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SIMULADO HUMANAS 1 (AINDA SEM GABARITO)

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21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244
https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 1/35
SIMULADO HUMANAS 1
(UFPR)
a
b
c
d
e
Questão 1
Não interessa aqui discutir se cabe considerar a chegada dos
europeus ao continente americano, 1 em 1492, como
descoberta, encontro ou o que seja: questão, no geral, mais
esterilizante que produtiva. O fato é que, naquele ano, os europeus
se
deram conta da existência de uma porção vasta de terra até então
desconhecida e habitada por homens diferentes dos da Europa.
O navegador Cristóvão Colombo (1451-1506), responsável por
viabilizar tal encontro, achou que estava chegando no Oriente:
com
[5] base nas medidas adotadas pelo astrônomo árabe do século 9,
Abu al-Farghani, calculou mal o tamanho do grau, unidade na qual
se dividia a esfera terrestre, e ainda errou ao converter a milha
árabe para a milha italiana.
O grego Ptolomeu (90-168) e toda a escola de Alexandria lhe
teriam servido melhor, mas se calculasse bem, o genovês
não teria chegado onde chegou. Mesmo porque a imaginação,
encharcada de relatos sobre terras fantásticas e da obsessão por
monstros, o guiava tanto ou mais que o conhecimento ‘científico’.
Encontrar tais monstros era fundamental, com a tradição
[10] rezando que sua presença augurava riquezas. Foi grande o
desapontamento de Colombo quando os naturais das ilhas do
Caribe
lhe disseram que nunca tinham visto tais seres. Conforme a
realidade contradizia o que lhe ia pela cabeça, o navegador
substituía
elementos: na falta dos súditos do Grande Cã, levou para a
Espanha os ‘índios’ de Hispaniola; em vez das sedas e dos
brocados,
exibiu aos reis católicos as máscaras estranhas e cintos feitos de
osso de peixe; no lugar das presas de elefantes ou unicórnios,
ostentou papagaios verdes. [...]
[15] Ao longo do século 16, Colombo já morto, cresceu na Europa
a consciência da magnitude das transformações
provocadas por aquelas terras novas, ignoradas pelos autores
antigos e capazes de mostrar quanta coisa escapara a sua
sabedoria. O nome do Novo Mundo ainda flutuava, cada vez mais
sendo identificado ao de outro navegador, o florentino Américo
Vespúcio (1454-1512). Ao léxico faltava capacidade para exprimir
tanta coisa nova e estranha, daí recorrer-se primeiro ao que era
familiar e conhecido. As palavras não bastavam para um
desesperançado Gonzalo de Oviedo descrever a plumagem
brilhante dos
[20] pássaros americanos, nem para Jean de Léry contrastar o
semblante dos tupinambás da costa brasílica, tão diferentes dos
europeus: quem quisesse “desfrutar do prazer de os conhecer”,
afirmou este, teria de “visitá-los no seu país”. Ao dedicar sua
Historia General de Las Indias ao imperador Carlos V, em 1553,
Francisco Gómara escreveu bombasticamente: “O maior
acontecimento desde a criação do mundo (excluindo a encarnação
e a morte d’Aquele que o criou) foi a descoberta da Índia”.
(SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje,
julho 2011, p. 83.)
Que alternativa reescreve a sentença “Encontrar tais monstros era
fundamental, com a tradição rezando que sua presença augurava
riquezas”, mantendo as principais relações de sentido?
Encontrar os monstros era sinal de mal agouro, ou seja,
significava não encontrar riquezas.
Era imprescindível encontrar os monstros e, se rezassem em
sua presença, poderiam encontrar riquezas.
Era importante encontrar os monstros, para os quais
tradicionalmente se rezava para atrair riquezas.
Era lendário o fato de que monstros rezavam para atrair
riquezas e encontrá-los era essencial.
Era importante encontrar os monstros que, pela tradição,
constituíam indícios de riqueza.
(ENEM)Questão 2
a
b
c
d
e
Os vestígios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde as
Missões e o rio da Prata, ao sul, até o Nordeste, com algumas
ocorrências ainda mal conhecidas no sul da Amazônia. A leste,
ocupavam toda a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Sul até o
Maranhão. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas
terras baixas da Bolívia. Evitam as terras inundáveis do Pantanal e
marcam sua presença discretamente nos cerrados do Brasil
central. De fato, ocuparam, de preferência, as regiões de floresta
tropical e subtropical.
PROUS, A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
2005.
Os povos indígenas citados possuíam tradições culturais
específicas que os distinguiam de outras sociedades indígenas e
dos colonizadores europeus. Entre as tradições tupi-guarani,
destacava-se
a organização em aldeias politicamente independentes,
dirigidas por um chefe, eleito pelos indivíduos mais velhos da tribo.
a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter
semissedentário de sua organização social.
a conquista de terras mediante operações militares, o que
permitiu seu domínio sobre vasto território.
o caráter pastoril de sua economia, que prescindia da
agricultura para investir na criação de animais.
o desprezo pelos rituais antropofágicos praticados em outras
sociedades indígenas.
(UnB)
a
b
Questão 3
Erro de português
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena! Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
Oswald de Andrade. Poesias reunidas. 5.ª ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1978.
 
[1] Quando aqui aportaram os portugueses, há mais de
500 anos, falavam-se, no país, mais de mil línguas indígenas;
tal profusão linguística constitui-se numa situação semelhante
[4] à que ocorre, hoje, nas Filipinas (com 160 línguas), na Índia
(com 391 línguas) ou, ainda, na Indonésia (com 663 línguas).
Gilvan Müller de Oliveira. Brasileiro fala português: monolinguismo e preconceito
linguístico. In: Revista Linguagem. Internet: <www.letras.ufscar.br> (com
adaptações).
A expedição comandada por Pedro Álvares Cabral fazia parte da
estratégia portuguesa de iniciar a efetiva e imediata colonização de
suas terras americanas, decisão estabelecida em face dos
reduzidos lucros obtidos pelo comércio com as Índias nas décadas
iniciais do século XVI.
CERTO
ERRADO
(ENEM)Questão 4
LEIA O TEXTO ABAIXO E RESPONDA AS QUESTÕES 55 E 56
 
[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas
faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou
dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é
porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os
nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da
Companhia
têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem
lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L
na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar,
nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu
modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com
que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm
esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os
reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao
21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244
https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 2/35
(Mackenzie)
a
b
c
d
e
a
b
c
d
e
pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua
vontade [...].
(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)
A observação do cronista português Pero de Magalhães de
Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua
mencionada, demonstra a
simplicidade da organização social das tribos brasileiras.
dominação portuguesa imposta aos índios no início da
colonização.
superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade
indígena.
incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos
portugueses.
dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado
da língua nativa.
(UNEMAT)
a
b
c
d
e
Questão 5
Considerando-se o contexto do século XVI, chegada dosportugueses ao Brasil, é incorreto afirmar que:
o descobrimento do Brasil não provocou o mesmo entusiasmo
despertado pela chegada de Vasco da Gama à Índia. O Brasil
aparece como uma terra cujas possibilidades de exploração e
contorno geográfico são desconhecidos. Por vários anos, pensou-
se que não passava de uma grande ilha.
as primeiras tentativas de exploração do litoral brasileiro se
basearam no sistema de feitorias, adotado na costa africana.
O Brasil foi arrendado por três anos a um consórcio de
comerciantes de Lisboa, liderado pelo cristão-novo Fernão
de Noronha.
a economia açucareira no Brasil acabou por triunfar, mas seu
êxito foi breve. O rápido declínio, ainda no século XVI, deveu-se
tanto a fatores internos como à concorrência do açúcar das Ilhas
Canárias e dos Açores.
nos anos iniciais, entre 1500 e 1535, a principal atividade
econômica foi a extração do pau-brasil, principalmente mediante
trocas com os índios. As árvores não cresciam juntas, em grandes
áreas, encontravam-se dispersas. À medida que a madeira foi-se
esgotando no litoral, os europeus passaram a recorrer aos
índios para obtê-la.
os franceses entraram no comércio do paubrasil e praticaram a
pirataria, ao longo de uma costa demasiado extensa para
que pudesse ser guarnecida pelas patrulhas portuguesas.
Questão 6
Os homens que saíram para o Atlântico em 1492 não tinham a
certeza de que chegariam às Índias, apesar do incentivo de
Colombo nesse sentido. Em 12 de outubro daquele ano, um Novo
Mundo se descortinou àqueles homens, extasiados com as
diversas possibilidades daquela “descoberta”. A partir daquele
momento, civilizações diferentes – em diversos sentidos –
entrariam em contato, alterando definitivamente os rumos
históricos de ambas as partes (nativos e europeus). 
 
Nesse sentido, a gravura
contém elementos que indicam a visão, entre os séculos XVI e
XVII, de uma América exótica e exuberante que ainda povoava o
imaginário europeu.
demonstra que as guerras entre os povos ameríndios era uma
prática combatida pelos europeus e, por isso, extinta do
continente.
que é encomendada pelas coroas ibéricas, revela a
preocupação em demonstrar uma América exótica e perigosa e,
assim, evitar ataques piratas ao continente.
enfatiza a existência de fauna e flora muito diferentes do
continente europeu, representando animais efetivamente
encontrados pelos colonizadores.
procura desqualificar práticas habituais das ameríndias, como
a nudez, ao representar uma mulher sentada sobre um animal
exótico.
(Unifeso)
a
b
c
d
e
Questão 7
O significado do Tratado de Tordesilhas ultrapassa o propósito de
substituir a bula papal Inter Coetera, na disputa entre Portugal e
Espanha pelo domínio de terras e oceanos. 
A respeito do significado do Tratado de Tordesilhas, assinale a
alternativa correta.
Inicia o processo de superação do teocentrismo pela
importância dos atos do Estado.
Representa o retorno à união entre Igreja e Estado, superada
com o o fim do feudalismo.
Apresenta o homem como sujeito da História, interventor e
transformador da ordem social e política injusta.
Rejeita a Igreja e afirma o Estado como único mediador e
legitimador dos conflitos políticos.
Afirma a infalibilidade papal e nega legitimidade à intervenção
estatal.
(ENEM PPL)
a
b
c
d
e
Questão 8
O Brasil oferece grandes lucros aos portugueses. Em relação ao
nosso país, verificar-se-á que esses lucros e vantagens são
maiores para nós. Os açúcares do Brasil, enviados diretamente ao
nosso país, custarão bem menos do que custam agora, pois que
serão libertados dos impostos que sobre eles se cobram em
Portugal, e, dessa forma, destruiremos seu comércio de açúcar.
Os artigos europeus, tais como tecidos, pano etc., poderão, pela
mesma razão, ser fornecidos por nós ao Brasil muito mais baratos;
o mesmo se dá com a madeira e o fumo. 
WALBEECK, J. Documentos Holandeses. Disponível em:
http://www.mc.unicamp.br.
O texto foi escrito por um conselheiro político holandês no contexto
das chamadas Invasões Holandesas (1624-1654), no Nordeste da
América Portuguesa, que resultaram na ocupação militar da
capitania de Pernambuco. O conflito se inicia em um período em
que Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil, se encontravam
sob domínio da Espanha (1580-1640). 
 
A partir do texto, qual o objetivo dos holandeses com essa
medida?
Construir uma rede de refino e distribuição do açúcar no Brasil,
levando vantagens sobre os concorrentes portugueses.
Garantir o abastecimento de açúcar no mercado europeu e
oriental, ampliando as áreas produtoras de cana fora dos domínios
lusos.
Romper o embargo espanhol imposto aos holandeses depois
da União Ibérica, ampliando os lucros obtidos com o comércio
açucareiro.
Incentivar a diversificação da produção do Nordeste brasileiro,
aumentando a inserção dos holandeses no mercado de produtos
manufaturados.
Dominar uma região produtora de açúcar mais próxima da
Europa do que as Antilhas Holandesas, facilitando o escoamento
dessa produção.
(PUC-SP)Questão 9
“Ao embarcar em um navio rumo ao Novo Mundo, famílias
portuguesas, aventureiros de todas espécie, nobres, religiosos,
21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244
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a
b
c
d
e
degredados, prostitutas e marinheiros deixavam para trás tudo o
que se poderia relacionar com dignidade. Não havia a bordo
privacidade nem garantia de integridade física - doenças, estupros,
fome e sede eram riscos inerentes à viagem, sem contar o perigo
de acidentes."
RAMOS, Fábio Pestana. Os apuros dos navegantes. História Viva, n 68, jun.
2009,
O texto menciona aspectos curiosos e importantes da conquista
europeia da América. Sobre as viagens mencionadas no
texto, podemos afirmar que
as pessoas que aceitavam embarcar nos navios que partiam
em direção ao Novo Mundo eram predominantemente miseráveis,
o que explica a pobreza da população nas colônias.
escravos eram arregimentados na África para trabalhar nos
navios que cruzavam os oceanos e para manter, dessa forma, um
mínimo de organização e ordem a bordo.
as navegações ultramarinas, apesar de todos os inventos
técnicos e da racionalidade que impulsionaram, tinham caráter
aventuresco e comportavam inúmeros riscos.
nobres e pobres misturavam-se nos navios, sem que houvesse
qualquer distinção social, o que explica a democracia racial e
social implantada nas terras conquistadas.
as mulheres da nobreza que atravessavam o Atlântico
conheciam os perigos da viagem e, por isso, levavam armas para
que pudessem se defender de ataques a bordo.
(UDESC)
a
b
c
d
e
Questão 10
Leia com atenção o fragmento retirado da Carta de Pero Vaz de
Caminha.
 
“E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé,
com as mãos levantadas, eles [os índios] se levantaram conosco e
alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado; e então
tornaram-se a assentar como nós. E quando levantaram a Deus,
que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim todos, como
nós estávamos com as mãos levantadas, e em tal maneira
sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.”
Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. A. Crônicas do
descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 23.
Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Portugal, pode-se
dizer que é:
uma narrativa que projeta sobre as populações nativas uma
visão de mundo cristão, como se o Brasil fosse uma espécie de
paraíso edênico.
um relato imparcial sobre as populações indígenas, porque o
autor narra exatamente o que viu e viveu no Brasil.
uma narrativa capaz de identificar a verdadeira essência das
populações indígenas brasileiras que já conheciam o cristianismo,
e traziam no seu íntimo um conhecimento prévio dos
ensinamentos pregados por Cristo a seus discípulos.um relato que expressa total ignorância e despreparo do
cronista sobre o caráter dissimulado e estratégico das populações
indígenas, que desejavam tão somente ganhar a confiança dos
viajantes europeus para obter lucros e fazer alianças políticas para
derrotar seus inimigos.
um relato sem valor histórico, pois está marcado por uma
perspectiva eurocêntrica e preconceituosa sobre os habitantes
nativos do Brasil.
(UnB)
a
b
Questão 11
A respeito da escravidão ao longo da história da humanidade,
antes do estabelecimento do tráfico transatlântico de escravos, no
século XVI, havia, no continente africano, homogeneidade cultural,
como se pode depreender da predominância da família linguística
banto nas sociedades norte e centroafricanas.
CERTO
ERRADO
(FUVEST)Questão 12
Uma maneira de compreender a distribuição temporal de
fenômenos ocorridos em longos períodos é situá-los em um ano
de 365 dias. Por exemplo, ao transpor os 4,6 bilhões de anos da
a
b
c
d
e
Terra para esse ano, a formação do planeta teria ocorrido em 1o
de janeiro, o surgimento do oxigênio na atmosfera em 13 de junho,
o aumento e a diversificação da vida macroscópica a partir de 15
de novembro e o início da separação da Pangea em 13
de dezembro. 
Considere os seguintes eventos: 
 
Evento 1. Surgimento do Homo sapiens. 
Evento 2. Revolução agrícola do Neolítico. 
Evento 3. Declínio do Império Romano. 
Evento 4. A colonização da América pelos europeus. 
 
A partir das informações do texto, é correto situar os referidos
eventos no mês de dezembro desse ano, no(s) dia(s)
(Faceres)
a
b
c
d
e
Questão 13
Os grandes proprietários e fazendeiros são, antes de tudo,
homens de negócio, para quem a utilização da terra constitui um
negócio como outro qualquer (...). Já para os trabalhadores rurais,
para a massa camponesa de proprietários ou não, a terra e as
atividades que nela se exercem constituem a única fonte de
subsistência para eles acessível.
 
(C. Prado Junior. A questão agrária no Brasil, 2000.)
A estrutura fundiária brasileira caracteriza-se por:
Predomínio de atividades pastoris.
Presença de minifúndios especializados.
Fazendas comunitárias.
Concentração de terras e latifúndios para exportação.
Distribuição equilibrada de terras e latifúndios especializados.
(Unifenas)
a
b
c
d
e
Questão 14
Em 1530 chegou ao Brasil a expedição comandada por Martim
Afonso de Souza. Cerca de 500 pessoas desembarcaram com ele.
Em 1532, Martim Afonso fundou a primeira vila do Brasil, São
Vicente. 
 
São fatores relacionados à chegada da expedição de Martim
Afonso de Souza ao Brasil, exceto:
garantir a posse da terra para os portugueses
combater estrangeiros e piratas no litoral.
tentar encontrar metais preciosos na colônia
promover o reconhecimento geográfico da colônia.
fornecer informações para a elaboração do Tratado de
Tordesilhas.
21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244
https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 4/35
(UEMG)
a
b
c
d
(UNESP)
a
b
c
d
e
Questão 15
uma missão jesuítica, com seus espaços racionalmente
delimitados de acordo com as funções desempenhadas pelos
indígenas.
a violência física que desde sempre foi o traço definidor do
relacionamento entre portugueses e indígenas.
a troca de produtos por meio da qual os comerciantes
portugueses obtinham escravos em terras africanas.
a relação de escambo e dados iniciais que os portugueses
tinham sobre a costa brasileira.
(PUC-SP)
a
b
c
d
e
Questão 16
"Descoberto o Novo Mundo e instaurado o processo de
colonização, começou a se desenrolar o embate entre o Bem e o
Mal"
Laura de Mello e Souza. Inferno Atlântico. São Paulo: Companhia das Letras,
1993, p. 22-23
Na percepção de muitos colonizadores portugueses do Brasil, uma
das armas mais importantes utilizadas nesse “embate entre o Bem
e o Mal” era a
retomada de padrões religiosos da Antiguidade.
defesa do princípio do livre arbítrio.
aceitação da diversidade de crenças.
catequização das populações nativas.
busca da racionalidade e do espírito científico.
Questão 17
Analise o mapa.
A partir do mapa, são feitas as seguintes afirmações: 
I. Imensa colônia de um pequeno Estado europeu, o território do
Brasil colonial foi resultado da partilha de 1494 entre as duas
potências ibéricas. 
II. O Brasil colonial não era uma construção contínua, uma vez que
as capitanias, relativamente independentes umas das outras,
mantinham um laço direto com a metrópole. 
III. A localização de quatro áreas de evangelização de
indígenas pelos jesuítas estavam distribuídas na fronteira dos
territórios portugueses e espanhóis. 
IV. A característica do relevo sul-americano possibilitou o
rápido avanço populacional tanto do lado Atlântico como do
Pacífico, o que evitou, na região central do continente, vazios
demográficos desde 1650. 
 
Estão corretas as afirmações
I e II, apenas.
I, II e III, apenas.
III e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
(UNESP)Questão 18
Instrução: Leia o texto para responder à questão de número 34.
 
Nas primeiras três décadas que se seguiram à passagem da
armada de Cabral, além das precárias guarnições das feitorias [...],
apenas alguns náufragos [...] e “lançados” atestavam a soberania
do rei de Portugal no litoral americano do Atlântico Sul.
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação,
2008.)
Os lançados citados no texto eram
21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244
https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 5/35
a
b
c
d
e
funcionários que recebiam, da Coroa, a atribuição oficial
de gerenciar a exploração comercial do pau-brasil e das
especiarias encontradas na colônia portuguesa.
militares portugueses encarregados da proteção armada
do litoral brasileiro, para impedir o atracamento de navios
de outros países, interessados nas riquezas naturais da colônia.
comerciantes portugueses encarregados do tráfico de
escravos, que atuavam no litoral atlântico da África e do Brasil
e asseguravam o suprimento de mão de obra para as
colônias portuguesas.
donatários das primeiras capitanias hereditárias, que
assumiram formalmente a posse das novas terras coloniais
na América e implantaram as primeiras lavouras para o cultivo da
cana-de-açúcar.
súditos portugueses enviados para o litoral do Brasil ou para a
costa da África, geralmente como degredados, que acabaram por
se tornar precursores da colonização.
(UNESP)
a
b
c
d
e
Questão 19
[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe
três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa
muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em
nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e
doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso
Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que
lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não
têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e
cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver
entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os
outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque
não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a
ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao
som da sua vontade [...].
(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)
 
O texto destaca três elementos que o autor considera
inexistentes entre os tupinambás, no final do século XVI. Esses
três elementos podem ser associados, respectivamente, 
à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às
relações familiares.
à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política.
ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito
pelos diferentes.à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar.
ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos
estrangeiros.
(PUC-SP)
a
b
c
d
e
Questão 20
“O Brasil é uma criação recente. Antes da chegada dos europeus
(...) essas terras imensas que formam nosso país tiveram sua
própria história, construída ao longo de muitos séculos, de muitos
milhares de anos. Uma história que a Arqueologia começou a
desvendar apenas nos últimos anos.”
Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil.
A arqueologia pré-histórica no Brasil. São Paulo: Atual, 2009(15.ª
edição), p. 6
O texto acima afirma que
o Brasil existe há milênios, embora só tenham surgido
civilizações evoluídas em seu território após a chegada dos
europeus.
a história do que hoje chamamos Brasil começou muito antes
da chegada dos europeus e conta com a contribuição de muitos
povos que aqui viveram.
as terras que pertencem atualmente ao Brasil são
excessivamente grandes, o que torna impossível estudar sua
história ao longo dos tempos.
a Arqueologia se dedicou, nos últimos anos, a pesquisar o
passado colonial brasileiro e seu vínculo com a Europa.
os povos indígenas que ocupavam o Brasil antes da chegada
dos europeus, foram dizimados pelos conquistadores portugueses.
(UnB)Questão 21
a
b
[1] A Europa viveu uma revolução cultural — a
Renascença — nos séculos XV e XVI, nos quais muito dos
antigos saberes do continente foi recuperado e um novo
[4] espírito de curiosidade científica assegurou-lhe avanços
tecnológicos essenciais, que a colocaram à frente do resto do
mundo. As viagens de exploração logo se transformaram em
[7] grandes ondas de colonização, que chegaram à maior parte do
globo.
Philip Parker. Guia Ilustrado Zahar: história mundial. Rio de Janeiro: Zahar,
2011, p. 216-7.
 
[1] O momento das descobertas foi também o momento
das rupturas. Ao lado das invenções técnicas, que permitiram
as aventuras dos navegantes, transformações nas estruturas
[4] materiais e mentais deram início ao que a filosofia e a história
chamam de “liberação do indivíduo”, tirando-o do anonimato
medieval: “divinização do homem e humanização de Deus”.
[7] Avança a circulação das ideias, com a descoberta, por
Gutenberg, do processo de impressão por meio de tipos
móveis, com a multiplicação dos livros e o aparecimento da
[10] imprensa escrita.
Adauto Nunes. Experiência e destino. In: Adauto Nunes (Org.). A descoberta do
homem e do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p.10-1 (com
adaptações).
No período da história a que se referem os fragmentos de texto, a
imediata ocupação dos espaços indígenas resultou em espaços
geográficos pouco ou nada articulados entre si.
CERTO
ERRADO
(UFRR)
a
b
c
d
e
Questão 22
“Napë (homem branco) não quer preservar a natureza, cuidar da
terra. Só quer destruir, tirar riqueza da floresta, negociar madeira
pra país onde não tem. E ainda tem problema de biopirataria e
garimpeiro(...) Mataram meu povo por conta de ouro e diamante.
Querem fazer brinco de pedra pras mulheres deles ficarem bonitas
e enfeitar a casa, enfeitar loja, enfeitar tudo...”
 
Davi Kopenawa Yanomami, liderança indígena internacionalmente
conhecida por lutar pelos direitos do povo Yanomami, que habita a
região entre os Estados de Roraima, Amazonas e a fronteira com
a Venezuela.
Revista Trip, Ano 26, julho 2012, n. 212.
O trecho acima pode ser utilizado para compreender a
exploração sofrida pelos povos indígenas desde o período
pré-colonial até o momento presente. Sobre esse período da
História do Brasil, é correto afirmar que:
entre as características do período pré-colonial, destaca-se a
montagem de estabelecimentos provisórios em diferentes lugares
da costa do país, onde eram amontoadas as toras de pau-brasil,
para serem exportadas para a Europa;
a primeira forma de exploração econômica exercida pelos
colonizadores e a dominação cultural e religiosa difundida pelo
território brasileiro são, respectivamente, a atividade agrícola e a
submissão dos índios por meio da catequização;
o contato amistoso entre não-índios e índios foi preservado
pela Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena por meio da
catequese e pelos colonos, que escravizaram somente o africano
na atividade produtiva de exportação;
os portugueses chegaram ao território, depois denominado
Brasil, em 1500, mas a administração da terra somente foi
organizada em 1549. Isso ocorreu porque os franceses, aliados
aos espanhóis, controlavam os diferentes povos indígenas ao
longo do litoral bem como as feitorias da costa sulatlântica;
a expedição de Pedro Álvares Cabral, em 1500, expressou a
subordinação da Coroa portuguesa à Igreja Católica, já
evidenciada quando o Papa estabeleceu a partilha do Mundo
Novo, em 1494, através do tratado de Tordesilhas.
(UnB)Questão 23
Dois estilos de colonização se inauguraram no norte e no sul do
Novo Mundo. Lá, o gótico altivo de frias gentes nórdicas. Para
eles, o índio era um detalhe, sujava a paisagem, que, para
se europeizar, deveria livrar-se deles. Cá, o barroco das
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a
b
gentes ibéricas, mestiçadas, que se mesclavam com os índios.
Um, a tolerância soberba e orgulhosa dos que se sabem
diferentes. Outro, a tolerância opressiva de quem quer conviver
reinando sobre os corpos e as almas dos cativos, porque toda a
diferença lhe é intolerável.
Darcy Ribeiro. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995 (com adaptações).
Colonização, ou colonialismo, é um processo de dominação
econômica, política e/ou cultural de um grupo por outro.
CERTO
ERRADO
(UFU)
a
b
c
d
Questão 24
Eles não tinham deixado a Inglaterra para escapar a toda forma de
governo, mas para trocar o que acreditavam ser um mau governo
por um bom, ou seja, formado livremente por eles mesmos. Tanto
no plano político como no religioso, acreditavam que o indivíduo só
poderia se desenvolver em liberdade. Entretanto, convencidos de
que a liberdade consiste em dar ao homem a oportunidade de
obedecer aos desígnios divinos, ela apenas permitia ao indivíduo
escolher o Estado que deveria governá-lo e a Igreja na qual ele iria
louvar a Deus. [...]
 
