Buscar

DIREITO TRABALHO II.docx APRESENTAR

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIREITO TRABALHO II
Nome: ADRIANA, GRACIELE
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: alínea “m” foi acrescida ao art. 482 da CLT pela lei nº 13.467/17. Segundo a respectiva previsão legal, a perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado é considerada como justa causa.
A perda da habilitação profissional do empregado passa a ser hipótese de justa causa. 
COMPARAÇÃO ENTRE TRÊS AUTORES
PRIMEIRO
1º- Autor : Felipe Bernardes. Juiz da 1ª Região. Livro Curso Reforma trabalhista 2017. Pag. 403 a 404. Especialista em direito do Trabalho. Coordenador do curso para Juízes do Trabalho e procurador do Trabalho do Curso ênfase. Palestrante em escolas Judiciais de tribunais regionais do trabalho e autor de obras jurídicas. 
Comentário Jurídico: Esta nova hipótese de rescisão do contrato de trabalho por justa causa é muito importante para os motoristas profissionais, motoboys etc. Lembra-se que a conduta do empregado deve ser dolosa.
 A conduta dolosa pressupõe a prática intencional do ato. Portanto, não se trata de conduta culposa quando se age com negligência, imprudência e/ou imperícia.
 Se o empregado perde sua habilitação por culpa, esta perda não pode fundamentar a rescisão do seu contrato de trabalho por justa causa. Somente a perda de sua habilitação por conduta dolosa justificará a rescisão do seu contrato de trabalho por justa causa.
 Esta é a novidade da Reforma Trabalhista no art. 482 da CLT, que traz o rol de condutas que, se praticadas pelo empregado, podem vir a justificar a extinção do contrato de trabalho por justa causa.
SEGUNDO
2º- Autora: Vónia Bomfim Cassar- Livro comentários a Reforma Trabalhista. Comentário Jurídico: É Correta a aplicação da justa causa quando o empregado, por sua culpa perde a habilitação ou requisitos para o exercício de sua profissão. Portanto, é necessária a inclusão da expressão “por culpa do empregado”.
TERCEIRO
3°- Autor: Mauricio Godinho Salgado – livro A Reforma Trabalhista no Brasil, pág 187/189. 
	 Comentários Jurídicos: O contrato de trabalho pode ostentar um conteúdo relativamente mais preciso no tocante à função estipulada para o empregado ("Professor", por exemplo) , de todo modo, a precisão não é absoluta, pois a função de Professor, de maneira geral, não costuma elencar, rigorosamente, a(s) disciplina(s) a ser( em) ministrada(s) pelo Docente. ou pode ostentar um conteúdo relativamente impreciso no que tange à função prevista para o trabalhador contratado ("Serviços Gerais" ou "Escriturário", por exemplo. O exercício de diversas funções ou profissões não exige, necessariamente, uma prévia habilitação legal. Em outros casos, a falta dessa habilitação pode constituir mera infração administrativa, sem inviabilizar, porém, o efetivo exercício do mister contratual pelo trabalhador. 
 Note-se, a este respeito, o que dispõe a Súmula 301 do TST: "O Jato de o empregado não possuir diploma de profissionalização de auxiliar de laboratório não afasta a observância das normas da Lei n. 3.999, de 15.12.1961, uma vez comprovada a prestação de serviços na atividade". Há profissões, contudo, em que a perda da habilitação ou dos requisitos imperativos fixados em lei para o seu exercício torna inviável o efetivo cumprimento do contrato de trabalho. É o que se passa, por exemplo, com a perda da habilitação para a prática da Medicina. E, de certa maneira, com a perda da habilitação para o exercício da profissão de Motorista. Naturalmente que, em se tratando de justa causa (como mencionado pelo novo tipo jurídico da alínea "m" do art. 482 da CLT), torna-se fundamental a análise concreta dos três grupos de elementos convergentes para a aplicação da pena máxima ao empregado: os elementos classificados como subjetivos, objetivos e circunstanciais.
 No que concerne aos elementos subjetivos eles são, de maneira geral, a autoria e a culpa. Entretanto, relativamente à infração lançada no art. 482, "m", da CLT, não basta apenas a culpa; por força de texto expresso legal, torna-se necessária prova da "conduta dolosa do empregado". A simples culpa não é suficiente, desse modo, para a configuração desta justa causa. No que tange aos elementos objetivos, eles são a tipicidade da infração (agora explicitamente lançada na CLT) e a gravidade da conduta do trabalhador.
 Relativamente à gravidade, deve-se tomar em conta, por exemplo, as circunstâncias que envolvem o surgimento do óbice para o exercício do mister profissional. No caso do Motorista, ilustrativamente, é decisivo saber-se se se trata de simples impedimento temporário, passível de singela e rápida superação, ou se se trata de óbice de longa duração, com ultrapassagem mais árdua e complexa. No que se refere aos requisitos circunstanciais, eles são diversos, tendo de ser avaliados em conformidade com o caso concreto em destaque: 
 "São inúmeros tais requisitos: nexo causal entre a falta e a penalidade; adequação entre a falta e a pena aplicada; proporcionalidade entre elas; imediaticidade da punição; ausência de perdão tácito; singularidade da punição (non bis in idem); inalteração da punição; 
 Entre esses requisitos circunstanciais chamam a atenção a adequação e a proporcionalidade entre a infração cometida e a penalidade aplicada (que não necessariamente precisa ser a pena máxima). Também apresenta destaque o caráter pedagógico do exercício do poder disciplinar, com a correspondente gradação de penalidades.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais