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Desenho TécnicoDesenho Técnico "No Brasil, as normas técnicas são ditadas pela ABNT Associação Brasileira de Normas TécnicasABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Nesta disciplina serão discutidas a aplicação dasp p ç principais normas técnicas referentes ao desenho técnico, de acordo com a ABNT. Desenho Técnico - Normas • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) • ISO (International Organization for Standardization) • ASA (American Standart Association) • JIM (Japan International Norm)JIM (Japan International Norm) • DIN (Deutsche Indrustrie Normen) Modos de Representação doModos de Representação do Desenho Técnico “O desenho técnico pode assumir diversas formasO desenho técnico pode assumir diversas formas de representação, mas deve conservar suas principais características: o rigor e a objetividade. Os modos mais utilizados como representação são as perspectivas e as vistas múltiplas ”as perspectivas e as vistas múltiplas. Representação em PerspectivasRepresentação em Perspectivas “S lh t f t fi d h“Semelhante a uma fotografia, o desenho em perspectivas possibilita uma visão espacial,perspectivas possibilita uma visão espacial, imediata, de determinado objeto.” Exemplo Fonte: Freuler Guimarães Fossati PerspectivasPerspectivas “Método de representação gráfica dos objetos que apresenta sua forma no modo mais próximo comoapresenta sua forma no modo mais próximo como são vistos. É uma representação tridimensional que fornece através de um único desenho a forma dafornece, através de um único desenho, a forma da peça em estudo.” Perspectivas ComprimentoComprimento Largura Altura Perspectivas Observador Raios Visuais Quadro Projeção em Perspectivas. Perspectiva realística ou cônica: os raios visuais são b d á ó iconvergentes e o observador está próximo ao objeto. Perspectiva cilíndrica ou paralela: os raios visuais ã l l b d tsão paralelos e o observador se encontra no infinito. Tipos de Perspectivas. • Cônica: • Perspectiva exata. • Cilíndrica:• Cilíndrica: • Perspectiva cavaleira.p • Perspectiva axonométrica. Dividide-se em : perspectiva isométrica, perspectiva dimétrica e perspectiva trimétricae perspectiva trimétrica. Tipos de Perspectivas. Cônica Isométrica CavaleiraCônica Isométrica Cavaleira Perspectivas Cônicas. Conceito de Ponto de Fuga: ponto na linha d h i d ido horizonte para onde convergem os raios visuaisvisuais. Perspectivas Cônicas – 1 P.F. LH PFPF Perspectivas Cônicas – 2 P.F. LH PF PFPF PF Perspectivas Cavaleira ou Oblíqua. • A face frontal do objeto fica paralela ao quadro do d h i d j ã h ldesenho, garantindo a projeção em tamanho real e sem deformação da face. • As profundidades do objeto sofrem certa d f ã d d i li ã tili ddeformação de acordo com a inclinação utilizada na projeção. (Aplica-se o coeficiente de d f ã )deformação) 45° 1/2 30° 2/3 60º 1/345° 1/2 30° 2/3 60º 1/3 Perspectiva Cavaleira 30ºPerspectiva Cavaleira 30º. “Os raios projetantesOs raios projetantes incidem no plano de j ã â lprojeção com ângulos de 30º e as faces que 30º sofrer distorção terão suas medidas, no 30º suas medidas, no plano do desenho, reduzidas à dois 4 cm 4 cm2,7cm reduzidas à dois terços do valor real.” Fonte: Freuler G. Fossati Perspectiva Cavaleira 45ºPerspectiva Cavaleira 45º. “Os raios projetantesOs raios projetantes incidem no plano de j ã â lprojeção com ângulos de 45º e as faces que 45º sofrer distorção terão suas medidas, nosuas medidas, no plano do desenho, reduzidas à metade do 4 cm 2 cm reduzidas à metade do valor real.” Fonte: Freuler G. Fossati Perspectivas Cilíndricas Ortogonais • Perspectiva Isométrica: apresenta as três faces com a mesma inclinação em relação ao plano docom a mesma inclinação em relação ao plano do desenho (eixos cartesianos equidistantes 120º). • Perspectiva Dimétrica: apresenta duas faces com a mesma inclinação em relação ao plano doa mesma inclinação em relação ao plano do desenho (dois eixos com a mesma inclinação). • Perspectiva Trimétrica: as três faces