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Filme preciosa analise (vilmar noriller)

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Discentes :
Universidade Paulista -UNIP Campus (Goiânia)
Curso:Psicologia 7º Período Matutino
Docente: Eliane Pelles
Trabalho de Psicologia Jurídica
Filme “Preciosa, uma história de esperança”
Goiânia 2016
Preciosa é uma adolescente de 16anos que vive num ambiente hostil tanto em casa como na escola,onde que no ensino regular, ela se considera excluída por estar “fora dos padrões” adequados de beleza e por ser quase analfabeta, vive retraída e quase não tem amigos, as cenas em sua casa sãosempre sombrias, de modo a ressaltar a tristeza e desesperança reinante. Em contraposição, as cenas imaginadas por Preciosa, toda vez que se encontra em um momento difícil, usa o mecanismo de defesa em fugir para um mundo imaginário onde se vê famosa, importante e aprovada por todos. Tal imaginação mostra-se como uma esperança para ela, diante das violências sofridas sendo que seus maiores agressores são seus pais, o que traz um impacto ainda maior. O agressor não percebe a vitima como uma pessoa, mascomo um objeto destituído de sentimentos e de direitos. Pressionada por um ciclo de violência, a vitima sente-se impotente e está constantemente lutando por sua sobrevivência (Blanchard,1996).
Sendo constantemente abusada pelos colegas e pelos pais, está no início da segunda gestação, sendo que esse filho também é resultado de uma relação incestuosa com seu pai, em que se aproveita da autoridade sobre a família e a vulnerabilidade da filha, a mesma demonstra apatia e desânimo, em que preferia morrer aviver naquela situação. A violência sexual é caracterizada cujo agressor está em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a criança ou adolescente. Tem por intenção estimulá-la sexualmente ou utilizá-la para obter satisfação sexual. Segundo os autores Flores & Caminha, as famílias as quais acontece o incesto são bastantes disfuncionais e algumas características são sugestivas de abuso intrafamiliar, como: Os pais que acariciam seus filhos ou exigem determinado tipo de carinho dos mesmos, violando a privacidade sexual; pais que permanecem muito tempo à sós com seus filhos; filhas desempenhando papel de mãe; filhas promíscuas ou que apresentam comportamento autodestrutivo; crianças isoladas ou retraídas, com poucos amigos, ou crianças queapresentam comportamento sexual inadequado para sua etapa de desenvolvimento. A mãe de Preciosa também abusa de sua filha com a violência psicológica em humilhá-la, em exigir que ela faça todas as tarefas domésticas, fala também que a escola não servepara nada, só serve pra fazer a “lavagem cerebral” em Preciosa, a mãe querendo impedí-la de tomar conhecimento sobre os direitos que tem. Segundo o autor, a violência psicológica constitui toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, desreipeito,cobranças exageradas, punições humilhantes e utilização da criança ou do adolescente para atender às necessidades psíquica dos adultos. Todas essas formas de maus-tratos psicológicos causam danos ao desenvolvimento e ao crescimento biopsicossocial da criança e do adolescente, podendo provocar efeitos muito deletérios na formação de sua personalidade e na sua forma de encarar a vida. Pela falta de materialidade do ato que atinge, sobretudo, o campo emocional e espiritual da vítima e pela falta de evidênciasimediatas de maus-tratos, este tipo de violência é dos mais difíceis de serem identificados (Brasil,2002). Preciosa não sofre somente violência psicológica, mas também a violência física, pois, logo após o nascimento de seu segundo filho, Preciosa chega em casa com o bebê, e sua mãe ao vê-lo, percebe que é muito parecido com o pai de Preciosa, a mesma tem um ataque de fúria e joga o bebê no chão, começa à espancar a filha que ainda se encontra de resguardo, então Preciosa decide ir embora para casa de suaprofessora à procura de acolhimento e segurança para seu filho. As características e os conceitos sobre a violencia física são, atos violentos com uso de força física e de forma intencional, não acidental, praticada por pais ou responsáveis, familiares oupessoas próximas da criança ou do adolescente, com o objetivo de ferir, lesar ou destruir a vítima, deixando ou não marcas evidentes em seu corpo.
Finalmente, Preciosa encontra um lar acolhedor junto com sua professora e com as colegas da escola alternativa, em que há momentos em que ela mesma se questiona: “Como posso ter uma convivência mais saudável ao meio de pessoas “estranhas”? Numa conversa com a assistente social, Preciosa deixa “escapar” que ganhou esses dois filhos de seu pai, a entrevistadora indignada com o relato, insiste em enfatizar tal acontecimento como algo muito sério, e Preciosa se arrepende do que fala por medo de retaliação da mãe ou da sociedade. A natureza específica do abuso sexual da criança como uma síndrome conectadora de segredos para a criança, a pessoa que cometeu o abuso e a família, e como uma síndrome de adição para a pessoa que cometeu o abuso complica tanto a intervenção legal quanto a intervenção protetora da criança, assim como a própria terapia.(Furniss,1993,p.5).
A avó da Preciosa cria a primogênita que tem síndrome de down, pois a própria avó tem medo da agressividade e do que possa acontecer se a menina especial estiver aos cuidados da mãe de preciosa. Nesta perspectiva a violência de gênero é um tipo de violência praticada pela pessoa que exerce a função patriarcal. Esta detém o poder para punir, mandar e controlar a conduta das diferentes categorias sociais podendo recorrer à violência para estabelecer seu poder de mando. Parte do pressuposto de que emborase considere que os homens sejam aqueles que desempenham a função patriarcal, enquanto categoria social, tenham um projeto de dominação e exploração, esta função pode ser exercida por uma mulher também. As mulheres muitas vezes desempenham a função patriarcal em relação às crianças, adolescentes e idosos (Saffioti,2002).
A mãe vai ao encontro de Preciosa e os filhos junto à entrevista com a assistente social, então ela faz toda a revelação dos abusos do pai e confessa sobre a sua negligência em presenciaros acontecimentos e ficar calada. A negligência é caracterizada em omissões de pais e outros responsáveis quando deixam de prover as necessidades básicas para seu desenvolvimento físico, emocional e social, como a privação de medicamentos; a falta de atendimento aos cuidados com a saúde, educação, higiene, proteção. O abandono é considerado uma forma extrema de negligência. 
Diante de toda a revelação sobre os abusos e as possíveis resoluções sobre sua vida, Preciosa decide criar seus filhos encarando as consequências das negligências durante as fases cruciais de seu desenvolvimento.
Art. 5º diz que: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violencia, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

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