CRÉTÉ, Liliane. As raízes puritanas. Disponível em:
<http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagen
s/as_raizes_puritanas.html.>Acesso em: 28 de janeiro de 2016 (Adaptado).
A historiografia sobre a colonização da América costuma realçar
as peculiaridades da colonização britânica nas colônias do Norte.
As diferenças, entretanto, em relação às colonizações portuguesa
e inglesa não são absolutas, pois
ambos os modelos de colonização eram predominantemente
mercantis, ainda que a agricultura de subsistência fosse mais
presente na colonização portuguesa.
tanto os colonos ingleses quanto os portugueses eram
profundamente marcados pelas disputas entre as potências
europeias, sendo que os portugueses eram aliados preferenciais
da França.
em ambas as modalidades de colonização, a administração
colonial era formalmente descentralizada, havendo espaço para
uma expressiva margem de autonomia dos colonos.
o sentido de missão religiosa estava presente nas duas
modalidades de colonização, refletindo a ainda forte presença do
misticismo no mundo europeu.
(UNIMONTES)Questão 25
Na América portuguesa, durante o período pré-colonial, os
portugueses iniciaram a extração da primeira riqueza destinada ao
mercado europeu.
Acerca da exploração dessa riqueza, escreva C (correto) ou I
(incorreto) em cada um dos parênteses abaixo.
( ) O pau-brasil foi explorado no litoral da região colonial dentro do
regime de Estanco (monopólio régio).
( ) Os portugueses criaram as Capitanias Hereditárias, ainda no
período pré-colonial, para coordenar a exploraçãodo pau-brasil.
( ) No litoral do território posteriormente conhecido como Brasil,
foram construídas as primeiras vilas por Fernando de Noronha,
para a instalação dos trabalhadores.
( ) Por meio da prática do Escambo, os portugueses exploraram a
mão de obra indígena na extração da madeira.
A seqüência CORRETA é
a
b
c
d
C, C, I, C.
I, I, C, C.
C, C, I, I.
C, C, C, C.
(UFRGS)
a
b
c
d
e
Questão 26
Considere o seguinte trecho da música Fuá na casa de Cabral, do
grupo pernambucano Mestre Ambrósio.
 
No fim da festa e da farra
Cabral não sentiu preguiça
Mandou logo rezar missa
Pra ficar aliviado
Chamando o padre, apressado
Mandou começar ligeiro
Botando ordem no terreiro
Com seu maracá na mão
Jurando pelo alcorão
Que era crente verdadeiro.
Siba e Hélder Vasconcelos. Adaptado do discoFuá na casa de CaBRal.
Chaos/Sony Music, 1998.
 
De acordo com fatos relativos à História do Brasil, assinale a
alternativa que corresponde à ideia apresentada pelo trecho da
música.
O papel das crenças religiosas foi sempre secundário na
formação do Brasil, não assumindo relevância nos acontecimentos
políticos da história nacional.
Pedro Álvares de Cabral abdicou da fé cristã, ao jurar sobre o
livro sagrado do islamismo, no momento da Primeira Missa rezada
pelos viajantes portugueses nas terras americanas.
A pluralidade de crenças sempre impossibilitou a existência de
uma religião hegemônica no Brasil.
A condenação das formas religiosas de origem africana no
Brasil teria iniciado desde a chegada da expedição de Cabral à
América.
O processo de formação cultural brasileiro foi marcado pela
junção de inúmeros fatores oriundos de culturas diversas, tais
como a cristã, a indígena, a africana e a islâmica.
(UNCISAL)
a
b
c
d
e
Questão 27
[...] a tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe
de Estado. O que significa isso? Simplesmente que o chefe não
dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de coerção, de
nenhum meio de dar uma ordem. O chefe não é um comandante,
as pessoas da tribo não têm nenhum dever de obediência.
O espaço da chefia não é o lugar do poder [...]. A propriedade
mais notável do chefe indígena consiste na ausência quase
completa de autoridade. [...] O chefe é um fazedor de paz; ele é a
instância moderadora do grupo [...]. Ele deve apaziguar as
disputas, regular as divergências, não usando de uma força que
não possui e que não seria reconhecida. [...] Os meios que o
chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se ao
uso exclusivo da palavra: não para arbitrar entre as partes
opostas, pois o chefe não é um juiz e não pode se permitir tomar
partido por um ou por outro, mas para, armado apenas de sua
eloquência, tentar persuadir as pessoas da necessidade de se
apaziguar [...].
CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o estado. São Paulo:
COSAC NAIFY, 2012 (adaptado).
O texto enfatiza uma característica dos povos nativos da América
que, em geral, era interpretada pelos colonizadores como
uma alternativa ao modelo de estado absolutista despótico.
um modelo de organização social avançado que prescindia a
existência do estado.
uma fraqueza, pois denotava a falta de organização política
nos moldes europeus.
uma forma de organização social mais útil aos interesses
colonialistas do que o modelo africano.
um modelo perigoso e que deveria ser submetido aos
interesses e padrões do colonialismo europeu.
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(UnB)
a
b
c
d
Questão 28
[1] A Europa viveu uma revolução cultural — a
Renascença — nos séculos XV e XVI, nos quais muito dos
antigos saberes do continente foi recuperado e um novo
[4] espírito de curiosidade científica assegurou-lhe avanços
tecnológicos essenciais, que a colocaram à frente do resto do
mundo. As viagens de exploração logo se transformaram em
[7] grandes ondas de colonização, que chegaram à maior parte do
globo.
Philip Parker. Guia Ilustrado Zahar: história mundial. Rio de Janeiro: Zahar,
2011, p. 216-7.
 
[1] O momento das descobertas foi também o momento
das rupturas. Ao lado das invenções técnicas, que permitiram
as aventuras dos navegantes, transformações nas estruturas
[4] materiais e mentais deram início ao que a filosofia e a história
chamam de “liberação do indivíduo”, tirando-o do anonimato
medieval: “divinização do homem e humanização de Deus”.
[7] Avança a circulação das ideias, com a descoberta, por
Gutenberg, do processo de impressão por meio de tipos
móveis, com a multiplicação dos livros e o aparecimento da
[10] imprensa escrita.
Adauto Nunes. Experiência e destino. In: Adauto Nunes (Org.). A descoberta do
homem e do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p.10-1 (com
adaptações).
A valorização econômica e a organização do território brasileiro no
século XVI eram coerentes com o projeto colonizador de Portugal,
que foi essencialmente
subordinado aos princípios do liberalismo de Adam Smith.
centralizado politicamente e predador das riquezas naturais.
estimulador do desenvolvimento econômico da colônia.
voltado para a fixação do homem ao solo, por meio do estímulo
à produção agrícola.
(UECE)Questão 29
A colonização do Brasil, assim como a de outras regiões da
América, proporcionou a produção de diversas crônicas nas quais
os europeus deixaram seus relatos sobre as novas culturas que
encontravam. O trecho a seguir é do cronista e religioso francês
Claude d’Abbeville e trata da visão que teve dos índios
tupinambás, como padre capuchinho francês, na época da
ocupação do Maranhão entre 1612 e 1615.
 
“Em verdade imaginava eu que iria encontrar verdadeiros animais
ferozes, homens selvagens e rudes. Enganei-me, porém,
totalmente. Nos sentidos naturais, tanto internos como externos,
jamais achei ninguém – indivíduo ou nação – que os superasse.[...]
São extremamente discretos, muito compreensivos a tudo que se
lhes deseja explicar, capazes de conhecer com rapidez tudo o que
lhes ensinam. [...] São tão serenos e calmos que escutam
atentamente tudo o que lhes dizem, sem jamais interromper os
discursos. [...] falam às vezes, durante duas ou três horas em
seguida, sem se cansar, revelando-se hábeis em tirar as
necessárias deduções dos argumentos que se lhes apresentam.
São muito lógicos e só se deixam levar pela razão e jamais sem
conhecimento de causa”.
Claude d’Abbeville. História da Missão dos padres capuchinhos na ilha do
Maranhão e terras circunvizinhas. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp,
1975. p. 243
 
Com base no trecho e no que se sabe sobre o contato entre
portugueses e nativos na colonização do Brasil, assinale com V ou
F, conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir.
 
( ) O fragmento de texto mostra que semprehouve distorção sobre
a real condição dos nativos brasileiros, tidos, enfim, como
estúpidos, incapazes e preguiçosos.
( ) O autor faz parte de um grupo de europeus que viram nos
nativos brasileiros a imagemdo homem puro e sem vícios, o “bom
selvagem”, assim como os apresentou Rousseau.
( ) Todos os cronistas coloniais passaram à Europa e para a
posteridade esta mesma imagem dos nativos americanos, o que
proporcionou um modelo de convivência pacífico e baseado no
respeito à cultura indígena.
a
b
c
d
( ) A percepção dos cronistas europeus sobre os nativos brasileiros
baseou-se na sua origem, formação, valores e expectativas; desta
forma, todos viram os nativos brasileiros com bons olhos, como o
padre capuchinho Claude d’Abbeville.
 
