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Eliminação de Medicamentos O que é Eliminação? É o processo responsável pela remoção de fármacos do organismo para o meio ambiente e tem um papel fundamental no término da atividade biológica de algumas substâncias. Eliminação (ou excreção) = passagem de drogas do meio interno para o meio externo. Existem 3 maneiras de se fazer a remoção de fármacos do sítio de ação: por eliminação, por redistribuição e por biotransformação. Note bem: remover uma substância do sítio de ação não significa dizer que houve remoção do organismo (somente a excreção faz isto). As substâncias de modo geral podem ser eliminadas "in natura" (não metabolizadas, não transformadas quimicamente) ou sob a forma de metabólitos (geralmente mais polares que o composto original). Vias de Eliminação: Renal (principal) Pulmonar Intestinal Sistema biliar Outras: leite, suor, saliva, lágrimas Excreção de Medicamentos pela Via Renal: É a principal via de eliminação para a maioria das drogas, e em especial, para aquelas que são hidrossolúveis e não-voláteis. Pela urina são excretados fármacos na sua forma original e fármacos que sofreram alterações metabólicas (metabólitos). São 3 os mecanismos envolvidos: 1) Filtração glomerular: É dependente da fração de fármaco que está no plasma ligada a proteínas, pois somente moléculas pequenas, não ligadas, são filtradas pelos glomérulos. As macromoléculas, inclusive a maioria das proteínas, não podem atravessar o filtro. Portanto, somente os fármacos na forma livre, não ligados às proteínas plasmáticas, podem ser filtrados. Alguns fatores podem aumentar esta taxa de filtração, tais como a ingestão de álcool ou infusão isotônica I.V. isenta de constituintes de PM. 2) Secreção tubular: Envolve 2 mecanismos de transporte: um para ácidos (carreador aniônico) e outro para bases (carreador catiônico); a seleção do carreador vai depender, então, da substância ser ácida ou básica. Note bem: fármacos que sofrem secreção podem ter passado antes pelo processo de filtração. Porém, a secreção é um processo mais eficiente e rápido, que depura praticamente todo o fármaco do sangue. O nível de ligação às proteínas plasmáticas não é relevante, pois o mecanismo secretor é capaz de tornar o fármaco ligado em livre, deixando-o disponível para a secreção ativa. 3) Reabsorção tubular: As substâncias que se encontram no interior dos túbulos urinários são reabsorvidas para o plasma de acordo com suas as características físico-químicas (pKa, coeficiente de partição O/A, afinidade às ptns plasmáticas) e do pH da urina. Compostos lipossolúveis são absorvidos passivamente enquanto os hidrossolúveis são excretados. Alterações no pH urinário podem facilitar a reabsorção de algumas substâncias ou a excreção de outras. FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção • Fármaco e metabólitos • Excreção renal Substâncias com menos de 60 Da não ligadas a proteínas Hidrossolúveis (polares, ionizadas) Substâncias lipossolúveis são reabsorvidas Secreção ativa Bomba catiônica e aniônica Competição por sítio de ligação Gera interações competitivas FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção • Excreção pela bile e circulação enterohepática • Na formação da bile, o sistema hepatobiliar transfere para a bile uma série de substâncias que se encontram no plasma, dentre elas, as drogas • Sistema semelhante e tão importante quanto a secreção renal • Fármacos não reabsorvidos (polares) são eliminados nas fezes • Fármacos reabsorvidos desta forma têm seu t1/2 aumentado Fatores que podem influenciar a Excreção de fármacos: 1) Ligação às proteínas plasmáticas 2) Velocidade de biotransformação 3) Solubilidade do fármaco 4) pka do fármaco 5) pH urinário 6) Peso molecular 7) Competição pelo transporte Excreção de Medicamentos pelas Glândulas Mamárias: Sabe-se que algumas substâncias podem ser passadas ao bebê pelo leite materno, pois as glândulas mamárias não constituem uma barreira impermeável. Ex: Ocitocina sintética, usada na indução e manutenção do trabalho de parto, ou profilática / terapeuticamente no controle de hemorragia pós- parto cesariana; Ocitocina intranasal, usada em mães primíparas como indutor de lactação. Efeitos: No parto = No útero, faz com que as contrações uterinas se tornem regulares e coordenadas, seguidas de um período de relaxamento; ela determina a contração da musculatura lisa que é bastante importante para o controle de hemorragia após a dequitação (Eliminação da placenta, saco amniótico e cordão umbilical). Nas glândulas mamárias = causa contração das glândulas mio- epiteliais que circundam as ramificações alveolares das glândulas mamárias, fazendo a “descida do leite” (leite sai dos alvéolos para os ductos, se tornando disponível para ser sugado). O médico tem que ser capaz de avaliar se a mãe que está amamentando e necessita de uma prescrição, pode tomar a medicação e continuar amamentando. Felizmente, há muito poucos tipos de tratamento durante os quais a amamentação é absolutamente contra-indicada; porém existem medicamentos que a mãe precisa tomar e que algumas vezes podem causar efeitos colaterais no bebê.
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