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Abordagem morfofuncional dos membros superiores e inferiores

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1 
ABORDAGEM MORFOFUNCIONAL DOS OSSOS E ARTICULAÇÕES DOS 
MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES 
 
 
Djanira Aparecida da Luz Veronez1 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os membros superiores fazem parte do esqueleto apendicular, sendo articulados ao 
esqueleto axial por meio das cinturas escapulares. 
O esqueleto axial é formado por todos os ossos do crânio, ossos da coluna 
vertebral, osso esterno e todas as costelas. 
O esqueleto apendicular é constituído pelos ossos dos membros superiores (úmero, 
rádio, ulna, ossos do carpo, metacarpos e falanges proximais, médias e distais), 
pelos ossos da cintura escapular (escápula e clavícula), pelos ossos dos membros 
inferiores (fêmur, patela, tíbia, fíbula, tarsos, metatarsos e falanges) e pelos ossos 
da cintura pélvica (ossos do quadril). 
 
OSSOS DOS MEMBROS SUPERIORES E CINTURA ESCAPULAR 
 
Os membros superiores são divididos em regiões, como o braço, antebraço e mão. 
O braço corresponde à região compreendida entre a articulação do ombro e a 
articulação do cotovelo; o antebraço, região compreendida entre a articulação do 
 
1 Biomédica. Doutora em Ciências Médicas área de concentração Neurociências pela Universidade Estadual de 
Campinas. Professora do departamento de anatomia da Universidade Federal do Paraná. 
 
 2 
cotovelo e a articulação do punho; e a mão, correspondendo ao segmento mais 
distal dos membros superiores. 
 
Osso do Braço 
 
Úmero 
 
O osso situado na região do braço é o úmero (Figura 1).. São em número de dois: o 
úmero direito e o úmero esquerdo 
 3 
 
Figura 1. Úmero esquerdo (vista posterior) 
 
O úmero é um osso classificado como osso longo, contendo, como principais 
acidentes anatômicos, a cabeça do úmero, o tubérculo maior, o tubérculo menor, o 
 4 
sulco intertubercular, o colo anatômico, o colo cirúrgico, a tuberosidade deltoidea, o 
capítulo, a tróclea; a fossa do olecrano, o epicôndilo medial, o sulco no nervo ulnar, 
o epicôndilo lateral, a fossa coronoide e a fossa radial. 
O úmero se articula superiormente com a cavidade glenoide da escápula, para 
compor a articulação do ombro e, inferiormente (distalmente) com o rádio 
lateralmente; e com a ulna medialmente para compor a articulação do cotovelo. 
 
Ossos do Antebraço 
 
Rádio 
 
O rádio (Figura 2) é um osso classificado como longo, encontrado lateralmente à 
ulna, no antebraço. Os principais acidentes ósseos do rádio são a cabeça do rádio; a 
circunferência articular da cabeça do rádio; a tuberosidade do rádio; a margem ou 
borda interóssea; a incisura ulnar; a face articular do carpo, o processo estiloide e o 
colo do rádio. 
 5 
 
Figura 2. Rádio direito (vista posterior) 
 
O rádio articula-se proximalmente pela concavidade da cabeça do rádio, com o 
capítulo do úmero; a circunferência articular da cabeça do rádio articula-se com a 
incisura radial da ulna. Distalmente articula-se com a primeira proximal dos ossos do 
carpo por meio da face articular do carpo e com a ulna pela incisura ulnar. 
 6 
 
Ulna 
 
A ulna (Figura 3) é osso classificado como longo, localizado medialmente ao rádio 
na região do antebraço. Apresenta como principais acidentes anatômicos o processo 
coronoide; a incisura troclear; a incisura radial; o olecrano da ulna; a borda 
interóssea; a cabeça da ulna; a circunferência articular da cabeça da ulna e o 
processo estiloide. 
 7 
 
Figura 3. Ulna esquerda (vista anterior) 
 
A ulna proximalmente articula-se com a tróclea do úmero por meio da incisura 
troclear. Também proximalmente, articula-se com o rádio, por meio da incisura 
 8 
radial. Essa juntura possibilita o desenvolvimento de movimentos de pronação e 
supinação. 
A face inferior da cabeça da ulna, distalmente articula-se com a fileira proximal dos 
ossos do carpo. A circunferência articular da cabeça da ulna articula-se com a 
incisura ulnar do rádio, lateralmente. 
 
Ossos da Mão 
 
Ossos do carpo 
 
Os ossos do carpo (Figura 4) são em número de oito, bilateralmente classificados 
como ossos cúbicos, dispostos em duas fileiras, uma proximal e outra distal. A fileira 
proximal é constituída por quatro ossos, posicionados anatomicamente de lateral 
para medial com ossos escafoide; semilunar; piramidal e pisiforme (menor dos ossos 
do carpo). Essa fileira proximal articula-se com o rádio (exceto pisiforme). A fileira 
distal dos ossos do carpo é constituída, de lateral para medial, pelos ossos: trapézio; 
trapezoide; capitato e hamato (ou uncinado). 
 9 
 
Figura 4. Ossos do carpo 
 
As fileiras proximal e distal dos ossos do carpo compõem as articulações 
intercarpais entre si. A fileira distal se junta aos ossos metacarpos por meio das 
articulações carpometacarpeanas. 
 
Metacarpos 
 
Os ossos metacarpos (Figura 5) denominados de I a V, de lateral para medial, 
articulam-se com os carpos, proximalmente (articulações carpometacarpeanas) e 
com as falanges distalmente (articulações metacarpofalangeanas); os quatro 
metacarpos mediais (II ao V) ainda se articulam entre si por meio de suas bases. 
 10 
 
Figura 5. Carpo, metacarpos e falanges (mão direita) 
 
 
Falanges 
 
As falanges são ossos pequenos no tamanho, porém, quanto às suas dimensões 
(comprimento, largura e espessura), são classificadas como ossos longos. Cada 
dedo possui três falanges (falange proximal, falange média e falange distal) com 
exceção do polegar, que possui apenas duas (falange proximal e falange distal). 
As falanges das mãos articulam-se proximalmente com os ossos metacarpos por 
meio das articulações metacarpofalangeanas e entre si por meio das articulações 
interfalangeanas. 
 
 11 
Ossos da cintura escapular 
 
Escápula 
 
A escápula (Figura 6) é um osso laminar (ou osso plano). Apresenta como principais 
acidentes anatômicos o acrômio; o processo coracoide da escápula; a fossa 
supraespinhal; a fossa infraespinhal; a fossa subescapular; a espinha da escápula e 
a cavidade glenoide. Possui três bordas, superior, medial e lateral e três ângulos, 
superior, inferior, lateral. 
 
 
Figura 6. Escápula esquerda (vista posterior) 
 
 12 
A escápula se articula com o úmero pela cavidade glenoide (articulação do ombro) e 
com a clavícula por meio do acrômio e da extremidade acromial da clavícula 
(articulação acromioclavicular). 
 
Clavícula 
 
A clavícula (Figura 7) é um osso classificado como longo, disposto transversalmente 
na fase anterior e proximal do tronco. Apresenta como principais acidentes 
anatômicos a extremidade esternal da clavícula; a extremidade acromial; o corpo da 
clavícula; o tubérculo conoide e a linha trapezoide. 
 
Figura 7. Clavícula direita (vista inferior) 
 
A clavícula se articula medialmente com o osso esterno (articulação 
esternoclavicular) e lateralmente com a escápula (articulação acromioclavicular). É 
responsável pela sustentação de todo o membro superior. 
 
 13 
OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES E CINTURA PÉLVICA 
 
Os membros inferiores são divididos em regiões como a coxa, perna e pé. A coxa 
corresponde à região compreendida entre a articulação do quadril e a articulação do 
joelho; a perna, região compreendida entre a articulação do joelho e a articulação do 
tornozelo; e o pé, correspondendo ao segmento mais distal dos membros inferiores. 
 
