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Avaliação do pico de fluxo de tosse aps tcnicas fisioteraputicas em pacientes hospitalizados com acidente vascular cerebral

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA 
ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
LUCIANA ARAUJO QUEIROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO PICO DE FLUXO DE TOSSE APÓS TÉCNICAS 
FISIOTERAPÊUTICAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2012 
 
LUCIANA ARAUJO QUEIROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO PICO DE FLUXO DE TOSSE APÓS TÉCNICAS 
FISIOTERAPÊUTICAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto apresentado ao curso de Especialização em Fisioterapia 
Hospitalar do Centro de Estudos Avançados e Formação 
Integrada, chancelado pela Pontifícia Universidade Católica de 
Goiás. 
 
Orientadora: Prof°. Ms. Andréa T. Tufanin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2012 
 
 
RESUMO 
 
AVALIAÇÃO DO PICO DE FLUXO DE TOSSE APÓS TÉCNICAS 
FISIOTERAPÊUTICAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM ACIDENTE 
VASCULAR CEREBRAL 
 
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma patologia cerebrovascular e é 
definido como um sinal clínico de rápido desenvolvimento de perturbação focal da função 
cerebral. Apresenta várias manifestações clinicas dentre elas prejuízos sensoriais e motores 
como a perda de força muscular contralateral à lesão encefálica alterando também a 
mecânica pulmonar, gerando uma diminuição da potencia diafragmática. Objetivo: 
Comparar o Pico de fluxo de tosse (PFT) durante o repouso e após técnicas fisioterapêuticas 
em pacientes hospitalizados com AVC. Métodos: Trata-se de um estudo experimental, 
comparativo, randomizado, prospectivo, quantitativo, realizado com 20 pacientes, onde os 
participantes foram submetidos há quatro técnicas fisioterapêuticas (air stacking, tosse, 
compressão torácica e padrão ventilatório). Foram mensurados pico de fluxo de tosse antes e 
após as técnicas. 
Resultados: Houve uma diminuição do PFT (337,5 ± 100,25 L/min vs 331 ± 117,10)após a 
realização de tosse. Dentre as demais técnicas (Air stacking, inspiração fracionada e 
compressão torácica) houve um aumento do PFT após sua realização porém 
não houve uma diferença estatística entre as técnicas quando comparadas entre si. 
Conclusão: Após a realização das quatro técnicas propostas, foi observado que o Air 
Stacking teve um aumento da capacidade pulmonar quando comparado as demais técnicas, 
porém essa diferença não foi significativa nos pacientes hospitalizados com AVC. 
 
Palavras-chave: acidente vascular cerebral; pico de fluxo de tosse; técnicas 
fisioterapêuticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
EVALUATION OF PEAK FLOW AFTER PHYSIOTHERAPY TECHNIQUES 
COUGH IN PATIENTS WITH STROKE HOSPITALIZED 
 
Introduction: Cerebral Vascular Accident (CVA) is a cerebrovascular pathology and is 
defined as a rapidly developing clinical signs of focal disturbance of cerebral function. 
Presents various clinical manifestations among them sensory and motor losses such as loss of 
muscle strength contralateral to brain injury also changing lung mechanics, generating a 
decrease in diaphragmatic power. Objective: To compare the peak cough flow (PCF) at rest 
and after physical therapy techniques in hospitalized patients with stroke. Methods: This was 
an experimental, comparative, randomized, prospective, quantitative, conducted with 20 
patients, where there are four participants underwent physical therapy techniques (air 
stacking, cough, chest compression and ventilation pattern). We measured peak flow of cough 
before and after techniques. 
Results: There was a decrease in PFT (337.5 ± 100.25 L / min vs 331 ± 117.10) after 
conducting cough. Among the other techniques (Air stacking, fractional inspiration and chest 
compression) there was an increase in the PFT after its completion but 
there was no statistical difference between the techniques when compared. 
Conclusion: After the completion of the four proposed techniques, we found that the Air 
Stacking had an increased lung capacity when compared to other techniques, but this 
difference was not significant in patients hospitalized with stroke. 
 
Keywords: stroke; cough peak flow; physiotherapy techniques 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Acidente Vascular Cerebral 
(AVC) é definido como um sinal clínico de rápido desenvolvimento de perturbação focal da 
função cerebral, de suposta origem vascular com mais de 24 horas de duração, com maior 
incidência em idosos, podendo ocorre em todas as idades, mas a incidência dobra a cada 
década após os 65 anos de idade1. 
Nos países desenvolvidos, o AVC é a terceira causa de morte e a causa mais 
importante de incapacidade crônica2. 
 
