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Expressão das emoções em Lachesis

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- Na Gênesis sobre Adão e Eva se submetem ao que propôs a Serpente e todos acabam assumindo suas penas impostas por Deus.
- A Górgona (em grego clássico: Γοργών/Γοργώ; transl.: Gorgón/Gorgó, no plural: Γοργόνες) é uma criatura da mitologia grega, representada como um monstro feroz, de aspecto feminino e com grandes presas. Tinha o poder de transformar todos que olhassem para ela em pedra, o que fazia com que, muitas vezes, imagens suas fossem utilizadas como uma forma de amuleto. A Górgona também vestia um cinto de serpentes entrelaçadas.
Na mitologia grega tardia, dizia-se que existiam três Górgonas: as três filhas de Fórcis e Ceto (irmãos, filhos de Gaia – a Mãe Terra - e Ponto – filho de Gaia é a divindade grega das profundezas do mar ou do mar aberto). Seus nomes eram Medusa (Μέδουσα, "a impetuosa"), Esteno (Σθεννώ, "a que oprime") e Euríale (Εὐρυάλη, "a que está ao largo"). Como a mãe, as górgonas eram extremamente belas e seus cabelos eram invejáveis; todavia, eram desregradas e sem escrúpulos. Isso causou a irritação dos demais deuses, principalmente de Atena, a deusa da sabedoria, que admirou-se de ver que a beleza das górgonas as fazia exatamente idênticas a ela.
Atena então, para não permitir que deusas iguais a ela mostrassem um comportamento maligno, tão diferente do seu, deformou-lhes a aparência, determinada a diferenciar-se. Atena transformou os belos cachos das irmãs em ninhos de serpentes letais e violentas, que picavam suas faces. Transformou seus belos dentes em presas de javalis, e fez com que seus pés e mãos macias se tornassem em bronze frio e pesado. Cobrindo suas peles com escamas douradas e para terminar, Atena condenou-as a transformar em pedra tudo aquilo que pudesse contemplar seus olhos. Assim, o belo olhar das górgonas se transformou em algo perigoso.
Envergonhadas e desesperadas por seu infortúnio, as górgonas fugiram para o Ocidente, e se esconderem na Ciméria, conhecido como "o país da noite eterna".
Mesmo monstruosa Medusa foi assediada por Poseidon, que amava Atena. Para vingar-se, Medusa cedeu e Poseidon desposou-a. Após isso, Poseidon fez com que Atena soubesse que ele tivera aquela que era sua semelhante. Atena sentiu-se tão ultrajada que tomou de Medusa sua imortalidade, fazendo-a a única mortal entre as górgonas. Em outras versões, Atena amaldiçoou as górgonas justamente porque quando Medusa ainda era bela, ela e Poseidon se uniram em um templo de Atena, a deusa ficou ultrajada e as amaldiçoou.
Mais tarde, Perseu, filho de Zeus e da princesa Dânae, contou com a ajuda de Atena para encontrar Medusa e cortar a sua cabeça, com a qual realizou prodígios. Pois mesmo depois de morta, a cabeça continuava viva e aquele que a olhasse nos olhos se tornava pedra. Medusa deu à luz dois filhos de Poseidon, Pégaso e Crisaor.
- Apolo e a Píton:
Leto na Ilha de Delos
Delos, ilha sagrada do arquipélago das Cíclades, não estava no local onde atualmente se encontra. Era uma ilha flutuante, vagando incessantemente pelos mares. Um dia uma linda deusa, com terror e agonia estampados no rosto, pôs os pés naquela ilha. Era a deusa Leto e trazia no ventre dois filhos de Zeus, Apolo e Ártemis.
Amaldiçoada por Hera – a legítima esposa de Zeus –, que pediu à deusa Gaia, a Terra, que não desse abrigo para Leto, afim de que não conseguisse dar à luz aos frutos do adultério de seu marido, a mãe de Apolo estava impossibilitada de dar à luz em qualquer terra que se ligasse a Gaia, a deusa Terra, além de ser perseguida por um monstro denominado Píton, que Hera havia enviado atrás de Leto para não deixar que permanecesse tempo o suficiente para dar à luz em lugar nenhum. Até chegar em Delos. A qualidade de ilha flutuante - em algumas tradições criada especialmente por Possêidon, deus dos mares e tio de Apolo e Ártemis - de ser um espaço de terra não ligado a Gaia, fazia com que a ilha de Delos, ao contrário dos territórios da Ática e Trácia e das ilhas de Lesbos e Quios, por onde a deusa passara anteriormente, pudesse guarnecê-la e escondê-la de Píton para que desse à luz a seus gêmeos divinos.
O nascimento de Apolo
Diante da promessa de Leto de que seu filho construiria um magnífico templo em homenagem e gratidão à ilha que ousou opor-se à vontade de Hera compadecendo-se de uma mãe que sofria inúmeras dores num eterno e infindável trabalho de parto, duas pedras monstruosas irromperam do fundo do mar e sobre elas apoiou-se a ilha. Dessa forma Delos estabilizou-se e acolheu Leto.
De imediato muitas deusas vieram auxiliar Leto no trabalho de parto. Menos a deusa Hera, que, ao tomar conhecimento de que Leto havia encontrado leito onde dar à luz, havia preso sua filha Eilítia, deusa das contrações do parto, afim de que o parto não pudesse se realizar. Por nove dias e nove noites fortes dores atormentaram a deusa. Mesmo Hera, após os longos dias e noites de sofrimento da parturiente, compadeceu-se das dores de Leto e libertou sua filha Eilítia para auxiliar no trabalhoso parto.
Quando na décima noite ela deu à luz a seus dois filhos, a escuridão noturna tornou-se um luminoso dia. O Sol [deus Hélios] surgiu majestoso no céu, lançando em direção à ilha seus raios de ouro. Não podia ser diferente uma vez que havia nascido o deus da luz, Apolo de cabelos dourados e sua irmã Ártemis, a deusa da noite enluarada.
Apolo tinha apenas quatro dias de vida e já era uma criança robusta, cheia de poderes divinos. Recebeu de seu pai, Zeus, um arco e uma lira de ouro, assim como sua irmã os recebera em prata. Todos eram obra do deus Hefesto, o deus do fogo e das forjas. Seu novo arco de ouro (algumas interpretações o colocam de prata) incentivou o jovem deus a iniciar uma caçada ao monstro Píton, que atormentara sua mãe durante a penosa busca por um solo para pari-lo.
Num instante Apolo voou ao Parnaso, onde o odioso monstro tinha seu covil. Até então ninguém ousara de indispor contra Píton, que espalhava por toda parte desgraças extraordinárias. Nos locais onde arrastava seu corpo de serpente a terra e seus frutos apodreciam e uma imundície se esparramava em tudo o que havia ao redor, enquanto os homens morriam assim que se deparavam com seu horroroso semblante. 
Essa terrível serpente, ao perceber que alguém ousara se medir consigo, saiu do covil escuro e seu corpo monstruoso escorregou por entre as rochas, à procura do inimigo. Tão logo viu que tinha diante de si o filho de Leto, ficou enlouquecido de cólera e sua boca viscosa espumava ódio. Píton ergueu-se, colossal, bem à frente de Apolo, como se, com seu volumoso corpo, desejasse ridicularizar a temeridade do deus menino.
A questão da busca por esse enfrentamento da fera interior, do ser umbrático, sombrio, indefinido e pantanoso representa uma katábasis – palavra grega que significa ‘descida às trevas’ – realizada por Apolo, um momento em que o deus confronta o desconhecido que já existia e influenciava antes mesmo de seu nascimento e que agora estava sendo posto em xeque. De certa forma a serpente Píton significa um lado obscuro da própria Leto, um lado que não queria os filhos, que queria mantê-los como uma parte de si mesma, eternamente em trabalho de parto. Para que Apolo pudesse nascer essa Píton, essa ‘mãe serpente’ teve de ser destruída. Já veremos como o grego coloca esse ‘desconhecido familiar’ em xeque.