A sequência correta, de cima para baixo, é:
F, V, F, F.
V, V, F, V.
V, F, V, V.
F, F, V, F.
(FUVEST)
a
b
c
d
e
Questão 30
“Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela
tirania e ações diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente
mais de doze milhões de pessoas...”
Bartolomé de Las Casas, 1474– 1566.
“A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem.”
Pablo Neruda, 1904 – 1973.
As duas frases acima colocam como causa da dizimação das
populações indígenas a ação violenta dos espanhóis durante a
Conquista da América. Pesquisas históricas recentes apontam
outra causa, além da já indicada, que foi
a incapacidade das populações indígenas em se adaptarem
aos padrões culturais do colonizador.
o conflito entre populações indígenas rivais, estimulado pelos
colonizadores.
a passividade completa das populações indígenas, decorrente
de suas crenças religiosas.
a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações
indígenas, diante de novos problemas ambientais.
a série de doenças trazidas pelos espanhóis (varíola, tifo e
gripe), para as quais as populações indígenas não possuíam
anticorpos.
(PUC-CAMPINAS)
a
b
c
d
e
Questão 31
Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler, entre outros, sonharam com a
pan-Europa que, com a inclusão de mais dez países, se tornou
uma realidade irreversível. Os antecedentes da União Europeia
são assim, alguns mais respeitáveis do que outros. Durante muito
tempo depois da tentativa de Carlos Magno de substituir o império
romano pelo seu, uma identidade europeia se definia mais pelo
que não era do que pelo que era: cristã e não muçulmana,
civilizada em vez de bárbara (e, portanto, com o direito de subjugar
e europeizar os bárbaros − isto é, o resto do mundo).
(Luis Fernando Verissimo. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008)
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
(Oswald de Andrade. O santeiro do mangue e outros poemas. São Paulo:
Globo, 1991. p. 95)
Explica a ironia feita pelo autor do poema e identifica a ideia
da identidade europeia, referida no texto de Luis Fernando
Veríssimo, o que se afirma em:
O domínio e catequização dos índios, no século XVI, deveu-se
à preocupação dos portugueses com os habitantes da nova terra.
Os portugueses foram os primeiros a reconhecer, entre outras
coisas, os costumes, crenças e tradições dos indígenas brasileiros.
A nudez e os valores dos índios, cuja cultura refletia uma
relação com a natureza, foram compreendidos pelos
conquistadores portugueses.
Os primeiros contatos dos portugueses com os índios para
assegurar a posse das terras pelo reino luso foram pacíficos e
amistosos.
O contato entre portugueses e indígenas em 1500 foi marcado
pela imposição de hábitos europeus sobre o modo de vida dos
nativos.
(UNESP)Questão 32
21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244
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a
b
c
d
e
Instrução: Leia o texto para responder à questão de número 35.
 
Nas primeiras três décadas que se seguiram à passagem da
armada de Cabral, além das precárias guarnições das feitorias [...],
apenas alguns náufragos [...] e “lançados” atestavam a soberania
do rei de Portugal no litoral americano do Atlântico Sul.
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação,
2008.)
No processo de ocupação portuguesa do atual território do
Brasil, as primeiras três décadas que se seguiram à passagem
da armada de Cabral podem ser caracterizadas como um
período em que
Portugal não se dedicou regularmente à sua colonização, pois
estava voltado prioritariamente para a busca de riquezas no
Oriente.
prevaleceram as atividades extrativistas, que tinham
por principal foco a busca e a exploração de ouro nas
regiões centrais da colônia.
Portugal estabeleceu rotas regulares de comunicação,
interessado na imediata exploração agrícola das férteis terras que
a colônia oferecia.
prevaleceram as disputas pela colônia com outros países
europeus e sucessivos episódios de invasão holandesa e
francesa no litoral brasileiro.
Portugal implantou fortificações ao longo do litoral e
empenhou-se em estender seus domínios em direção ao
sul, chegando até a região do Prata.
(ENEM PPL)
a
b
c
d
e
Questão 33
A cada 80 dias, 20 mil gravatas chegam a uma lojinhado Brás,
bairro comercial de São Paulo. É o fim de uma viagem e tanto para
elas ― navegam por um mês desde Shengzhou, uma cidade no
leste chinês. Mas a parada no Brás não deve demorar. Pelo menos
se depender de Márcio, o dono da loja. Ele costuma vender todo o
estoque até a chegada da carga seguinte. Márcio não conhece
muito de Shengzhou, mas sabe de algo importante: “Lá estão as
gravatas mais baratas do mundo. Na Índia, são 15% mais caras.
Na Europa, 300%".
Superinteressante. Nº 271, nov. 2009. 
A coesão é uma estratégia espacial adotada pelas indústrias para
reduzir o custo de comercialização. No caso chinês, a interação
socioespacial ocorre com diversas partes do mundo, inclusive com
São Paulo. De acordo com as informações da reportagem, é
possível identificar essa coesão na
diminuição do custo da mão de obra intelectualizada.
redução das redes de telecomunicações mundiais.
distribuição global da montagem do produto.
ampliação das distâncias continentais.
especialização produtiva da indústria local.
(UnB)
a
b
Questão 34
 O tempo, como o Mundo, tem dois hemisférios: um superior e
visível, que é o passado, outro inferior e invisível, que é o futuro.
No meio de um e outro hemisfério ficam os horizontes do tempo,
que são esses instantes do presente que vamos vivendo, em que
o passado se termina e o futuro começa. Desde este ponto, toma
seu princípio a nossa História, a qual nos irá descobrindo as novas
regiões e os novos habitadores desse segundo hemisfério do
tempo, que são os antípodas do passado. Oh! que cousas grandes
e raras haverá que ver nesse novo descobrimento!
Idem, ibidem, p. 126.
No texto, padre Vieira intenta uma analogia entre a descoberta do
tempo futuro pela “História” e a do Novo Mundo pelos europeus.
CERTO
ERRADO
(UFG)Questão 35
Leia a composição a seguir.
 
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
a
b
c
d
e
Eu quero estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
Chico Buarque. Tanto mar, 1975. Disponível em:
<www.chicobuarque.com.br/letras/tantomar_75.htm >. Acesso em: 12 de set.
2009.
Escrita em 1975, a música alude à relação entre Portugal e Brasil,
quando expõe como tema
as grandes navegações, usando o mar como a metáfora do
pioneirismo português na América.
o vínculo linguístico entre os países, explorado pelo uso do
marcador dialetal (pá).
a diferença climática entre os países, expressa na referência à
chegada da primavera em Portugal.
a distinção entre os regimes políticos em vigor nos países,
figurada na referência à festa portuguesa.
o comércio de especiarias entre os países, representado pela
metáfora “cheirinho de alecrim”.
(ENEM)Questão 36
TEXTO I
 
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a
pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à
praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles
traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por
qualquer coisa que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem-
dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito
agradavam.
 
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996
(fragmento).
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz
de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos
portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que
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a
bc
d
e
a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras
manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e
preocupa-se apenas com a estética literária.
a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados,
cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica
brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.
a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do
colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em
primeiro plano, a inquietação dos nativos.
as duas produções, embora usem linguagens diferentes —
verbal e não verbal —, cumprem a mesma função social e
artística.
a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos
étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momento histórico,
retratando a colonização.
(FMJ)
a
b
c
d
e
Questão 37
Leia as afirmações a seguir.
 
I. No início do século XVI, as regiões recém-descobertas da
América, apesar de reivindicadas pelas coroas Portuguesa e
Espanhola, sofreram várias tentativas de ocupação por parte de
outros países europeus.
II. No caso específico do Brasil, o Estado português definiu
rapidamente uma estratégia de ocupação do território por meio da
produção de gêneros agrícolas tropicais, evitando, com isso, a
invasão estrangeira.
III. Contando desde o início da colonização com o estabelecimento
de pessoas que ocupavam a terra com finalidades agrícolas, a
extração do pau-brasil foi sempre uma atividade secundária na
economia da colônia.
 
Está correto apenas o que se afirma em
I.
II.
I e II.
I e III.
II e III.
(UFRGS)
a
b
c
d
e
Questão 38
De acordo com Sérgio Buarque de Holanda “o gosto da maravilha
e do mistério, quase inseparável da literatura de viagens na era
dos grandes descobrimentos marítimos, ocupa espaço
singularmente reduzido nos escritos quinhentistas dos portugueses
sobre o Novo Mundo”.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do paraíso . São Paulo: Brasiliense, 1996.
p. 1. 
 
Qual foi a motivação para essa redução? 
A língua portuguesa não estava suficientemente desenvolvida
para expressar o gosto pelo maravilhoso e pelo mistério.
Os portugueses tinham práticas anteriores com grandes
navegações e o contato mais frequente com outros povos,
sobretudo do Oriente.
Os portugueses interessavam-se mais pelo México e pela
América do Norte.
A ocupação do Novo Mundo, sobretudo do Brasil, pelos
portugueses foi imediata, o que amenizou o impacto inicial do
contato.
Os portugueses consideravam os povos indígenas e a
natureza do Novo Mundo semelhante àquela encontrada na
Europa.
(UNITAU)Questão 39
“[...] Lá se vão pelo tempo adentro
esses homens desgrenhados:
duro vestido de couro
enfrenta espinhos e galhos;
em sua cara curtida
não pousa vespa ou moscardo,
comem larvas, passarinhos,
palmitos e papagaios;
a
b
c
d
e
sua fome verdadeira
é de rios muito largos,
com franjas de prata e ouro,
de esmeraldas e topázios. [...]”
 
MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. 1983.
 