A prevalência do AVC é alta e atualmente 90% dos sobreviventes desenvolvem algum 
tipo de deficiência, sendo considerada uma das principais causas de incapacidades em 
adultos2. 
O AVC resulta de dois tipos de disfunção: isquêmico e hemorrágico O isquêmico 
representa cerca de 70 a 80% dos AVCs, é causado por uma oclusão vascular localizada, 
levando à interrupção do fornecimento de oxigênio e glicose ao tecido cerebral podendo ser 
isquêmico trombótico quando a obstrução for originada por um trombo nos vasos cerebrais ou 
quando deslocado de alguma área corpórea para os vasos do cérebro, chamado AVC 
isquêmico embólico3. Já no AVC hemorrágico, incluem as hemorragias cerebrais 
intraparenquimatosas e as hemorragias subaracnóideas. O hematoma e a lesão celular levam 
ao aumento do parênquima cerebral que resulta em uma elevação da pressão intracraniana, 
dificultando a perfusão cerebral resultantes da ruptura de um aneurisma, sendo o tipo mais 
grave do AVC4. 
Dentre as manifestações clínicas, podemos citar os prejuízos das funções sensitivas, 
motoras, de equilíbrio e de marcha, além do déficit cognitivo e de linguagem. Entre as 
alterações motoras e sensoriais, destacam-se a hemiplegia e hemiparesia, caracterizada pela 
perda de força muscular contralateral à lesão encefálica alterando também a mecânica 
pulmonar. Podemos ter também problemas de equilíbrio e/ou coordenação (ataxia) quando o 
cerebelo é afetado5. 
Os pacientes neurológicos tendem a apresentar alterações não apenas do segmento aco-
metido, mas, em outras regiões interligadas a ele como a respiração. Esse comprometimento 
respiratório acontece devido à fraqueza muscular e disfunções posturais do tronco6. 
As alterações nos padrões respiratórios alteram a mecânica pulmonar que desencadeiam 
uma diminuição na potência diafragmática prejudicando a função pulmonar, levando esses 
pacientes a complicações respiratórias7. 
O fato do AVC ter como característica a hemiplegia ou hemiparesia, faz com que os 
pacientes tenham alterações na função pulmonar, sendo que a imobilidade no leito também 
poderá causar diminuição das capacidades e volumes pulmonares e comprometimento da 
força dos músculos respiratórios, resultando em tosse ineficaz e acúmulo de secreção, sem a 
sua adequada remoção possivelmente os pacientes evoluirão para falência respiratória, 
necessitando de internação e até intubação orotraqueal8,9,10. Técnicas como tosse, tosse após 
air stacking, associada a compressão do tórax e após padrão ventilatório fracionado (PVF) 
podem ser utilizadas para melhorar o desempenho da função respiratória destes pacientes11. 
 