Um pouco mais sobre a origem de Apolo
As opiniões acerca da origem deste deus divergem bastante: há quem lhe dê por berço a Ásia, fazendo dele, primitivamente, uma divindade Hitita (os Hititas eram a raça do povo da cidade de Ílion, ou Tróia); outros o dizem um deus da Lícia; outros ainda consideram-no uma divindade nórdica. A própria Ilíada apresenta-o como aliado dos troianos (asiáticos), o que a princípio parece muito estranho, visto tratar-se do deus grego por excelência. Somente as mais recentes tradições gregas contam que Apolo, filho de Zeus e de Leto (identificada com a noite e também denominada ‘Latona’) é irmão gêmeo de Ártemis, pertencendo à segunda geração dos Olímpicos.
Apolo mata Píton
Mais rápido que um
raio, Apolo atirou sobre Píton uma única seta. Acertou-o bem no meio da testa. Um urro terrível encheu os barrancos das montanhas e o horrendo monstro, fatalmente ferido, ia batendo nas rochas e encostas do Parnaso. Seu corpo monstruoso se enrolava e desenrolava desesperado de dor e, num dado instante, arremeteu-se imenso para o alto e, antes que pudesse alcançar Apolo, caiu de novo, para não mais levantar.
A imagem de Apolo como um deus da luz que ostenta uma certa frieza em ação, um certo ‘sangue-frio’ e objetividade, destaca um lado mais sombrio, mais simbolicamente ‘lunar’ do deus. A princípio Apolo seria uma divindade noturna, como veremos adiante em ‘O Apolo simbólico’. 
Apolo canta o Peã
Cheio de alegria por sua grande vitória, Apolo apanhou o amado instrumento, a lira dourada, e começou a cantar o Peã1 da vitória. O triunfo de uma grande façanha era agora acompanhado de um outro triunfo – e este não era nada além de uma canção. Mas pela primeira vez no universo ouviu-se uma canção tão magnífica. Pelos seus versos e pela melodia fazia desaparecer todo o contraste entre a luta selvagem e a paz, entre a destruição e a criação, entre a morte e a vida. Era uma canção que abalava com sua força e beleza. Uma canção que fazia o universo ficar mudo e os homens, que tanto padeceram por causa de Píton, arrepiaram-se de emoção, com lágrimas de alegria a lhes encher os olhos.
Quando Apolo terminou seu peã, um barulho espalhou-se por toda a parte. Era o barulho dos gritos e urros de júbilo dos homens ao ouvir aquele hino triunfal. É com justiça que, desde então, Apolo é também incontestavelmente o deus da música.
O Oráculo de Delfos e o Apolo Pítio
O deus enterrou Píton na encosta do monte Parnaso, sobre sua sepultura fundou um templo e um oráculo. Trata-se do famoso Oráculo de Delfos, que prediz aos homens as decisões de Zeus, pai de Apolo. A partir de então Apolo ganhou um de seus epítetos, o de Apolo Pítio, já que, na estrutura simbólica do mito, é comum deixar que parte desse monstro que se encontra e se derrota no interior viscoso e umbralino, torne-se parte integrante da personalidade do ser que o haja derrotado. Essa estrutura pode ser encontrada quando Jasão engana ou mata o dragão que guardava o velocino de ouro e, ao fugir, leva Medeia, sua futura esposa, que também era parte integrante do dragão, da mesma forma Hércules veste-se com a pele do leão de Neméia após matá-lo, ou Perseu usa a cabeça da medusa para salvar Andrômeda. [Mais detalhes em ‘O Herói de Mil faces’ de Joseph Campbell]
O Oráculo de Delfos estava, então, associado à práticas primitivas de invocação dos mortos, já que era realizado sobre o corpo putrefato da serpente Píton e, pode-se dizer, valia-se de sua força vital, de sua ligação com sua mãe Gaia, a Terra, para realizar suas predições. Dessa maneira o Oráculo de Delfos, assim como Apolo, também tinha sua ‘sombra’[Jung], seu enraizamento nessa dimensão ctônica (do grego chthón ‘terra, terreno’) do reino dos mortos e do contato com os ancestrais. 
A vidência ou mântica, na Grécia, é uma prática ligada ao transe e a sacerdotisa do templo de Apolo, a chamada Pitonisa (sim, também derivado da nossa velha amiga serpente), além de só poder fazer predições após ter passado por um estado de transe, também incorporava essa atmosfera perigosa, subterrânea, ligada à morte, às sementes e às famílias. 
Sentada sobre um banquinho em tripé forrado com peles de serpente e que se equilibrava sobre uma fenda no chão donde se desprendiam vapores que auxiliavam na entrada no estado de transe, a Pitonisa passava as mensagens divinas a sacerdotes que a interpretavam e passavam para o consulente. Quem fosse consultar o Oráculo de Delfos não podia travar contato com a Pitonisa, somente com os sacerdotes-intérpretes de Apolo.
Antes de Apolo a mântica (prática de adivinhação), estava ligada aos mortos e agora assumia a forma da mântica solar de Apolo, sem perder algumas características anteriores. O templo de Apolo em Delfos era um local de purificação, de cura de doenças, contendas e chagas, mas ao mesmo tempo estava intimamente ligado à terra, aos mortos, ao subterrâneo.
O bom pastor
Píton era filho da deusa Gaia, a Terra, que agora considerava Apolo um assassino por o haver matado. Segundo o antigo direito grego, a Têmis, uma justiça que pode ser compreendida como o ‘olho por olho’, Gaia tinha todo o direito de matar Apolo, castigá-lo ou puni-lo como lhe aprouvesse. Mas como o jovem deus também era predestinado a ser o deus que absolveria os pecados dos assassinos arrependidos (ver Apolo na Oréstia), era preciso que primeiro ele próprio se purificasse do crime. Resolveu, então, fazer isso mesmo, ainda que o assassinato que cometera tivesse sido uma bênção para deuses e homens. Por isso – em algumas interpretações por iniciativa própria e em outras por ordem de seu pai Zeus – despojou-se de sua substância divina e rumou para a Tessália, onde se tornou um humilde pastor a serviço do rei Admeto.
Coisas estranhas aconteciam quando Apolo saía para levar ao pasto os rebanhos de seu patrão. Quando o deus pegava a lira e dedilhava suas cordas, os animais selvagens, encantados, saíam da floresta e saltitavam alegremente ao redor dele, junto com os carneiros e as vacas. Posteriormente essa habilidade de Apolo foi herdada por seu filho Pan, o sátiro dos bosques.
Desde a época da chegada de Apolo a riqueza e a alegria inundaram a corte de Admeto: seus animais se multiplicaram, seus estoques se encheram de sacas e sacas de cereais, suas talhas transbordaram de azeite e vinho, de azeitonas e de manteiga. Carregados também estavam os muros e o teto, de onde pendiam pesadas sacolas com queijo e outros produtos comestíveis. Tudo do bom e do melhor, pois aquela cidade era a morada – ainda que inadvertidamente – do deus da abundância, da fartura e também irônicamente do métron, da moderação, do comedimento. Como Apolo poderia ser simultaneamente o deus de tais opostos? Veremos mais adiante.
Admeto, jovem e belo, orgulhava-se de sua riqueza. Montado em seu cavalo branco, saía para a planície, admirando seus rebanhos. Seus cavalos, cheios de vigor, beleza e agilidade, corriam pela vasta campina e seus bois puxavam com força o arado, que se metia bem fundo dentro da terra fértil, como se Gaia houvesse reatado amizade ou ao menos perdoado Apolo por sua humildade.
Não era de se admirar que muitos reis agora quisessem Admeto como seu genro e, para isso, lhe apresentavam as filhas. Porém seu coração era de Alceste, a belíssima filha de Pélias, o rei da vizinha Iolco.
Escravo de Dânao
Outras versões contam que Após matar Píton, Zeus mandara Apolo para o oriente, como escravo do rei Dânao, para que este dele se servisse como melhor o aprouvesse. Esse rei pediu a Apolo (e também a Possêidon que se encontrava juntamente com Apolo na condição de escravo) que construísse as muralhas da cidade de Ílion, também conhecida como Tróia. É por isso que as muralhas de Tróia não puderam ser derrubadas. Não foram construídas por mãos humanas e mãos ou armas humanas não seriam capazes de pô-las abaixo.
