processos grupais

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Analise do filme Doze homens e uma sentença
O filme 12 homens e uma sentença relata a historia de um jovem porto- riquenho acusado de ter matado a facadas o próprio pai. Forma-se então um júri com doze homens que tem a tarefa delegada pelo juiz de tomarem uma decisão unânime se o jovem é culpado ou inocente.
Onze deles tem a certeza de que o réu é culpado e apenas um considera que não há provas suficientemente irrefutáveis da autoria do crime. Um filme dos anos 50, que até hoje traz uma critica a sociedade de hoje até quando veremos pessoas sendo julgadas e acusadas sem provas suficientes ou por puro preconceito? Sendo que neste caso a condenação implicaria sua sentença de morte. Em meio a discussão que se segue, o filme nos trouxe uma reflexão sobre preconceito, intolerância, liderança, trabalho em grupo e direitos humanos. O desenvolvimento desta analise se baseia nas contribuições de Kurt Lewin sobre temas ao qual o grupo identificou no filme.
Kurt Lewin foi o primeiro a estudar dinâmicas de grupo. Interessou pelo estudo de pequenos grupos através de pesquisas com minorias e suas consequências. Trabalhou com lideranças democráticas, autocráticas e laisses faire .
O filme doze homens e uma sentença relacionado com o autor Kurt Lewin. nos traz a compreensao de que entre os jurados haviam pessoas autoritárias que impuseram por sua conduta uma dinâmica de autoritarismo no grupo. A dinâmica que o grupo estabeleceu, no início do filme, era resultante de uma liderança autoritária e por conseqüência buscam atacar e agredir com palavras e gestos o único membro que se comportava diferente dos outros.
Kurt Lewin, observou em seus estudos que quando a liderança é autoritária os membros tem dificuldade de aceitar um líder mais liberal, passando a atacá-lo. O líder democrático modificou as atitudes e os comportamentos autoritários tornando esses comportamentos mais reflexivos e abertos ao diálogo.
O líder democrático utilizou do dialogo com os participantes do grupo, para trabalhar de forma cooperativa transformando, aos poucos, o grupo autoritário em um grupo democrático. Inicialmente haviam pequenos subgrupos interessados em discutir temas próprios. Para Kurt Lewin, existem três aspectos fundamentais na definição do grupo:Existência,Interdependência e contemporaneidade.
Existência – Ela é definida pelo espaço de vida onde a integração da pessoa com o campo psicológico e sua percepção criam uma unidade que permite o sentimento de grupo. Interdependência – momentos em que os sujeitos estão em uma situação de decisão e precisam estabelecer relações entre si para decidirem o veredicto do caso. Contemporaneidade – é um aspecto vivenciado pelos jurados quando eles percebem seu espaço-tempo e se vêem necessitados por agir para resolver sua demanda.
Aplicando os princípios da Gestalt, Lewin consolida sua teoria afirmando que as mudanças do comportamento individual do ser humano acontecem baseadas nas percepções que o indivíduo tem de si mesmo, das influências que ele recebe do ambiente e do contexto da sociedade em que se insere, gerando assim a importância de se analisar o grupo. 
O comportamento do indivíduo se altera, de acordo com as percepções do self e do ambiente, então, para bem compreender esse comportamento, devemos levar em consideração todo o campo psicológico (o que nos ajuda e modifica a maneira de ver e entender as coisas que ocorrem a nossa volta) e o espaço de vida(totalidade dos fatos que determina o comportamento do indivíduo num dado momento) onde o ato do indivíduo ocorre.
Na democracia as diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder;O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com os debates;
A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho.