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21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 1/35 SIMULADO HUMANAS 1 (UFPR) a b c d e Questão 1 Não interessa aqui discutir se cabe considerar a chegada dos europeus ao continente americano, 1 em 1492, como descoberta, encontro ou o que seja: questão, no geral, mais esterilizante que produtiva. O fato é que, naquele ano, os europeus se deram conta da existência de uma porção vasta de terra até então desconhecida e habitada por homens diferentes dos da Europa. O navegador Cristóvão Colombo (1451-1506), responsável por viabilizar tal encontro, achou que estava chegando no Oriente: com [5] base nas medidas adotadas pelo astrônomo árabe do século 9, Abu al-Farghani, calculou mal o tamanho do grau, unidade na qual se dividia a esfera terrestre, e ainda errou ao converter a milha árabe para a milha italiana. O grego Ptolomeu (90-168) e toda a escola de Alexandria lhe teriam servido melhor, mas se calculasse bem, o genovês não teria chegado onde chegou. Mesmo porque a imaginação, encharcada de relatos sobre terras fantásticas e da obsessão por monstros, o guiava tanto ou mais que o conhecimento ‘científico’. Encontrar tais monstros era fundamental, com a tradição [10] rezando que sua presença augurava riquezas. Foi grande o desapontamento de Colombo quando os naturais das ilhas do Caribe lhe disseram que nunca tinham visto tais seres. Conforme a realidade contradizia o que lhe ia pela cabeça, o navegador substituía elementos: na falta dos súditos do Grande Cã, levou para a Espanha os ‘índios’ de Hispaniola; em vez das sedas e dos brocados, exibiu aos reis católicos as máscaras estranhas e cintos feitos de osso de peixe; no lugar das presas de elefantes ou unicórnios, ostentou papagaios verdes. [...] [15] Ao longo do século 16, Colombo já morto, cresceu na Europa a consciência da magnitude das transformações provocadas por aquelas terras novas, ignoradas pelos autores antigos e capazes de mostrar quanta coisa escapara a sua sabedoria. O nome do Novo Mundo ainda flutuava, cada vez mais sendo identificado ao de outro navegador, o florentino Américo Vespúcio (1454-1512). Ao léxico faltava capacidade para exprimir tanta coisa nova e estranha, daí recorrer-se primeiro ao que era familiar e conhecido. As palavras não bastavam para um desesperançado Gonzalo de Oviedo descrever a plumagem brilhante dos [20] pássaros americanos, nem para Jean de Léry contrastar o semblante dos tupinambás da costa brasílica, tão diferentes dos europeus: quem quisesse “desfrutar do prazer de os conhecer”, afirmou este, teria de “visitá-los no seu país”. Ao dedicar sua Historia General de Las Indias ao imperador Carlos V, em 1553, Francisco Gómara escreveu bombasticamente: “O maior acontecimento desde a criação do mundo (excluindo a encarnação e a morte d’Aquele que o criou) foi a descoberta da Índia”. (SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje, julho 2011, p. 83.) Que alternativa reescreve a sentença “Encontrar tais monstros era fundamental, com a tradição rezando que sua presença augurava riquezas”, mantendo as principais relações de sentido? Encontrar os monstros era sinal de mal agouro, ou seja, significava não encontrar riquezas. Era imprescindível encontrar os monstros e, se rezassem em sua presença, poderiam encontrar riquezas. Era importante encontrar os monstros, para os quais tradicionalmente se rezava para atrair riquezas. Era lendário o fato de que monstros rezavam para atrair riquezas e encontrá-los era essencial. Era importante encontrar os monstros que, pela tradição, constituíam indícios de riqueza. (ENEM)Questão 2 a b c d e Os vestígios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde as Missões e o rio da Prata, ao sul, até o Nordeste, com algumas ocorrências ainda mal conhecidas no sul da Amazônia. A leste, ocupavam toda a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Sul até o Maranhão. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixas da Bolívia. Evitam as terras inundáveis do Pantanal e marcam sua presença discretamente nos cerrados do Brasil central. De fato, ocuparam, de preferência, as regiões de floresta tropical e subtropical. PROUS, A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005. Os povos indígenas citados possuíam tradições culturais específicas que os distinguiam de outras sociedades indígenas e dos colonizadores europeus. Entre as tradições tupi-guarani, destacava-se a organização em aldeias politicamente independentes, dirigidas por um chefe, eleito pelos indivíduos mais velhos da tribo. a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter semissedentário de sua organização social. a conquista de terras mediante operações militares, o que permitiu seu domínio sobre vasto território. o caráter pastoril de sua economia, que prescindia da agricultura para investir na criação de animais. o desprezo pelos rituais antropofágicos praticados em outras sociedades indígenas. (UnB) a b Questão 3 Erro de português Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português Oswald de Andrade. Poesias reunidas. 5.ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. [1] Quando aqui aportaram os portugueses, há mais de 500 anos, falavam-se, no país, mais de mil línguas indígenas; tal profusão linguística constitui-se numa situação semelhante [4] à que ocorre, hoje, nas Filipinas (com 160 línguas), na Índia (com 391 línguas) ou, ainda, na Indonésia (com 663 línguas). Gilvan Müller de Oliveira. Brasileiro fala português: monolinguismo e preconceito linguístico. In: Revista Linguagem. Internet: <www.letras.ufscar.br> (com adaptações). A expedição comandada por Pedro Álvares Cabral fazia parte da estratégia portuguesa de iniciar a efetiva e imediata colonização de suas terras americanas, decisão estabelecida em face dos reduzidos lucros obtidos pelo comércio com as Índias nas décadas iniciais do século XVI. CERTO ERRADO (ENEM)Questão 4 LEIA O TEXTO ABAIXO E RESPONDA AS QUESTÕES 55 E 56 [Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 2/35 (Mackenzie) a b c d e a b c d e pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...]. (Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.) A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra a simplicidade da organização social das tribos brasileiras. dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização. superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena. incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses. dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa. (UNEMAT) a b c d e Questão 5 Considerando-se o contexto do século XVI, chegada dosportugueses ao Brasil, é incorreto afirmar que: o descobrimento do Brasil não provocou o mesmo entusiasmo despertado pela chegada de Vasco da Gama à Índia. O Brasil aparece como uma terra cujas possibilidades de exploração e contorno geográfico são desconhecidos. Por vários anos, pensou- se que não passava de uma grande ilha. as primeiras tentativas de exploração do litoral brasileiro se basearam no sistema de feitorias, adotado na costa africana. O Brasil foi arrendado por três anos a um consórcio de comerciantes de Lisboa, liderado pelo cristão-novo Fernão de Noronha. a economia açucareira no Brasil acabou por triunfar, mas seu êxito foi breve. O rápido declínio, ainda no século XVI, deveu-se tanto a fatores internos como à concorrência do açúcar das Ilhas Canárias e dos Açores. nos anos iniciais, entre 1500 e 1535, a principal atividade econômica foi a extração do pau-brasil, principalmente mediante trocas com os índios. As árvores não cresciam juntas, em grandes áreas, encontravam-se dispersas. À medida que a madeira foi-se esgotando no litoral, os europeus passaram a recorrer aos índios para obtê-la. os franceses entraram no comércio do paubrasil e praticaram a pirataria, ao longo de uma costa demasiado extensa para que pudesse ser guarnecida pelas patrulhas portuguesas. Questão 6 Os homens que saíram para o Atlântico em 1492 não tinham a certeza de que chegariam às Índias, apesar do incentivo de Colombo nesse sentido. Em 12 de outubro daquele ano, um Novo Mundo se descortinou àqueles homens, extasiados com as diversas possibilidades daquela “descoberta”. A partir daquele momento, civilizações diferentes – em diversos sentidos – entrariam em contato, alterando definitivamente os rumos históricos de ambas as partes (nativos e europeus). Nesse sentido, a gravura contém elementos que indicam a visão, entre os séculos XVI e XVII, de uma América exótica e exuberante que ainda povoava o imaginário europeu. demonstra que as guerras entre os povos ameríndios era uma prática combatida pelos europeus e, por isso, extinta do continente. que é encomendada pelas coroas ibéricas, revela a preocupação em demonstrar uma América exótica e perigosa e, assim, evitar ataques piratas ao continente. enfatiza a existência de fauna e flora muito diferentes do continente europeu, representando animais efetivamente encontrados pelos colonizadores. procura desqualificar práticas habituais das ameríndias, como a nudez, ao representar uma mulher sentada sobre um animal exótico. (Unifeso) a b c d e Questão 7 O significado do Tratado de Tordesilhas ultrapassa o propósito de substituir a bula papal Inter Coetera, na disputa entre Portugal e Espanha pelo domínio de terras e oceanos. A respeito do significado do Tratado de Tordesilhas, assinale a alternativa correta. Inicia o processo de superação do teocentrismo pela importância dos atos do Estado. Representa o retorno à união entre Igreja e Estado, superada com o o fim do feudalismo. Apresenta o homem como sujeito da História, interventor e transformador da ordem social e política injusta. Rejeita a Igreja e afirma o Estado como único mediador e legitimador dos conflitos políticos. Afirma a infalibilidade papal e nega legitimidade à intervenção estatal. (ENEM PPL) a b c d e Questão 8 O Brasil oferece grandes lucros aos portugueses. Em relação ao nosso país, verificar-se-á que esses lucros e vantagens são maiores para nós. Os açúcares do Brasil, enviados diretamente ao nosso país, custarão bem menos do que custam agora, pois que serão libertados dos impostos que sobre eles se cobram em Portugal, e, dessa forma, destruiremos seu comércio de açúcar. Os artigos europeus, tais como tecidos, pano etc., poderão, pela mesma razão, ser fornecidos por nós ao Brasil muito mais baratos; o mesmo se dá com a madeira e o fumo. WALBEECK, J. Documentos Holandeses. Disponível em: http://www.mc.unicamp.br. O texto foi escrito por um conselheiro político holandês no contexto das chamadas Invasões Holandesas (1624-1654), no Nordeste da América Portuguesa, que resultaram na ocupação militar da capitania de Pernambuco. O conflito se inicia em um período em que Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil, se encontravam sob domínio da Espanha (1580-1640). A partir do texto, qual o objetivo dos holandeses com essa medida? Construir uma rede de refino e distribuição do açúcar no Brasil, levando vantagens sobre os concorrentes portugueses. Garantir o abastecimento de açúcar no mercado europeu e oriental, ampliando as áreas produtoras de cana fora dos domínios lusos. Romper o embargo espanhol imposto aos holandeses depois da União Ibérica, ampliando os lucros obtidos com o comércio açucareiro. Incentivar a diversificação da produção do Nordeste brasileiro, aumentando a inserção dos holandeses no mercado de produtos manufaturados. Dominar uma região produtora de açúcar mais próxima da Europa do que as Antilhas Holandesas, facilitando o escoamento dessa produção. (PUC-SP)Questão 9 “Ao embarcar em um navio rumo ao Novo Mundo, famílias portuguesas, aventureiros de todas espécie, nobres, religiosos, 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 3/35 a b c d e degredados, prostitutas e marinheiros deixavam para trás tudo o que se poderia relacionar com dignidade. Não havia a bordo privacidade nem garantia de integridade física - doenças, estupros, fome e sede eram riscos inerentes à viagem, sem contar o perigo de acidentes." RAMOS, Fábio Pestana. Os apuros dos navegantes. História Viva, n 68, jun. 2009, O texto menciona aspectos curiosos e importantes da conquista europeia da América. Sobre as viagens mencionadas no texto, podemos afirmar que as pessoas que aceitavam embarcar nos navios que partiam em direção ao Novo Mundo eram predominantemente miseráveis, o que explica a pobreza da população nas colônias. escravos eram arregimentados na África para trabalhar nos navios que cruzavam os oceanos e para manter, dessa forma, um mínimo de organização e ordem a bordo. as navegações ultramarinas, apesar de todos os inventos técnicos e da racionalidade que impulsionaram, tinham caráter aventuresco e comportavam inúmeros riscos. nobres e pobres misturavam-se nos navios, sem que houvesse qualquer distinção social, o que explica a democracia racial e social implantada nas terras conquistadas. as mulheres da nobreza que atravessavam o Atlântico conheciam os perigos da viagem e, por isso, levavam armas para que pudessem se defender de ataques a bordo. (UDESC) a b c d e Questão 10 Leia com atenção o fragmento retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha. “E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles [os índios] se levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado; e então tornaram-se a assentar como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim todos, como nós estávamos com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.” Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. A. Crônicas do descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 23. Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Portugal, pode-se dizer que é: uma narrativa que projeta sobre as populações nativas uma visão de mundo cristão, como se o Brasil fosse uma espécie de paraíso edênico. um relato imparcial sobre as populações indígenas, porque o autor narra exatamente o que viu e viveu no Brasil. uma narrativa capaz de identificar a verdadeira essência das populações indígenas brasileiras que já conheciam o cristianismo, e traziam no seu íntimo um conhecimento prévio dos ensinamentos pregados por Cristo a seus discípulos.um relato que expressa total ignorância e despreparo do cronista sobre o caráter dissimulado e estratégico das populações indígenas, que desejavam tão somente ganhar a confiança dos viajantes europeus para obter lucros e fazer alianças políticas para derrotar seus inimigos. um relato sem valor histórico, pois está marcado por uma perspectiva eurocêntrica e preconceituosa sobre os habitantes nativos do Brasil. (UnB) a b Questão 11 A respeito da escravidão ao longo da história da humanidade, antes do estabelecimento do tráfico transatlântico de escravos, no século XVI, havia, no continente africano, homogeneidade cultural, como se pode depreender da predominância da família linguística banto nas sociedades norte e centroafricanas. CERTO ERRADO (FUVEST)Questão 12 Uma maneira de compreender a distribuição temporal de fenômenos ocorridos em longos períodos é situá-los em um ano de 365 dias. Por exemplo, ao transpor os 4,6 bilhões de anos da a b c d e Terra para esse ano, a formação do planeta teria ocorrido em 1o de janeiro, o surgimento do oxigênio na atmosfera em 13 de junho, o aumento e a diversificação da vida macroscópica a partir de 15 de novembro e o início da separação da Pangea em 13 de dezembro. Considere os seguintes eventos: Evento 1. Surgimento do Homo sapiens. Evento 2. Revolução agrícola do Neolítico. Evento 3. Declínio do Império Romano. Evento 4. A colonização da América pelos europeus. A partir das informações do texto, é correto situar os referidos eventos no mês de dezembro desse ano, no(s) dia(s) (Faceres) a b c d e Questão 13 Os grandes proprietários e fazendeiros são, antes de tudo, homens de negócio, para quem a utilização da terra constitui um negócio como outro qualquer (...). Já para os trabalhadores rurais, para a massa camponesa de proprietários ou não, a terra e as atividades que nela se exercem constituem a única fonte de subsistência para eles acessível. (C. Prado Junior. A questão agrária no Brasil, 2000.) A estrutura fundiária brasileira caracteriza-se por: Predomínio de atividades pastoris. Presença de minifúndios especializados. Fazendas comunitárias. Concentração de terras e latifúndios para exportação. Distribuição equilibrada de terras e latifúndios especializados. (Unifenas) a b c d e Questão 14 Em 1530 chegou ao Brasil a expedição comandada por Martim Afonso de Souza. Cerca de 500 pessoas desembarcaram com ele. Em 1532, Martim Afonso fundou a primeira vila do Brasil, São Vicente. São fatores relacionados à chegada da expedição de Martim Afonso de Souza ao Brasil, exceto: garantir a posse da terra para os portugueses combater estrangeiros e piratas no litoral. tentar encontrar metais preciosos na colônia promover o reconhecimento geográfico da colônia. fornecer informações para a elaboração do Tratado de Tordesilhas. 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 4/35 (UEMG) a b c d (UNESP) a b c d e Questão 15 uma missão jesuítica, com seus espaços racionalmente delimitados de acordo com as funções desempenhadas pelos indígenas. a violência física que desde sempre foi o traço definidor do relacionamento entre portugueses e indígenas. a troca de produtos por meio da qual os comerciantes portugueses obtinham escravos em terras africanas. a relação de escambo e dados iniciais que os portugueses tinham sobre a costa brasileira. (PUC-SP) a b c d e Questão 16 "Descoberto o Novo Mundo e instaurado o processo de colonização, começou a se desenrolar o embate entre o Bem e o Mal" Laura de Mello e Souza. Inferno Atlântico. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 22-23 Na percepção de muitos colonizadores portugueses do Brasil, uma das armas mais importantes utilizadas nesse “embate entre o Bem e o Mal” era a retomada de padrões religiosos da Antiguidade. defesa do princípio do livre arbítrio. aceitação da diversidade de crenças. catequização das populações nativas. busca da racionalidade e do espírito científico. Questão 17 Analise o mapa. A partir do mapa, são feitas as seguintes afirmações: I. Imensa colônia de um pequeno Estado europeu, o território do Brasil colonial foi resultado da partilha de 1494 entre as duas potências ibéricas. II. O Brasil colonial não era uma construção contínua, uma vez que as capitanias, relativamente independentes umas das outras, mantinham um laço direto com a metrópole. III. A localização de quatro áreas de evangelização de indígenas pelos jesuítas estavam distribuídas na fronteira dos territórios portugueses e espanhóis. IV. A característica do relevo sul-americano possibilitou o rápido avanço populacional tanto do lado Atlântico como do Pacífico, o que evitou, na região central do continente, vazios demográficos desde 1650. Estão corretas as afirmações I e II, apenas. I, II e III, apenas. III e IV, apenas. II, III e IV, apenas. I, II, III e IV. (UNESP)Questão 18 Instrução: Leia o texto para responder à questão de número 34. Nas primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada de Cabral, além das precárias guarnições das feitorias [...], apenas alguns náufragos [...] e “lançados” atestavam a soberania do rei de Portugal no litoral americano do Atlântico Sul. (Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.) Os lançados citados no texto eram 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 5/35 a b c d e funcionários que recebiam, da Coroa, a atribuição oficial de gerenciar a exploração comercial do pau-brasil e das especiarias encontradas na colônia portuguesa. militares portugueses encarregados da proteção armada do litoral brasileiro, para impedir o atracamento de navios de outros países, interessados nas riquezas naturais da colônia. comerciantes portugueses encarregados do tráfico de escravos, que atuavam no litoral atlântico da África e do Brasil e asseguravam o suprimento de mão de obra para as colônias portuguesas. donatários das primeiras capitanias hereditárias, que assumiram formalmente a posse das novas terras coloniais na América e implantaram as primeiras lavouras para o cultivo da cana-de-açúcar. súditos portugueses enviados para o litoral do Brasil ou para a costa da África, geralmente como degredados, que acabaram por se tornar precursores da colonização. (UNESP) a b c d e Questão 19 [Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...]. (Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.) O texto destaca três elementos que o autor considera inexistentes entre os tupinambás, no final do século XVI. Esses três elementos podem ser associados, respectivamente, à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações familiares. à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política. ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos diferentes.à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar. ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos estrangeiros. (PUC-SP) a b c d e Questão 20 “O Brasil é uma criação recente. Antes da chegada dos europeus (...) essas terras imensas que formam nosso país tiveram sua própria história, construída ao longo de muitos séculos, de muitos milhares de anos. Uma história que a Arqueologia começou a desvendar apenas nos últimos anos.” Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil. A arqueologia pré-histórica no Brasil. São Paulo: Atual, 2009(15.ª edição), p. 6 O texto acima afirma que o Brasil existe há milênios, embora só tenham surgido civilizações evoluídas em seu território após a chegada dos europeus. a história do que hoje chamamos Brasil começou muito antes da chegada dos europeus e conta com a contribuição de muitos povos que aqui viveram. as terras que pertencem atualmente ao Brasil são excessivamente grandes, o que torna impossível estudar sua história ao longo dos tempos. a Arqueologia se dedicou, nos últimos anos, a pesquisar o passado colonial brasileiro e seu vínculo com a Europa. os povos indígenas que ocupavam o Brasil antes da chegada dos europeus, foram dizimados pelos conquistadores portugueses. (UnB)Questão 21 a b [1] A Europa viveu uma revolução cultural — a Renascença — nos séculos XV e XVI, nos quais muito dos antigos saberes do continente foi recuperado e um novo [4] espírito de curiosidade científica assegurou-lhe avanços tecnológicos essenciais, que a colocaram à frente do resto do mundo. As viagens de exploração logo se transformaram em [7] grandes ondas de colonização, que chegaram à maior parte do globo. Philip Parker. Guia Ilustrado Zahar: história mundial. Rio de Janeiro: Zahar, 2011, p. 216-7. [1] O momento das descobertas foi também o momento das rupturas. Ao lado das invenções técnicas, que permitiram as aventuras dos navegantes, transformações nas estruturas [4] materiais e mentais deram início ao que a filosofia e a história chamam de “liberação do indivíduo”, tirando-o do anonimato medieval: “divinização do homem e humanização de Deus”. [7] Avança a circulação das ideias, com a descoberta, por Gutenberg, do processo de impressão por meio de tipos móveis, com a multiplicação dos livros e o aparecimento da [10] imprensa escrita. Adauto Nunes. Experiência e destino. In: Adauto Nunes (Org.). A descoberta do homem e do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p.10-1 (com adaptações). No período da história a que se referem os fragmentos de texto, a imediata ocupação dos espaços indígenas resultou em espaços geográficos pouco ou nada articulados entre si. CERTO ERRADO (UFRR) a b c d e Questão 22 “Napë (homem branco) não quer preservar a natureza, cuidar da terra. Só quer destruir, tirar riqueza da floresta, negociar madeira pra país onde não tem. E ainda tem problema de biopirataria e garimpeiro(...) Mataram meu povo por conta de ouro e diamante. Querem fazer brinco de pedra pras mulheres deles ficarem bonitas e enfeitar a casa, enfeitar loja, enfeitar tudo...” Davi Kopenawa Yanomami, liderança indígena internacionalmente conhecida por lutar pelos direitos do povo Yanomami, que habita a região entre os Estados de Roraima, Amazonas e a fronteira com a Venezuela. Revista Trip, Ano 26, julho 2012, n. 212. O trecho acima pode ser utilizado para compreender a exploração sofrida pelos povos indígenas desde o período pré-colonial até o momento presente. Sobre esse período da História do Brasil, é correto afirmar que: entre as características do período pré-colonial, destaca-se a montagem de estabelecimentos provisórios em diferentes lugares da costa do país, onde eram amontoadas as toras de pau-brasil, para serem exportadas para a Europa; a primeira forma de exploração econômica exercida pelos colonizadores e a dominação cultural e religiosa difundida pelo território brasileiro são, respectivamente, a atividade agrícola e a submissão dos índios por meio da catequização; o contato amistoso entre não-índios e índios foi preservado pela Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena por meio da catequese e pelos colonos, que escravizaram somente o africano na atividade produtiva de exportação; os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil, em 1500, mas a administração da terra somente foi organizada em 1549. Isso ocorreu porque os franceses, aliados aos espanhóis, controlavam os diferentes povos indígenas ao longo do litoral bem como as feitorias da costa sulatlântica; a expedição de Pedro Álvares Cabral, em 1500, expressou a subordinação da Coroa portuguesa à Igreja Católica, já evidenciada quando o Papa estabeleceu a partilha do Mundo Novo, em 1494, através do tratado de Tordesilhas. (UnB)Questão 23 Dois estilos de colonização se inauguraram no norte e no sul do Novo Mundo. Lá, o gótico altivo de frias gentes nórdicas. Para eles, o índio era um detalhe, sujava a paisagem, que, para se europeizar, deveria livrar-se deles. Cá, o barroco das 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 6/35 a b gentes ibéricas, mestiçadas, que se mesclavam com os índios. Um, a tolerância soberba e orgulhosa dos que se sabem diferentes. Outro, a tolerância opressiva de quem quer conviver reinando sobre os corpos e as almas dos cativos, porque toda a diferença lhe é intolerável. Darcy Ribeiro. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995 (com adaptações). Colonização, ou colonialismo, é um processo de dominação econômica, política e/ou cultural de um grupo por outro. CERTO ERRADO (UFU) a b c d Questão 24 Eles não tinham deixado a Inglaterra para escapar a toda forma de governo, mas para trocar o que acreditavam ser um mau governo por um bom, ou seja, formado livremente por eles mesmos. Tanto no plano político como no religioso, acreditavam que o indivíduo só poderia se desenvolver em liberdade. Entretanto, convencidos de que a liberdade consiste em dar ao homem a oportunidade de obedecer aos desígnios divinos, ela apenas permitia ao indivíduo escolher o Estado que deveria governá-lo e a Igreja na qual ele iria louvar a Deus. [...] CRÉTÉ, Liliane. As raízes puritanas. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagen s/as_raizes_puritanas.html.>Acesso em: 28 de janeiro de 2016 (Adaptado). A historiografia sobre a colonização da América costuma realçar as peculiaridades da colonização britânica nas colônias do Norte. As diferenças, entretanto, em relação às colonizações portuguesa e inglesa não são absolutas, pois ambos os modelos de colonização eram predominantemente mercantis, ainda que a agricultura de subsistência fosse mais presente na colonização portuguesa. tanto os colonos ingleses quanto os portugueses eram profundamente marcados pelas disputas entre as potências europeias, sendo que os portugueses eram aliados preferenciais da França. em ambas as modalidades de colonização, a administração colonial era formalmente descentralizada, havendo espaço para uma expressiva margem de autonomia dos colonos. o sentido de missão religiosa estava presente nas duas modalidades de colonização, refletindo a ainda forte presença do misticismo no mundo europeu. (UNIMONTES)Questão 25 Na América portuguesa, durante o período pré-colonial, os portugueses iniciaram a extração da primeira riqueza destinada ao mercado europeu. Acerca da exploração dessa riqueza, escreva C (correto) ou I (incorreto) em cada um dos parênteses abaixo. ( ) O pau-brasil foi explorado no litoral da região colonial dentro do regime de Estanco (monopólio régio). ( ) Os portugueses criaram as Capitanias Hereditárias, ainda no período pré-colonial, para coordenar a exploraçãodo pau-brasil. ( ) No litoral do território posteriormente conhecido como Brasil, foram construídas as primeiras vilas por Fernando de Noronha, para a instalação dos trabalhadores. ( ) Por meio da prática do Escambo, os portugueses exploraram a mão de obra indígena na extração da madeira. A seqüência CORRETA é a b c d C, C, I, C. I, I, C, C. C, C, I, I. C, C, C, C. (UFRGS) a b c d e Questão 26 Considere o seguinte trecho da música Fuá na casa de Cabral, do grupo pernambucano Mestre Ambrósio. No fim da festa e da farra Cabral não sentiu preguiça Mandou logo rezar missa Pra ficar aliviado Chamando o padre, apressado Mandou começar ligeiro Botando ordem no terreiro Com seu maracá na mão Jurando pelo alcorão Que era crente verdadeiro. Siba e Hélder Vasconcelos. Adaptado do discoFuá na casa de CaBRal. Chaos/Sony Music, 1998. De acordo com fatos relativos à História do Brasil, assinale a alternativa que corresponde à ideia apresentada pelo trecho da música. O papel das crenças religiosas foi sempre secundário na formação do Brasil, não assumindo relevância nos acontecimentos políticos da história nacional. Pedro Álvares de Cabral abdicou da fé cristã, ao jurar sobre o livro sagrado do islamismo, no momento da Primeira Missa rezada pelos viajantes portugueses nas terras americanas. A pluralidade de crenças sempre impossibilitou a existência de uma religião hegemônica no Brasil. A condenação das formas religiosas de origem africana no Brasil teria iniciado desde a chegada da expedição de Cabral à América. O processo de formação cultural brasileiro foi marcado pela junção de inúmeros fatores oriundos de culturas diversas, tais como a cristã, a indígena, a africana e a islâmica. (UNCISAL) a b c d e Questão 27 [...] a tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da tribo não têm nenhum dever de obediência. O espaço da chefia não é o lugar do poder [...]. A propriedade mais notável do chefe indígena consiste na ausência quase completa de autoridade. [...] O chefe é um fazedor de paz; ele é a instância moderadora do grupo [...]. Ele deve apaziguar as disputas, regular as divergências, não usando de uma força que não possui e que não seria reconhecida. [...] Os meios que o chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se ao uso exclusivo da palavra: não para arbitrar entre as partes opostas, pois o chefe não é um juiz e não pode se permitir tomar partido por um ou por outro, mas para, armado apenas de sua eloquência, tentar persuadir as pessoas da necessidade de se apaziguar [...]. CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o estado. São Paulo: COSAC NAIFY, 2012 (adaptado). O texto enfatiza uma característica dos povos nativos da América que, em geral, era interpretada pelos colonizadores como uma alternativa ao modelo de estado absolutista despótico. um modelo de organização social avançado que prescindia a existência do estado. uma fraqueza, pois denotava a falta de organização política nos moldes europeus. uma forma de organização social mais útil aos interesses colonialistas do que o modelo africano. um modelo perigoso e que deveria ser submetido aos interesses e padrões do colonialismo europeu. 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 7/35 (UnB) a b c d Questão 28 [1] A Europa viveu uma revolução cultural — a Renascença — nos séculos XV e XVI, nos quais muito dos antigos saberes do continente foi recuperado e um novo [4] espírito de curiosidade científica assegurou-lhe avanços tecnológicos essenciais, que a colocaram à frente do resto do mundo. As viagens de exploração logo se transformaram em [7] grandes ondas de colonização, que chegaram à maior parte do globo. Philip Parker. Guia Ilustrado Zahar: história mundial. Rio de Janeiro: Zahar, 2011, p. 216-7. [1] O momento das descobertas foi também o momento das rupturas. Ao lado das invenções técnicas, que permitiram as aventuras dos navegantes, transformações nas estruturas [4] materiais e mentais deram início ao que a filosofia e a história chamam de “liberação do indivíduo”, tirando-o do anonimato medieval: “divinização do homem e humanização de Deus”. [7] Avança a circulação das ideias, com a descoberta, por Gutenberg, do processo de impressão por meio de tipos móveis, com a multiplicação dos livros e o aparecimento da [10] imprensa escrita. Adauto Nunes. Experiência e destino. In: Adauto Nunes (Org.). A descoberta do homem e do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p.10-1 (com adaptações). A valorização econômica e a organização do território brasileiro no século XVI eram coerentes com o projeto colonizador de Portugal, que foi essencialmente subordinado aos princípios do liberalismo de Adam Smith. centralizado politicamente e predador das riquezas naturais. estimulador do desenvolvimento econômico da colônia. voltado para a fixação do homem ao solo, por meio do estímulo à produção agrícola. (UECE)Questão 29 A colonização do Brasil, assim como a de outras regiões da América, proporcionou a produção de diversas crônicas nas quais os europeus deixaram seus relatos sobre as novas culturas que encontravam. O trecho a seguir é do cronista e religioso francês Claude d’Abbeville e trata da visão que teve dos índios tupinambás, como padre capuchinho francês, na época da ocupação do Maranhão entre 1612 e 1615. “Em verdade imaginava eu que iria encontrar verdadeiros animais ferozes, homens selvagens e rudes. Enganei-me, porém, totalmente. Nos sentidos naturais, tanto internos como externos, jamais achei ninguém – indivíduo ou nação – que os superasse.[...] São extremamente discretos, muito compreensivos a tudo que se lhes deseja explicar, capazes de conhecer com rapidez tudo o que lhes ensinam. [...] São tão serenos e calmos que escutam atentamente tudo o que lhes dizem, sem jamais interromper os discursos. [...] falam às vezes, durante duas ou três horas em seguida, sem se cansar, revelando-se hábeis em tirar as necessárias deduções dos argumentos que se lhes apresentam. São muito lógicos e só se deixam levar pela razão e jamais sem conhecimento de causa”. Claude d’Abbeville. História da Missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1975. p. 243 Com base no trecho e no que se sabe sobre o contato entre portugueses e nativos na colonização do Brasil, assinale com V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir. ( ) O fragmento de texto mostra que semprehouve distorção sobre a real condição dos nativos brasileiros, tidos, enfim, como estúpidos, incapazes e preguiçosos. ( ) O autor faz parte de um grupo de europeus que viram nos nativos brasileiros a imagemdo homem puro e sem vícios, o “bom selvagem”, assim como os apresentou Rousseau. ( ) Todos os cronistas coloniais passaram à Europa e para a posteridade esta mesma imagem dos nativos americanos, o que proporcionou um modelo de convivência pacífico e baseado no respeito à cultura indígena. a b c d ( ) A percepção dos cronistas europeus sobre os nativos brasileiros baseou-se na sua origem, formação, valores e expectativas; desta forma, todos viram os nativos brasileiros com bons olhos, como o padre capuchinho Claude d’Abbeville. A sequência correta, de cima para baixo, é: F, V, F, F. V, V, F, V. V, F, V, V. F, F, V, F. (FUVEST) a b c d e Questão 30 “Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas...” Bartolomé de Las Casas, 1474– 1566. “A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem.” Pablo Neruda, 1904 – 1973. As duas frases acima colocam como causa da dizimação das populações indígenas a ação violenta dos espanhóis durante a Conquista da América. Pesquisas históricas recentes apontam outra causa, além da já indicada, que foi a incapacidade das populações indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do colonizador. o conflito entre populações indígenas rivais, estimulado pelos colonizadores. a passividade completa das populações indígenas, decorrente de suas crenças religiosas. a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos problemas ambientais. a série de doenças trazidas pelos espanhóis (varíola, tifo e gripe), para as quais as populações indígenas não possuíam anticorpos. (PUC-CAMPINAS) a b c d e Questão 31 Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler, entre outros, sonharam com a pan-Europa que, com a inclusão de mais dez países, se tornou uma realidade irreversível. Os antecedentes da União Europeia são assim, alguns mais respeitáveis do que outros. Durante muito tempo depois da tentativa de Carlos Magno de substituir o império romano pelo seu, uma identidade europeia se definia mais pelo que não era do que pelo que era: cristã e não muçulmana, civilizada em vez de bárbara (e, portanto, com o direito de subjugar e europeizar os bárbaros − isto é, o resto do mundo). (Luis Fernando Verissimo. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008) Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português (Oswald de Andrade. O santeiro do mangue e outros poemas. São Paulo: Globo, 1991. p. 95) Explica a ironia feita pelo autor do poema e identifica a ideia da identidade europeia, referida no texto de Luis Fernando Veríssimo, o que se afirma em: O domínio e catequização dos índios, no século XVI, deveu-se à preocupação dos portugueses com os habitantes da nova terra. Os portugueses foram os primeiros a reconhecer, entre outras coisas, os costumes, crenças e tradições dos indígenas brasileiros. A nudez e os valores dos índios, cuja cultura refletia uma relação com a natureza, foram compreendidos pelos conquistadores portugueses. Os primeiros contatos dos portugueses com os índios para assegurar a posse das terras pelo reino luso foram pacíficos e amistosos. O contato entre portugueses e indígenas em 1500 foi marcado pela imposição de hábitos europeus sobre o modo de vida dos nativos. (UNESP)Questão 32 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 8/35 a b c d e Instrução: Leia o texto para responder à questão de número 35. Nas primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada de Cabral, além das precárias guarnições das feitorias [...], apenas alguns náufragos [...] e “lançados” atestavam a soberania do rei de Portugal no litoral americano do Atlântico Sul. (Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.) No processo de ocupação portuguesa do atual território do Brasil, as primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada de Cabral podem ser caracterizadas como um período em que Portugal não se dedicou regularmente à sua colonização, pois estava voltado prioritariamente para a busca de riquezas no Oriente. prevaleceram as atividades extrativistas, que tinham por principal foco a busca e a exploração de ouro nas regiões centrais da colônia. Portugal estabeleceu rotas regulares de comunicação, interessado na imediata exploração agrícola das férteis terras que a colônia oferecia. prevaleceram as disputas pela colônia com outros países europeus e sucessivos episódios de invasão holandesa e francesa no litoral brasileiro. Portugal implantou fortificações ao longo do litoral e empenhou-se em estender seus domínios em direção ao sul, chegando até a região do Prata. (ENEM PPL) a b c d e Questão 33 A cada 80 dias, 20 mil gravatas chegam a uma lojinhado Brás, bairro comercial de São Paulo. É o fim de uma viagem e tanto para elas ― navegam por um mês desde Shengzhou, uma cidade no leste chinês. Mas a parada no Brás não deve demorar. Pelo menos se depender de Márcio, o dono da loja. Ele costuma vender todo o estoque até a chegada da carga seguinte. Márcio não conhece muito de Shengzhou, mas sabe de algo importante: “Lá estão as gravatas mais baratas do mundo. Na Índia, são 15% mais caras. Na Europa, 300%". Superinteressante. Nº 271, nov. 2009. A coesão é uma estratégia espacial adotada pelas indústrias para reduzir o custo de comercialização. No caso chinês, a interação socioespacial ocorre com diversas partes do mundo, inclusive com São Paulo. De acordo com as informações da reportagem, é possível identificar essa coesão na diminuição do custo da mão de obra intelectualizada. redução das redes de telecomunicações mundiais. distribuição global da montagem do produto. ampliação das distâncias continentais. especialização produtiva da indústria local. (UnB) a b Questão 34 O tempo, como o Mundo, tem dois hemisférios: um superior e visível, que é o passado, outro inferior e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são esses instantes do presente que vamos vivendo, em que o passado se termina e o futuro começa. Desde este ponto, toma seu princípio a nossa História, a qual nos irá descobrindo as novas regiões e os novos habitadores desse segundo hemisfério do tempo, que são os antípodas do passado. Oh! que cousas grandes e raras haverá que ver nesse novo descobrimento! Idem, ibidem, p. 126. No texto, padre Vieira intenta uma analogia entre a descoberta do tempo futuro pela “História” e a do Novo Mundo pelos europeus. CERTO ERRADO (UFG)Questão 35 Leia a composição a seguir. Sei que estás em festa, pá Fico contente E enquanto estou ausente Guarda um cravo para mim a b c d e Eu quero estar na festa, pá Com a tua gente E colher pessoalmente Uma flor do teu jardim Sei que há léguas a nos separar Tanto mar, tanto mar Sei também quanto é preciso, pá Navegar, navegar Lá faz primavera, pá Cá estou doente Manda urgentemente Algum cheirinho de alecrim Chico Buarque. Tanto mar, 1975. Disponível em: <www.chicobuarque.com.br/letras/tantomar_75.htm >. Acesso em: 12 de set. 2009. Escrita em 1975, a música alude à relação entre Portugal e Brasil, quando expõe como tema as grandes navegações, usando o mar como a metáfora do pioneirismo português na América. o vínculo linguístico entre os países, explorado pelo uso do marcador dialetal (pá). a diferença climática entre os países, expressa na referência à chegada da primavera em Portugal. a distinção entre os regimes políticos em vigor nos países, figurada na referência à festa portuguesa. o comércio de especiarias entre os países, representado pela metáfora “cheirinho de alecrim”. (ENEM)Questão 36 TEXTO I Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem- dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam. CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento). Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 9/35 a bc d e a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária. a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna. a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos. as duas produções, embora usem linguagens diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a mesma função social e artística. a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momento histórico, retratando a colonização. (FMJ) a b c d e Questão 37 Leia as afirmações a seguir. I. No início do século XVI, as regiões recém-descobertas da América, apesar de reivindicadas pelas coroas Portuguesa e Espanhola, sofreram várias tentativas de ocupação por parte de outros países europeus. II. No caso específico do Brasil, o Estado português definiu rapidamente uma estratégia de ocupação do território por meio da produção de gêneros agrícolas tropicais, evitando, com isso, a invasão estrangeira. III. Contando desde o início da colonização com o estabelecimento de pessoas que ocupavam a terra com finalidades agrícolas, a extração do pau-brasil foi sempre uma atividade secundária na economia da colônia. Está correto apenas o que se afirma em I. II. I e II. I e III. II e III. (UFRGS) a b c d e Questão 38 De acordo com Sérgio Buarque de Holanda “o gosto da maravilha e do mistério, quase inseparável da literatura de viagens na era dos grandes descobrimentos marítimos, ocupa espaço singularmente reduzido nos escritos quinhentistas dos portugueses sobre o Novo Mundo”. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do paraíso . São Paulo: Brasiliense, 1996. p. 1. Qual foi a motivação para essa redução? A língua portuguesa não estava suficientemente desenvolvida para expressar o gosto pelo maravilhoso e pelo mistério. Os portugueses tinham práticas anteriores com grandes navegações e o contato mais frequente com outros povos, sobretudo do Oriente. Os portugueses interessavam-se mais pelo México e pela América do Norte. A ocupação do Novo Mundo, sobretudo do Brasil, pelos portugueses foi imediata, o que amenizou o impacto inicial do contato. Os portugueses consideravam os povos indígenas e a natureza do Novo Mundo semelhante àquela encontrada na Europa. (UNITAU)Questão 39 “[...] Lá se vão pelo tempo adentro esses homens desgrenhados: duro vestido de couro enfrenta espinhos e galhos; em sua cara curtida não pousa vespa ou moscardo, comem larvas, passarinhos, palmitos e papagaios; a b c d e sua fome verdadeira é de rios muito largos, com franjas de prata e ouro, de esmeraldas e topázios. [...]” MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. 