Esta teria sido uma outra forma de purificação para o crime de Apolo, que também pode ser lida como punição de Zeus contra uma outra revolta dos deuses olímpicos chefiados por Possêidon e Hera contra Zeus, mas essa é outra história.
Obs.:  Hígia: forma latina do grego Hygíeia, ‘saúde’ (personificada em deusa). Panacéia: do grego Panakéia, significa ‘a que socorre a todos’, designação da filha de Asclépio, o deus da medicina. voltar
(www.consciencia.net)
- Asclépio: poucos mitos podem ser acompanhados, em sua gênese e evolução, tão de perto como o de Asclépio (gr. Ἀσκλήπιος), deus grego da Medicina. O autor da Ilíada menciona que os dois médicos aqueus que foram a Troia eram filhos do tessaliano Asclépio (Il. 2.729-732). Hesíodo, que escreveu suas obras mais ou menos cinquenta anos mais tarde, considera Asclépio filho de Apolo (Hes. Fr. 63; 90) e há, finalmente, evidências arqueológicas de que ele já era cultuado no
Peloponeso por volta de - 500.
Píndaro, na III Pítica (c. 473), relata a lenda de seu nascimento. Coronis, filha do lápita Flégias e irmã de Íxion, foi amada por Apolo e esperava um filho dele. Antes de dar à luz, no entanto, teve uma aventura com Ísquis, um simples mortal. Apolo encolerizou-se ao saber da traição e pediu à irmã, Ártemis, que matasse a amante infiel com uma flecha. Apiedou-se, no entanto, da criança, e retirou-a do ventre da mãe antes que as chamas da pira funerária a consumissem. O menino, Asclépio, foi então levado ao centauro Quíron para ser educado.
Asclépio aprendeu rapidamente a medicina e tornou-se capaz de curar praticamente todas as doenças e traumas. Depois de algum tempo começou a ressuscitar os mortos, e aí Hades foi se queixar a Zeus, pois seu reino estava ficando vazio. Para que a ordem natural das coisas não fosse conturbada, Zeusfulminou Asclépio com um raio, mas em reconhecimento de seus méritos recebeu-o entre as divindades.
(http://www.cartaforense.com.br/conteudo/colunas/apolo-quiron-asclepio-e-hipocrates---mito-grego-da-medicina/6566)
No cerne de toda pedagogia grega (Paidéia) observamos a atenção aos limites, contrapondo o que há de mais caro ao homem: a liberdade. No mito da Medicina, valorosa é a própria vida.
Dentre os temas recorrentes, a deformação, a banalização e a superação de distúrbios tanto da alma (psyché) quanto do corpo (soma). Na linhagem das figuras simbólicas da cura destacam-se Apolo, Quíron e Asclépio (Esculápio, na romana).
Nesta tríade divina, solar e supremo é Apolo, que presidindo a harmonia da alma, personifica a saúde e simboliza o princípio de toda cura. Quíron é seu fiel sacerdote. E o filho, Asclépio tem como mais famoso descendente Hipócrates (460-377 a.C.), renomado expoente de uma família que praticara a medicina por muitas gerações, considerado "Pai de Medicina".
Narra Homero que Asclépio realmente existiu (em cerca de 1.200 a.C.) e que foi abençoado com a luz de Apolo. Atentos aos psicossomáticos, enquanto o pai presidia a sanidade da alma, o filho se empenhava em presidir a saúde do corpo. O predomínio da atenção sobre um em detrimento do outro é desarmonioso e é desse interdito que trata o mito. Há inúmeras versões dessa alegoria, inspiraremo-nos em Píndaro (518-441 a.C) e Ovídio (43-18 a.C.).
Reza um antiqüíssimo relato que na Tessália ninguém superava a jovem Corônis em graciosidade e formosura. Impressionado pela rara beleza da mortal, o deus da harmonia, Apolo, filho legítimo do soberano do Olimpo, Zeus, se apaixona perdidamente pela moça.
Mas a donzela, entre envaidecida por ter despertado a paixão de um imortal e o temor de se ver abandonada na velhice, mesmo grávida de Apolo, decide se casar com um jovem chamado Ischys.
