Acontece em 3 fases: 
1. Inflamação  lesão inicial provoca adesão e agregação de plaquetas, 
formando um coágulo, levando à inflamação. 
2. Proliferação  há formação do tecido de granulação, proliferação e 
migração de células do tecido conjuntivo para repovoar o epitélio. 
 
3. Maturação  envolve deposição de MEC e remodelamento do tecido. 
- Cura por primeira intenção: morte de um numero limitado de células epiteliais; 
processo de regeneração; feridas cirurgicas. 
- Cura por segunda intenção: lesões mais profundas; grandes perdas de 
células e de tecido conjuntivo; processos de reparo (regeneração + cicatrização 
+ contração da ferida pelos miofibloblastos); reação inflamatória intensa, 
formação de tecido de granulação, extensa deposição de colágeno. 
 
1ª INTENÇÃO 2ª INTENÇÃO 
Inflamação menor Inflamação maior 
Ferida menor Ferida maior 
Coágulo fibrina menor Coágulo fibrina maior 
Menos exsudato, necrose Mais exsudato, necrose 
Menos fibrina Mais fibrina 
Menos tecido de granulação Mais tecido de granulação 
Cicatriz menor Cicatriz maior 
Sem miofibroblastos Miofibroblastos ajudam na contração 
 
- Sequência da cicatrização: 
a) Formação do coágulo sanguíneo: ativação das vias de coagulação; células 
em migração são atraídas por fatores de crescimento, citocinas e quimiocinas 
de liberação local. VEGF aumenta a permeabilidade do vaso e leva ao edema. 
A desidratação externa do coágulo forma a crosta. Em 24h aparecem 
neutrófilos. 
b) Formação do tecido de granulação: 24-72h; proliferação de fibroblastos e 
presença de novos e pequenos vasos sanguíneos (angiogênese); como esses 
vasos são permeáveis, frequentemente há edema; entre 5-7 dias, o tecido de 
granulação preenche a lesão e a vascularização é máxima. 
c) Proliferação Celular e Deposição de Colágeno: 48-96h os neutrófilos são 
substituídos por macrófagos; remoção de materiais estranhos e promoção da 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
angiogênese; reepitelização; formação de pontes de fibrina, TFG-B; 
proliferação de fibroblastos. 
d) Formação da Cicatriz: avascular, composta de fibroblastos fusiformes, 
colágeno denso, fragmentos de tecido elástico e outros componentes da MEC; 
no fim do primeiro mês, não há infiltrado inflamatório e a cicatriz é recoberta por 
epiderme. 
e) Contração da Ferida: ocorre em grandes feridas de superfície; diminui a 
lacuna, ajuda a fechar a ferida; característica de cura por 2ª intenção; formação 
de rede de miofibroblastos. 
f) Remodelamento do Tecido Conjuntivo: substituição do tecido de granulação 
por uma cicatriz; alteração na composição da MEC; metaloproteinases 
(degradação Do colágeno); inibidores de metaloproteinases. 
 
 Fatores do Hospedeiro que influenciam no reparo: 
Fatores sistêmicos: 
- Nutrição  deficiência de vitamina C e proteínas inibem síntese de colágeno 
e retardam a cicatrização. 
- Estado metabólico  DM no atraso da cicatrização. 
- Estado circulatório  suprimento inadequado, aterosclerose.- Hormônios  glicocorticoides são anti-inflamatórios e inibem a síntese de 
colágeno. 
Fatores locais: 
- Infecção  retardo da cura porque causam inflamação e lesão persistentes. 
- Fatores mecânicos  separação das margens da ferida. 
- Corpos estranhos. 
- Tamanho, localização e tipo de ferida  em áreas bem vascularizadas, mais 
superficiais. 
 Anormalidades no reparo: 
  Formação deficiente de cicatriz: 
- Formação inadequada do tecido de granulação ou a organização da cicatriz. 
Muito fibroblasto. 
- Deiscência da ferida (ruptura de ferida) ou ulceração (vascularização 
inadequada ou falta de sensibilidade). 
 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
  Formação excessiva dos componentes de reparo: 
- Cicatrizes hipertróficas (acúmulo de muito colágeno; após lesão traumática ou 
térmica, envolvendo camadas mais profundas da derme) ou queloides (quando 
a cicatriz hipertrófica cresce além das margens da ferida original). 
- Carne esponjosa: formação excessiva do tecido de granulação; protrusão 
acima do nível da pele; impedem a reepitelização. 
  Formação de contraturas: 
- Deformidade das feridas e dos tecidos circundantes. 
- Palmas das mãos, plantas dos pés e face anterior do tórax. 
- Frequente após queimaduras severas. 
- Podem comprometer movimentação da articulação. 
 