Osso da Coxa 
Fêmur 
 
O fêmur (Figura 8) é um osso classificado como osso longo pelas suas dimensões. 
Quanto ao seu tamanho, é definido como o maior osso do corpo humano. É o único 
osso longo entre a extremidade distaldo quadril e a articulação do joelho. Os 
principais acidentes anatômicos do fêmur são a cabeça do fêmur, a fóvea da cabeça 
do fêmur, o colo da cabeça do fêmur, o trocânter maior, o trocânter menor, a crista 
intertrocantérica, o sulco intertrocantérico, o corpo ou diáfise do fêmur, linha 
pectínea, a linha áspera, os côndilos femurais, os epicôndilos femorais, o tubérculo 
adutor, a fossa poplítea e a fossa intercondilar. 
 14 
 
Figura 8. Fêmur direito em vista frontal 
 
O fêmur (Figura 9) se articula proximamente com o osso do quadril por meio da 
articulação coxofemoral ou articulação do quadril e distalmente com os ossos da 
perna, tíbia e fíbula, por meio da articulação do joelho. Na articulação do joelho, um 
 15 
osso sesamoide (ossos que surgem entre articulações ou músculos) se encontra 
presente, a patela. 
 
Figura 9. Epífise distal do fêmur direito (vista posterior) 
 
 16 
 
Patela 
 
A patela (Figura 10) é um pequeno osso com aspecto triangular que apresenta seu 
ápice inferior e base superior. A face anterior é côncava e a face posterior (face 
articular da patela) é lisa e ovalada. Os principais acidentes anatômicos da patela 
são a base da patela; o ápice da patela; a face articular lateral e a face articular 
medial. 
 
Figura 10. Face anterior da patela 
 
A patela é um osso sesamoide formado no interior da articulação do joelho. Articula-
se com o fêmur por meio da articulação patelofemoral. 
 17 
 
Tíbia 
 
A tíbia (Figura 11) é um osso classificado como longo com aspecto prismático. 
Apresenta três faces, face medial, face lateral e face posterior. Os principais 
acidentes anatômicos da tíbia são o côndilo medial da tíbia; o côndilo lateral da tíbia; 
o tubérculo intercondilar lateral, o tubérculo intercondilar medial; a eminência 
intercondilar; as facetas articulares (platô tibial); a tuberosidade da tíbia (local de 
fixação do tendão patelar), o corpo da tíbia (diáfise), a crista ou borda anterior da 
tíbia; o maléolo medial da tíbia e a incisura fibular. 
 18 
 
Figura 11. Face póstero-lateral da tíbia esquerda 
 
A tíbia se articula, proximalmente, com o fêmur por meio da articulação tibiofemoral 
medial e articulação tibiofemoral lateral. 
 
 19 
Fíbula 
 
A fíbula (Figura 12) é um osso longo, multifacetado, presente lateralmente à tíbia, na 
perna. Os principais acidentes anatômicos da fíbula são: a cabeça da fíbula, o ápice 
da cabeça da fíbula, o colo da fíbula, o corpo da fíbula (diáfise), o maléolo lateral e o 
sulco do maléolo lateral da fíbula. 
 20 
 
Figura 12. Face medial da fíbula direita 
 
A fíbula se articula com a tíbia proximalmente (articulação tibiofibular proximal) e 
com a tíbia e o tálus, distalmente (articulação talocrural). 
 21 
 
Ossos do Pé 
 
Ossos do Tarso 
 
Os ossos do tarso são em número de sete da porção proximal do pé. São 
classificados como ossos cúbicos e são denominados ossos do tarso ou ossos 
tarsais (Figura 13). São eles: o tálus, o calcâneo, o navicular, o cuboide, osso 
cuneiforme lateral, osso cuneiforme intermédio e osso cuneiforme medial. 
 