apresentam inclinações distintas em relação ao quadroinclinações distintas em relação ao quadro. íPerspectivas Cilíndricas Ortogonais. Perspectiva Isométrica • Conserva as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado;da largura e da altura do objeto representado; • Apresenta traçado relativamente simples• Apresenta traçado relativamente simples. • As três faces do objeto ficam obliquas em relação• As três faces do objeto ficam obliquas em relação plano do papel, inclinadas em 30º em relação à horizontal;horizontal; Representação em Vistas MúltiplasRepresentação em Vistas Múltiplas “E tá b d it d j ã t l“Está baseada no conceito de projeção ortogonal, sendo a representação mais utilizada emsendo a representação mais utilizada em engenharia e mais fácil de se executar.” Exemplo Vistas MúltiplasVistas Múltiplas “Nos desenhos projetivos, a representação de qualquer objeto ou figura será feita por suaqualquer objeto ou figura será feita por sua projeção sobre um plano. Este tipo de projeção é denominado Projeção Ortogonal pois os raiosdenominado Projeção Ortogonal, pois os raios projetados são perpendiculares ao plano de projeção ”projeção. Vistas MúltiplasVistas Múltiplas Desenho Técnico - Normas A NBR 10067 (ABNT, 1995) fixa a forma de representação aplicada em desenho técnicorepresentação aplicada em desenho técnico. Normaliza: O ét d d j ã (1° 3° di d )• O método de projeção (1° ou 3° diedro). • A escolha das vistas e a determinação do númeroA escolha das vistas e a determinação do número de vistas. • Vistas especiais. C t õ• Cortes e seções. Projeções Ortogonais. Projeções Ortogonais. 1º Diedro2º Diedro 3º Diedro 4º Diedro Representação em DiedrosRepresentação em Diedros “N 1º di d“No 1º diedro o objeto está entre oobjeto está entre o observador e o planop de projeção. Esse sistema de projeção é conhecido como Método Alemão.” Representação em DiedrosRepresentação em Diedros “No 3º diedro o plano de projeçãoplano de projeção está situado entre o b dobservador e o objeto. É mais conhecido como Método Americano.”Método Americano. Projeções Ortogonais. Posterior Vistas, NBR 10067 Superior PosteriorSuperior Lateral Esquerda Direitaq Inferior Frontal Inferior Projeções Ortogonais no 1º Diedro. Plano Lateral Plano Vertical Plano Vertical Horizontal Rebatimento. “Para que o desenho resultante se transforme em uma linguagem gráfica os planos de projeçãouma linguagem gráfica, os planos de projeção horizontal e lateral têm os sentidos de rebatimento convencionados e sempre se rebatem sobre oconvencionados e sempre se rebatem sobre o plano vertical.” Rebatimento. Rebatimento. Rebatimento. “A manutenção das mesmas posições relativas das vistas permite que a partir dos desenhosp q p bidimensionais, resultantes das projeções ortogonais, seja possível visualizar a forma espacialg j do objeto representado.” Vistas Múltiplas • Conforme a Norma Técnica Brasileira NBR ISO 10209-2 (2005) “Representação ortográfica” é um conjunto de projeções ortogonais de um objetoj p j ç g j posicionado com suas faces principais paralelas aos planos coordenados.p • Estes planos de projeção devem ser rebatidosp p j ç sobre a folha de desenho, de modo que as posições das vistas do objeto sejam relacionadas entre si.j j Vistas DeslocadasVistas Deslocadas Para tornar mais clara a projeção desloca-se a vista além da posiçãocorreta. A i A Vista A Fonte: PLT 180 Vistas InterrompidasVistas Interrompidas. Representação de peças longas com extremidades características. Fonte: PLT 180 Vistas de DetalhesVistas de Detalhes. Apresenta detalhes de uma pequena zona de uma vista que não está claramente represenada. A A Fonte: PLT 180 Planos de SimetriaPlanos de Simetria Fonte: Freuler G. Fossati Folha de DesenhoFolha de Desenho. á“O formato básico do papel, designado por A0 (A zero), é o retângulo cujos lados medem 841mm e á 2 á1189mm, tendo a área de 1 m2. Do formato básico, derivam os demais formatos.” NBR 10067 – Folha de Desenho. (layout e dimensão) O produto X.Y é igual a 1 m2, no formato A0. √ Y A razão X/Y é igual a √2. Desse modo Y = 0 841 m e X = 1 189 mDesse modo Y = 0,841 m e X = 1,189 m. X NBR 10067 – Folha de Desenho. (f t A)(formatos A) AOA1 A2 A3A2 A3 A4A4 NBR 10067 – Folha de Desenho. (margens e legenda) 2525 mm Folha de Desenho NBR 10068. A1 AO1189 A3 A2 A3 A4 841 Folha de Desenho – Margens. Orientação: Retrato Orientação: PaisagemRetrato Paisagem LegendaLegenda. “A legenda deve ser apresentada no canto inferior direito para as folhas de formatos A3, A2, A1 e A0, ou ao longo da largura da folha de desenho, no formato A4.” Legenda - Função.g ç • Espaço destinado às informações sobre oEspaço destinado às informações sobre o desenho: seu número, título, origem, data, escala, profissional responsável pelo desenho, conteúdo eprofissional responsável pelo desenho, conteúdo e demais informações pertinentes. • Sua altura pode variar, apenas sua largura é especificada pela norma: 175 mm (A0 e A1) e 178especificada pela norma: 175 mm (A0 e A1) e 178 mm (A2, A3 e A4). Caligrafia Técnica “A caligrafia usada nos desenhos técnicos é definida pela ABNT e segue aos requisitos básicos, de legibilidade, rapidez na execução e proporcionalidade ao desenho. Pode ser executada à mão-livre ou com auxílio de normógrafo.” Caligrafia Técnica “A escrita pode ser vertical como ou inclinada em um ângulo de 75º (itálico).”um ângulo de 75 (itálico). Caligrafia Técnica. Relações: • Letra minúscula: 10/14 Maiúscula./ • Espaço entre linhas: 20/14 Maiúscula. • Espaço entre caracteres: 2/14 Maiúscula.p ç / • Espaço entre palavras: 6/16 Maiúscula. NBR 8402 – Caligrafia Técnica. “Objetiva criar uniformidade e legibilidade para evitar prejuízos na clareza do esboço ou desenho ep j ç evitar a possibilidade de interpretações erradas.” Letra Maiúscula: 2 5 3 5 5 7 10 14 202,5 mm 3,5 mm 5 mm 7 mm 10 mm 14 mm 20 mm √2 √2 √2 √2 √2 √2 EscalasEscalas. “A razão existente entre as dimensões doas dimensões do desenho e as dimensões reais dodimensões reais do objeto é chamada de l d d h ”escala do desenho.” Fonte: www.artecamargo.com Tipos de Escala. • Natural - razão 1 : 1Natural razão 1 : 1. • Ampliada – razão n : 1, n > 1. • Reduzida – razão 1 : n, n > 1. A NBR 8196 recomenda escalas onde n = 1 2 5A NBR 8196 recomenda escalas onde n 1, 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200, 500, 1000, 2000, 5000. Escala Gráfica. “Escala gráfica é uma linha dividida, ou uma régua g , g graduada que serve para determinar, sem cálculos e imediatamente, a distância natural ou a distância , gráfica, uma a partir da outra.” 0 50 10010 Metros Tipos de Linhas – NBR 8403 A NBR 8403 fixa tipos e o escalonamento de p larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. • A largura das linhas corresponde ao l t √2 ( ti d d 0 18 )escalonamento √2 (partindo-se de 0,18 mm). A l ã t l d li h l• A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2:1. Linha: Contínuo LargoLinha: Contínuo Largo Uso: • Arestas visíveis. • Contornos visíveis• Contornos visíveis. Fonte: Freuler G. Fossati Linha: Contínuo FinoLinha: Contínuo Fino Uso: • Tracejado de corte. • Linhas de chamada. • Linhas de cota. • Linhas de referência. • Linhas de eixo curtas. Fonte: Freuler G. Fossati Linha: Contínuo FinoLinha: Contínuo Fino Uso: • Arestas fictícias. • Contorno de seções locais. Fonte: Freuler G. Fossati Linha: Tracejado Largo ou FinoLinha: Tracejado Largo ou Fino Uso: • Linhas de contorno invisíveis. • Arestas invisíveis. Fonte: Freuler G. Fossati Linha: Contínuo fino a mão livreLinha: Contínuo fino a mão-livre Uso: • Limites de vistas locais. • Limites de cortes parciais. Fonte: Freuler G. Fossati Linha: Misto FinoLinha: Misto Fino Uso: • Linhas de centro. • Linhas de simetria. • Trajetória de peças móveis. Fonte: Freuler G. Fossati Linha: Misto LargoLinha: Misto Largo Uso: • Indicação de linhas ou superfícies às quais se aplica determinado requisito. Fonte: Freuler G. Fossati Linha: Misto fino com largo (limites da linha) e mudança de direção. UUso: I di ã d l d• Indicação de planos de corte ou seções. Fonte: Freuler G. Fossati Linha: Misto fino duplo