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SELEÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS AÇOS PARA CONSTRUÇÃO MECÂNICA CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TEOR DE CARBONO: Ultra baixo carbono = menor que 0,05%; Baixo Carbono = entre 0,10 e 0,80%; Alto Carbono = maior que 0,80%; Ligas hipoeutetóides = menor que 0,80%; Ligas eutetóides = aproximadamente 0,80%; Ligas hipereutetóides = maior que 0,80%; Aços doces = 0,15 a 0,25 %C; Aços meio-doces = 0,25 a 0,50 %C; Aços duros = 0,50 a 1,4 %C; MATERIAIS – MOTOR ELÉTRICO Em determinados componentes do motor elétrico (como no núcleo magnético do estator e do rotor) busca-se alta permeabilidade magnética e, ao mesmo tempo, redução da condutividade elétrica de modo a reduzir as perdas por corrente de Foucault. Materiais de alta permeabilidade magnética e baixa condutividade elétrica – Aço-Silício O aço-sílicio também é conhecido por sua vasta aplicação em máquinas elétricas como aço elétrico, ou aço de transformador. Os materiais elétricos utilizados em outros componentes podem ser o cobre o alumínio. A carcaça pode ser feita em ferro fundido branco que é um material resistente, facilmente usinável e barato, além de ser um bom condutor de calor. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS ELEMENTOS DE LIGA: Aços ao carbono = sem elemento de liga; Aços de baixa liga = até 4%; Aços de média liga = com 4 a 12%; Aços de alta liga = mais que 12 %; CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE FORNO UTILIZADO NA FABRICAÇÃO: Forno: Siemens Martin, Bessemer, Conversor LD e elétricos, etc. Processo de refino: primário e secundário; Lingoteamento: convencional ou contínuo; Processo de refusão; REFUSÃO O processo de refusão de lingotes é utilizado na fabricação de aços especiais, ligados, onde os requisitos envolvidos são mais exigentes, requerendo, portanto, maiores cuidados, no sentido de garantir as propriedades, associadas principalmente a maior homogeneidade e tenacidade. Esta operação, absolutamente, não é aplicada nos aços comuns ao carbono tanto porque estes aços não exigem os mesmos requisitos quando de sua aplicação, como também por uma questão de custo. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE ESTRUTURA CRISTALINA: Perlítico; Ferrítico; Martensítico (temperado); Austenítico (aços inoxidáveis e aço Hadfield); Bainítica (tratamento isotérmico); AÇOS MANGANÊS-AUSTENÍTICOS Aços manganês-austenítico; Conhecidos como Aços Hadfield (em função de seu descobridor); Possuem elevados teores de carbono e manganês e excelente resistência ao desgaste em condições brutas, onde a abrasividade é uma constante. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE PROCESSO DE FABRICAÇÃO: Laminado a frio; Laminado a quente; Trefilado; Extrudado, Forjado; Fundido, etc.; CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA DE FORNECIMENTO: Produtos planos: placas, chapas, folhas, fardos, bobinas, sliters, laminas, tiras; Produtos longos: barras, fios, arames, tubos (com e sem costura), trilhos, perfis, tarugos (redondos, quadrados, sextavados, etc); Peças: forjadas, fundidas, sinterizadas, etc.); CLASSIFICAÇÃO PLACAS espessura > 40mm largura/espessura> 2 BLOCOS secção transversal maior que 15.600 mm2 largura/espessura <= 2 TARUGO seção transversal <= 15.600 m2 espessura mínima = 40 mm relação largura/espessura <= 2 Placas são mais largas que blocos e tarugos A seção transversal de blocos é maior que a de tarugos. CLASSIFICAÇÃO Lingote: produto do lingoteamento. Tarugo: produto da laminação. Chapa espessura >= 0,30mm largura >= 300mm Tira espessura >= 0,30mm e <= 5,00mm, e largura < 300mm. Folha espessura < 0,30mm e com qualquer largura. Fita largura <= 300mm e fornecida em bobinas. Vergalhão Barra redonda laminada a quente com amplas tolerâncias dimensionais ou de superfície (uso comum em concreto armado). Trilho Perfil de seção transversal especial destinado a formar a pista de rolamento dos veículos do tipo ferroviário. PROPRIEDADES REQUERIDAS As principais propriedades requeridas nos aços de construção mecânica são: QUANTO À APLICAÇÃO = resistência a deformação (rigidez), resistência ao desgaste (dureza), resistência ao impacto (tenacidade); QUANTO AO PROCESSAMENTO = conformabilidade, usinabilidade, soldabilidade; FATORES QUE DETERMINAM AS PROPRIEDADES As propriedades mecânicas dos aços variam diretamente em função da sua microestrutura que, por sua vez, são determinadas pelos seguintes fatores: COMPOSIÇÃO QUÍMICA = quantidade de elementos de liga e grau de pureza (contaminações); CONDIÇÃO DE FABRICAÇÃO = processo refino primário e secundário, lingoteamento, refusão, etc.; ESTADO E CONDIÇÃO DO AÇO = fundido, trabalhado a quente, trabalhado a frio, relaminado; VELOCIDADE DE RESFRIAMENTO = tratamento térmico; TAMANHO E FORMA FINAL DO GRÃO; FORMA DE NORMALIZAÇÃO A classificação normativa SAE é a classificação dos aços segundo as normas da SAE (Society of Automotive Engineers - EUA), a mais utilizada em todo o mundo para aços-carbono (aços sem adição de elementos de liga, além dos que permanecem em sua composição no processo de fabricação) e aços de baixa liga (aços com baixas porcentagens de elementos de liga). [1][2] A classificação SAE é baseada na composição química do aço. A cada composição normalizada pela SAE corresponde a uma numeração com 4 ou 5 dígitos. A mesma classificação também é adotada pela AISI (American Iron and Steel Institute-EUA). FORMA DE NORMALIZAÇÃO Segundo a norma técnica ABNT (NBR 6006) ou norma AISI, os aços são classificados, segundo a composição química: XY AB (Ex: SAE 1020) (XY) CLASSE DO ELEMENTO DE LIGA (10 = aço ao carbono simples); (AB) TEOR DE CARBONO x 100 (0,20%) TIPOS DE AÇOS PARA CONSTRUÇÃO MECÂNICA AÇOS AO CARBONO : aços de boa conformabilidade, boa usinabilidade e para cementação; AÇOS LIGADOS OU PARA BENEFICIAMENTO : boa temperabilidade; AÇOS ESPECIAIS: ligas de ferro-carbono com elementos de adição para conferir a esse aço características especiais, tais como: resistência à tração e à corrosão, elasticidade e dureza, entre outras, tornando-os melhores do que os aços-carbono comuns. Podem ser encontrados em praticamente todos os segmentos industriais, desde a construção civil até a construção naval, passando pelas indústrias petrolífera, automobilística e aeronáutica. AÇOS AO CARBONO – SAE 1XXX CLASSE DESIGNAÇÃO DO AÇO TEOR APROXIMADO 10XX Carbono Mn = Max. 1,00% 11XX Resulfurado 12XX Resulfurado e refosforado 13XX Manganês Mn = 1,75% 14XX Com adição de nióbio Nb = 0,10% 15XX Carbono com teor de Mn entre 1 e 1,65 % Mn = de 1,00 a 1,65% São adicionados enxofre e fósforo – melhora a usinabilidade AÇOS PARA BENEFICIAMENTO CLASSE DESIGNAÇÃO DO AÇO TEOR APROXIMADO 41XX Cromo-molibdênio Cr = 0,50/0,80/0,95% Mo = 0,12/0,20/0,25/0,30% 43XX Cromo-níquel- molibdênio Cr = 0,40 a 0,90% Ni = 1,65 a 2% Mo = 0,20 a 0,30% 50XX Cromo Cr = 0,27/0,40/0,50/0,65% 51XX Cromo Cr = 0,80/0,87/0,92/1,00 1,05/1,15/1,25% 52XX Cromo Cr = 1,45% 61XX Cromo-vanádio Cr = 0,60/0,80/0,95/1,05% V = 0,10min /0,15min/ 0,10 % 86XX Cromo-níquel- molibdênio Ni=0,55% / Cr=0,50% / Mo=0,20% AÇOS ESPECIAIS CLASSE DESIGNAÇÃO DO AÇO TEOR APROXIMADO XXBXX Com adição de boro XXLXX Com adição de Chumbo COMPOSIÇÃO QUÍMICA TIPO COMPOSIÇÃO QUÍMICA (valores médios %) m = máximo C Mn P S Ni Cr Mo Pb 1006 m 0,08 0,33 m 0,04 m 0,05 m=máx. 1010 0,10 0,45 m 0,04 m 0,05 10200,20 0,45 m 0,04 m 0,05 1045 0,45 0,75 m 0,04 m 0,05 1060 0,60 0,75 m 0,04 m 0,05 1115 0,15 0,85 m 0,04 0,10 1140 0,40 0,85 m 0,04 0,10 1213 m 0,13 0,85 0,10 0,28 12L14 m 0,15 0,95 0,06 0,28 0,25 1522 0,22 1,50 m 0,040 m 0,05 4320 0,20 0,50 m 0,035 m 0,035 1,87 0,50 0,25 8620 0,20 0,80 m 0,035 m 0,035 0,55 0,50 0,17 4130 0,30 0,50 m 0,035 m 0,035 0,95 0,20 4140 0,40 0,70 m 0,035 m 0,035 0,95 0,20 4340 0,40 0,70 m 0,035 m 0,035 1,87 0,95 0,25 4350 0,50 0,70 m 0,035 m 0,035 1,87 0,80 0,25 8640 0,40 0,35 m 0,035 m 0,035 0,50 0,20 52100 1,00 0,83 m 0,035 m 0,035 1,45 APLICAÇÕES - AÇOS AO CARBONO TIPO APLICAÇÃO 1006 Aplicação de componentes que requerem boa conformabilidade 1010 Para aplicação mais comum onde os requisitos envolvidos não são muito exigentes 1020 Aço de baixa temperabilidade, resistência mecânica e tenacidade após TT. Fabricação de peças estruturais em geral. Também utilizada para cementação. 1045 Aço de baixa temperabilidade e tenacidade, que atinge média resistência após TT. Fabricação de peças de grande porte que necessitam boa resistência mecânica e soldabilidade, como eixos e tirantes. 1060 Aço de média temperabilidade e alta resistência mecânica após TT. Fabricação de peças que necessitam de boa resistência ao desgaste, como rolos corrugados. 1115 Aplicado quando se requer certa usinabilidade. 1140 Aplicado quando se requer resistência mecânica associada à certa usinabilidade. 1213 Aplicado quando se requer boa usinabilidade. 12L14 Quando se requer excelente usinabilidade para fabricação de peças com seriações muito grandes. 1522 Aço de baixa temperabilidade, que atinge média tenacidade e elevada soldabilidade. Fabricação de rolos revestidos, eixos flangeados, buchas. L - Com adição de chumbo 1522 – Adição de 1 a 1,65% de Mn Peça estrutural composta por um ou mais elementos, que tem por função resistir a esforços de tração. Na construção civil os tirantes têm inúmeras aplicações. Dentre elas, paredes de contenção das obras de infra-estrutura de edifícios, estações enterradas de metrô etc. em que, após a construção das lajes da estrutura do edifício, os tirantes são desativados e os esforços transferidos para a estrutura. Também há os tirantes que se incorporam a uma estrutura definitiva, um exemplo são os cabo de aço das pontes penseis; outro, a cantoneira que une os dois blocos das travessas ou dormentes bi-bloco utilizadas nas vias-férreas. TIRANTES Esticador