 Fibrose de tecidos parenquimatosos: 
- Deposição excessiva de colágeno e componentes da MEC em um tecido. 
- A principal citocina envolvida é a TFG-B (agente fibrinogênico). Inibe 
metaloproteinase. 
- Deposição de colágeno em doenças crônicas. 
- O mecanismo é o mesmo da cura de feridas, porém o estímulo da 
cicatrização é mais prolongado, causando disfunção do órgão. 
- Cirrose hepática, fibrose pulmonar, esclerodermia. 
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AULA 6 – NEOPLASIA 
- Cura para o câncer? Não. Câncer não é uma doença, mas muitas desordens 
que compartilham uma profunda desregulação do crescimento. 
Nomenclatura: 
- Neoplasia = novo crescimento = proliferação de células. 
“Massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo e não coordenado 
com aquele dos tecidos normais, e persiste de maneira excessiva após a 
interrupção do estímulo que originou a alteração”. 
- Tumor = edema causado pela inflamação. 
- Alterações genéticas que permitem a proliferação excessiva e desregulada 
que se tornam autônomas (independente do estímulo fisiológico do 
crescimento). 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- O que diferencia uma neoplasia de uma displasia ou hiperplasia é essa 
autonomia de proliferação (não consegue parar de dividir). 
- Todas as células neoplásicas derivam de uma única célula que sofreu 
alterações genéticas = células clonais. 
- Componentes básicos: 
1. Parênquima: células neoplásicas clonais. Estimula a produção ou 
não de colágeno. 
2. Estroma: tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, macrófagos e 
linfócitos. Quando escasso = mole. Quando muito tecido conjuntivo = 
desmoplasia = duro/cirrótico (câncer de mama). 
** Duro = cirrótico = produção de mais colágeno = proliferação de tecido 
conjuntivo = desmoplasia = mais agressivo = câncer de mama. 
- O crescimento e evolução das células neoplásicas é dependente do estroma 
(suprimento vascular adequado). 
- A carcinogênese ocorre por um dano gentético que inativa os proto oncogens 
(defensores) e ativa os oncogens. 
- Carcinogênese química: 
Início: lesão do DNA; exposição da célula aos iniciadores 
carcinogênicos; isoladamente não é suficiente para a formação do 
tumor; provoca dano permanente ao genoma; é rápida e irreversível. 
Agente Promotor: agentes de proliferação; isoladamente causam 
hiperplasia, não um tumor; portanto sua ação não afeta o DNA 
diretamente, alterações reversíveis; inicia a proliferação celular; forma 
um cone pré-neoplásico (displasia) e, se continuar em exposição, segue 
com neoplasia. 
Progressão: já é neoplasia; irreversível. 
- Carcinogênese Microbiana: 
Vírus Oncogênicos: HTLV-1, HPV, Epstein-Barr, Hepatite B e C, H. Pylori. 
 
BENIGNOS: Célula de origem + OMA. 
- Mesenquimais  fibroma (nos tecidos fibrosos), condroma (cartilaginoso), 
lipoma (tecido adiposo). 
- Epiteliais  adenoma (epitelial derivado de glândulas), papilomas (projetam 
micro ou macroscopicamente estruturas semelhantes a dedos), cistadenomas 
(formam cistos), pólipo (quando projeta estrutura macroscópica sobre a 
mucosa; sésseis ou pediculados; quando houver displasia = pólipo 
adenomatoso) 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MALIGNOS: 
- Mesenquimais = SARCOMA = apresentam estroma com pouco tecido 
conjuntivo, são moles  fibrossarcoma, condrossarcoma, leiomiossarcoma, 
rabdomiossarcoma. 
- Epiteliais = CARCINOMA  carcinoma de células escamosas (células 
tumorais lembram um epitélio escamoso estratificado), adenocarcinoma 
(células tumorais crescem em padrões glandulares). 
- Quando uma neoplasia maligna é composta de células de origem 
desconhecida = neoplasia indiferenciada. 
- Teratoma: um tipo de tumor que vêm de mais de 1 camada germinativa. 
Pode dar origem a vários tecidos. Se originam de células totipotentes. Benigno 
(todas as partes são bem diferenciadas) ou maligno (menos diferenciado). 
 