interrompido. UUsos: C d dj• Contornos de peças adjacentes. • Posições extremas de peças móveis. C t óid• Centróides. • Contornos iniciais de peças deformáveis. P t it d t d l d t• Partes situadas antes do plano de corte. Cotagem. • Cotas: indicam as medidas lineares e angulares da peça. Li h d Ch d i l• Linhas de Chamada: tem origem no elemento cotado (com espaço) e vão um pouco além das li h d tlinhas de cota. Li h d C t Li h t dã li it à• Linhas de Cota: Linha com setas que dão limite à região cotada, relacionando a cota à região cotada. Regras de Cotagem, NBR 10126. • A cotagem deve ser completa, descrita de forma clara. • Cotar estritamente o necessário sem duplicações• Cotar estritamente o necessário, sem duplicações. • Evitar cruzamento de linhas de chamada com linhas de cota ou linhas do desenho. • Cotar a vista que melhor representa o desenho. Regras de CotagemRegras de Cotagem. “As linhas de chamadaAs linhas de chamada devem ser perpendiculares ao ponto cotado podendoao ponto cotado, podendo, para melhor clareza, ser í 1 6 oblíquas em relação ao elemento dimensionado 2 mantendo o paralelismo. Linhas de centro ou 6 Linhas de centro ou contorno podem ser linhas de chamada ”de chamada. Fonte: Freuler G. Fossati Regras de CotagemRegras de Cotagem. “As linhas de cota podem ser indicadaspodem ser indicadas por setas, geralmente preenchidas ou porpreenchidas, ou por traços inclinados (45º), i d 20 mais usados nos desenhos arquitetônicos.” Fonte: Freuler G. Fossati Posição das linhas de Cota (NBR 10026)(NBR 10026) A norma determina que:q • Nas linhas de cota horizontais o número deverá estar acima da linha de cota;deverá estar acima da linha de cota; Nas linhas de cota erticais o número• Nas linhas de cota verticais o número deverá estar à esquerda da linha de cota; • Nas linhas de cota inclinadas deve-se buscar a posição que facilite a leitura. Cotagem em Série e Paralelo. A cotagem é feita por meio de faces de referência, de modo que todas as cotas partem desta facede modo que todas as cotas partem desta face. 14 14 16 8 14 30 38 Cotagem em Peças Simétricas. Em peças simétricas a cotagem também é simétrica sendo efetuada com base no eixo desimétrica, sendo efetuada com base no eixo de simetria. (Não usá-lo como linha de chamada). 1 6 2 0 20 14 20 Cotagem: forma alternativaCotagem: forma alternativa. “As linhas de cota podem serpodem ser interrompidas e o cota intercalada no meio da 12 intercalada no meio da linha. A cota, em l i ã dqualquer posição da linha de cota, mantém a20 posição de leitura com referência à base daa à ba da folha de papel.” Fonte: Freuler G. Fossati f êCotagem de Circunferências A cotagem pode ser feita pelo Raio ou peloA cotagem pode ser feita pelo Raio ou pelo Diâmetro. São possíveis as seguintes formas: 20 6 6 12 Cotagem de Arcos São possíveis as seguintes formas:São possíveis as seguintes formas: ARCOCORDA ÂNGULOARCO ÂNGULO Sí b l d C tSímbolos de Cotagem. Para facilitar a interpretação da medida, faz-se uso dos seguintes símbolos: - Diâmetro R – Raio □ - Quadrado ESF – Diâmetro esférico R ESF – Raio esférico Os símbolos de diâmetro e quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada. Sí b l d C tSímbolos de Cotagem. Ø 2 0 1 2 1 2 Ø Ø □ Sí b l d C tSímbolos de Cotagem. R 80 1010 Cotagem de Ângulos. Segue as mesmas convenções da cotagem de medidas lineares: cota centrada alinhada com amedidas lineares: cota centrada, alinhada com a linha de cota, o mais próximo da vertical. Cotagem de Elementos Ângulares. Sua definição exige pelo menos duas cotas: • Os comprimentos de seus dois lados.p • O comprimento de um dos lados e o valorO comprimento de um dos lados e o valor de um dos ângulos. • Quando o valor do ângulo for 45°, usar l d â llado x ângulo. Cotagem de Elementos Ângulares. 1 0 x 4 5 ° 20 1 48° 10 x 10 Cotagens EspeciaisCotagens Especiais. Ø 8‐4 furos “Atenção para as cotagens de elementos 5 3 x 20e e e tos equidistantes, interrompidos einterrompidos e cortes.” 1818 Fonte: Freuler G. Fossati
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