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NOME DA INSTITUIÇÃO
MARCOS JOSÉ DOS SANTOS
	
DESEQUILIBRIO AMBIENTAL 
DECORRENTE DA USINA HIDRELETRICA E (POE O NOME TODO) BELO MONTE
ALTAMIRA, PA
AGOSTO, 2017
INTRODUÇÃO
Sabemos que o desequilíbrio ecológico ocorre quando algum elemento de um ecossistema é reduzido em quantidade, adicionado ou subtraído. Esta mudança pode originar reações em cadeia e repercutir diretamente no funcionamento do ecossistema.
O desequilíbrio ecológico decorrente de ações do homem sobre o meio ambiente. Este desequilíbrio é consequência do consumo descontrolado dos recursos naturais e da geração de resíduos e emissões atmosféricas que se intensificaram desde a revolução industrial. O homem tem responsabilidade de desenvolver práticas para minimizar os impactos de suas atividades ao meio ambiente, mas nem sempre isso acontece.
As atividades humanas causam mudanças tão intensas e tão rápidas, que os mecanismos naturais não conseguem neutralizar a tempo seus efeitos nocivos. Um dos exemplos dessas atividades mais prejudiciais à natureza é o desmatamento, que tem como principais consequências à degradação do solo, destruição de espécies e enchentes. Ainda assim, o homem insiste em degradar a natureza, mesmo sabendo que o resultado é catastrófico. O desequilíbrio ecológico causa perturbações, a curto, médio e longo prazo, nos ecossistemas naturais, mas também tende a reverter estas perturbações ao próprio homem, uma vez que ele vive e depende do meio ambiente para continuar a sobreviver. Sem água potável, sem ar respirável, sem florestas, sem fauna e flora em equilíbrio, a qualidade de vida do próprio homem encontra-se ameaçada. Há muitos indicativos de que as mesmas espécies marinhas e terrestres, que hoje estão se extinguindo, estão levando consigo substâncias presentes em seus corpos, que poderiam ser a solução de muitas doenças. A retorica também é verdadeira para as centenas de espécies de plantas e animais desconhecidos da Amazônia e de outros biomas no planeta na qual habitamos, devemos cuidar melhor dele. 
O intuito deste trabalho é relatar os desequilíbrios ambiental na cidade de Altamira decorrente da construção da UHE Belo Monte. Relatar quais desequilíbrios, as causas, consequências e soluções.
SOBRE A UHE – USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE E A CIDADE DE ALTAMIRA
A cidade de Altamira foi fundada no dia seis de novembro de 1911, embora tenha conhecimento que mesmo antes de 1750 os jesuítas já habitavam a região do Xingu, onde foi surgida a Vila de Altamira, o primeiro registro formal de sua existência data de 14 de abril de 1874, com a criação do município de Souzel, no qual se inseria a região que hoje denomina-se município de Altamira, com uma área de 159 533,73 km², o que o torna o maior município do Brasil e o terceiro maior do mundo em extensão territorial, com 99.075 habitantes (Censo 2019),está no bioma Amazônia, situado à margem esquerda do Rio Xingu, rica em biodiversidade, acolhe várias unidades de conservação, clima tropical, a temperatura média anual é de 22.5 °C, e o índice pluviométrico de 1.191 mm de média anual. 
Altamira vem sendo destaque no cenário nacional e internacional, desde que iniciou se a movimentação e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, por ser o município que integra a região do Xingu, na área de influência da UHE Belo Monte, grande parte do reservatório formado será em Altamira, os impactos são questionados de diferentes maneiras pela população, Ministério Público, entidades de classes ONGs, povos, indígenas, ribeirinhos e organismos internacionais tem se mobilizados para impedir a construção. O empreendimento estimado em R$ 30 bilhões, levou a migração de milhares de pessoas para a região em busca de oportunidades de ganho, de uma vida melhor, isso provocou um boom populacional assustador para o município, da noite para o dia a cidade se viu com mais de 140 mil, na avaliação da prefeitura e sem infraestrutura básica adequada, para receber esse contingente de migrantes, com isso a cidade entrou em colapso, o sistema de Saúde, Segurança, Educação, Habitação, entre outros. No projeto estão inseridas as condicionantes, que exige a realização de obras de infraestrutura deveria ser realizada antes de iniciar a obra de construção da UHE (MPF, 2015¹). 