1983. Sobre as expedições conhecidas como entradas e bandeiras, descritas no poema de Cecília Meireles e estimuladas pela Coroa portuguesa na segunda metade do século XVII, é CORRETO afirmar que sempre que uma entrada ou uma bandeira se encaminhava para o sertão, ainda que seu objetivo imediato fosse a busca por metais e pedras preciosas, também havia apresamento de índios. entradas e bandeiras eram expedições pelo interior do Brasil organizadas exclusivamente pela Coroa portuguesa com objetivos comuns para explorar o território à procura de minas. enquanto as bandeiras, financiadas pela Coroa portuguesa, buscavam metais e pedras preciosas, as entradas, organizadas por particulares, dedicavam-se ao apresamento de índios. entre as entradas e bandeiras e as missões jesuítas havia acordos de não agressão e trabalho em conjunto, para o apresamento de índios, que determinaram a consolidação da paz. as entradas e bandeiras surgiram para sanar as precárias condições da capitania de São Vicente, com o desenvolvimento do comércio e, posteriormente, com a busca de metais. (Unisinos) a b c d e Questão 40 Não existem causas isoladas que expliquem a opção pelo trabalho escravo africano no processo de colonização do Brasil, ainda no século XVI. Na verdade, há um conjunto de fatores que determinaram a escolha dos escravos africanos como a principal fonte de mão de obra da economia colonial. Por que não lograram êxito as tentativas de escravização dos índios? I – Porque os índios não eram vadios ou preguiçosos, mas tinham uma cultura incompatível com o trabalho intensivo e regular e, mais ainda, compulsório, como era pretendido pelos europeus. II – Porque ordens religiosas tentaram proteger os índios da escravidão imposta pelos colonos, nascendo daí inúmeros atritos entre colonos e padres. III – Porque as epidemias (sarampo, varíola, gripe) produzidas pelo contato com os brancos liquidaram milhares de índios. Sobre as proposições acima, pode-se afirmar que apenas I está correta. I e II estão corretas. I e III estão corretas. II e III estão corretas. I, II e III estão corretas. (ENEM) a b c d e Questão 41 A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808. NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997 Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem incentivado o clamor popular por liberdade. enfraquecido o pacto de dominação metropolitana. motivado as revoltas escravas contra a elite colonial. obtido o apoio do grupo constitucionalista português. provocado os movimentos separatistas das províncias. 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 10/35 (UNCISAL) a b c d e (USF) a b c d e Questão 42 Os escravos começaram a chegar à América portuguesa ainda no século XVI, para trabalhar principalmente, nos engenhos de açúcar. A partir do século XVII o tráfico negreiro aumentou de modo considerável nas fazendas. O tratamento dispensado aos escravos era extremamente desumano. O jesuíta André João Antonil, em seu livro Cultura e Opulência do Brasil, publicado em 1711, escreveu que “os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho no Brasil”. Prossegue ele mais adiante: “costumam dizer que para o escravo são necessários três P, a saber: pau, pão e pano”, ou seja, para continuar trabalhando bastariam ao cativo castigos físicos, comida escassa e alguma roupa. Nessas condições, os escravos procuravam, de diversas maneiras, reagir ao cativeiro. Considerando o contexto político-social da época, essa reação ao cativeiro revela: I. alguns escravos quando escapavam da vigilância do feitor, reduziam seu ritmo de trabalho ou paralisavam a produção; II. muitas mulheres grávidas, não querendo que seus filhos vivessem na escravidão, praticavam aborto; III. a destruição das ferramentas, o incêncio das plantações etc; IV. as tentativas de assassinato dos senhores e feitores; V. as fuga, se tornaram tão frequentes que fizeram surgir a figura do capitão do mato, profissional treinado para capturar e devolver ao proprietário o escravo fugitivo. Apenas I, IV e V. Apenas III e IV. Apenas II, III, IV e V. Apenas I, II e III. I, II, III, IV e V. (Univag)Questão 43 Ó vós homens cidadãos; ó vós povos curvados e abandonados pelo rei, pelos seus despotismos, pelos seus ministros [...] Ó vós povo que nascestes para seres livre e para gozares dos bons efeitos da Liberdade; ó vóspovo que viveis flagelado com o pleno poder do indigno coroado [...] esse mesmo rei tirano que se firma no trono para vos humilhar, para vos roubar e para vos maltratar. Homens, é chegado o tempo para vossa ressurreição; sim, para ressuscitares do abismo da escravidão, para levantares a sagrada bandeira da Liberdade. (“Aviso ao Povo Bahiense” (agosto de 1798) apud Joelza Ester Domingues. História em documento: imagem e texto, 2009.) Esse manifesto foi escrito durante a Conjuração Baiana, conhecida também por Revolta dos Alfaiates. Ela foi influenciada a b c d e pelos princípios socialistas surgidos nas revoluções europeias, denominadas como Primavera dos Povos. pelo ideário iluminista difundido pelos jacobinos franceses, que defendiam uma sociedade igualitária. pelos conceitos liberais de fraternidade e igualdade, que não impediam a defesa da escravidão. pelo absolutismo monárquico, baseado no direito divino dos reis e na defesa da junção entre Estado e Igreja. pelo despotismo esclarecido que obrigaria o rei a promover reformas constitucionais. Questão 44 Observe o quadro abaixo. Pode-se afirmar que os dados evidenciados na tabela têm relação direta com a Lei Áurea. Lei do Ventre Livre. Proclamação da República. Independência do Brasil. Lei Bill Aberdeen. (UEFS) a b c d e Questão 45 A primeira estratificação social na colônia brasileira se fundou na cor da pele. Pela cor da pele se distinguiam os senhores dos escravos. A estratificação étnica correspondia exatamente à estratificação social. A população colonial distribuía-se, pois, em duas camadas principais: de um lado a nobreza, os senhores, de outro a massa servil. (NOVINSKY, 1972, p. 59). Apesar da estratificação social indicada no texto, havia outra forma de diferenciação social entre os próprios brancos na Bahia colonial, baseada no nível de riqueza, sendo os brancos pobres comparados aos escravos negros e encarregados de trabalhos braçais nas áreas urbanas e rurais. na nacionalidade, visto que os estrangeiros, mesmo brancos eram impedidos de desembarcar nos portos coloniais, inclusive em situações de emergência. na condição de gênero, que destinava à vida reclusa nos conventos e mosteiros as mulheres brancas que não se casavam. na origem religiosa, que distinguia os cristãos novos de origem judaica dos cristãos antigos, sendo os primeiros impedidos de participar de diversas organizações da sociedade. no nível intelectual, privilegiando os brancos portadores de educação universitária e excluindo da vida pública os brancos que possuíam apenas a educação fundamental. (UEMG)Questão 46 A imagem a seguir é uma representação da cidade do Rio de Janeiro no século XIX. O Rio já era a capital da América portuguesa desde o ano 1763; em 2013, a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro completará, portanto, 250 anos. 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 11/35 a b c d Considerando-se o contexto em que o Brasil foi colônia de Portugal, é CORRETO afirmar que a transferência da capital aconteceu porque a cidade do Rio de Janeiro estava mais próxima da região mineradora, que assumia, naquele momento, notável importância econômica para o reino portuguê a cidade estava na região que já era a mais rica da colônia, em virtude do crescimento da produção de café, que se tornava o principal produto de exportação da América portuguesa. a cidade estava em uma região que apresentava terras mais férteis para o plantio da cana- de-açúcar do que no Nordeste, onde a produção estava em decadência. a cidade era mais centralizada e, assim, possibilitava maior controle sobre a exploração do látex, dos seringais da região amazônica, que era usado para a produção de borracha. (ESPM) a b c d e Questão 47 No século XIX, o império do Brasil aparece como a única nação que praticava o tráfico negreiro em larga escala. Alvo da pressão britânica, o comércio de africanos passou a ser proscrito por uma rede de tratados que a Inglaterra teceu no Atlântico. Na seqüência do tratado de 1826, a lei de sete de novembro de 1831 proibiu o comércio de africanos no Brasil. Entretanto 760 mil indivíduos vindos da África foram trazidos entre 1831 e 1856, num circuito de tráfico clandestino. (Luiz Felipe Alencastro. Racismo e Cotas in Folha de São Paulo/MAIS, 07/03/2010.) A chegada ao Brasil de 760 mil escravos africanos, entre 1831 e 1856, mencionada no texto, contrariava uma lei