Sobre as expedições conhecidas como entradas e bandeiras,
descritas no poema de Cecília Meireles e estimuladas pela Coroa
portuguesa na segunda metade do século XVII, é CORRETO
afirmar que
sempre que uma entrada ou uma bandeira se encaminhava
para o sertão, ainda que seu objetivo imediato fosse a busca por
metais e pedras preciosas, também havia apresamento de índios.
entradas e bandeiras eram expedições pelo interior do Brasil
organizadas exclusivamente pela Coroa portuguesa com objetivos
comuns para explorar o território à procura de minas.
enquanto as bandeiras, financiadas pela Coroa portuguesa,
buscavam metais e pedras preciosas, as entradas, organizadas
por particulares, dedicavam-se ao apresamento de índios.
entre as entradas e bandeiras e as missões jesuítas havia
acordos de não agressão e trabalho em conjunto, para o
apresamento de índios, que determinaram a consolidação da paz.
as entradas e bandeiras surgiram para sanar as precárias
condições da capitania de São Vicente, com o desenvolvimento do
comércio e, posteriormente, com a busca de metais.
(Unisinos)
a
b
c
d
e
Questão 40
Não existem causas isoladas que expliquem a opção pelo trabalho
escravo africano no processo de colonização do Brasil, ainda no
século XVI. Na verdade, há um conjunto de fatores que
determinaram a escolha dos escravos africanos como a principal
fonte de mão de obra da economia colonial.
 
Por que não lograram êxito as tentativas de escravização dos
índios?
 
I – Porque os índios não eram vadios ou preguiçosos, mas tinham
uma cultura incompatível com o trabalho intensivo e regular e,
mais ainda, compulsório, como era pretendido pelos europeus.
II – Porque ordens religiosas tentaram proteger os índios da
escravidão imposta pelos colonos, nascendo daí inúmeros atritos
entre colonos e padres.
III – Porque as epidemias (sarampo, varíola, gripe) produzidas pelo
contato com os brancos liquidaram milhares de índios.
 
Sobre as proposições acima, pode-se afirmar que
apenas I está correta.
I e II estão corretas.
I e III estão corretas.
II e III estão corretas.
I, II e III estão corretas.
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 41
A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a
família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e
sobretudo, boa parte do aparato administrativo português.
Personalidades diversas e funcionários régios continuaram
embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos
seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil.
São Paulo: Cia. das Letras, 1997
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de
independência da América portuguesa por terem
incentivado o clamor popular por liberdade.
enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
provocado os movimentos separatistas das províncias.
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(UNCISAL)
a
b
c
d
e
(USF)
a
b
c
d
e
Questão 42
Os escravos começaram a chegar à América portuguesa ainda no
século XVI, para trabalhar principalmente, nos engenhos de
açúcar. A partir do século XVII o tráfico negreiro aumentou de
modo considerável nas fazendas. O tratamento dispensado aos
escravos era extremamente desumano. O jesuíta André João
Antonil, em seu livro Cultura e Opulência do Brasil, publicado em
1711, escreveu que “os escravos são as mãos e os pés do senhor
de engenho no Brasil”. Prossegue ele mais adiante: “costumam
dizer que para o escravo são necessários três P, a saber: pau, pão
e pano”, ou seja, para continuar trabalhando bastariam ao cativo
castigos físicos, comida escassa e alguma roupa. Nessas
condições, os escravos procuravam, de diversas maneiras, reagir
ao cativeiro.
 
Considerando o contexto político-social da época, essa reação ao
cativeiro revela:
 
I. alguns escravos quando escapavam da vigilância do feitor,
reduziam seu ritmo de trabalho ou paralisavam a produção;
II. muitas mulheres grávidas, não querendo que seus filhos
vivessem na escravidão, praticavam aborto;
III. a destruição das ferramentas, o incêncio das plantações etc;
IV. as tentativas de assassinato dos senhores e feitores;
V. as fuga, se tornaram tão frequentes que fizeram surgir a figura
do capitão do mato, profissional treinado para capturar e devolver
ao proprietário o escravo fugitivo.
Apenas I, IV e V.
Apenas III e IV.
Apenas II, III, IV e V.
Apenas I, II e III.
I, II, III, IV e V.
(Univag)Questão 43
 Ó vós homens cidadãos; ó vós povos curvados e abandonados
pelo rei, pelos seus despotismos, pelos seus ministros [...]
 Ó vós povo que nascestes para seres livre e para gozares dos
bons efeitos da Liberdade; ó vóspovo que viveis flagelado com o
pleno poder do indigno coroado [...] esse mesmo rei tirano que se
firma no trono para vos humilhar, para vos roubar e para vos
maltratar.
 Homens, é chegado o tempo para vossa ressurreição; sim, para
ressuscitares do abismo da escravidão, para levantares a sagrada
bandeira da Liberdade.
(“Aviso ao Povo Bahiense” (agosto de 1798) apud Joelza Ester Domingues.
História em documento: imagem e texto, 2009.)
Esse manifesto foi escrito durante a Conjuração Baiana, conhecida
também por Revolta dos Alfaiates. Ela foi influenciada
a
b
c
d
e
pelos princípios socialistas surgidos nas revoluções europeias,
denominadas como Primavera dos Povos.
pelo ideário iluminista difundido pelos jacobinos franceses, que
defendiam uma sociedade igualitária.
pelos conceitos liberais de fraternidade e igualdade, que não
impediam a defesa da escravidão.
pelo absolutismo monárquico, baseado no direito divino dos
reis e na defesa da junção entre Estado e Igreja.
pelo despotismo esclarecido que obrigaria o rei a promover
reformas constitucionais.
Questão 44
Observe o quadro abaixo.
Pode-se afirmar que os dados evidenciados na tabela têm relação
direta com a
Lei Áurea.
Lei do Ventre Livre.
Proclamação da República.
Independência do Brasil.
Lei Bill Aberdeen.
(UEFS)
a
b
c
d
e
Questão 45
A primeira estratificação social na colônia brasileira se fundou na
cor da pele. Pela cor da pele se distinguiam os senhores dos
escravos. A estratificação étnica correspondia exatamente à
estratificação social. A população colonial distribuía-se, pois, em
duas camadas principais: de um lado a nobreza, os senhores, de
outro a massa servil. (NOVINSKY, 1972, p. 59). 
 
Apesar da estratificação social indicada no texto, havia outra forma
de diferenciação social entre os próprios brancos na Bahia
colonial, baseada
no nível de riqueza, sendo os brancos pobres comparados aos
escravos negros e encarregados de trabalhos braçais nas áreas
urbanas e rurais.
na nacionalidade, visto que os estrangeiros, mesmo brancos
eram impedidos de desembarcar nos portos coloniais, inclusive em
situações de emergência.
na condição de gênero, que destinava à vida reclusa nos
conventos e mosteiros as mulheres brancas que não se casavam.
na origem religiosa, que distinguia os cristãos novos de origem
judaica dos cristãos antigos, sendo os primeiros impedidos de
participar de diversas organizações da sociedade.
no nível intelectual, privilegiando os brancos portadores de
educação universitária e excluindo da vida pública os brancos que
possuíam apenas a educação fundamental.
(UEMG)Questão 46
A imagem a seguir é uma representação da cidade do Rio de
Janeiro no século XIX. O Rio já era a capital da América
portuguesa desde o ano 1763; em 2013, a transferência da capital
de Salvador para o Rio de Janeiro completará, portanto, 250 anos.
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a
b
c
d
Considerando-se o contexto em que o Brasil foi colônia de
Portugal, é CORRETO afirmar que a transferência da capital
aconteceu porque
a cidade do Rio de Janeiro estava mais próxima da região
mineradora, que assumia, naquele momento, notável importância
econômica para o reino portuguê
a cidade estava na região que já era a mais rica da colônia, em
virtude do crescimento da produção de café, que se tornava o
principal produto de exportação da América portuguesa.
a cidade estava em uma região que apresentava terras mais
férteis para o plantio da cana- de-açúcar do que no Nordeste, onde
a produção estava em decadência.
a cidade era mais centralizada e, assim, possibilitava maior
controle sobre a exploração do látex, dos seringais da região
amazônica, que era usado para a produção de borracha.
(ESPM)
a
b
c
d
e
Questão 47
 No século XIX, o império do Brasil aparece como a única nação
que praticava o tráfico negreiro em larga escala. Alvo da pressão
britânica, o comércio de africanos passou a ser proscrito por uma
rede de tratados que a Inglaterra teceu no Atlântico. Na seqüência
do tratado de 1826, a lei de sete de novembro de 1831 proibiu o
comércio de africanos no Brasil. Entretanto 760 mil indivíduos
vindos da África foram trazidos entre 1831 e 1856, num circuito de
tráfico clandestino.
(Luiz Felipe Alencastro. Racismo e Cotas in Folha de São Paulo/MAIS,
07/03/2010.)
A chegada ao Brasil de 760 mil escravos africanos, entre 1831 e
1856, mencionada no texto, contrariava uma lei in-glesa e outra
brasileira, ambas decretadas neste intervalo, proibindo o tráfico
atlântico de escravos para o Brasil. As-sinale a alternativa que
apresente, respectivamente, a lei in-glesa e a brasileira:
Bill Aberdeen – Lei Euzébio de Queiroz;
Bill Aberdeen – Lei Rio Branco;
Bill of Rights – Lei Euzébio de Queiroz;
Bill of Rights – Lei Rio Branco;
Bill of Rights – Lei Saraiva Cotegipe.
(UEMA)Questão 48
TEXTO I
Valeu, Zumbi
O grito forte dos Palmares
Que correu terra, céus e mares
Influenciando a abolição. 
VILA, L. C. da V., G. R. E. S. Unidos de Vila Isabel, 1988. 
 
TEXTO II
Pra Isabel a heroína,
Que assinou a lei divina
Negro dançou, comemorou, o fim da sina. 
a
b
c
d
e
 TRISTEZA, N.; JÓIA, P.; VICENTINHO; JURANDIR. G. R. E. S. Imperatriz
Leopoldinense, 1989. 
Os versos dos textos I e II são fragmentos de letras de samba,
elaborados no contexto de comemoração do centenário da
abolição da escravidão, no Brasil. Esses versos abordam a
questão de maneira distinta. Ao compará-los, se diferenciam
quanto à
escolha dos protagonistas da abolição.
importância dada à Lei Áurea, assinada em 1888.
perspectiva de uma História personificada em grandes heróis.
forma de abordagem do racismo disseminado, após a abolição.
receptividade da abolição, rejeitada por uma parcela da
população.
(UFSM)
a
b
c
d
e
Questão 49
Comercializavam-se alimentos produzidos na região e produtos
importados [...]. Dentre os produtos produzidos na colônia,
destacavam-se a farinha de mandioca, de milho e de trigo, feijão,
açúcar, rapadura, aguardente, toucinho, charque e carne fresca
[...] peixe seco e fresco. Dentre os produtos importados, os de
maior procura eram vinagre, azeite, vinho, bacalhau, azeitonas,
pimenta- do-reino, especiarias [...] e sal. 
Fonte: BRAICK e MOTA. História: das cavernas ao Terceiro
Milênio. Vol. 2. São Paulo: Moderna, 2010. p. 84. 
Assim, aponte a afirmativa correta, quanto à situação
brasileira no período colonial. 
O domínio da grande propriedade rural conviveu com a
existência de produção agrícola em pequenos lotes de terras. 
A estrutura produtiva colonial era exclusivamente voltada para
atender à demanda europeia. 
Devido ao caráter complementar da economia colonial, era
inexistente um mercado interno na colônia. 
O sistema de monopólio reconfigurava a dieta dos colonos,
obrigando-os a abandonar os alimentos tradicionais de Portugal. 
Com a incorporação do Rio Grande do Sul ao Império
português, a dieta colonial incluiu maior quantidade de consumo
de carne bovina. 
(UNCISAL)
a
b
c
d
e
Questão 50
A forma mais elaborada de resistência à escravidão se deu por
meio dos quilombos. No Brasil, considera-se o mais importante o
de Palmares, que
foi formado exclusivamente por escravos nascidos na África e
esteve em pleno funcionamento apenas durante a presença dos
holandeses no nordeste brasileiro.
se formou no início do século XVII, chegou a ter por volta de 20
mil moradores e foi destruído no fim do mesmo século, pela ação
de bandeirantes.
se especializou, durante todo o século XVI, na exploração de
metais preciosos, abundantes nas margens dos rios do interior de
Pernambuco.
foi constituído no fim do século XVIII e contou com a
importante contribuição de setores da Igreja Católica,que eram
contrários ao escravismo.
contou com o decisivo apoio de importantes senhores de
engenho de Pernambuco e da Bahia, com o intuito de sabotar a
presença holandesa nessas capitanias.
(UFGD)Questão 51
As fotos retratam, entre as últimas décadas do século XIX e as
iniciais do século XX, trabalhadores da ervamate.O transporte para
exportação do produto para o sul do continente foi feito,
principalmente, por vias fluviais.
Trabalhadores explorando a erva-mate na Cia. Matte Laranjeira na
década de 1890
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(UFSM)
a
b
c
d
e
a
b
c
d
e
A partir dos indícios nas fotos e das informações que se tem sobre
elas, é possível considerar que a economia ervateira do sul de
Mato Grosso
foi monopólio da Companhia Matte Laranjeira até o final da
década de 1970, quando ocorreu o movimento divisionista do
estado.
teve como principal empresa exploradora a Companhia Matte
Laranjeira, e a Argentina, o maior importador da produção.
teve pouca influência cultural no sul de Mato Grosso diante da
expansão cafeeira no centro-oeste.
foi estruturada pela exploração e exportação do produto para a
Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai, ocupando a Argentina um papel
secundário nas importações.
empregou apenas imigrantes europeus, não tendo mão de
obra indígena e paraguaia na exploração e no transporte do
produto.
(ENEM)Questão 52
Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com
uma impressionante multidão que dançava ao som de suas violas.
Tão logo viram o ViceRei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e
pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade
quanto posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por
bem ou por mal, e não deixou de ser interessante ver numa igreja
padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular
misturados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do
Amarante”.
 
BARBINAIS, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde. Apud: TINHORÃO, J.
R. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 (adaptado). 
O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa
ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em
entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do
período colonial, ela
a
b
c
d
e
seguia os preceitos advindos da hierarquia católica romana.
demarcava a submissão do povo à autoridade constituída.
definia o pertencimento dos padres às camadas populares.
afirmava um sentido comunitário de partilha da devoção.
harmonizava as relações sociais entre escravos e senhores.
Questão 53
A igreja de São Francisco (foto), construída em Ouro Preto no
século XVIII, é um marco do barroco e da arquitetura
brasileira. O contexto histórico que explica a realização dessa
obra é criado pelo(a) 
crise do sistema colonial e eclosão das revoltas regenciais. 
deslocamento do centro administrativo da Colônia para a
cidade de Ouro Preto. 
exploração econômica das minas de ouro e consolidação da
agricultura canavieira. 
ciclo da mineração e decorrente diversificação do sistema
produtivo. 
distanciamento em relação à autoridade colonial e
consequente maior liberdade de expressão. 
(UEMA)
a
b
c
d
e
Questão 54
O conflito de interesses entre jesuítas e colonos foi bem retratado
no filme “A Missão”, do diretor Roland Joffé (1986). No Maranhão
colonial, a atividade missionária dos jesuítas também gerou
conflitos de interesses. Sobre a questão jesuítica no Maranhão,
nesse período, marque a alternativa correta.
Os jesuítas não se apossavam do trabalho dos índios em
benefício próprio e condenavam o uso dessa força de trabalho
para fins econômicos.
A ordem dos jesuítas se sobressaiu pouco na catequese dos
índios porque se dedicou mais à obra educacional dos colonos.
O Pe. Antônio Vieira, membro dos jesuítas, foi criticado por
defender arduamente a liberdade dos escravos indígenas e
africanos.
A expulsão dos jesuítas por ocasião da Revolta de Beckman
(1684) ocorreu devido a conflitos de caráter religioso.
A força da missão jesuíta chocou-se com os interesses
econômicos da Coroa e dos colonos, o que resultou na expulsão
dessa ordem religiosa.
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(Unit-SE)
a
b
c
d
e
Questão 55
A análise histórica está sujeita a diversas interpretações, a
depender das perspectivas do sujeito do conhecimento e do
momento histórico em que esta análise é concebida.
Dessa maneira, pode-se considerar corretamente que, na
perspectiva da historiografia marxista, a imagem de personagens
que desempenharam um importante papel na história da
interiorização do Brasil retrata
os heróis desbravadores, que conquistaram o sertão,
ampliando as fronteiras portuguesas no Brasil colonial, motivo de
orgulho nacional.
a resistência heróica paulista contra os ataques indígenas de
tribos hostis e selvagens, que dificultaram o processo civilizatório
nacional.
os malfeitores, bandidos e degredados da metrópole, que
colonizaram o país, raiz do atraso econômico e cultural do Brasil.
os sertanistas, representado pelos irmãos Villas-Bôas, que
atrasaram o desenvolvimento da fronteira norte, com a criação da
reservas indígena do Xingu.
os bandeirantes, que atuaram capturando escravos fugitivos,
atacando tribos indígenas e destruindo os quilombos, fonte de
resistência anticolonial.
(UDESC)
a
b
c
d
e
Questão 56
A província de Santa Catarina, após a Lei de Terras, alinha-se à
política colonizadora do Brasil Império e passa a receber número
expressivo de imigrantes estrangeiros. No século XIX os
imigrantes estrangeiros chegavam a Santa Catarina viajando pelo
mar, e os portos de desembarque variavam conforme o destino
que tomariam em terra. 
 
Os três portos mais utilizados à época eram:
Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul.
Desterro, Itajaí e São Francisco do Sul.
Blumenau, Itajaí e Joinville.
Blumenau, Itajaí e Brusque.
São Pedro de Alcântara, Blumenau e Itajaí.
(UEMA)Questão 57
Sobre as relações de poder no Brasil, durante o período colonial,
considere as afirmações. 
 
I - As câmaras coloniais eram os locais de exercício do poder,
cabendo a elas, dentre outras funções, a de aplicar a lei, efetivar
prisões e administrar os espaços urbanos e rurais. 
 