A usina hidrelétrica Belo Monte foi planejada em meados da década de 1980, como uma das obras de infraestrutura e integração da Amazônia do governo militar. Ao longo de sua elaboração, o projeto de aproveitamento hidroelétrico de Belo Monte foi várias vezes modificado, com o propósito de restringir os impactos que o projeto poderia acarretar ao meio ambiente e à população da região. A área de inundação foi reduzida em 60% em comparação com o projeto inicial: a título de comparação, enquanto a média nacional de área alagada é de 0,49 km² por MW instalado, a Usina de Belo Monte deverá contar com uma relação de apenas 0,04 km² por MW instalado. Ademais, dos 516 km2 de área inundada, cerca de 228 km2 (44%) correspondem ao próprio leito original do rio (EPE, 2011). 
Como compromisso ambiental, em observância aos fortes condicionantes ambientais, Belo Monte foi planejada com operação em regime de fio d'agua, o que permitiu uma redução expressiva no tamanho do reservatório e consequentemente da área a ser inundada. Enfim são muitos argumentos contra e a favor da construção da UHE Belo Monte. A polêmica gerada em torno da construção da usina reside nos impactos ambientais por ela causados, bem como o fato de as barragens e as construções afetarem diretamente a morada de grupos indígenas e populações ribeirinhas.
Não foram só as máquinas chegarem e derrubarem as casas, foi a destruição dos nossos sonhos, dos vínculos de amizade. Para a Norte Energia não existe direito. Eu olho para um lado e não vejo mais meu filho, olho para o outro e não está mais o meu compadre, olho para frente e não tem mais o agente de saúde, nem o vizinho que rezava (MPF, 2015¹).
Relato do pescador Hélio Alves da Silva, um dos moradores de Santo Antônio, onde a comunidade foi retirada do local há 3 anos, levando aqueles moradores à perderem seu sustento e não ter mais como pescar nem plantar. Hélio mora em Altamira, em um bairro muito distante do centro e vive de bicos, como pedreiro, nas cidades vizinhas. E ainda afirma: “Se eu não tivesse aprendido a ser pedreiro, estava passando fome. Não tem ninguém para quem a vida tenha melhorado. Todos nós estamos impedidos de pescar” (MPF, 2015¹).
IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NA AMAZÔNIA
Na região amazônica, muitos são os impactos ambientais gerados pelo homem que buscam o crescimento econômico a partir da exploração desordenada dos recursos naturais, tendo foco principalmente nos grandes projetos de expansão agrícola, pecuária, rodovias e principalmente UHE, isso acabam estimulando a supressão da floresta, causando danos irreversíveis, como a extinção de animais, plantas, de outros recursos naturais, inúmeras culturais e etnias, afetando as gerações presentes e futuras (CORDEIRO; VERSIGNASSI; STEFFEN; GAMA, 2012). 
No histórico de Altamira, a cidade foi fundada no dia seis de novembro de 1911, embora tenha conhecimento que mesmo antes de 1750 os jesuítas já habitavam a região do Xingu, onde foi surgida a Vila de Altamira, o primeiro registro formal de sua existência data de 14 de abril de 1874, com a criação do município de Souzel, no qual se inseria a região que hoje denomina-se município de Altamira, com uma área de 159 533,73 km², o que o torna o maior município do Brasil e o terceiro maior do mundo em extensão territorial, com 99.075 habitantes (Censo 2019), está no bioma Amazônia, situado à margem esquerda do Rio Xingu, rica em biodiversidade, acolhe várias unidades de conservação, clima tropical, a temperatura média anual é de 22.5 °C, e o índice pluviométrico de 1.191 mm de média anual. Altamira vem sendo destaque no cenário nacional e internacional, desde que iniciou se a movimentação e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, por ser omunicípio que integra a região do Xingu, na área de influência da UHE Belo Monte, grande parte do reservatório formado será em Altamira, os impactos são foram questionados por movimentos sociais do Xingu, movimentos indígenas, organizações ambientalistas, cientistas de várias universidades e o Ministério Público Federal, eram vozes que questionavam o projeto e até para impedir sua implantação (EPE, 2011).. 
O empreendimento estimado em R$ 30 bilhões, levou a migração de milhares de pessoas para a região em busca de oportunidades de ganho, de uma vida melhor, isso provocou um boom populacional assustador para o município, que da noite para o dia a cidade se viu com mais de 140 mil, na avaliação da prefeitura e sem infraestrutura básica adequada, para receber esse contingente de migrantes, com isso a cidade entrou em colapso, o sistema de Saúde, Segurança, Educação, Habitação, entre outros. No projeto estão inseridas as condicionantes, que exige a realização de obras de infraestrutura deveria ser realizada antes de iniciar a obra de construção da UHE. Por exemplo o saneamento básico de Altamira, até hoje não funciona. Há risco de colapso sanitário na cidade, porque o lago da barragem fica bem em frente a área urbana com mais de 150 mil moradores (FEARNSIDE, 2011). 
O alagamento de fossas sépticas antigas e o despejo de esgoto no rio traz graves riscos de saúde pública. Tudo isso estava previsto no licenciamento de Belo Monte, mas durante anos a Norte Energia manteve um cabo de guerra com a prefeitura de Altamira e o estado do Pará para não pagar pelas ligações do sistema de esgoto com as residências da cidade. Só agora, depois da Licença e Operação e do fechamento da barragem é que as ligações estão sendo feitas pela empresa. Mas o ritmo é muito lento e quanto mais se aproximam as chuvas amazônicas, mais crescem os riscos para os moradores. A mobilidade urbana é precária, o meio de transporte público não atende as necessidades da população, o transito é caótico, desemprego, violência, prostituição, aumento da criminalidade, perda da identidade sócio culturais, tudo isso gerado por um desequilíbrio socioambiental (PENA, 2015). 
A usina hidrelétrica Belo Monte foi planejada em meados da década de 1980, como uma das obras de infraestrutura e integração da Amazônia do governo militar. Ao longo de sua elaboração, o projeto de aproveitamento hidroelétrico de Belo Monte foi várias vezes modificado, com o propósito de restringir os impactos que o projeto poderia acarretar ao meio ambiente e à população da região. A área de inundação foi reduzida em 60% em comparação com o projeto inicial: a título de comparação, enquanto a média nacional de área alagada é de 0,49 km² por MW instalado, a Usina de Belo Monte deverá contar com uma relação de apenas 0,04 km² por MW instalado. Ademais, dos 516 km2 de área inundada, cerca de 228 km2 (44%) correspondem ao próprio leito original do rio. Como compromisso ambiental, em observância aos fortes condicionantes ambientais, Belo Monte foi planejada com operação em regime de fio d'agua, o que permitiu uma redução expressiva no tamanho do reservatório e consequentemente da área a ser inundada. Enfim são muitos argumentos contra e a favor da construção da UHE Belo Monte (FEARNSIDE, 2011). 
A polêmica gerada em torno da construção da usina reside nos impactos ambientais por ela causados, bem como o fato de as barragens e as construções afetarem diretamente a morada de grupos indígenas e populações ribeirinhas. Outro impacto decorrente da implantação da UHE Belo Monte de grande interferência negativa, ocorrerá na chamada Volta Grande do Xingu, nesta região de influência da usina, duas TIs serão diretamente impactadas: a TI Paquiçamba, dos índios Juruna, e a área dos Arara da Volta Grande, que se situam no trecho de 100 km do rio que terá sua vazão drasticamente reduzida (PENA, 2015). 
Diversos impactos biológicos e sociais são previstos com a redução dos níveis da água do rio Xingu no trecho abaixo da barragem principal, como problemas para a navegação e os efeitos sobre a floresta aluvial em toda a área afetada pelo rebaixamento do lençol freático, extinção local de espécies, escassez da pesca, aumento de pressão fundiária e de desmatamento, migração de não-índios, ocupação desordenada do território, proliferação de epidemias e diminuição da qualidade da água. (FEARNSIDE, 2011, p. 5).