in-glesa e outra brasileira, ambas decretadas neste intervalo, proibindo o tráfico atlântico de escravos para o Brasil. As-sinale a alternativa que apresente, respectivamente, a lei in-glesa e a brasileira: Bill Aberdeen – Lei Euzébio de Queiroz; Bill Aberdeen – Lei Rio Branco; Bill of Rights – Lei Euzébio de Queiroz; Bill of Rights – Lei Rio Branco; Bill of Rights – Lei Saraiva Cotegipe. (UEMA)Questão 48 TEXTO I Valeu, Zumbi O grito forte dos Palmares Que correu terra, céus e mares Influenciando a abolição. VILA, L. C. da V., G. R. E. S. Unidos de Vila Isabel, 1988. TEXTO II Pra Isabel a heroína, Que assinou a lei divina Negro dançou, comemorou, o fim da sina. a b c d e TRISTEZA, N.; JÓIA, P.; VICENTINHO; JURANDIR. G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense, 1989. Os versos dos textos I e II são fragmentos de letras de samba, elaborados no contexto de comemoração do centenário da abolição da escravidão, no Brasil. Esses versos abordam a questão de maneira distinta. Ao compará-los, se diferenciam quanto à escolha dos protagonistas da abolição. importância dada à Lei Áurea, assinada em 1888. perspectiva de uma História personificada em grandes heróis. forma de abordagem do racismo disseminado, após a abolição. receptividade da abolição, rejeitada por uma parcela da população. (UFSM) a b c d e Questão 49 Comercializavam-se alimentos produzidos na região e produtos importados [...]. Dentre os produtos produzidos na colônia, destacavam-se a farinha de mandioca, de milho e de trigo, feijão, açúcar, rapadura, aguardente, toucinho, charque e carne fresca [...] peixe seco e fresco. Dentre os produtos importados, os de maior procura eram vinagre, azeite, vinho, bacalhau, azeitonas, pimenta- do-reino, especiarias [...] e sal. Fonte: BRAICK e MOTA. História: das cavernas ao Terceiro Milênio. Vol. 2. São Paulo: Moderna, 2010. p. 84. Assim, aponte a afirmativa correta, quanto à situação brasileira no período colonial. O domínio da grande propriedade rural conviveu com a existência de produção agrícola em pequenos lotes de terras. A estrutura produtiva colonial era exclusivamente voltada para atender à demanda europeia. Devido ao caráter complementar da economia colonial, era inexistente um mercado interno na colônia. O sistema de monopólio reconfigurava a dieta dos colonos, obrigando-os a abandonar os alimentos tradicionais de Portugal. Com a incorporação do Rio Grande do Sul ao Império português, a dieta colonial incluiu maior quantidade de consumo de carne bovina. (UNCISAL) a b c d e Questão 50 A forma mais elaborada de resistência à escravidão se deu por meio dos quilombos. No Brasil, considera-se o mais importante o de Palmares, que foi formado exclusivamente por escravos nascidos na África e esteve em pleno funcionamento apenas durante a presença dos holandeses no nordeste brasileiro. se formou no início do século XVII, chegou a ter por volta de 20 mil moradores e foi destruído no fim do mesmo século, pela ação de bandeirantes. se especializou, durante todo o século XVI, na exploração de metais preciosos, abundantes nas margens dos rios do interior de Pernambuco. foi constituído no fim do século XVIII e contou com a importante contribuição de setores da Igreja Católica,que eram contrários ao escravismo. contou com o decisivo apoio de importantes senhores de engenho de Pernambuco e da Bahia, com o intuito de sabotar a presença holandesa nessas capitanias. (UFGD)Questão 51 As fotos retratam, entre as últimas décadas do século XIX e as iniciais do século XX, trabalhadores da ervamate.O transporte para exportação do produto para o sul do continente foi feito, principalmente, por vias fluviais. Trabalhadores explorando a erva-mate na Cia. Matte Laranjeira na década de 1890 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 12/35 (UFSM) a b c d e a b c d e A partir dos indícios nas fotos e das informações que se tem sobre elas, é possível considerar que a economia ervateira do sul de Mato Grosso foi monopólio da Companhia Matte Laranjeira até o final da década de 1970, quando ocorreu o movimento divisionista do estado. teve como principal empresa exploradora a Companhia Matte Laranjeira, e a Argentina, o maior importador da produção. teve pouca influência cultural no sul de Mato Grosso diante da expansão cafeeira no centro-oeste. foi estruturada pela exploração e exportação do produto para a Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai, ocupando a Argentina um papel secundário nas importações. empregou apenas imigrantes europeus, não tendo mão de obra indígena e paraguaia na exploração e no transporte do produto. (ENEM)Questão 52 Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com uma impressionante multidão que dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o ViceRei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”. BARBINAIS, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde. Apud: TINHORÃO, J. R. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 (adaptado). O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do período colonial, ela a b c d e seguia os preceitos advindos da hierarquia católica romana. demarcava a submissão do povo à autoridade constituída. definia o pertencimento dos padres às camadas populares. afirmava um sentido comunitário de partilha da devoção. harmonizava as relações sociais entre escravos e senhores. Questão 53 A igreja de São Francisco (foto), construída em Ouro Preto no século XVIII, é um marco do barroco e da arquitetura brasileira. O contexto histórico que explica a realização dessa obra é criado pelo(a) crise do sistema colonial e eclosão das revoltas regenciais. deslocamento do centro administrativo da Colônia para a cidade de Ouro Preto. exploração econômica das minas de ouro e consolidação da agricultura canavieira. ciclo da mineração e decorrente diversificação do sistema produtivo. distanciamento em relação à autoridade colonial e consequente maior liberdade de expressão. (UEMA) a b c d e Questão 54 O conflito de interesses entre jesuítas e colonos foi bem retratado no filme “A Missão”, do diretor Roland Joffé (1986). No Maranhão colonial, a atividade missionária dos jesuítas também gerou conflitos de interesses. Sobre a questão jesuítica no Maranhão, nesse período, marque a alternativa correta. Os jesuítas não se apossavam do trabalho dos índios em benefício próprio e condenavam o uso dessa força de trabalho para fins econômicos. A ordem dos jesuítas se sobressaiu pouco na catequese dos índios porque se dedicou mais à obra educacional dos colonos. O Pe. Antônio Vieira, membro dos jesuítas, foi criticado por defender arduamente a liberdade dos escravos indígenas e africanos. A expulsão dos jesuítas por ocasião da Revolta de Beckman (1684) ocorreu devido a conflitos de caráter religioso. A força da missão jesuíta chocou-se com os interesses econômicos da Coroa e dos colonos, o que resultou na expulsão dessa ordem religiosa. 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 13/35 (Unit-SE) a b c d e Questão 55 A análise histórica está sujeita a diversas interpretações, a depender das perspectivas do sujeito do conhecimento e do momento histórico em que esta análise é concebida. Dessa maneira, pode-se considerar corretamente que, na perspectiva da historiografia marxista, a imagem de personagens que desempenharam um importante papel na história da interiorização do Brasil retrata os heróis desbravadores, que conquistaram o sertão, ampliando as fronteiras portuguesas no Brasil colonial, motivo de orgulho nacional. a resistência heróica paulista contra os ataques indígenas de tribos hostis e selvagens, que dificultaram o processo civilizatório nacional. os malfeitores, bandidos e degredados da metrópole, que colonizaram o país, raiz do atraso econômico e cultural do Brasil. os sertanistas, representado pelos irmãos Villas-Bôas, que atrasaram o desenvolvimento da fronteira norte, com a criação da reservas indígena do Xingu. os bandeirantes, que atuaram capturando escravos fugitivos, atacando tribos indígenas e destruindo os quilombos, fonte de resistência anticolonial. (UDESC) a b c d e Questão 56 A província de Santa Catarina, após a Lei de Terras, alinha-se à política colonizadora do Brasil Império e passa a receber número expressivo de imigrantes estrangeiros. No século XIX os imigrantes estrangeiros chegavam a Santa Catarina viajando pelo mar, e os portos de desembarque variavam conforme o destino que tomariam em terra. Os três portos mais utilizados à época eram: Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul. Desterro, Itajaí e São Francisco do Sul. Blumenau, Itajaí e Joinville. Blumenau, Itajaí e Brusque. São Pedro de Alcântara, Blumenau e Itajaí. (UEMA)Questão 57 Sobre as relações de poder no Brasil, durante o período colonial, considere as afirmações. I - As câmaras coloniais eram os locais de exercício do poder, cabendo a elas, dentre outras funções, a de aplicar a lei, efetivar prisões e administrar os espaços urbanos e rurais. II - As famílias ricas constituíam