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Justiça Restaurativa e Velocidades do Direito Penal

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Questão 01. Redija um texto dissertativo e (ou) descritivo a cerca da JUSTIÇA RESTAURATIVA que aborde, necessariamente, os seguintes tópicos:
1.      A privatização do direito penal.
2.      A contribuição normativa da lei 9.099/95 para o surgimento dessa terceira via.
3.      A contribuição da lei 9.714/98 e a da lei 11.719/08 na concretização dessa realidade no ordenamento jurídico.
Observação o texto deverá ter extensão mínima de 20 (vinte) linhas e o Maximo de 30 (trinta) linhas
 
RESPOSTA: Quando se fala em “privatização” do direito penal deve se logo notar que maioria da doutrina tem mencionado nos últimos tempos, o papel da vítima que vem repercutindo no âmbito criminal. Conforme ensina o ilustre Rogério Greco: 
Inúmeros institutos penais e processuais foram criados para focar nos interesses da vítima do que, propriamente, do autor da infração penal. 
Todo dano causado pelo crime, irá se deparar com ações do juízo criminal. 
A criação da Lei 9.099/95 é um grande avanço na inovação no direito processual penal, pois a mesma prevê a composição civil entre os envolvidos do crime, com o fim de solucionar o conflito, sempre que possível, de forma eficaz, célere e com o menor uso possível de formalidades processuais, sendo importante destacar que quando o acordo for homologado, será oportunizada a renúncia do direito de queixa ou representação (art. 74 da Lei dos Juizados Especiais).
O desaparecimento da punibilidade no cumprimento da suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95) ou sursis (art. 81 do CP) necessita da reparação do dano gerado para vítima. 
A Lei 9.714/98 elaborou como pena alternativa à prisão a prestação pecuniária (art. 45, § 1°, CP), mencionando como admissível alvo a vítima ou seus dependentes.
A Lei 11.719/08, por sua vez, autoriza o juiz criminal, no ato da sentença de condenação, fixar a quantidade mínima de indenização com o fim de reparar o dano causado pela prática da infração penal (art. 387, IV, CPP).
A Justiça Restaurativa é uma forma de sanar os problemas, reparando os danos causados pelo infrator do crime, sendo usadas técnicas que possam resolver os conflitos, envolvendo a participação maior do infrator e da vítima, como, por exemplo, danos emocionais.
Tal sistema é marcado pelo surgimento de uma “terceira via, rompendo a dualidade da função da pena, limitando até nesse momento a retribuição e prevenção, incluindo a reparação como possível resolução do conflito.
Questão 02. Redija um texto dissertativo e (ou) descritivo a cerca das CATEGORIAS DO DIREITO PENAL que aborde, necessariamente, os seguintes tópicos:
1.      Direito Penal Substantivo e Direito penal Adjetivo
2.      Direito Penal objetivo e Direito penal Subjetivo.
3.      Direito penal de emergência e Direito penal Simbólico.
4.      Direito Penal promocional
5.      Direito de Intervenção
6.      Direito Penal garantista.
Observação o texto deverá ter extensão mínima de 20 (vinte) linhas e o Maximo de 30 (trinta) linhas.
O Direito Penal é dividido em categorias pela doutrina, destacando-se:
Direito Penal Substantivo equivale ao direito material, que cria as representações criminosas e contravencionais, ao passo que o Direito Penal Adjetivo reconhecido como direito processual, discutindo as normas apropriadas a instrumentalizar a atuação do Estado, nas circunstâncias da caracterização de um crime.
Direito Penal objetivo é o conjunto de normas editadas pelo Estado, necessitando da observação do princípio da legalidade. Direito Penal subjetivo é a possibilidade que tem o Estado de criar e fazer cumprir suas normas, executando as decisões condenatórias proferidas pelo Poder Judiciário, frisando que o jus puniendi é de titularidade exclusiva do Estado, sendo vedada a justiça privada.
O direito penal subjetivo pode ser subdividido em (i) Direito Penal subjetivo positivo, que vem a ser o direito escrito, as leis que o Estado impõe e (ii) Direito Penal subjetivo negativo, resume na declaração de inconstitucionalidade das normas penais pelo STF.
O poder de punir do Estado, não é absoluto, sendo limitados os principais aspectos: (i) quanto ao modo, respeitando os direitos e garantias; (ii) quanto ao espaço, fatos praticados apenas no território brasileiro; (iii) quanto ao tempo, limitação do tempo pelo instituto da prescrição (causa extintiva da punibilidade prevista no art. 107, CP).
O Tribunal Penal Internacional, tem competência subsidiária, em relação as jurisdições nacionais dos países signatários, não representando exceção a exclusividade do direito de punir.
Direito penal de emergência, por sua vez atua como meio de controle social, recebendo demandas de criminalização, impondo normas de repressão, ignorando as garantias do cidadão, o legislador atua pensando na opinião pública, aumentando as penas e restringindo as garantias, devolvendo para sociedade a sensação de tranquilidade; Direito penal simbólico, atua na função representativa, afastando das finalidades legítimas da pena.
Direito penal promocional, manifesta quando o Estado tem interesse de atender seus objetivos políticos, sendo equivocada a utilização do Direito Penal como ferramenta na transformação social, por esses motivos recebe muitas críticas pela doutrina.
Direito de intervenção, poderia ser a melhor maneira de combater a criminalidade, condutas delitivas que necessitam de tratamento mais rígido e célere, evitando que as infrações causadas coloquem maior risco à sociedade.
Direito penal garantista, teoria cunhada por Luigi Ferrajoli, expressa proposições prescritivas, prescrevendo o que deve ocorrer, satisfazendo aos princípios normativos internos ou parâmetros de justificação externa.
Questão 03. Redija um texto dissertativo e (ou) descritivo a cerca das VELOCIDADES DO DIREITO PENAL que aborde, necessariamente, os seguintes tópicos:
1.      1ª Velocidade do Direito Penal.
2.      2ª velocidade do Direito Penal.
3.      3ª velocidade do Direito Penal.
4.      4ª velocidade do Direito Penal.
Observação o texto deverá ter extensão mínima de 20 (vinte) linhas e o Maximo de 30 (trinta) linhas.
O direito penal sempre está passando por constantes mudanças doutrinárias ao longo do tempo, a noção de “velocidades do direito penal” foi idealizada por Jesús-Maria da-Silva Sanchez, aplicando com o tempo que o Estado leva para punir de uma infração penal, mais grave ou menos grave. 
1ª velocidade: Destaca as infrações penais de maior gravidade, aplicando punições com penas privativas de liberdade, sendo determinado por esse motivo, procedimento mais demorado, sendo observadas todas as garantias penais e processuais penais.
2ª velocidade: equivale aos direitos e garantias fundamentais, necessitando de punição mais célere, porém, prevê como consequência jurídica do crime como sanção que não seja privativa de liberdade (penas alternativas).
3ª velocidade: nessa velocidade, mistura-se as duas anteriores. Sendo defendida a punição do criminoso com a pena privativa de liberdade (1ª velocidade) permitindo, para respectivos crimes (caracterizados mais graves), a flexibilização ou eliminação de direitos e garantias constitucionais (2ª velocidade), trilhando uma punição mais célere. 
4ª velocidade: é uma inovação anunciada pela doutrina, ligada ao Direito Penal Internacional, visando suas normas proibitivas contra aqueles que exercem (ou exerceram) chefia de Estados e, incluindo, aquele que violam (ou violaram) de forma grave tratados internacionais de tutela de direitos humanos. Através do Tribunal Penal Internacional, criado pelo Estatuto de Roma, o mesmo tem competência para processar e julgar crimes que violam as obrigações essenciais para a manutenção da tranquilidade do meio social internacional em seu conjunto. 
Destarte, que todas as velocidades devem ser compreendidas como ações punitivas estatal, onde são demonstradas abrangências de ações que podem ser abordadas pelo direito penal em respostas aos inúmeros comportamentos do criminoso.

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