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
O presente trabalho foi realizado durante compreendido de junho a julho de 2017, usados como fontes de consulta artigos dispostos na internet, livros e reportagens, uma pesquisa bibliográfica. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A construção da usina tem seu lado positivo, como a maior vantagem, é sem dúvida, o fato de obter mais eletricidade. A UHE Belo Monte, desse ponto de vista, é uma necessidade, contudo para alguns é um desastre, já que seu reservatório vai alagar uma área na Amazônia equivalente a 1/3 da cidade de São Paulo, entre outros desequilíbrios ambientais, sociais e econômicos. A alternativa é buscar outras fontes de energia eólica e solar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tantos impactos irreversíveis e trágicos, de tanta ineficiência e incertezas, diante de tantos estudos científicos e técnicos que mostram as falhas no modelo das grandes barragens, a pergunta que sempre resta ao final é: se precisamos de energia, como vamos gerar? A boa notícia é que a sociedade brasileira, ignorada pelo governo até hoje, já produziu muitas boas respostas. A premissa básica a ser considerada é a de que a solução não está nos mesmos setores econômicos que dominam o planejamento energético brasileiro desde a ditadura. Não se pode aceitar mais que a solução para as necessidades energéticas do país sejam novas barragens na Amazônia, cada vez mais caras e danosas. Não se pode mais aceitar que índios, quilombolas e ribeirinhos sejam tornados invisíveis e atropelados, principalmente porque são esses povos que acumulam saberes ancestrais valiosos que podem ser essenciais para o futuro de mudanças climáticas que todos vamos enfrentar. Também não se pode aceitar mais a chantagem de que a única alternativa às hidrelétricas sejam as termelétricas. Há alternativas.
REFERÊNCIAS
¹ MPF – Ministério Público Federal no Pará. Remoção forçada de ribeirinhos por Belo Monte provoca tragédia social em Altamira. Junho, 2015. Disponível em http://www.mpf.mp.br/pa/sala-de-imprensa/noticias-pa/remocao-forcada-de-ribeirinhos-por-belo-monte-provoca-tragedia-social-em-altamira. Acesso em 12 de julho, 2017.
FEARNSIDE, P. M. Gases de Efeito Estufa no EIA-RIMA da Hidrelétrica de Belo Monte. Novos Cadernos NAEA 14(1): 5-19, 2011. Disponível em http://philip.inpa.gov.br/publ_livres/2015/Livro-Hidro-V1/Cap-15%20Livro%20Hidrel%C3%A9tricas%20V.1.pdf. Acesso em 12 de julho, 2017.
PENA, R. F. A. Usina de Belo Monte.  Geografia humana do Brasil. Mundo educação. 2015. Disponível em http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/usina-belo-monte.htm. Acesso em 12 de julho, 2017.
EPE – Ministério de Minas e Energia. Projeto da usina hidrelétrica de belo monte fatos e dados. Fev. 2011. Disponível em http://www.mme.gov.br/documents/10584/1590364/BELO_MONTE_-_Fatos_e_Dados.pdf/94303fc2-d171-45be-a2d3-1029d7ae5aad. Acesso em 15 de julho, 2017.
CORDEIRO, T.; VERSIGNASSI, A.; STEFFEN, R.; GAMA, H. Vantagens e desvantagens de Belo Monte. Rev. Super interessante. Jan. 2012. Disponível em http://super.abril.com.br/ideias/quais-sao-as-vantagens-e-desvantagens-de-belo-monte/. Acesso em 15 de julho, 2017.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL NO PARÁ. Belo Monte pagará multas diárias por não concluir saneamento de Altamira. Set. 2016. Disponível em http://www.portaldoxingu.com.br/belo-monte-pagara-multas-diarias-por-nao-concluir-saneamento-de-altamira/. Acesso em 17 de julho, 2017.

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