A tosse é um mecanismo de proteção da árvore brônquica, tendo um importante papel 
na manutenção da via aérea livre de secreção e de corposestranhos, podendo ser iniciada de 
forma reflexa ou voluntária12,13. A tosse normal é um processo de três etapas: (1) fase 
inspiratória; (2) fase compressão; e (3) fase expulsiva. Qualquer mudança em uma das fases da 
tosse pode diminuir a sua eficácia. A diminuição da força da tosse pode também estar 
relacionada com a diminuição da força dos músculos inspiratório e/ou expiratório14. A 
eficácia da eliminação do muco depende da magnitude do pico de fluxo gerado durante a 
tosse, e é necessário ter atividade neuromuscular em boas condições e coordenação 
efetiva14,15. A diminuição da força da tosse pode também estar relacionada com a diminuição 
da força dos músculos inspiratório e/ou expiratório16. 
O fluxo expiratório máximo é mensurado durante uma manobra de tosse e é nomeado 
como de pico do fluxo da tosse (PFT), e para medi-lo é utilizado um aparelho denominado 
“peak flow”16. 
 O PFT é a forma mais fidedigna de mensurar a força da tosse além de ser indicado para 
avaliar e estimar a função glótica e o risco de complicações pulmonares. Está diretamente 
relacionado com a capacidade de remover secreções do trato respiratório. Valores de PFT 
abaixo de 160 lpm têm sido associados à ineficiência da tosse em realizar a remoção de 
secreções devido à uma possível deterioração da musculatura respiratória durante períodos de 
infecção respiratória17. Sendo assim, valores 270 lpm são utilizados para identificar pacientes 
que possui uma tosse eficaz16. 
Air stacking é uma técnica de expansão pulmonar onde ocorre um acompanhamento 
durante a inspiração do paciente com insuflações, com auxílio de um dispositivo manual para 
ventilação artificial (AMBU) que consiste em adicionar ar aos pulmões através das 
insuflações para aumentar o volume pulmonar, afim de expandi-los até sua capacidade 
máxima com o propósito de manter a elasticidade e expansibilidade da parede torácica 18. 
A realização de inspiração profunda promove uma maior abertura das vias aéreas, 
aumentando a força de contração muscular expiratória e de complacência pulmonar. O fato de 
realizar um período de apnéia facilita a distribuição de ar para a periferia do pulmão e faz com 
que a pressão intratorácica aumente. Assim, pode ser observado que o pico de fluxo de tosse 
pode ser aumentado com a insuflação máxima12 
Os padrões ventilatórios fracionados (PVF) são as formas como se processa a 
ventilação pulmonar levando em consideração o ritmo, profundidade ventilatória e o trabalho 
respiratório sua utilização serve para uma melhora da complacência pulmonar. É uma técnica 
de expansão torácica que enfatiza a inspiração, sendo ela fracionada de três a quatro tempos19. 
 
A técnica de compressão torácica consiste na compressão da parede torácica brusca 
durante a fase expiratória, com o objetivo de promover o fluxo turbulento para mobilizar a 
secreção9. 
 Este estudo teve como objetivo geral comparar as técnicas de tosse, air stacking, 
compressão torácica e padrão ventilatório fracionado para otimização do pico de fluxo de 
tosse. Como objetivo específico, analisar a técnica mais adequada pra melhorar o pico de 
fluxo de tosse em pacientes com Acidente Vascular Cerebral. 
 
 
 
CASUÍSTICA E MÉTODOS 
 
Trata-se de um estudo experimental, comparativo, randomizado, prospectivo e 
quantitativo, a coleta de dados foi realizada durante os meses de fevereiro a março de 2012 e 
após a aprovação do comitê de ética e pesquisa PUC- Goiás. 
 Os critérios de inclusão adotados para o estudo foram: indivíduos internados na 
enfermaria do Instituto de Neurologia de Goiânia de ambos os sexos, com idade acima de 40 
anos, após AVC e após ter assinado o termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO 1) 
Os critérios de exclusão: indivíduos que não apresentavam função cognitiva 
preservada, o que dificulta a aplicação das técnicas propostas, não prescrição médica e 
fisioterapia respiratória e contra-indicações médicas para à realização da mesma e pacientes 
traqueostomizados, portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica ou asmático em crise e 
pacientes submetidos à inaloterapia com broncodilatadores com frequência de uso menor que 
seis horas (considerados mais graves do ponto de vista ventilatório), neoplasias e doenças 
degenerativas, internados em período menor que 24 horas, sem capacidade de estabelecer 
comunicação, antecedentes de AVC. 
Para a realização das técnicas fisioterapêuticas os indivíduos foram randomizados de 
acordo com o procedimento a ser realizado primeiramente e para isso foi realizado um sorteio 
com fichas com o título de cada técnica. Posteriormente foi realizada a avaliação inicial 
utilizando a ficha específica. Após um período de repouso de cinco minutos, os sujeitos da 
pesquisa foram submetidos à avaliação do PFT sendo que, em seguida foi realizada uma das 
técnicas propostas de acordo com a randomização. A cada técnica que foi aplicada, utilizou-se 
 