de tirante fabricado em aço 1045. Cantoneira é um perfil metálico composto por duas abas, simétricas ou não, formando um ângulo de 90 graus. É um material muito utilizado em construções metálicas por ser leve e de elevada resistência a tração e compressão sem sofrer flambagem. Uma aplicação típica são as torres de transmissão de energia elétrica, que usam uma trama de cantoneiras de aço, laminadas e galvanizadas. Além das aplicações estruturais, elas também são usadas em serralharia, e podem ser laminadas diretamente em sua forma final ou dobradas a partir de uma chapa. CANTONEIRA Rolo corrugado (com ranhuras) Aplicação: • Indústria de papelão, da borracha, de tecidos, em materiais fornecidos em rolos. • Esteiras transportadoras de lonas, para tracionar melhor a lona. ROLOS CORRUGADOS Fabricação do papelão: https://www.youtube.com/watch?v=jubH-l3VjVc APLICAÇÕES AÇOS PARA CEMENTAÇÃO TIPO APLICAÇÃO 1020 Aço de baixa temperabilidade, resistência mecânica e tenacidade após TT. Fabricação de peças estruturais em geral. Também utilizada para cementação. 4320 Aços de média temperabilidade que atinge maior dureza após cementação. Fabricação de engrenagens de maior tamanho. 8620 Aço de baixa temperabilidade que atinge média dureza após cementação. Fabricação de engrenagens médias e pequenas. Tratamentos usuais no aço 1020: • Recozimento; • Normalização; • Cementação seguida de têmpera e revenido; • Nitretação. 8620 - Aço Cromo-Níquel- Molibdênio APLICAÇÕES AÇOS PARA BENEFICIAMENTO TIPO APLICAÇÃO 4130 Aços de baixa temperabilidade. Combina média resistência com elevada tenacidade após TT. Fabricação de peças de menor tamanho e que exigem boa soldabilidade. 4140 Aço de média temperabilidade. Atinge média dureza, resistência e tenacidade após TT. Fabricação de peças de dimensões médias, como bielas, eixos e virabrequins. 4340 Aço de alta temperabilidade. Atinge elevada dureza, resistência e tenacidade após TT. Fabricações de componentes mecânicos e peças de uso geral, sob tensões dinâmicas 4350 Aço de elevada temperabilidade. Atinge elevada dureza e resistência após TT. Fabricação de rolamentos e engrenagens de maior tamanho. 8630 8640 Aços de média temperabilidade, que atinge média dureza, resistência e tenacidade. Fabricação de peças de dimensões média com boa soldabilidade submetidas a alta pressão . 52100 Quando se requer elevada resistência ao desgaste. Aplicação típica em rolamentos. Beneficiamento = Têmpera seguida de revenido Os aços utilizados para esta finalidade possuem mais que 0,25% de carbono, com ou sem elementos de liga. NORMALIZAÇÃO DIN • Aço para construção: NORMALIZAÇÃO DIN Aços para cementação Aço para melhoramento NORMALIZAÇÃO DIN NORMALIZAÇÃO DIN NORMALIZAÇÃO DIN APLICAÇÕES SEGMENTOS INDUSTRIAIS Metalmecânico; Automobilístico (veículos passeio) Agrícola (tratores e implementos); Transporte (caminhões, vagões); Petrolífero; Extração e mineração; Siderúrgico; Bens de capital (máquinas e equipamentos); Naval (barcos, plataformas e navios); Aeronáutico; Alimentação e químico; APLICAÇÕES TIPOS DE PEÇAS Fabricação de componentes para máquinas, equipamentos e veículos, tais como: Eixos; Virabrequins; Bielas; Engrenagens; Tirantes; Rolos; Rolamentos. FIM
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