Figura 13. Tarso, metatarsos e falanges (pé direito) 
 
O tálus é o único osso do tarso que participa na constituição da articulação do 
tornozelo junto com a tíbia e a fíbula (articulação talocrural). O tálus se articula com 
o calcâneo compondo a articulação subtalar. 
 22 
Os ossos do tarso compõem as articulações intertarpais entre si. 
Os ossos cuneiformes, medial, intermédio e lateral, e o osso cuboide juntam-se aos 
ossos metatarsos por meio das articulações tarsometatarseanas. 
 
Metatarsos 
 
Os ossos metatarsos são cinco ossos do pé denominados, de medial para lateral, 
como I, II, III, IV e V osso metatarso do pé (Figura 14). Os principais acidentes 
anatômicos dos metatarsos são a cabeça do osso metatarso, o corpo do osso 
metatarso, a base do osso metatarso. 
Os ossos metatarsos articulam-se com os ossos do tarso por meio das articulações 
tarsometatarseanas e formam junturas com as falanges proximais dos dedos dos 
pés por meio das articulações metatarsofalangeanas. 
 
Figura 14. Dorso do pé direito 
 23 
Falanges 
 
Como ocorre nas mãos, as falanges são ossos pequenos no tamanho, porém, 
quanto as suas dimensões (comprimento, largura e espessura), são classificadas 
como ossos longos. Nos pés as falanges formam o esqueleto dos dedos dos pés 
(artelhos). Os dedos dos pés são numerados de I a V, iniciando do lado medial 
(hálux). Cada dedo possui três falanges (falange proximal, falange média e falange 
distal) com exceção do hálux (I artelho), que possui apenas duas (falange proximal e 
falange distal). 
As falanges dos pés articulam-se proximalmente com os ossos metatarsos por meio 
das articulações metatarsofalangeanas e entre si por meio das articulações 
interfalangeanas. 
 
Ossos da cintura pélvica 
 
A cintura pélvica é constituída pelos ossos do quadril, direito e esquerdo. É 
responsável pela junção dos ossos do esqueleto apendicular dos membros inferiores 
ao esqueleto axial. 
 
Osso do Quadril 
 
Cada osso do quadril (Figura 15) é formado pela ossificação de três ossos, o íleo, 
ísquio e púbis. Apresenta uma forma complexa com características de osso plano e 
irregular. 
Os principais acidentes anatômicos do osso do quadril são a área do osso Íleo, a 
área do osso ísquio, a área do osso púbis, a espinha ilíaca anterossuperior, a 
espinha ilíaca anteroinferior, a espinha ilíaca posterossuperior, a espinha ilíaca 
posteroinferior, a crista ilíaca, a face glútea, a linha glútea anterior, a linha glútea 
 24 
inferior, a linha glútea posterior, a fossa ilíaca, a face auricular, o túber isquiático, a 
incisura isquiática menor, a espinha isquiática, a incisura isquiática maior, o corpo do 
osso ísquio, o ramo do osso ísquio, o corpo do osso púbis, o ramo superior do osso 
púbis, o ramo inferior do osso púbis, o tubérculo púbico e a face sinfisial. 
 
Figura 15. Osso do quadril direito (vista anterolateral) 
 
 25 
Os dois ossos do quadril articulam-se anteriormente por meio da articulação sínfise 
púbica. Posteriormente, cada osso do quadril se articula com a porção superior do 
osso sacro (articulação sacroilíaca) e lateralmente com o osso fêmur (articulação do 
quadril). 
 
PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS SUPERIORES 
Articulação do ombro 
 
A articulação do ombro (Figura 16) é formada pela junção de três ossos, a escápula, 
a clavícula e o úmero. 
O complexo ombro é constituído por duas articulações, a articulação 
acromioclavicular e a articulação glenoumeral. 
 