o “peak flow” da marca Mini-Wright Meter® por três vezes, utilizando-se o maior valor obtido 
para a análise estatística. 
Entre a realização das técnicas houve um intervalo de 20 minutos, ou até que os 
parâmetros basais foram normalizados (frequência respiratória, frequência cardíaca e Escala 
de Borg Modificada20) e reavaliação dos parâmetros de PFT imediatamente após a aplicação 
de cada uma das técnicas. 
 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
A Fisioterapia é uma ciência que utiliza os meios físicos e naturais com objetivos 
preventivos e de restaurar ao máximo a capacidade funcional e independência, para o trabalho 
no lar e na sociedade, incluindo avaliação das condições do paciente e prognóstico como parte 
essencial de um programa terapêutico21. 
Dentre as diversas áreas de atuação fisioterapêutica, temos a Fisioterapia 
Pneumofuncional, vem destacando-se ao longo dos anos como uma conduta terapêutica eficaz 
no tratamento de enfermidades do sistema respiratório. Afecções da caixa torácica, condutos 
respiratórios, parênquima pulmonar e sistema muscular vêm respondendo satisfatoriamente ao 
tratamento empregado com técnicas de fisioterapia cinesiológica manuais22. 
As técnicas de expansão pulmonar constam de uma série de manobras fisioterapêuticas 
com o objetivo de aumentar a ventilação alveolar e evitar a hipoventilação. Estas técnicas 
incluem manobras manuais, manobras orientadas pelo fisioterapeuta e manobras com 
utilização de aparelhos. Muitas delas são alvos de críticas, quanto a sua eficácia, entretanto, 
sabe-se que sua correta indicação e utilização promovem efeitos benéficos, principalmente na 
prevenção e reversão de atelectasias23. 
A fisioterapia utiliza métodos que promovam expansão pulmonar, mantendo uma 
ventilação alveolar satisfatória e assistência adequada na remoção de secreções como quando 
aplicada a técnica de tosse12. 
A amostra do estudo foi constituída por vinte voluntários de ambos os sexo, sendo 11 
homens e 9 mulheres com idade acima de 40 anos, com média de altura 1,64 ± 0,07cm, peso 
médio de 69,1 ± 11,9kg; Frequência cardíaca de repouso 72,3 ± 10,7 bpm, com saturação de 
repouso média de 98,3 ± 0,74%; Frequência respiratória média de 16 ± 1,74 ipm; Borg com 
 
média 0,4 ± 0,82 portanto sendo uma concordante com Pires et al 1 onde relata que o AVC é 
uma patologia com maior incidência em idosos como foi observado na Tabela 1 
 
Tabela 1: Demonstra as características dos dados basais dos pacientes avaliados 
 
Homens N=11 
Mulheres N= 9 
Altura (cm) 1,64± 0,07 
Peso (Kg) 69,1± 11,9 
Idade 64,7± 12,2 
Frequencia cardíaca (bpm) 72,3± 10,7 
Frequencia Respiratória (ipm) 16± 1,74 
Saturação 98,3± 0,7 
Borg 0,4± 0,8 
*Dados expressos em média± Desvio Padrão 
 
Os resultados desta pesquisa indicam que antes da realização das técnicas 
fisioterapêuticas a média obtida entre os valores de PFT foi de 337,5 ± 100,25 L/mine após a 
aplicação da técnica de Tosse houve uma diminuição de PFT 331 ± 117,10L min. 
De acordo com Paula et al 24 ,a otimização do PFT ocorre graças à melhora da capacidade 
de insuflação máxima atingida por meio da manobra, que pode ser utilizada tanto no tratamento 
como na prevenção de atelectasias e outras complicações pulmonares. 
Com a utilização do Air Stacking notou-se um aumento do PFT onde apresentou 368 ± 
11,52 L/min como pode ser observado no gráfico 1. Os dados obtidos nesta pesquisa são 
semelhantes ao descritos por outros autores, Gardenghi et al25, que constatou em seu 
protocolo realizado com 40 pacientes acamados por 22 ± 2 horas/dia que o Air Stacking é 
eficaz para aumentar PFT, por incrementar os volumes pulmonares. Em seu estudo 
experimental, realizado com 9 voluntários cardíacos que evoluíram com complicações 
pulmonares, Santos, 2011 observou que a fisioterapia respiratória tem sido amplamente 
solicitada visando amenizar essas repercussões e evitar o desenvolvimento de complicações 
 
respiratórias e encontrou resultados semelhantes com aumento do PFT após a utilização desta 
técnica. 
O principal objetivo da compressão torácica é acelerar o fluxo expiratório e, desta 
forma, modificar a pressão no interior do tórax. Esta variação súbita do fluxo, talvez, facilite o 
descolamento das secreções pulmonares. O princípio fisiológico da 
compressão/descompressão torácica súbita é semelhante ao da compressão torácica, porém a 
variação do fluxo é realizada na fase expiratória e inspiratória. Apesar destas técnicas serem 
muito utilizadas e muitas vezes favorecerem a remoção de secreção, ainda não há estudos que 
confirmem completamente estes fatos23. Neste estudo, após a compressão torácica houve um 
aumento do PFT 378 ± 113,62 L/min. 
Com a realização de inspiração fracionada houve um aumento do PFT 339 ± 110,40 
L/min, sendo assim concordamos com o estudo de Santos11 e Arcênio et al26 em que os 
resultados encontrados foram semelhantes, suas observações foram que exercícios de 
inspirações seguidas e mantidas aumenta a eficiência dos músculos respiratórios, melhorando 
a capacidade vital e complacência pulmonar21. 
Quando comparado as técnicas entre si, não houveram diferenças estatística como foi 
mostrado no Gráfico 2. 
 
Gráfico 1 – Descreve os Valores de PFT pré e pós técnicas aplicadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 2 
PFT
337,5
331
368
378
339
300
310
320
330
340
350
360
370
380
390
PFT rep. PFT t PFT as PFT ct PFT if
 
*Dados expressos em média ± Desvio Padrão l/m **PFT rep – pico de fluxo de tosse em repouso; 
PFT t - pico de fluxo de tosse após a técnica de tosse; PFT as - pico de fluxo de tosse após air stackng; PFT ct - 
pico de fluxo de tosse após compressão toracica; PFT in - pico de fluxo de tosse após inspiração fracionada. 
 
 
 
Gráfico 2 – Descreve os valores das diferença dos deltas 
 
*Dados expressos em média ± Desvio Padrão **Delta PFT t – delta do pico de fluxo de tosse após a 
técnica de tosse; delta de PFT AS – delta do pico de fluxo de tosse após a técnica air stacking; delta PFT CT – 
delta do pico de fluxo de tosse após a técnica de compressão toracica; delta de PFT IF – delta do pico de fluxo 
de tosse após a técnica de insfracionada. 
O presente estudo teve como limitante o pequeno número de pacientes avaliados, 
pois não foi calculado o número ideal para a amostra. 
 
CONCLUSÃO 
 
Pacientes que sofrem um AVC possuem um prejuízo na sua capacidade expiratória, 
porém como foi observado neste estudo, não é um comprometimento significante. Após 
analisar os resultados, foi observado que as técnicas utilizadas são confiáveis e aumentam a 
capacidade expiratória, podendo serem utilizadas sempre de acordo com a necessidade do 
paciente. O Air Stacking e a Compressão torácica tiveram um maior aumento da capacidade 
 
pulmonar dos voluntários avaliados em relação as demais técnicas porém não foi significante. 
Portanto faz se necessário novos estudos com um número maior de pacientes para avaliar o 
benefício de cada técnica para que cada paciente seja tratado com a melhor manobra visando 
melhorar sua capacidade respiratória. 
 
 
 
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26. Arcênio L. Cuidados pré e pós operatórios em cirurgia cardiotorácica: Uma 
abordagem fisioterapêutica. Rev. Bras Cir Cardiovasc, v. 23, n.3, p. 400-410. 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 1 
 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário, em uma pesquisa. Após ser 
esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste 
documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra do pesquisador responsável. Em caso de 
recusa, você não será penalizado de forma alguma. Em caso de dúvida, você poderá procurar o Comitê de 
Ética em pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, pelo telefone: 3946-1071. 
 
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA 
 
Título do Projeto: Avaliação de técnicas fisioterapêticas e qualidade de vida em pacientes 
hospitalizados com Acidente Vascular Cerebral (AVC) 
 
Pesquisadoras participantes: Jaqueline Nunes Silveira e Luciana Araujo Queiroz, Marciclene Rosa 
Mesquita 
Pesquisadora responsável: Profa. Ms Andréa T Tufanin 
Telefone para contato: (62) 81744750/(62) 85888858/(62) 82305347 
 
