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Faculdade Serra Do Carmo
Karolayne Cavalcante Brito
Orçamento público e dívida pública
Palmas,10/11/2017
Palmas, 2017
OBJETIVO DO TRABALHO
Adquirir conhecimento de como é destinado o lixo que produzimos e entender com uma maior profundidade os benefícios que esse método traz para a sociedade. Observando o funcionamento e estrutura que compõe o Aterro Sanitário.
Metodologia adotada 
Foram utilizadas algumas perguntadas elaboradas anteriormente à visita e respondidas no dia pelo Adelúzio Azevedo, Economista, Especialista em Limpeza Pública, que exerce no momento o cargo de Gestor de Resíduos Sólidos na Secretaria da Infra Estrutura do Município de Palmas-TO.
Como forma de armazenamento do conteúdo obtido fizemos uma entrevista com o mesmo por meio de vídeo, com o intuito de repassar para os demais acadêmicos no dia da apresentação um pouco da experiência realizada pelo grupo responsável na visita ao Aterro Sanitário.
HISTÓRICO
 Criado em 21 novembro de 2001, o Aterro Sanitário de Palmas é uma referência nacional. O projeto é um dos poucos da região Norte que atende as especificações ambientais exigidas pela legislação vigente, tendo sido construído com concepções do que há de mais moderno a respeito de novas tecnologias aplicadas a esse tipo de instalação no mundo. 
“O fato de não existirem pessoas vivendo no aterro e nem a existência de catadores no local, prática comum nos ‘lixões a céu aberto’ dos grandes centros do Brasil, foi o que mais impressionaram os especialistas”, lembrou o engenheiro responsável pelo aterro de Palmas, o lixólogo João Marques. Para ele, o aterro também é um referencial na área de educação ambiental, pois frequentemente é visitado por alunos que cursam desde a pré-escola ao ensino universitário, e até mesmo por alunos e pesquisadores de outras cidades do Estado interessados em conhecer a tecnologia utilizada no tratamento do lixo.
A manta geomembrana de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) que foi utilizada no aterro tem durabilidade de 100 anos antes de começar a se decompor, evitando assim a contaminação do solo pelo chorume, considerado 100 vezes mais contagioso que o esgoto doméstico. O chorume é o líquido gerado pela decomposição do lixo domiciliar.
Ao contrário do que acontece em muitas cidades do país, o lixo recolhido em Palmas não é jogado a céu aberto, o que caracterizaria um “lixão”. No Aterro Sanitário da Capital, o lixo é separado por classes, dividido em doméstico, hospitalar e de construção, recebendo todo o tratamento exigido pelas normas de saúde ambiental.
Para que não haja contaminação do solo e da água todos os cuidados são tomados diariamente, além da realização de estudos periódicos. Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Jair Júnior, está sendo feita uma nova análise para comprovar as anteriores, que constataram a não contaminação do solo e da água no entorno do aterro.
TRANSFERÊNCIA
A transferência do aterro para a proximidade do Assentamento São João foi oficializada por uma portaria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), porque o antigo local onde o lixo da Capital era controlado foi inundado com a construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Lajeado no Rio Tocantins. Em março de 2008, foi realizado um trabalho em conjunto com assistentes sociais do Ministério Público Federal e Estadual e do Incra, juntamente com a associação dos assentados, onde se estabeleceu que, das mais de 80 famílias assentadas, apenas quatro famílias foram realmente impactadas com a implantação do Aterro Sanitário de Palmas e deveriam receber indenização para sair do local.
Segundo o Ex-procurador geral do Município, Antônio Luiz Coelho, a Prefeitura de Palmas já cumpriu o seu papel em indenizar as famílias atingidas. “Por não serem proprietários do local em que moravam, já que a região é um assentamento, cada família recebeu indenização por danos morais e foi estipulado um prazo para saírem do local”, explica ele.
FORMA DE FUNCIONAMENTO E SEUS OBJETIVOS
 É um empreendimento projetado para receber e tratar o lixo produzido pelos habitantes de uma cidade, com base nos estudos de engenharia, para reduzir ao máximo os impactos causados ao meio ambiente, atualmente é uma das técnicas mais seguras e de baixo custo. Evitando que não haja contaminação do solo e da água todos os cuidados são tomados diariamente, além da realização de estudos periódicos, segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Jair Júnior, está sendo feita uma nova análise para comprovar as anteriores, que constataram a não contaminação do solo e da água no entorno do aterro.
 Segundo Gestor de Resíduos Sólidos, Adelúzio Azevedo o aterro sanitário de Palmas é licenciado apenas receber resíduos sólidos domiciliares, e para ele o aterro significa tudo de saneamento básico, reflete saúde e economia, a cada 1 dólar investido no saneamento básico é economizado 4 dólares.
 A coleta é feita 03 (três) vezes na semana em toda a cidade de Palmas. São coletados os lixos domésticos com caminhões coletores compactadores e levados para o aterro, nos dias de hoje chega 276 toneladas de lixo doméstico por dia.
Dificuldades
Em Palmas o plano municipal de saneamento básico, elaborado em 2013 e regulamentado pelo decreto nº 700 de 15 de janeiro de 2014 tem como meta reduzir, reutilizar e reciclar 15% dos resíduos gerados durante o ano de 2015, porém estamos em 2017 e só conseguimos cumprir 4,1% dessa meta, ainda assim nos encontramos acima da média nacional que é de apenas 3% segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública -ABRELP.
Processo do lixo
Ao chegar ao aterro, o lixo é pesado e encaminhado para o destino adequado. Se for doméstico, ele vai direto para as chamadas trincheiras, se for de construção, o resíduo vai para outro depósito, e se for hospitalar vai para uma vala exclusiva.
O lixo doméstico que é encaminhado às trincheiras é compactado e coberto com argila a cada metro de espessura do lixo. O revestimento serve para evitar vetores, como baratas, insetos e pássaros. Já os resíduos provenientes de construções são reaproveitados no patrulhamento de estradas vicinais ou na cobertura das trincheiras do lixo doméstico. O lixo hospitalar, recolhido duas vezes por dia em Palmas, é despejado em valas especiais e todos os dias é coberto por argila.
Como são feitas as valas
O Aterro Sanitário de Palmas tem três trincheiras para depósito de lixo doméstico com 60 metros de largura, 180 metros de comprimento e 2,5 metros de profundidade. Primeiramente são escavadas e revestidas com manta de PEAD (Polietileno de Alta Densidade). Com vida útil de 100 anos, a manta serve para não deixar que o chorume contamine o solo. Mas, segundo o engenheiro civil e lixólogo João Marques, devido ao solo do aterro a manta não era necessária, já que o solo é argiloso e dificulta a percolação do chorume, mas a capa foi colocada preventivamente. Quanto às valas específicas para o lixo hospitalar, também são escavadas e tem profundidade de 2,5 metros e revestidas pela manta de PEAD.
 