Figura 16. Articulação do ombro 
 26 
 
A articulação acromioclavicular é uma articulação sinovial plana entre a extremidade 
acromial da clavícula e a borda medial do acrômio da escápula. É formada pelas 
seguintes estruturas: a membrana sinovial (membrana conjuntiva delgada, 
responsável pela produção do líquido sinovial); o líquido sinovial (líquido viscoso que 
atua como um lubrificante orgânico); a cápsula articular (revestimento conjuntivo 
fibroso, espesso, que há em toda a articulação acromioclavicular); o ligamento 
acromioclavicular (constituído por fibras paralelas de tecido conjuntivo que se 
estendem da extremidade acromial da clavícula até o acrômio da escápula); o 
ligamento coracoclavicular (ligamento conjuntivo que une a clavícula ao processo 
coracoide da escápula e é formado por dois ligamentos, o ligamento trapezoide e o 
ligamento conoide); o ligamento coracoacromial (apresenta-se como um resistente 
feixe ligamentar triangular disposto entreo processo coracoide e o acrômio da 
escápula); o ligamento transverso superior (é um delgado feixe ligamentar, 
achatado, inserido entre o processo coracoide e na incisura da escápula). 
A articulação glenoumeral, também denominada articulação escapuloumeral, é uma 
articulação sinovial esferoide (formada entre uma extremidade óssea côncava, a 
cavidade glenoidal da escápula, e outra extremidade óssea com formato semi-
esferoide, a cabeça do úmero). É constituída pelas seguintes estruturas, a saber, a 
membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular (que envolve toda a 
cavidade glenoide e a cabeça do úmero); o ligamento córaco-umeral (um amplo 
feixe que fortalece a parte superior da cápsula articular do ombro); os ligamentos 
glenoumerais superior, médio e inferior (localizados na face anterior da articulação 
do ombro, são três ligamentos espessos sobre a cápsula articular); o ligamento 
transverso do úmero (apresenta-se como uma delgada lâmina de fibras conjuntivas 
curtas e transversais que unem o tubérculo maior e o menor do úmero para manter o 
tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial no sulco intertubercular); o lábio 
glenoidal (também denominada orla fibrocartilaginosa ou bordelete e se localiza 
inserida ao redor da borda da cavidade glenoidal da escápula). 
 
Articulação do Cotovelo 
 27 
 
A articulação do cotovelo (Figura 17) é classificada como uma articulação sinovial 
(que contém o líquido sinovial, um lubrificante orgânico para a articulação) do tipo 
gínglimo (articulação em dobradiça, ou seja, uma articulação em que predominam os 
movimentos de flexão e extensão). 
 
Figura 17. Articulação do cotovelo 
 
 28 
O complexo cotovelo apresenta a junção de três articulações, a articulação 
umeroulnar (entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna); a articulação 
umerorradial (entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio) e a articulação 
radioulnar proximal (entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna). Todas as 
superfícies articulares são reunidas por uma cápsula articular espessada medial e 
lateralmente pelos ligamentos colaterais ulnar e radial. 
Os componentes articulares da articulação umeroulnar e articulação umerorradial 
são a membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular (que circunda toda a 
articulação do cotovelo); o ligamento colateral ulnar (apresenta-se como um feixe 
triangular espesso entre a extremidade distal do úmero e a extremidade proximal da 
ulna, medialmente); o ligamento colateral radial (é um feixe conjuntivo fibroso 
triangular entre a extremidade distal do úmero e a extremidade proximal do rádio, 
lateralmente). 
A articulação radioulnar proximal (Figura 18) é classificada como uma juntura 
trocoide ou em pivô, onde o encaixe ósseo possibilita a execução dos movimentos 
de pronação e supinação do antebraço e mão. É formada entre a circunferência da 
cabeça do rádio e o anel formado pela incisura radial da ulna e o ligamento anular 
(um espesso e resistente feixe de fibras conjuntivas que envolve a cabeça do rádio, 
mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna). 
 29 
 