a elite colonial, por vezes estabelecendo conexões com o clientelismo político, através de casamentos, favorecimentos e barganha com funcionários metropolitanos. III - Durante o período colonial, não foi rara a disputa entre autoridades coloniais e a Igreja; entre ordens religiosas e colonos por interesses divergentes, como por exemplo, a Revolta de Beckman. a b c d e IV - No topo da cadeia do poder político das câmaras coloniais, estavam os presidentes das câmaras, os juízes de fora, seguidos dos juízes de órfãos, das oficinas da Câmara, dos juízes ordinários, dos partidores e avaliadores e dos curadores gerais dos órfãos. V - As administrações judiciárias estavam em todas as cidades brasileiras, impedindo o aparecimento de executores privados da lei e de lideranças locais que se colocavam acima do poder estabelecido. Está correto o que se afirma apenas em I e IV. I, II, III e IV. II, III e V. III, IV e V. V. (UFRGS) a b c d e Questão 58 Leia o segmento abaixo. Com a proclamação da República em 1889, subiu ao poder no Rio Grande do Sul um novo partido, o Partido Republicano Rio- grandense (PRR), cuja base social era formada por indivíduos oriundos do latifúndio pecuarista, associados com os setores médios urbanos. O PRR adotou como ideologia o Positivismo, mas de maneira não ortodoxa. KÜHN, Fabio. BreveHistória do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Século XXI, 2002. p. 111. Considere as afirmações abaixo, sobre o governo do PRR no Rio Grande do Sul. I - Enfrentou duas revoltas armadas, a Revolução Federalista de 1893 e a Revolução de 1923, organizadas pelos setores da oposição maragata. II - Adotou uma forma de governo democrática, com independência entre os três poderes e limitações amplas à atuação do Poder Executivo. III - Almejou um desenvolvimento global da economia do estado, a partir de um projeto econômico de modernização capitalista do Rio Grande do Sul. Quais estão corretas? Apenas I. Apenas I e II. Apenas I e III. Apenas II e III. I, II e III. (UPF) a b c d e Questão 59 Durante a Primeira República, também chamada de República Velha, aconteceram vários movimentos sociais no meio rural. Canudos (1893-1897), Contestado (1912-1916), Juazeiro (1890- 1924) demonstram que naquele período: O campo foi palco de intensos movimentos sociais, que, embora heterogêneos, expressavam revolta contra a miséria e a exclusão social. A oligarquia dominante estava tão segura de seu poder que não se preocupou muito em reprimir movimentos carentes de ideias e de organização. Os movimentos insurrecionais foram poucos, mas muito perigosos para o sistema de poder, porque representavam apenas os pobres. O sistema político, embora oligárquico, era flexível e aberto o suficiente para integrar e absorver os descontentamentos sociais. Os movimentos sociais expressavam reivindicações e aspirações de caráter misto, rural e urbano, articulando milenarismo com anarquismo. (UFU)Questão 60 Se alguém disser que a todo pecador penitente, que recebeu a graça da justificação, é de tal modo perdoada a ofensa e desfeita e abolida a obrigação à pena eterna, que não lhe fica obrigação 21/03/2018 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 https://enem.estuda.com/questoes_imprimir/resolver-2897244 14/35 a b c d alguma de pena temporal a pagar, seja neste mundo ou no outro, purgatório, antes que lhe possam ser abertas as portas para o reino dos céus – seja excomungado. Concílio de Trento. Sessão VI. Cânon XXX. Salvação. 13 de janeiro de 1547. Antônio Vieira nasceu em Portugal em 1608 e, ainda criança, mudou-se com a família para a Bahia. Na juventude entrou para a Companhia de Jesus, tornando-se um dos mais célebres divulgadores da fé católica. A atuação de Vieira expressa a ideia de missão dos inacianos, adequada aos ditames da Contrarreforma e às preocupações com a ordem escravocrata. defesa do martírio na vida cristã, resultado das alterações na doutrina católica empreendidas pelo Concílio de Trento. centralidade da evangelização dos escravos africanos nas ações da Companhia de Jesus, em detrimento da evangelização das populações indígenas. incompatibilidade entre as pregações jesuíticas e a implantação do projeto colonial mercantilista empreendido por Portugal no século XVII. (UFU) a b c d Questão 61 No início dos trabalhos da Constituinte de 1823, Dom Pedro I proferiu o seguinte discurso: ―Todas as Constituições que, à maneira de 1791 e 1792, têm estabelecido suas bases, e se têm querido organizar, a experiência nos tem mostrado que são totalmente teóricas e metafísicas e, por isso, inexequíveis: assim o prova a França, a Espanha e, ultimamente, Portugal. Elas não têm feito, como deviam, a felicidade geral, mas sim, depois de uma licenciosa liberdade, vemos que em uns países já aparece o despotismo, como consequência necessária de ficarem os povos reduzidos à triste situação de presenciarem e sofrerem todos os horrores da anarquiaǁ. HOLANDA, Sérgio Buarque de. (dir.). História Geral da Civilização brasileira. O Brasil Monárquico. Tomo II. Volume 3 [9ª. Edição]. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. p. 209 (Adaptado). Ao se dirigir aos parlamentares da constituinte de 1823, Dom Pedro I se remete ao contexto político europeu do final do século XVIII e primeiras décadas do século XIX, demonstrando preocupação com o avanço das ideias liberais e com o papel que lhe seria atribuído na nascente estrutura política brasileira. inabilidade política, ao se colocar contrário aos desejos despóticos e centralizadores da classe senhorial brasileira. ressentimento com a Revolução do Porto, ocorrida em 1820, que vetou o retorno de D. João VI ao trono de Portugal. alinhamento com o modelo inglês de governo, almejando o apoio dos britânicos no processo de reconhecimento da Independência do Brasil. (ENEM PPL) a b c d e Questão 62 Como tratar com os índios A experiência de trezentos anos tem feito ver que a aspereza é um meio errado para domesticar os índios; parece, pois, que brandura e afago são os meios que nos restam. Perdoar-lhes alguns excessos, de que sem dúvida seria causa a sua barbaridade e longo hábito com a falta de leis. Os habitantes da América são menos sanguinários do que os negros d’África, mais mansos, tratáveis e hospitais. VILHENA, L. S. A Bahia no século XVIII. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado). O escritor português Luís Vilhena escreve, no século XVIII, sobre um tema recorrente para os homens da sua época. Seu posicionamento emerge de um contexto em que o índio, pela sua condição de ingenuidade, representava uma possibilidade de mão de obra nas indústrias. a abolição da escravatura abriu uma lacuna na cadeia produtiva, exigindo, dessa forma, o trabalho do nativo. o nativo indígena, estereotipado como um papel em branco, deveria adequar-se ao mundo do trabalho compulsório. a escravidão do indígena apresentou-se como alternativa de mão de obra assalariada para a lavoura açucareira. a escravidão do negro passa a ser substituída pela indígena, sob a alegação de os primeiros serem selvagens. (UnB)Questão 63 a b A história geológica, o grande território, a extensa costa marinha e o clima tropical viabilizaram a presença e a concentração de diversas substâncias minerais na atmosfera, hidrosfera, biosfera, crosta continental e oceânica do Brasil. No entanto, mesmo que as características físicas do território sejam importantes, o fator determinante para se conseguir aproveitar os bens minerais é o investimento em pesquisa e inovação tecnológica. Cláudio Scliar. Mineração, base material da aventura humana. Belo Horizonte: Geoartelivros, 2004, p. 67 (com adaptações). No século XVIII, o desenvolvimento da economia mineradora na região da Estrada Real foi acompanhado de significativos movimentos populacionais e culminou com o deslocamento do eixo administrativo e econômico do Brasil colônia para a região Centro-Sul. É nesse contexto que se pode entender a transferência da capital do Vice-Reinado do Brasil, de Belém para o Rio de Janeiro, em 1763. CERTO ERRADO (UNESP) a b c d e Questão 64 São exemplos do que o texto afirma: A efervescência que conheceram nas Minas [Gerais, do século XVIII] as artes e as letras também teve feição peculiar. Pela primeira vez na Colônia buscava-se solução própria para a expressão artística. (Laura Vergueiro. Opulência e miséria das Minas Gerais, 1983.) a pintura e a escultura renascentistas. a poesia e a pintura românticas. a arquitetura barroca e a poesia árcade. a literatura de viagem e a arquitetura gótica. a música romântica e o teatro barroco. (FATEC) a b c d e Questão 65 "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda." (ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982, p. 89.) No trecho citado, parte de uma obra publicada em 1711, o jesuíta Antonil torna evidente que o trabalho escravo constituiu a base da exploração econômica em setores essenciais da economia colonial. fornece argumentos para o combate movido pela igreja contra a
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