Exceções: Linfoma, melanoma, mesotelioma, seminoma  neoplasias 
malignas. 
Lesões que mimetizam neoplasias: epitélio totalmente diferente na topografia 
correta (hamartoma) ou tecido ectópico (coristoma). 
 
BENIGNO MALIGNO – Câncer 
Célula de origem + OMA. SARCOMA / CARCINOMA 
Localizado. Metástase. 
Crescem em expansão. Crescimento infiltrativo. 
Plano de clivagem. Capacidade de adesão. 
Bem diferenciados. Anaplásicos. 
Mitoses são poucas e normais. Mitoses muitas e atípicas. 
 Pleomorfismo. 
Cápsula (crescimento lento – hipóxia). Necrose (rápido crescimento). 
 Desmoplásicos (tecido conjuntivo) 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Normalmente se diferenciam por sua morfologia. 
- Diferenciação: extensão com que as células neoplásicas lembram as células 
parenquimatosas normais correspondentes. Quanto mais diferenciado, mais 
parecido com o órgão original, mais benigno. A falta dela = anaplasia (reversão 
da diferenciação para níveis mais primitivos). As células no câncer podem ser 
menos ou mais diferenciadas, mas algum grau de desordem de diferenciação 
está sempre presente. 
Critérios de Anaplasia: 
- Pleomorfismo: variação no tamanho e forma, tanto das células quanto dos 
núcleos. Morfologia nuclear anormal: núcleo com cromatina abundante e 
corado fortemente (hipercromático). São desproporcionalmente grandes em 
comparação com a célula. Forma do núcleo frequentemente irregular. 
- Mitoses: tumores malignos normalmente tem um grande numero de mitoses, 
apresentando maior atividade proliferativa das células parenquimatosas. 
Mitoses atípicas! Nos benignos é típica. 
- Perda de polaridade: orientação das células anaplásicas é alterada. 
Crescimento anárquico e desorganizado de células. 
- Necrose: quando o tumor tem um rápido crescimento, sua área central perde 
a vascularização, gerando necrose. 
- Formação de células gigantes tumorais, algumas com um núcleo gigante e 
polimórfico e outras podem ser polimorfonucleadas. 
- Displasia: crescimento desordenado. Perda da uniformidade das células e 
perda de sua organização arquitetônica. Células tem pleomorfismo 
considerável e núcleos hipercromáticos. 
- Quando um tumor sólido puder ser detectado clinicamente, significa que ele jácompletou a maior parte do seu ciclo de vida. 
- Taxa de Crescimento: determinada por 3 fatores principais: o tempo de 
duplicação das células tumorais, a quantidade de células que estão no grupo 
de replicação e a taxa com que as células são perdidas ou morrem. Células 
que estão fora de G0. Quando o tumor é clinicamente detectado, a maioria das 
células não está em divisão celular. 
- Invasão Local: praticamente todos os tumores benignos crescem como uma 
massa expansiva coesa, que permanece localizada em seu sítio de origem e 
não apresenta a capacidade de infiltrar ou metastatizar para lugares distantes 
(como fazem os malignos). Como crescem lentamente, quase sempre formam 
uma cápsula fibrosa que permite sua remoção cirúrgica (plano de clivagem). 
Quando tumores malignos, seu crescimento é acompanhado por infiltração 
progressiva, infiltração e destruição de tecidos adjacentes. Não há plano de 
clivagem delimitado. Crescimento rápido = necrose central. 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A invasividade é a característica mais confiável para diferenciar os tumores 
malignos dos benignos. 
- Carcinoma in situ: mostram características de malignidade sem a invasão da 
membrana basal. 
- Metástases: Tumor que se desprende de sua origem e prolifera longe; 
característica maligna, porque os benignos não metastatizam. A invasividade 
dos tumores malignos permite que eles penetrem nos vasos sanguíneos, 
linfáticos e cavidades corpóreas. Basicamente, todos os cânceres podem gerar 
metástases (exceção: glioma). 
- Vias de disseminação: 
1. Cavidades corpóreas/Semeadura: quando tumor maligno penetra em um 
campo aberto natural. Cavidade peritoneal. Pleura, pericáridio. 
Carcinoma que origina no ovário. 
 
2. Disseminação linfática: carcinoma. O padrão de envolvimento dos 
linfonodos segue as rotas naturais de drenagem linfática. Carcinoma de 
mama = linfonodos axilares. O aumento dos linfonodos pode ser por: 
disseminação e crescimento das células tumorais ou hiperplasia reativa. 
Portanto, o aumento dos linfonodos próximos a um câncer, ao mesmo 
tempo em que deve levantar suspeita, não significa necessariamente um 
meio de disseminação da lesão primária. 
 