Figura 18. Articulação radioulnar 
 
Articulação do Punho 
 30 
 
A articulação do punho (Figura 19) é um complexo articular constituído pela 
articulação radioulnar distal e articulação radiocárpica. 
A articulação rádioulnar distal é uma juntura trocoide formada entre a cabeça da ulna 
e a incisura ulnar da extremidade inferior do rádio. É constituída pela cápsula 
articular (feixes de fibras conjuntivas inseridas nas margens da incisura ulnar e na 
cabeça da ulna contendo dois espessamentos denominados ligamento radioulnar 
ventral e radioulnar dorsal) e pelo disco articular (um disco fibrocartilaginoso com 
formato triangular inserido transversalmente sob a cabeça da ulna). 
 
Figura 19. Articulação do punho 
 
A articulação radiocárpica é uma articulação sinovial formada pela extremidade 
distal do rádio e a face distal do disco articular com os ossos do carpo, escafóide, 
semilunar e piramidal. É constituída pelos componentes articulares: o ligamento 
 31 
radiocárpico palmar (um largo feixe membranoso inserido na margem anterior da 
extremidade distal do processo estilóide do rádio e na face palmar da extremidade 
distal da ulna; suas fibras se dirigem distalmente para inserir-se nos ossos 
escafóide, semilunar e piramidal); o ligamento radiocárpico dorsal (entre a borda 
posterior da extremidade distal do rádio e os ossos escafoide, semilunar e 
piramidal); o ligamento colateral ulnar (um feixe conjuntivo inserido proximalmente 
na extremidade do processo estiloide da ulna e distalmente nos ossos piramidal e 
pisiforme); o ligamento colateral radial (que se estende do ápice do processo 
estiloide do rádio até o osso escafoide); a membrana sinovial; e o líquido sinovial. 
 
PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
 
Articulação do Quadril 
 
A articulação do quadril (Figura 20), também denominada articulação coxofemoral, é 
uma juntura classificada como sinovial do tipo esférica, formada pela cabeça do 
fêmur e a cavidade do acetábulo. É constituída pelos seguintes componentes 
articulares, a membrana sinovial; o líquido sinovial; a orla fibrocartilaginosa do 
acetábulo (anel fibrocartilaginoso inserido na margem do acetábulo); o ligamento da 
cabeça do fêmur (feixe de fibras conjuntivas entre o ápice da fóvea da cabeça do 
fêmur e a incisura da cavidade do acetábulo); a cápsula articular (membrana 
conjuntiva fibrosa mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação do 
quadril e delgada e frouxa, posteriormente); o ligamento iliofemoral (um feixe 
conjuntivo espesso e resistente, situado anteriormente à articulação do quadril, entre 
a região do osso íleo até a extremidade proximal do fêmur); o ligamento 
pubofemoral (entre o ramo superior do osso púbis e a extremidade proximal do 
fêmur; estes se fundem com a cápsula articular e com a face profunda do feixe 
vertical do ligamento iliofemoral) e o ligamento isquiofemoral (que consiste de um 
feixe de fibras conjuntivas com formato triangular, que segue da região do osso 
ísquio, distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares da 
cápsula articular). 
 32 
 
Figura 20. Articulação coxofemoral 
 
 
Articulação do Joelho 
 
 33 
A articulação do joelho (Figura 21) é a maior e mais completa articulação sinovial do 
corpo. Corresponde a um complexo articular formado pela articulação patelofemoral 
(classificada como juntura sinovial plana), articulação tibiofemoral medial e 
articulação tibiofemoral lateral (classificadas como juntura sinovial condilar, 
gínglimo). 
 