O tratamento do chorume
Os drenos para a captação do chorume foram colocados no fundo das trincheiras, antes da manta de PEAD, para transportar o líquido às lagoas anaeróbicas. O chorume é tratado por três dessas lagoas, que são interligadas por vasos comunitários e, após ser purificado, é lançado ao solo.
REGISTRO DE IMAGENS
Entrada do Aterro Sanitário de Palmas:
Células que estão sendo utilizadas:
Sistema de Tratamento:
 
Museu dentro do aterro feito de lixos coletados:
 
Alguns de nossos integrantes do grupo no dia 27.09.2017
Visita ao Aterro Sanitário:
CONCLUSÃO
 Foi perceptível através deste breve trabalho de pesquisa que apesar do aterro sanitário da cidade de Palmas está se superando a cada ano e melhorando a qualidade de vida dos indivíduos que reside na cidade, ainda há metas a serem cumpridas.
 É necessária a colaboração do poder público para que seja efetivo o cumprimento da lei, que fala sobre o incentivo às associações de catadores, implantação da educação ambiental em todos os níveis de escolaridade, coleta seletiva, e principalmente com a colaboração da sociedade, fazendo sua parte e ajudando além de si mesmo, a cidade e a diminuição do lixo e suas consequências negativas. 
 
CONTATOS E LOCALIZAÇÃO
Telefone para contato: (63) 2111-0616 
Pessoas para contato: 
João Marques Soares (responsável técnico) 
E-mail: iemarques@gmail.com 
Adelúzio Azevedo (Gestor de Resíduos Sólidos) 
E-mail: ade2581@yahoo.com.br 
Data da visita do grupo: 27 de setembro de 2017 
Localização: a 26 km do centro da cidade de Palmas no estado do Tocantins e nenhum morador reside a menos de 1 km do aterro. Isso representa mais de 300% a distância mínima exigida por resolução do Conama, que é de 300 metros.
REFERÊNCIAS
Sites: 
http://www.palmas.to.gov.br/secretaria/infraestrutura/noticia/1503745/quinta-celula-do-aterro-sanitario-da-capital-ja-esta-em-operacao/
http://www.palmas.to.gov.br/secretaria/infraestrutura/noticia/3390/aterro-sanitario-de-palmas-e-considerado-modelo-nacional/
http://www.palmas.to.gov.br/secretaria/infraestrutura/noticia/1501680/aterro-sanitario-de-palmas-recebera-nova-expansao/
Artigos:
O que mudou nas Cidades após sete anos da Lei 12.305/2010? (João Marques, Adeluzio Azevedo).
Entrevista com o Gestor de Resíduos Sólidos, Adelúzio Azevedo
Visita ao Local
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