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RESUMÃO DA P3 AIDS – HIV 1 e 2 – Retrovirus – África subsaariana > Ásia. Metade mulheres e 5.000 novos casos/ano Brasil: SE e S – maiores taxas. Transmissão: sexual (H>M, presente no líquido seminal, vaginal e colo uterino); sanguínea (sangue e hemoderivados); vertical – mãe para filho: gravidez, parto e pós parto (menor incidência em cesarianas); leite materno (12-20%) Risco de transmissão: sexo anal, DST, ulcerações, período menstrual, imunodeficiência, ausência de circuncisão Diagnóstico: RN >> 18 meses: quantificação da carga viral HIV-1 (não elabora Ac ainda e por ter falso +: Ac materno) Crianças > 18 meses e adultos: detecção de anticorpos - triagem + confirmação Teste de triagem: ELISA (detecção de Ac anti-HIV) – pode haver falso negativo: Janela imunológica – entre a contaminação e a produção de Ac Soroconversão – titulação 4x aumentada Resposta atípica Teste de confirmação principal: Western-blot (feitos para encontrar os falsos positivos/confirmar os verdadeiros positivos) – detecta Ac contra Ag virais (gp120, gp41, gp160) Teste de confirmação: Imunofluorescência (viés do observador) Teste rápido: nunca como único teste. Em acidentes ocupacionais/profissionais de saúde, >18 meses Fluxograma: ETAPA I -> ELISA (triagem): negativo (amostra negativa) ou positivo/indeterminado (etapa II) ETAPA II -> ELISA + IFI; ELISA + Imunoblot: 2 negativos (amostra negativa), 2 positivos (amostra positiva – coleta nova amostra e repete), Discrepantes ou indeterminados (etapa III) ETAPA III -> Western-blot: negativo (amostra negativa – investiga soroconversão ou HIV2), indeterminada (amostra indeterminada – investiga soroconversão ou HIV2), positiva (amostra positiva – nova amostra). Teste rápido: Teste 1 + Teste 2: negativos (amostra negativa), positivos (amostra positiva), discrepantes (teste 3) Teste 3: positivo (amostra positiva), negativo (amostra negativa – nova amostra em 30 dias) História natural: Transmissão Síndrome viral aguda 2-4 semanas pós contaminação, coincidindo com alta viremia e queda de CD4+ Quadro gripal: febre, mialgia, náuseas, vômitos, cefaléia, dor retro-orbital, artralgia, perda de peso. SNS: encefalite, meningite, mielopatia Dermatológica: exantema maculopapular, ulceração DD: toxoplasmose, sífilis, CMV, EBV, hepatite Exame: diagnóstico sorológico Recuperação Infecção assintomática (latente) Infectados sem manifestação ou com infecções oportunistas Replicação ativa, contínua, progressiva – relacionado aos níveis de RNA Exames: hemograma, sorologia, PPD, contagem de CD4/CD8 e carga viral Infecção sintomática inicial Infecção sintomática – AIDS Complicações ocorrem com <200cels TCD4, ou doenças associadas Precoce: candidose oral, redução do peso >10%, diarréia, linfadenopatia, febre, sudorese, TH tardia – Doenças oportunistas: CMV, HSV, micobactérias, salmonella, candidose, criptococo, histoplasmose, toxoplasmose, criptosporidio, isosporidio, SK, linfoma não Hokgkin. Morte Manifestações clínicas de AIDS Pneumonia por P. carinii, Neurotoxoplasmose, Candidose esofageana, Meningite criptocócica, retinite por CMV, Linfoma não Hodgkin de cel. B, Sarcoma de Kaposi, Tuberculose extra-pulmonar, Câncer de colo de útero Orofaringe: Candidose oral – não diagnóstica. Desconforto, alteração de paladar, hiperemia e placas esbranquiçadas Profilaxia intra-oral e avaliação de TARV Candidose esofageana – dor retroesternal e disfagia. Pode se associar a oral TTO: nistatina (suspensão), Clotrimazol, Fluconazol (VO: 7-14d; IV), Anfotericina B (7-10d) Se não melhorar: EDA Leucoplasia pilosa oral: esbranquiçadas na lateral e embaixo da língua. Não tem tto específico Herpes simples: Aciclovir (200 ou 400mg – 5 dias) e Valavlivovir (3-5d) Hiperpigmentação oral: AZT ou disfunção adrenocortical- manchas marrons na mucose jugal e língua Ulceras aftosas SK TGI Hepatite: HBV, HCV, medicamentosa, CMV, Bartonella henselae / Colangite: microsporidia, cryptosporidium, Pancreatite: ddI, d4T, metronidazol, sulfas, CMV, criptococos Diarréia aguda: Salmonella, Shigella, Campylobacter, Giardia, Y. enterocolitica, E. hystolitica, ddI, IP TTO: Metronidazol + Ciprofloxacina – 7 dias Exames: EPL, coprocultura e hemocultura Diarréia crônica: agentes da aguda + criptosporidium, isospora, microsporidium, estrogiloides (sd. da superinfecção), CMV, TB, SK Respiratório Pneumonia por Pneumocystis carinii Febre, tosse seca, dispnéia e fadiga. Adenomegalia e doença pulmonar = incomuns Diagnóstico: IF do escarro Gasometria arterial e LDH TTO: SMT/TMP (21 dias); Clindamicina + Primaquina; Corticóide (PaO2 <70) Pneumonia bacteriana (S. aureus, S.pneumoniae, H. influenzae, P. aeruginosa) HIV < 200 – pneumocócica associada a bacteriemia Tuberculose: complicação mais comum, relacionada com o CD4 – realizar PPD SK SNC Neurotoxoplasmose: 70% em adultos (30-40% não tem profilaxia primária ou TARV) – alteração no nível de consciência, incoordenação, cefaléia. <10% tem irritação meníngea. Diagnóstico: TC com contraste, RNM DD: linfoma, TB, criptococose Meningite criptocócica (Criptococcus neoformans): CD4 <100 – quadro subagudo: febre, cefaléia, letargia, com ou sem rigidez de nuca. LCR pouco alterado ou normal. Diagnóstico: cultura LCR, Ag (látex), tinta da china TTO: Fluconazol (400mg – 8 semanas); Anfotericina B (2 semanas + Fluconazol 400 até 10 semanas) Profilaxia secundária: fluconazol 200 ou anfotericina B – 1-2 semanas Sarcoma de Kaposi (HHV-8) – pele, pleura, pulmões e TGI Tratamento: Assintomáticos, sem contagem de linfócitos ou CD4>350 --> Não tratar Linfócitos totais <1.200 ou queda de 33% no ultimo ano Hemoglobina <10g/dl ou queda de 11,6% no ultimo ano Assintomáticos com CD4 200-350 --> Tratamento Quanto mais próxima de 200 e >100.000 de carga viral, maior a indicação para tto Assintomáticos com <200 --> Tratamento + Quimioprofilaxia para IO Pneumonia por P. carinii (CD4 <200) Toxoplasmose (CD4 <100 e IgG anti-toxoplasma) Sintomáticos --> Tratamento + Quimioprofilaxia para IO Esquema: 1ª escolha: 2 ITRN + ITRNN 2ª escolha: 2 ITRN + IP/r 3ª escolha: 3 ITRN (hepatopatia grave ou TB) 2 ITRN 1ª escolha: Lamivudina + Zidovudina (3TC + AZT) 2 ITRN 2ª escolha: Lamivudina + ddI (didanosina – não gestante) 2 ITRN 3ª escolha: Lamivudina + tenofovir ITRNN 1ª escolha: Enfavirenz (não gestante) ITRNN 1ª escolha: Nevirapina IP 1ª escolha: Lopinavir + ritonavir IP 2ª escolha: Atazanavir + ritonavir MONONUCLEOSE INFECCIOSA EBV – familia herpesvirus. Acomete mais crianças (assintomática/leve), jovens e adultos (sintomatologia mais significativa, qnd não houve primoinfecção) Patogenia: Invasão das células da orofaringe – reprodução nos linfócitos B – carreamento para o corpo. Formam-se: EBNA – Ag nucleares: permitem imortalização do linfócito e produção de citocinas policlonais – na ausência da resposta celular (células T, CTL) ou ciclosporina, o linfocito B se reproduz indefinidamente. VCA – Ag do capsídeo viral EA-D – Ag precoces difusos (citoplasma e núcleo) EA-R – Ag precoces restritos (citoplasma) Quadro clínico: Tríade - Faringite, Febre e Adenomegalia cervical --> PI: 30-50d e resolução em 2/3 semanas Faringite – exsudato esbranquiçado – auge no 3º-5º dia e resolve-se no 7º-10º dia Febre – 90% vespertina (até 38-39º C), resolvendo-se em 10-14d (já abaixa no 5º-7º dia) Adenomegalia cervical – simétrica, indolor, posterior Hepatomegalia (dor moderada), Icterícia, Esplenomegalia (na 2ª semana + 7-10d), Aumento de tonsilas, Exantema (ampicilina), Edema peri-orbital, petéquia em palato (multiplas, entre o palato duro e mole) Complicações: hematológicas: anemia hemolítica (2ª /3ª semana, dura até 2 meses) Maioria coombs positiva – tto: corticóide trombocitopenia – <140mil plaquetas. Profunda, com sangramento sãoraras - tto: corticóide granulocitopenia – discreta e autolimitada ruptura do baço: infiltração linfocítica da cápsula. Ocorre dor abdominal, QSE, podendo irradiar para escápula. neurológicas: pode ser 1ª e única encefalite – aguda, progressiva, rápida meningite asséptica – LCR com pressão N ou ↑, pleocitose mononuclear, atipias linfocitárias, Ptn e glicose N, poucos VCA-IgM hepáticas – aumento das enzimas, hepatite fulminante, cirrose respiratório – infiltrado intersticial renal – hematuria microscópica, proteinúria, IRA esporádica óbito – raro (infecção esmagadora ou complicações) Infecção crônica: rara Doença por >6 meses Histológico: atinge outros órgãos – hepatite, uveíte, pneumonite, MO Ag ou DNA do EBV Sorologia: altos indices de IgM-Anti-VCA e Anti-EA; IgM-VCA (ocasional); EBNA ausente ou baixo. Diagnóstico laboratorial: Hematológico: Linfocitose mononuclear – 12.000-18.000 podendo chegar a níveis mais altos Atipia linfocitária (não patognomônica – rubéola, toxoplasmose, CMV, hepatite, dengue) Trombocitopenia Granulocitopenia - neutropenia Ac heterófilos (transitórios) Teste: Monospot: se positivo, não precisa de teste específico / se negativo: teste de Ac específico Ac específicos (permanentes) IgG-Anti-VCA IgM-Anti-VCA (inicial, mas pode persistie >4 meses em 10% dos casos) Anti-EA-D: após VCA aumentar e desaparece pós-recuperação. Carcinoma nasofaríngeo avançado. Anti-EA-R: ocasional, pode persistir por 2 anos. Linfoma de Burkitt ou alto VCA Demonstração do virus Cultura: orofaringe e linfócitos PCR – carga viral Hibridização com sondas de Ac.nucleico – mais específico para a presença de EBV Tratamento: não há tto específico. Glicocorticóides por 1-2 semanas Prevenção: pode albergar por 18 meses pós-recuperação, mas tem baixa contagiosidade, ou seja, a transmissão ocorre apenas por contato íntimo >> não requer isolamento Potencial oncogênico: L. burkitt, carcinoma nasofaringeo, L.hodgkin, linfomas B, leiomiomas, leiomiosarcomas MALÁRIA Doença infecciosa de notificação compulsória. Transmissão: picada da fêmea do Anopheles (darlingi, aquasalis, +3) ou induzida (congênita, transfusões, transplantes) – Aleitamento não transmite! Regiões tropicais: África subsaariana, Ásia, Am. Latina. No BR – Amazônia legal Criadores: água limpa de baixa correnteza, sombradas. Aquasalis – água salobras/lagoas Internação: P. falciparum>P.vivax>P.malariae, mas qtd: vivax>falciparum>malariae (não tem Ovale no BR) Aumento no 2º semetre, pós chuvas. Áreas estáveis: hiper (50-75%) e holoendêmicas (>75%) – pode ter parasitemia assintomática (<10.000). Instáveis: hipo (<10) e mesoendêmicas (11-50%) Ciclo: Humano: Esporozoítos móveis ( hepatócitos ( reprodução assexuada (merogonia) intra-hepática ou pré-eritrocitária ( liberação de merozoítos (10 a 30mil)- 8 dias ( eritrócitos ( trofozoítos ( consumo de hemoglobina e crescimento ( esquizonte ( reprodução assexuada (esquizogonia) intra-eritrocitária ( merozoítos ( sangue (fase sintomática) Vetor: ingestão de gametócitos (pós ciclos assexuados no falciparum e pós liberação do fígado) ( zigoto ( oocineto ( parede ( oocisto ( multiplicação ( esporozoítos ( hemolinfa ( gld salivar. (dura 8-30 dias) Hipnozoítos: formas latentes que demoram 3meses-1ano para reproduzir no hepatócito (P. vivax e P.ovale) Recidiva: Recaída: retorno da doença pós tratamento da forma sanguínea – P. vivax e P. ovale – em até 6m/5anos Recruscedência: falha terapêutica ou resistência a medicamentos – P. falciparum e P. malariae Patogenia: ERITRÓCITOS (anemia falciforme dificulta malária) Consumo de ptns, pp hemoglobina Alteração do formato – irregular, dificultando mobilidade e passagem nos vasos – pode obstruir P. falciparum: forma botões superficiais na membrana – aderência a eritrócitos normais (roséolas) e infectados (aglutinação) + seqüestro das formas maduras por órgãos (continuam a se desenvolver longe da defesa do baço) = aparecem apenas formas jovens no sangue periférico. Parasitemia >5% Outras 3: não seqüestro, aparecendo todos os estágios no sangue periférico. Parasitemia <2% Característica P. falciparum P. vivax P. ovale P. malariae Período para aparecer no sangue (parasitos) 8-25d 8-27d 9-17d 15-30d Reprodução assexuada no eritrócito 48h 48h 48h 72h Eritrócitos parasitados Todos Jovens Jovens Maduros Recaída por persistência no fígado (latentes) Não Sim (hipnozoítos) Sim (hipnozoítos) Não, mas pode persistir por 30 anos no eritrócito Resistência fármacos Sim (4) Sim – cloroquina Não Não Febre Terça maligna Terça benigna Terça benigna Quartã Recidivas Recruscedência Recaída Recaída Recruscedência Reação: Mecanismos de defesa inespecíficos Filtração esplênica – remoção de eritrócitos parasitados Macrófagos e citocinas (pelo rompimento eritrocitário) ( FEBRE: >40º lesiona formas maduras Paroxismo: ruptura dos eritrócitos + TNF (mau prognóstico) Fisiopatogenia: FEBRE: cafafrios ( súbita T:40º C ( sudorese profusa (desfervescência) // não imunes: febre contínua HIPOXEMIA: anemia e alterações microvasculares EVENTOS IMUNOLÓGICOS: Imunocomplexos: Sd. nefrótica, Linfoma e Esplenomegalia Quadro clínico: Inespecíficos: febre (não imunes >40º), mialgia (menor que a da dengue), fadiga, desconforto abdominal, cefaléia, náuseas, vômitos (densidade nos hepatócitos). NÃO ( Rigidez de nuca, fotofobia, adenomegalia Álgica: abre com diarréia tipo cólera + febre Sinais: febre, calafrio, alteração do nível de consciência, icterícia (leve em adultos), anemia, esplenomegalia (inf. repetidas), hepatomegalia leve (crianças). P. vivax – raros casos graves + Insuf. Renal e Problemas respiratórios P. malariae – quadro crônico, febril, com imunocomplexos. P. falciparum não complicada – 1-3 semanas Malária grave (P. falciparum) COMA (precedido por convulsões ou gradual) – ou alterações de consciência: altamente letal; hemorragia retiniana, 15% das crianças com déficits residuais. HIPOGLICEMIA (<40mg/dl) – mais grave em grávidas e crianças; ocorre por ↓gliconeogênese, ↑consumo, ↑insulina (quinina e quinidina). Reduz sinais físicos (sudorese, taquicardia, pele anserina) ACIDOSE LÁTICA (pH<7.25 ou bicarbonato <15mmol/L) – mau prognóstico EDEMA PULMONAR / SARA – não cardiogênico, alta mortalidade – NÃO CRIANÇAS RENAL (diurese <400ml adultos e 12ml/kg crianças) – NTA, IRA, cilindros hemáticos (hipovolemia, hipotensão e desidratação agravam) – NÃO CRIANÇAS ANEMIA MULTIFATORIAL (HT <15% e Hb < 5g/dl) – hemólise, remoção esplênica, hemólise por IMC, redução da eritropoietina, reduzindo eritropoiese Anormalidades na coagulação, trombocitopenia – Hemorragias, CID Hemoglobinúria ICTERÍCIA (>3mg/dl) – mau prognóstico quando acompanha outra disfunção – NÃO CRIANÇAS Hiperparasitemia (se não for imune: interna), Convulsão, Hipotensão, Choque Gravidez (congênita <5%): Estável – baixo peso ao nascer, mães assintomáticas, aumento da mortalidade Instáveis – grave (anemia, hipoglicemia, EPA), prematuros, natimorto ou baixo peso. Crianças: rápida resposta ao tto. Comum: convulsão, coma, anemia, hipoglicemia, acidose. Não: EPA, IRA, Icterícia Transfusional: curto PI. Não precisa de primaquina no P. vivax e P. malariae (transmissão só para eritrócitos) Complicações crônicas: Linfoma de Burkitt, EBV, Esplenomegalia malárica hiper-reativa, Nefropatia malárica quartã. Diagnóstico: Direto – esfregaços de sangue periférico (distensão ou gota espessa) – Giemsa ou Wrigth – 2/3 esfregaços P. falciparum – citoplasma tênue, anel de sinete, 1 ou 2 cromatinas, na periferia, pigmentos negros, pode ter esquizonte (mau prognóstico) ou gametócitos (forma de banana) P. vivax – citoplasma amplo, anel largo, deformada, pigmentos marrons ou amarelados, granulações deSchüffner, trofozoíta. P. ovale P. malariae – trofozoíto em faixa. ( Fita de cartão para Ag específicos – permanece positiva pós infecção aguda (semanas) Sorologia / moleculares Anticorpos – IFI, ELISA (só em não imunes) ParaSight F ICT Malaria Test Optimal Test PCR Laboratoriais Anemia normocítica normocrômica Leucócitos normais (grave: aumentados) VHS, PCR, viscosidade – aumentados Trombocitopenia, redução de antitrombina III, TTPa prolongado GRAVE: elevação de lactato, uréia, creatinina, enzimas musculares e hepáticas, urato, bilirrubinas Tratamento: não afeta formas maduras. P. vivax, P.ovale, P. malariae – sensíveis a cloroquina: CLOROQUINA: 4 (1º), 3 (2º), 3 (3ºdia) ou 4 (0h), 2 (6h), 2 (2º), 2 (3º) PRIMAQUINA (depois): 14 dias (1comp) ou 7 dias (2comp) ( CI: grávidas e crianças <6 meses P. falciparum por Mefloquina: 5 comp: 3 (0h), 2 (6h) P. falciparum não grave / ambulatorial (1ª escolha): Artemether 20mg + Alofantrine 120mg = 8/dia Malária grave: UTI Soro glicosado (10%) – para hipoglicemia Não pode hidratar muito (PVC<8) – risco de SARA 1ª escolha ARTESUNATO (EV) – 3 dias: 4 (0h), 1 (6h), 1 (2º), 1 (3º) ARTEMETHER (IM) – 5 dias: dose única (1º) + uma dose a cada 24h Completar com: CLINDAMICINA – 2 doses 12/12h DOXICICLINA – 5d MEFLOQUINA – dose única 2ª escolha QUININA (EV) – 20-30mg diluída em 500ml SG5-10% - 4h a cada 8/8h (condição de ingestão oral e parasitemia em declínio ( ingestão oral a cada 8h – 7dias (negativação da gota espessa) + 48h) Gestantes: (3ª escolha): QUININA (EV) - 20-30mg diluída em 500ml SG5-10% - 4h a cada 8/8h – 3 DIAS + CLIDAMICINA – 2 doses 12/12h – 7 DIAS Prevenção: não há vacinas Inseticidas: combate ao vetor Diagnóstico precoce e tto adequado Quimioprofilaxia – apenas para viagens para fora do BR, em áreas endêmicas (não evita 100%). No BR, indica-se ter a mão o antimalárico: sensíveis a cloroquina: CLOROQUINA – 1x/semana resistentes a cloroquina: MEFLOQUINA – 1x/semana resistentes a cloroquina e mefloquina: DOXICICLINA ou ATOVAQUONA + PROGANIL Profilaxia pessoal: repelentes com DEET roupas adequadas evitar contato (entardecer – alimentação/ e à noite) mosquiteiros impregnados com inseticida (permetrina ou deltametrim) BABESIOSE: Babesia microti ou divergens – transmitidas por Ixodídeos (Ixodes scapularis e ricinus) ou por transfusão ( pelas glds salivares: reproduzem nos eritrócitos. PI: 1-4 semanas Febre gradual e irregular (remitente ou intermitente – chegando a 40ºC), calafrios, mialgia, sudorese, fadiga, hepatomegalia, anemia hemolítica, dor abdominal, colúria, náusea, vômitos Não há: exantema, adenomegalia, tosse, fotofobia, hiperemia conjuntival, faringite Complicações (asplenia, idoso ou disfunção esplênica) ( anemia hemolítica, SARA, hepatoesplenomegalia, choque, petéquias, equimose, splinter Diagnóstico: esfregaços de sangue fino ou espesso corados ( pequeno anel, mas SEM pigmentos, gametócitos ou esquizontes (formam 4 parasitos-filhos) TTO: CLINDAMICINA (IV) + QUININA (VO) ESQUISTOSSOMOSE – Schistossoma mansoni África subsaariana (80%). No BR, mais no NE (Bahia, MG) Começam a atacar: 3-4 anos, pico em 15-20 anos e reduz >40anos Sexo diferenciado: macho tem canal ginecóforo que alberga a fêmea Transmissão: homem entra em água com cercárias, água doce, baixa correnteza, morna Ciclo: Único hospedeiro intermediário (Biomphalaria glabrata) – penetrado pelos miracídios (das fezes humanas) – reprodução assexuada - libera cercárias em 30 dias – infectam homem – esquistossômulos – acesso a vasos sistêmicos, pulmão e fígado – vasos mesentérios em 45 dias – reprodução sexuada – 55 dias ovos nas fezes. Quadro clínico: Fase inicial: dermatite cercariana – micropápulas eritematosas pruriginosas (24-72h) – morte de ½ das cercárias que penetraram na pele, com reação de IgG, IgE, macrófagos e eosinófilos. Fase inicial: Aguda: imunocomplexos com os agentes invasores e citocinas Inaparente (assintomática) ou aparente (toxêmica ou Febre de Katayama – S. japonicum) 3-4 dias: sintomas iniciais – febre, mal-estar, tosse seca, hiporexia, sudorese, mialgia, diarréia, dor hepática 5-6 semanas: oviposição – hepatoesplenomegalia dolorosa, taquicardia, hipotensão, abatido Geralmente: remissão espontânea Febre de Katayama – febre intermitente, mialgia, cefaléia, diarréia, dor abdominal, hepatoesplenomegalia, adenomegalia, sintomas respiratórios. Fase crônica: formação de granulomas periovais (podem obstruir ou embolizar) Intestinal – dor abdominal em cólica (região hipogástrica e fossa ilíaca esquerda), diarréia ou constipação. Flatulência, plenitude, indisposição, dor epigástrica; EPF: positivo Hepatointestinal – sintomas intestinais + hepatomegalia (fígado palpável, aumentado, superfície irregular), varizes esofageanas, hipertensão portal, dor QSD, hipoalbuminemia. Hepatoesplênica compensada – esplenomegalia (baço palpável, endurecido, indolor), hipertensão portal, varizes, HDA, circulação colateral, hipertensão portal, hepatomegalia, dor abdominal, desconforto HCD, HCE. Anemia, plaqueotopenia, leucopenia, eosinofilia. Hipoevolutismo nas crianças (alt. cognitivas e memória) Hepatoesplênica descompensada – “cirrose” – diminuição funcional acentuada, HDA, isquemia hepática, ascite, encefalopatia, insuficiência hepática (sinais), fluxo reduzido, alterações bioquímicas. Complicações: HIV – redução dos ovos nas fezes Bacteriemia prolongada por Salmonella HBV e HCV – exacerbação do quadro hepático Sindrome pulmonar – embolos que causam hipertensão pulmonar e cor pulmonale Sindrome neurológica – embolos para veias da medula – mielite transversa Diagnóstico: Direto: exame de fezes (3 exames – existem casos de carga parasitária menor) Sedimentação espontânea – viabilidade dos ovos Kato-Katz – quantificação Biópsia retal – clinica/epidemiologia sugestivas, mas exames de fezes negativos (3-6) Biópsia hepática – visualizar granulomas Biópsia de outros órgãos – modo de detectar infecção neles Indireto: Sorologia FAST-ELISA (positividade antes da excreção de ovos e Ac persistentes pós cura) Exames laboratoriais: TC, USG e RNM – condições hepáticas Tratamento: Pranziquantel Promove redução da carga parasitária (nas primeiras horas pós ingestão), mas não age em esquistossômulos. CI para gestantes, amamentação e IR. Adultos (50mg/kg) e <15 anos (60mg/kg) Oxaminique Adultos (15mg/kg) e crianças (20mg/kg) Repetir o tto um tempo depois Controle de cura: até 6 meses após – EPF mensal (todos negativos) e Biópsia retal (entre 4º e 6º mês) Cirurgia: varizes com sinais de sangramento/volumosas, controle de HDA, hiperesplenismo, etc. Profilaxia: Artemether – age em esquistossômulos (dose a cada 2 semanas) e tem ação sinérgica com o Praziquantel sobre vermes adultos >> para grupos de alto risco em áreas endêmicas. Problema: resistência P. falciparum Prevenção: saneamento básico, tto de água controle do hospedeiro intermediário viajantes: evitar contato com água doce DOENÇA DE CHAGAS – Trypanossoma cruzi – Exclusivo das américas, protozoário flagelado Transmissão: vetor, transfusão (rara), vertical (após 3º mês de gravidez – placentite) Vetor: Triatomíneos (Triatoma infestans, rubrofasciata e Rhodnius prolixus) – grandes, longevidade de 2 anos, hábitos noturnos, atraídos pelo calor e CO2. Quanto mais velho o vetor, maior taxa de infecção. Infectam-se em qualquer época do ciclo e albergam o Trypanossoma a vida inteira. Apenas amastigota não é flagelada. Intracelular (sistema mononuclear fagocítico) Reservatórios: animais silvestres (roedores, morcegos, marsupiais, macacos) e domésticos (cães, gatos, ratos) Mortalidade relacionada ao dano miocárdico. Cardiopatia evolui com a idade e tem pico aos 49 anos. Ciclo: Triatomíneo pica o homem e defeca tripomastigotasmetacíclico – entram no sangue e penetram em células do SMF – amastigotas – replicação – liberação de tripomastigotas sanguíneos (periférico) – picada – epimastigota no vetor. Quadro clínico: tropismo por células musculares e neurônios. PI: 8-10d (vetorial); até 100 dias (transfusional) Aguda Assintomática ou com sinais de entrada: Chagoma de inoculação (cutaneoganglionar) ou Sinal de Romanã (edema bipalpebral, unilateral, indolor, lifadenopatia pré-auricular e submandibular) Febre, mal-estar, mialgia, cefaléia, anorexia – até 2 meses Linfadenopatia generalizada (móveis, indolores, sem inflamação); hepatoesplenomegalia moderada; edema generalizado SC ou localizado (face e MMII), não hiperemiado; letalidade 5%, cura espontânea. Crônica Indeterminada: assintomáticos com sorologia positiva – não podem doar sangue e podem evoluir Cardíaca (cardiopatia chagásica): ICC, arritmias, tromboembolismo, dilatação das câmaras, palpitação, precordialgia, fibrilação, BAV (antes), sopros, hepatomegalia, edema MMII, turgência jugular, hipofonese. - Grupo I: assintomáticos com sorologia positiva – controle anual - Grupo II: sintomatologia moderada, sorologia positiva, Raio-x levemente aumentado – controle 2/3meses - Grupo III: sintomatologia exacerbada, sorologia positiva, cardiomegalia – controle semanal/mensal Digestiva (megas): destruição das cel. SNA (plexo intramural e plexo mioentérico de Auberbach) Esofágica (precoces) – disfagia, regurgitação, hipertonia, seguida por hipotonia, redução da disfagia, atonia. Pode ter soluço, salivação, pirose, emagrecimento, esofagite, pneumonia por broncoaspiração Colônica – dor abdominal, halitose, anorexia, palidez, astenia, fecalomas, volvos, torções. Diagnóstico: Fase aguda: parasitológico (elevada parasitemia) – métodos diretos primeiro Fase crônica: métodos indiretos (baixa parasitemia) Doadores: 2 métodos sorológicos – se um já der positivo, descartar o sangue e encaminhar o paciente Vertical: busca parasitária no filho. Se der negativo – métodos sorológicos, repetindo mês a mês (na ausência de infecção deve cair a zero entre 6-8º mês) Métodos parasitológicos diretos Exame a fresco – visualização direta na lâmina Gota espessa - Giemsa Distensão sanguínea - morfologia Métodos de concentração – centrifugação do sangue Métodos parasitológicos indiretos Xenodiagnóstico: ninfas se alimentam do sangue (diretamente ou por “camisinha”) – avaliação do TGI do vetor em 30 e 60 dias – 50% de positividade na crônica, 100% na aguda Hemocultura: leitura em 30, 60, 90 e 120 dias – positividade 50% (crônica); boa na aguda (demorado) Métodos sorológicos: ELISA IFI (para IgM – só em casos de forte suspeita clinica aguda, com métodos parsitológicos negativos) HAI PCR – não rotineiro --> realizam-se 2 técnicas diferentes. Se forem discrepantes, repetir após semanas. Tratamento: Nifurtimox – VO – doses maiores para crianças (proporcional ao peso) Benzonidazol – VO – doses maiores para crianças (proporcional ao peso) TTO sintomático para as formas clínicas Profilaxia e controle: Quimioprofilaxia: violeta de genciana (24hs) – mata todos os T. cruzi vivos Quimioprofilaxia pós acidental: Nifurtimox ou benzonidazol por 10 dias Não há vacinas Primária: combate ao vetor, melhoria de moradia – inseticidas (interior val. até 6meses), pintura inseticida, fumaça inseticida, reboco, tetos, educação sanitária Controle das tranfusões Transplantes: evitar contaminados – se não puder: TTO pré (doador) e pós (receptor) PARACOCOCCIDIOSE – Paracoccidioidoides brasiliensis – micose endêmica – Não notificação Fungo dimórfico – brotamentos múltiplos e formato de roda de leme Florestas tropicais e subtropicais, solo ácido, indice pluviométrico. Mais no Sul>CO (NE semiárido) Idade de início <10 anos, com pico 15-19 anos. Homens (9:1), mas crianças uniformes Associado ao álcool, tabagismo e atividade ocupacionais com o solo Transmissão: inalação de propágulos Patogenia: formação do complexo primário: pulmonar-hilar ou tegumento-linfonodos satélites. Pode evoluir (disseminação hematogênica), curar (cicatrização) ou regredir (foco viável latente) Quadro clínico: Infecção subclínica – ausência de sinais e sintomas + Teste cutâneo (paracoccidoidina) positivo. Nódulos pulmonares calcificados com P. brasiliensis – latência da inf. primária Infecção – Doença Forma regressiva – rara: formas pulmonares primárias e regressivas Forma Aguda ou Subaguda – Juvenil: moderada e grave – 10% dos casos Extra-pulmonares: Acometimento do sistema reticuloendotelial (MO, baço, linfonodos, fígado) Ocorre por disseminação hemaogênica <10 anos: Sd. do abdome agudo (linfadenomegalias), febre, emagrecimento, diarréia, anemia, ascite, linfedema, hepatoesplenomegalia. Forma Crônica – Adultos: leve, moderada ou grave – 90% dos casos Acometem pulmões, linfonodos, pele e VADS – unifocal (pp pulmonar) ou multifocal Ocorrem por reativação do foco latente (forma endógena - granulomas) ou reinfecção exógena Pulmão: infiltrado intersticial, alveolar, espessamento bronquico, nódulos, cavitações, enfisema Mucosa das VADS: orofaringe > laringe > mucosa nasal, dor, sialorréia, interfere mastigação, deglutição, fonação. Ulceração, queilite. Obstrução respiratória, edema, disfonia Cutânea: ulcerações, vegetação, descamação, pápulas Linfáticas: supuração rica em parasitas – submandibulares e cervicais Adrenal: disfunção de cortisol, aldosterona, doença de addison SNC: tumor ou lesão meningea Doenças associadas: BK, HIV, criptococose, estrongiloidiase, neoplasias Depleção proteica Sequelas – por cicatrização (tto) = DPOC, microssomia, estreitamento laríngeo, I. adrenal, cicatrizes Diagnóstico: direto: Microscópico – visualização do P. brasiliensis Cultura – 3 a 4 semanas: colonia branca, aveludada (forma filamentosa) --> 5-10d converte: colônia creme, cerebriforme, com multibrotos (forma leveduriforme) Histopatologia – granulomas (corpo estranho ou cel. langhans) ricos em parasitos em brotamentos indireto ID – Imunodifusão dupla em gel de ágar IB – Imunoblot Imunoeletroforese Contra-imunoeletroforese ELISA PCR – gp43 (soro e urina) Teste cutâneo/intradérmico – hipersensibilidade tardia: não é diagnóstico (não diferencia recente de ativa), mas tem valor prognóstico (visualização da resposta imune) Hemograma: anemia, VHS e mucoptns aumentadas, eosinofilia Tratamento: Suporte Medicamentoso: Sulfametoxazol + Trimetoprim – Ataque (2 meses, VO) e Manutenção (+22 meses, VO) Anfotericina B – (até 50mg – 4-8 semanas): resistência as sulfas ou casos graves / hospitalar Cetoconazol – Ataque (400mg, VO – 2 meses) e Manutenção (200mg, VO, +22 meses) Itraconazol – Ataque (200mg, VO – 6-12 meses) e Manutenção (100mg, VO, 6-12 meses) Fluconazol – 100-200mg por 12-24 meses, VO (IV grave) Critérios de cura: clinica: remissão dos sintomas micológica sorológica: negativação ID radiológica: desaparecimento ou melhora exames inespecíficos: VHS e mucoptns normais, redução do tamanho das vísceras (USG) Complicações: Obstruções (linfadenomegalias, retração fibrótica), DPOC, Insf. Respiratória, I. adrenal crônica Profilaxia: Não existe – não notificar e reduzir alcoolismo e tabagismo ACIDENTES OFÍDICOS – notificação compulsória. Área rural, homens, 15-49 anos, perna e pés, N, NE, CO. Viperidae Genero Bothrops – jararaca: 90% dos casos, 0,3% de letalidade. Genero Crotalus – cascavel: 8-9% dos casos, 1,8% de letalidade – guizo ou chocalho, áreas abertas, secas e quentes (não na Amazônia). Genero Lachesis – surucucu: 1,4% dos casos, <1% de letalidade – até 4m, distal com espinhos, florestas tropicais primárias, hábitos noturnos (L. muta muta / L. muta rhombeata) Elapidae Genero micrurus – coral verdadeira: <1% dos casos, 0,4% de letalidade – não tem fosseta loreal,olhos pequenos e pretos, aneis circulates vermelho, preto e branco ou amarelo. Pequeno e médio porte, agressividade limitada (presa fixa, boca pequena e permanência no solo) Classificação: Áglifas – sem aparelho inoculador de peconha ou presas Opistóglifas – presas na arcada posterior, superior Proteróglifas – presas anteriormente, sulcadas – Elapidae Solenóglifas – par de presas retráteis, recobertas por bainha mucosa, anteriores, ligadas pelo canal central ao canal excretor da glandula de veneno – Viperidae Acidente Botrópico: atividade proteolítica – inflamação aguda: promove liberação de histamina, fosfolipase, proteases, PG, LT, bradicinina >> sinais flogísticos (<6h), edema local, dor, necrose tecidual, bolhas, abscesso. atividade coagulante: ativação de fatores de coagulação, consumo de fibrinogênio >> anticoagulabilidade; trombocitopenia, TC prolongado (10-20min) ou incoagulável (>30min), já que o normal é 10min atividade hemorrágica: metaloproteinases agem no endotélio vascular, destruindo a lamina basal >> equimoses, gengivorragia, epistaxe, edema, necrose, sangramento no local da picada Quadro clínico: local: Edema precoce (firme, frio), equimoses e dor (proporcional ao edema), necrose, bolhas (conteúdo), abscessos. Visualização da marca das presas. Linfadenomegalia dolorosa sistêmico: pequenos sangramentos, gengivorragia, hematúria microscópica, púrpuras. Hemorragia, choque e insuficiência renal em casos mais graves. complicações locais: Abscesso, celulite, erisipela na picada, infecção secundária (reativação dos sinais flogísticos – dor acentuada, reinício de picos ou febre alta, acentuação do infarto linfonodal regional, flutuação à palpação) Necrose: relacionadas ao torniquete ou atraso no tto Sindrome compartimental (rara): aumento na pressão em compartimentos fechados – anormalidade neuro-muscular: paresia, paralisia, hipo/anestesia, dor desproporcional ao edema Déficit funcional: necrose e isquemia – alteram mobildiade, funcionalidade de musculos, tendões, nervos complicações sistêmicas: IRA – NTA, hipotensão, depósito de fibrina intraglomerular Diagnóstico: Testes de coagulação: TC, TTPa, TT, TP, dosagem de fibrinogênio, fatores de coagulação, etc. Hemograma: leucocitose neutrofilica, trombocitopenia inicial, anemia Acidente laquésico: maior quantidade de veneno que o botrópico e crotálico atividade proteolítica: edema local, dor, equimose, bolhas, necrose, abscesso coagulante: prolongamento do TC hemorrágica: sangramento limitado ao local da picada neurotóxica: estímulo parassimpático por estimulação vagal – hipotensão grave, bradicardia, diarréia, nauseas, vomitos, choque, óbito. Quadro clínico: moderado: local, sangramentos, sem manifestação vagal grave: local intenso, hemorragia intensa e manifestação vagal TTO: atropina, hidratação, diálise, ATB, drogas vasotivas Diagnóstico: TC, TTPa, TP, Hemograma (leucocitose neutrofilica, não plaqueotopenia, ↑uréia e creatinina, hematúria Acidente crotálico: atividade neurotóxica: crotoxina impede a liberação de acetilcolina nas fendas pré-sinápticas --> paralisia muscular (desaparece em 1 semana) miotóxica: crotoxina promove necrose das fibras musculares (edema de mitocôndrias e lesão sarcolêmica) --> mialgia generalizada e mioglobinúria (urina escura), IRA, NTA coagulante: anticoagulabilidade Quadro clínico: leve: TC normal, urina normal, mialgia discreta ou evidente, ausência de fácies miastênica moderado: TC normal, urina normal, mialgia discreta ou evidente, facies miastênica discreta ou evidente grave: TC prolongado, urina escura, mialgia evidente, fácies miastênica TTO: hidratação, diurético, prova de função renal, bicarbonato de sódio --> fácies miastênica: ptose palpebral, flacidez da musculatura da face, anisocoria, oftalmoplegia, disturbios de acomodação visual Diagnóstico: hemograma – leucocitose neutrofilica, desvio a esquerda Acidente elapídico: Neurotóxico: liga-se a receptores de acetilcolina na placa pós-sináptica (alguns tem ação pré-sináptica) --> dor e parestesia local, edema leve (sem equimose), ptose palpebral bilateral (1º sinal), turvação visual, diplopia, anisocoria, oftalmoplegia, paralisia da deglutição, mastigação, respiratória, mialgia, IRA. Terapêutica com soro: Acidente botrópico – soro antibotrópico Leve (2-4 ampolas); Moderado (5-8 ampolas); Grave (12 ampolas) TC em 12 e 24h – incoagulável (12h) ou não normalizado (24h) --> 2 ampolas adicionais Acidente laquésico – soro antibotrópico-laquésico Moderado (10 ampolas); Grave (20 ampolas) Acidente crotálico – soro anticrotálico Leve (5 ampolas); Moderado (10 ampolas); Grave (15 ampolas) Acidente elapídico – soro antielapídico 10 ampolas Normas de atendimento: Avaliação individual, retirada do garrote, higiene, profilaxia anti-tetânica (C. tetani na boca do animal – todos os pacientes!), ATB (ferimentos perfurantes, abscessos, celulite, erisipela – não profilático), aconselhamento pós alta. Pode haver esvaziamento de bolha, desbridamento cirurgico, fasciotomia.
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