Figura 21. Articulação do joelho 
 34 
 
A articulação do joelho apresenta os seguintes componentes: a cartilagem articular 
(cartilagem hialina que reveste as faces articulares da patela, do fêmur e da tíbia 
para favorecer a congruência entre os ossos, causar deslizamentos e evitar o atrito 
entre os ossos); os meniscos, medial e lateral (anéis fibrocartilaginosos 
semicirculares que atuam como amortecedores orgânicos); membrana sinovial 
(membrana conjuntiva delgada responsável pela produção do líquido sinovial); o 
líquido sinovial (líquido viscoso que atua como um lubrificante orgânico); o ligamento 
cruzado anterior (ligamento intra-articular que se insere na eminência intercondilar 
da tíbia e segue até a face medial do côndilo lateral do fêmur); o ligamento cruzado 
posterior (ligamento intra-articular que se insere na fossa intercondilar posterior da 
tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e se dirige anteriormente e 
medialmente,para se fixar na parte anterior da face medial do côndilo medial do 
fêmur); o ligamento transverso (ligamento intra-articular que une a margem anterior, 
convexa, do menisco lateral, à extremidade anterior do menisco medial); o ligamento 
colateral tibial (ligamento extracapsular, é um feixe conjuntivo largo entre o côndilo 
medial do fêmur e o côndilo medial da tíbia); o ligamento colateral fibular (ligamento 
extra-capsular, apresenta-se como um feixe conjuntivo fibroso, espesso, entre o 
côndilo lateral do fêmur e a cabeça da fíbula); o ligamento patelar (corresponde à 
porção do tendão distal de inserção do músculo quadríceps femoral entre a patela e 
a tuberosidade da tíbia; é um ligamento extracapsular) e a cápsula articular (uma 
membrana fibrosa que atua como um ligamento capsular). 
 
Articulação do tornozelo 
 
O tornozelo é uma articulação sinovial composta pela extremidade distal da tíbia e 
fíbula e o osso tálus (osso do tarso). 
O complexo articular do tornozelo (Figura 22) é constituído pela articulação 
tibiofibular distal, articulação talocrural e articulação subtalar. A articulação 
tibiofibular distal é classificada como uma articulação sindesmose (articulação 
fibrosa) presente entre a tíbia e a fíbula anterior e distalmente. A articulação 
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tolocrural é formada pela juntura entre os ossos da perna (tíbia e fíbula) e o osso do 
pé (tálus); é uma articulação classificada como sinovial gínglimo (dobradiça). A 
articulação subtalar é uma articulação sinovial plana formada entre o osso tálus e o 
calcâneo. 
 
Figura 22. Articulações do tornozelo 
 
A articulação do tornozelo possui os seguintes componentes articulares, a 
membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular (membrana fibrosa que 
recobre a articulação); o ligamento deltoide (um feixe de tecido conjuntivo, com 
formato triangular localizado na face medial entre a extremidade distal da tíbia e os 
ossos do tarso, tálus, calcâneo e navicular); o ligamento colateral lateral constituído 
pelos feixes de fibras conjuntivas do ligamento talofibular anterior (presente da 
margem anterior do maléolo lateral da fíbula até o tálus), do ligamento talofibular 
posterior (insere-se na parte medial e posterior do maléolo lateral da fíbula para a 
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face posterior do tálus) e do ligamento calcaneofibular (segue do ápice do maléolo 
lateral da fíbula para a face lateral do calcâneo) 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
1. DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e 
Segmentar. 2ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 2005. 
 
2. ELIS, H., LOGAN, B., DIXON, A. Anatomia Seccional Humana. São Paulo, 
Editora Santos, 2001. 
 
3. MOORE, K. L., DALLEY, A.F. Anatomia Orientada para a Cclínica. 5ª. 
Edição. Editora Guanabara Koogan 2007. 
 
4. NETTER, F. Atlas de Anatomia Humana. Editora Artmed. 2004. 
 
5. SOBOTTA. Atlas de anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 
2006. 
 
6. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2 ed. São Paulo: Manole, 1991. 
 
7. ROHEN, J. W. Y., YOKOCHI, C. Atlas Fotográfico de Anatomia Humana. 
Editora Manole.2004. 
 
8. Van de Graaff KM. Anatomia humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003. 
 
 37 
9. WOLF-HEIDEGGER, G. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004.

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