• A sua participação será de grande importância para o nosso estudo, pois por meio dela poderemos 
comparar qual será a técnica que irá avaliar o melhor pico de fluxo expiratório, pico de fluxo de tosse e 
Qualidade de Vida (QV) em pacientes hospitalizados com AVC, assim, como a qualidade de vida dos 
mesmos. 
• Sua colaboração é importante e necessária para o desenvolvimento da pesquisa, porém sua participação é 
voluntária. 
• A pesquisa será realizada através da aplicação de quatro técnicas e três questionários, rápidos e de fácil 
aplicação em dias alternados. 
• A sua participação será de grande importância para o nosso estudo, pois por meio dela poderemos 
comparar qual será a técnica que irá avaliar o melhor pico de tosse, a qualidade de vida, ansiedade e 
depressão dos pacientes hospitalizados com AVC. 
• Sua colaboração é importante e necessária para o desenvolvimento da pesquisa, porém sua participação é 
voluntária. 
• A pesquisa será realizada através da aplicação de quatro técnicas. 
• Será realizado uma avaliação para verificação do PFT e PFE, antes e após a aplicação das técnicas: tosse 
(onde o paciente irá realizar uma manobra de tosse), air stacking (através de insuflações com AMBU), 
compressão torácica (onde será realizada uma pressão manual sobre o tórax do paciente) e para realização do 
padrão ventilatório o avaliador pedirá para o paciente realizar de três a quatro inspirações sem realizar a 
expiração (“soltar o ar”). 
• Aplicação dos questionários sobre qualidade de vida são: SF- 36, EQVC-AVC, e o questionário HAD 
abordando ansiedade e depressão será aplicado pela pesquisadora de forma simples, clara e rápida. 
• Toda pesquisa que envolve a participação de seres humanos apresenta riscos, contudo no presente estudo 
os benefícios superam os riscos, que por sua vez são ínfimos. Os principais riscos existentes por sua 
participação neste estudo são mínimos como um possível “engasgo”, aumento da freqüência respiratória, 
aumento da frequência cardíaca e queda na saturação de oxigênio arterial durante a realização da técnica. 
Este estudo oferece a possibilidade de adquirir conhecimento sobre a técnica mais adequada para o aumento 
do pico de fluxo de tosse e pico de fluxo expiratório em paciente com acidente vascular cerebral. E durante a 
 
aplicação dos questionários a presença de estresse, aumento da frequência cardíaca, ansiedade, queda 
na saturação de oxigênio arterial, aumento frequência respiratória. Caso acontecer 
• Caso os pesquisadores encontrem riscos e/ou danos significativos à saúde dos indivíduos que participam 
da pesquisa, o estudo será interrompido e as pesquisadoras darão todo o suporte necessário para o paciente. 
• Serão garantidos o anonimato e o sigilo das informações, além da utilização dos resultados exclusivamente 
para fins científicos. 
• Você poderá solicitar informações ou esclarecimentos sobre o andamento da pesquisa em qualquer 
momento da pesquisa. 
• Você poderá retirar-se do estudo ou não permitir a utilização de seus dados em qualquer momento da 
pesquisa. 
• Sendo um participante voluntário, você não terá nenhum pagamento e/ou despesa referente à sua 
participação no estudo. 
• Os resultados individuais e coletivos serão repassados após o encerramento da pesquisa. 
 
 Goiânia, _____, de _____________ de 2011. 
 
 
__________________________________ 
 Profa. Ms. Andréa Thomazine Tufanin ___________________________ 
 Jaqueline Nunes Silveira 
 
__________________________________ _____________________________ 
 Luciana Araujo Queiroz Marciclene Rosa Mesquita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 2 
 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
 
 
Eu,______________________________________________________________________, 
RG/CPF____________________, abaixo assinado, concordo em participar do estudo 
intitulado: “AVALIAÇÃO DE TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS E QUALIDADE 
DE VIDA EM PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL” como 
sujeito. Como participante, afirmo que fui devidamente informado e esclarecido sobre a 
finalidade e objetivos desta pesquisa, bem como sobre a utilização das informações 
exclusivamente para fins científicos. Meu nome não será divulgado de forma nenhuma e terei 
a opção de retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto cause qualquer 
penalidade. 
 
Goiânia, ___ de _____________ de 2011. 
 
___________________________________________________ 
Assinatura do(a) entrevistado (a) ou seu responsável legal 
 
___________________________________________________ 
Assinatura dos pesquisadores: Luciana/Marciclene/Jaqueline 
 
 ___________________________________________________ 
Assinatura do pesquisador responsável: Profa Ms. Andréa Thomazine Tufanin 
 
 
Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e aceite do 
sujeito em participar do estudo. 
 
Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores): 
Nome: ___________________________________ Assinatura:________________________ 
Nome: ___________________________________ Assinatura:________________________

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