3. Disseminação hematológica: sarcomas. Principalmente veias = parede 
mais fina = acomete mais fígado e pulmões por causa da corrente de 
drenagem. 
 
Clone da célula  Relaxamento da E-Caderina  Sai da membrana basal  
Vai para MEC  Cresce no tecido conjuntivo  Rompe membrana do vaso  
Algumas células morrem e outras não (plaquetas não deixam células NK 
chegar)  Formam êmbolo  Andam pela corrente  Adesão e implantação 
 Angiogênese (nessa etapa atua a quimioterapia)  crescimento e 
proliferação. 
Intravasamento  Extravasamento  Intravasamento. 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Barreiras da disseminação: 
1. Membrana Basal: dificulta 
movimentação das células. 
2. NK Cells: reconhecem e 
destroem as células tumorais. 
3. Circulação: fluxo turbilhonado 
destrói células de formato irregular. 
4. Plaquetas e fibrina: rompem as 
células na formação do embolo. 
5. Endotélio: tropismo por tecido 
específico (fenômeno Homing) 
 
- Linfonodo Sentinela: é o 1º 
linfonodo a receber clone 
metastático. Serve como marcador 
prognóstico. 
- Os linfonodos regionais servem 
como barreira por um tempo, por 
proliferarem células de defesa em 
combate as células tumorais. 
Hiperplasia. 
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AULA 7 – BIOLOGIA DO CRESCIMENTO NEOPLÁSICO 
- História natural do tumor: 
 1. Transformação maligna da célula alvo. 
 2. Crescimento dessas células (fixação da mutação). 
 3. Invasão local. 
 4. Metástases distantes. 
- Tumor mutado  Exposição contínua  Mutações adicionais  
Heterogeneidade tumoral. 
- Proteína RAS e P53 são fatores de proteção. Estão mutados em uma 
neoplasia. P53 selvagem = inibe angiogênese. 
- Células tem crescimento acelerado, não porque se dividem mais rápido, mas 
porque tem mais células para se dividirem = NÃO há encurtamento do ciclo 
celular! 
 
RESUMO PATOLOGIA GERAL I – Agnes Gabrielle Wagner ATM 2022/1 
 
- Angiogênese: fatores de crescimento para a criação de novos vasos 
sanguíneos. Beta-FGF e VEGF (fator de crescimento vascular endotelial). P53 
inibe a angiogênese (como está mutado, não tem essa proteção). 
- Heterogeneidade: com o passar do tempo, os tumores vão contraindo 
mutações adicionais. Tornam-se cada vez mais malignos e agressivos = 
Progressão Tumoral. Há o aparecimento de subclones (células diferentes em 
relação ao fenótipo, de caráter invasivo e com capacidade de resposta à 
agressão). 
- Síndrome Paraneoplásica: sintomas complexos nos pacientes com câncer, 
que não são explicados pela origem ou disseminação tumoral. Dificulta 
diagnóstico. 
 
Diagnóstico Laboratorial: 
- Métodos citológicos e histológicos: biópsia, aspiração por agulha, esfregaço 
citológico. São os métodos mais comumente utilizados. 
- Imunoistoquímica: identificar produtos celulares ou marcadores de superfície. 
Útil na categorização de tumores malignos indiferenciados (tumores são muito 
parecidos histologicamente, mas tem prognóstico e terapêutica diferentes), na 
determinação do sítio de origem dos tumores metastáticos (antígenos tecido ou 
órgão-específicos) e na detecção de moléculas que apresentam significado 
prognóstico e terapêutico (aquelas sensíveis à ação do estrogênio são 
suscetíveis a terapia antiestrogênio, por exemplo). 
 
HER 2 = Receptor de membrana celular. 
HF = Receptor nuclear da célula. 
 
- Marcadores Tumorais: enzimas, hormônios e outros marcadores contribuem 
para a detecção do tumor / efetividade da terapia / aparecimento de 
recorrência. 
 PSA: próstata. Elevados no câncer e na hiperplasia prostática. Baixa 
sensibilidade e baixa especificidade. 
 HCG: testículo, placenta. 
 CA 19-9: pâncreas. 
 AFP: fígado, [testículo e ovário]. 
 CEA: intestino, cólon [mama, pâncreas, estômago]. 
 CA 125: ovário.

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