II - As famílias ricas constituíam a elite colonial, por vezes
estabelecendo conexões com o clientelismo político, através de
casamentos, favorecimentos e barganha com funcionários
metropolitanos. 
 
III - Durante o período colonial, não foi rara a disputa entre
autoridades coloniais e a Igreja; entre ordens religiosas e colonos
por interesses divergentes, como por exemplo, a Revolta de
Beckman. 
 
a
b
c
d
e
IV - No topo da cadeia do poder político das câmaras coloniais,
estavam os presidentes das câmaras, os juízes de fora, seguidos
dos juízes de órfãos, das oficinas da Câmara, dos juízes
ordinários, dos partidores e avaliadores e dos curadores gerais dos
órfãos. 
 
V - As administrações judiciárias estavam em todas as cidades
brasileiras, impedindo o aparecimento de executores privados da
lei e de lideranças locais que se colocavam acima do poder
estabelecido. 
 
Está correto o que se afirma apenas em
I e IV.
I, II, III e IV.
II, III e V.
III, IV e V.
V.
(UFRGS)
a
b
c
d
e
Questão 58
Leia o segmento abaixo.
 
Com a proclamação da República em 1889, subiu ao poder no Rio
Grande do Sul um novo partido, o Partido Republicano Rio-
grandense (PRR), cuja base social era formada por indivíduos
oriundos do latifúndio pecuarista, associados com os setores
médios urbanos. O PRR adotou como ideologia o Positivismo, mas
de maneira não ortodoxa.
KÜHN, Fabio. BreveHistória do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Século XXI,
2002. p. 111. Considere as afirmações abaixo, sobre o governo do PRR no Rio
Grande do Sul.
 
I - Enfrentou duas revoltas armadas, a Revolução Federalista de
1893 e a Revolução de 1923, organizadas pelos setores da
oposição maragata.
II - Adotou uma forma de governo democrática, com
independência entre os três poderes e limitações amplas à
atuação do Poder Executivo.
III - Almejou um desenvolvimento global da economia do estado, a
partir de um projeto econômico de modernização capitalista do Rio
Grande do Sul.
 
Quais estão corretas?
Apenas I.
Apenas I e II.
Apenas I e III.
Apenas II e III.
I, II e III.
(UPF)
a
b
c
d
e
Questão 59
Durante a Primeira República, também chamada de República
Velha, aconteceram vários movimentos sociais no meio rural.
Canudos (1893-1897), Contestado (1912-1916), Juazeiro (1890-
1924) demonstram que naquele período:
O campo foi palco de intensos movimentos sociais, que,
embora heterogêneos, expressavam revolta contra a miséria e a
exclusão social.
A oligarquia dominante estava tão segura de seu poder que
não se preocupou muito em reprimir movimentos carentes de
ideias e de organização.
Os movimentos insurrecionais foram poucos, mas muito
perigosos para o sistema de poder, porque representavam apenas
os pobres.
O sistema político, embora oligárquico, era flexível e aberto o
suficiente para integrar e absorver os descontentamentos sociais.
Os movimentos sociais expressavam reivindicações e
aspirações de caráter misto, rural e urbano, articulando
milenarismo com anarquismo.
(UFU)Questão 60
Se alguém disser que a todo pecador penitente, que recebeu a
graça da justificação, é de tal modo perdoada a ofensa e desfeita e
abolida a obrigação à pena eterna, que não lhe fica obrigação
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a
b
c
d
alguma de pena temporal a pagar, seja neste mundo ou no outro,
purgatório, antes que lhe possam ser abertas as portas para o
reino dos céus – seja excomungado.
Concílio de Trento. Sessão VI. Cânon XXX. Salvação. 13 de janeiro de 1547.
Antônio Vieira nasceu em Portugal em 1608 e, ainda criança,
mudou-se com a família para a Bahia. Na juventude entrou para a
Companhia de Jesus, tornando-se um dos mais célebres
divulgadores da fé católica. A atuação de Vieira expressa a
ideia de missão dos inacianos, adequada aos ditames da
Contrarreforma e às preocupações com a ordem escravocrata.
defesa do martírio na vida cristã, resultado das alterações na
doutrina católica empreendidas pelo Concílio de Trento.
centralidade da evangelização dos escravos africanos nas
ações da Companhia de Jesus, em detrimento da evangelização
das populações indígenas.
incompatibilidade entre as pregações jesuíticas e a
implantação do projeto colonial mercantilista empreendido por
Portugal no século XVII.
(UFU)
a
b
c
d
Questão 61
No início dos trabalhos da Constituinte de 1823, Dom Pedro I
proferiu o seguinte discurso: ―Todas as Constituições que, à
maneira de 1791 e 1792, têm estabelecido suas bases, e se têm
querido organizar, a experiência nos tem mostrado que são
totalmente teóricas e metafísicas e, por isso, inexequíveis: assim o
prova a França, a Espanha e, ultimamente, Portugal. Elas não têm
feito, como deviam, a felicidade geral, mas sim, depois de uma
licenciosa liberdade, vemos que em uns países já aparece o
despotismo, como consequência necessária de ficarem os povos
reduzidos à triste situação de presenciarem e sofrerem todos os
horrores da anarquiaǁ.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. (dir.). História Geral da Civilização brasileira. O
Brasil Monárquico. Tomo II. Volume 3 [9ª. Edição]. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2003. p. 209 (Adaptado).
Ao se dirigir aos parlamentares da constituinte de 1823, Dom
Pedro I se remete ao contexto político europeu do final do século
XVIII e primeiras décadas do século XIX, demonstrando
preocupação com o avanço das ideias liberais e com o papel
que lhe seria atribuído na nascente estrutura política brasileira.
inabilidade política, ao se colocar contrário aos desejos
despóticos e centralizadores da classe senhorial brasileira.
ressentimento com a Revolução do Porto, ocorrida em 1820,
que vetou o retorno de D. João VI ao trono de Portugal.
alinhamento com o modelo inglês de governo, almejando o
apoio dos britânicos no processo de reconhecimento da
Independência do Brasil.
(ENEM PPL)
a
b
c
d
e
Questão 62
Como tratar com os índios 
A experiência de trezentos anos tem feito ver que a aspereza é um
meio errado para domesticar os índios; parece, pois, que brandura
e afago são os meios que nos restam. Perdoar-lhes alguns
excessos, de que sem dúvida seria causa a sua barbaridade e
longo hábito com a falta de leis. Os habitantes da América são
menos sanguinários do que os negros d’África, mais mansos,
tratáveis e hospitais. 
VILHENA, L. S. A Bahia no século XVIII. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado).
O escritor português Luís Vilhena escreve, no século XVIII, sobre
um tema recorrente para os homens da sua época. Seu
posicionamento emerge de um contexto em que
o índio, pela sua condição de ingenuidade, representava uma
possibilidade de mão de obra nas indústrias.
a abolição da escravatura abriu uma lacuna na cadeia
produtiva, exigindo, dessa forma, o trabalho do nativo.
o nativo indígena, estereotipado como um papel em branco,
deveria adequar-se ao mundo do trabalho compulsório.
a escravidão do indígena apresentou-se como alternativa de
mão de obra assalariada para a lavoura açucareira.
a escravidão do negro passa a ser substituída pela indígena,
sob a alegação de os primeiros serem selvagens.
(UnB)Questão 63
a
b
A história geológica, o grande território, a extensa costa marinha e
o clima tropical viabilizaram a presença e a concentração de
diversas substâncias minerais na atmosfera, hidrosfera, biosfera,
crosta continental e oceânica do Brasil. No entanto, mesmo que as
características físicas do território sejam importantes, o fator
determinante para se conseguir aproveitar os bens minerais é o
investimento em pesquisa e inovação tecnológica.
Cláudio Scliar. Mineração, base material da aventura humana. Belo Horizonte:
Geoartelivros, 2004, p. 67 (com adaptações).
No século XVIII, o desenvolvimento da economia mineradora na
região da Estrada Real foi acompanhado de significativos
movimentos populacionais e culminou com o deslocamento do
eixo administrativo e econômico do Brasil colônia para a região
Centro-Sul. É nesse contexto que se pode entender a
transferência da capital do Vice-Reinado do Brasil, de Belém para
o Rio de Janeiro, em 1763. 
CERTO
ERRADO
(UNESP)
a
b
c
d
e
Questão 64
São exemplos do que o texto afirma:
 
A efervescência que conheceram nas Minas [Gerais, do século
XVIII] as artes e as letras também teve feição peculiar. Pela
primeira vez na Colônia buscava-se solução própria para a
expressão artística.
(Laura Vergueiro. Opulência e miséria das Minas Gerais, 1983.)
a pintura e a escultura renascentistas.
a poesia e a pintura românticas.
a arquitetura barroca e a poesia árcade.
a literatura de viagem e a arquitetura gótica.
a música romântica e o teatro barroco.
(FATEC)
a
b
c
d
e
Questão 65
"Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque
sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar
fazenda." 
(ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia,
1982, p. 89.) 
No trecho citado, parte de uma obra publicada em 1711, o jesuíta
Antonil
torna evidente que o trabalho escravo constituiu a base da
exploração econômica em setores essenciais da economia
colonial.
fornece argumentos para o combate movido pela igreja
contra a

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