Inconformado com a traição, Apolo assassina o rival e pede a sua irmã, Ártemis, que fulmine a infiel. Desconcertado, ao ver o corpo da amada em chamas sobre a pira, Apolo se apressa a arrancar-lhe do ventre seu filho Asclépio.
O deus da saúde, da música e da harmonia, confia a educação da criança ao sábio Quíron, que por ser filho do titã Chronos, também era imortal. Este brilhante centauro fora gerado enquanto seu pai metamorfoseara-se num cavalo, daí sua aparência híbrida.
Extremamente inteligente, culto e bondoso, Quíron, por sua vez, foi adotado por Apolo, que o ensinou a arte do divinatio (adivinhação), música, ética, ciência e thaerapéia (do grego, servir ao divino), dentre muitas outras technai. O centauro foi professor e tutor de heróis famosos tais como: Aristeu, Ajax, Enéas, Teseu, Aquiles, Jasão, Peleu, Héracles e, claro, de Asclépio.
Portador de uma ferida incurável, Quíron entendia a dor e o sofrimento dos enfermos e ensinava a alquimia das ervas extraindo poderosas drogas, infusões, ungüentos, banhos medicinais, dietas, sangrias, cirurgias, além dos benefícios da exposição ao sol, de caminhadas com os pés descalços, abstinência sexual, higiene, dos exercícios físicos e etc. Espantosamente dedicado e habilidoso, Asclépio recebeu da tia Palas Athena, um poderoso pharmakón: o sangue de Medusa, que conforme a dosagem, tanto curava quanto matava.
E foi assim, por ter como pai Apolo e preceptor Quíron que Asclépio reuniu as duas tendências da arte médica, curando tanto corpos quanto almas.
Quando surpreendidos com a notícia de uma enfermidade (própria, num familiar ou amigo) é reconfortante saber que se está sob os cuidados dos mais renomados especialistas. Conformados, suspiramos: "Agora está tudo nas mãos de Deus". E era assim que Asclépio desempenhava suas funções: ferrenho seguidor dos ensinamentos de Quíron e subalterno a seu pai Apolo, que roga que o doente seja tratado como um todo.
"A vida é curta, a arte é longa, a oportunidade é fugaz, a experiência enganosa, o julgamento difícil" – Hipócrates
Paul Diel relata que na antiga Grécia, recomendava-se que o enfermo pernoitasse no templo de Apolo para que, exposto à influência do sagrado, se concentrasse em seu sofrimento. No dia seguinte, os sacerdotes procuravam interpretar os sonhos para vislumbrar uma terapêutica adequada. Este procedimento era repetido tantas vezes quanto julgassem necessário.
Numa anamnése (do grego, trazer mnemósyne, a memória à tona), como ocorre até os dias atuais, procurava-se saber de todo histórico pessoal e dos antepassados, doenças físicas e angústias psíquicas, abarcando tanto o corpo quanto a alma.
Muitas vezes o enfermo estava acometido por uma doença hereditária, ao qual era frágil ou mesmo a uma doença oriunda de uma desarmonia psíquica que não era necessariamente sua, mas que por hamartía(marca de nascença) o afetava.
Orgulho de Apolo e de Quíron pela competência em representar a ciência, Asclépio não tardou a alcançar fama e glória. Até que um dia, arrebatado pela vaidade, com formidável empenho e arrogância decide abolir a morte. Ressuscita defuntos e alcança sucesso extraordinário.
Hades, soberano do reino dos mortos, constatando o despovoamento de seu império, queixa-se com Zeus e este, temendo que a ousada maestria de Asclépio revertesse à ordem do mundo, fulmina-o imediatamente com seu raio. Desolado, Apolo suplica a Zeus que o coloque entre as estrelas (constelação do Serpentário, Ophiucus).
Viver para o corpo e morrer para a alma é contrário ao sentido da vida. Asclépio se esquece que o princípio vital de sua missão não é a de somente conservar o corpo, mas fortificar a alma. Hipócrates, fidedigno a este interdito, ao iniciar seu solene juramento invocando-os, tributa-lhes honras e glórias: "Eu juro, por Apolo, médico, por Asclépio (...)"
Competentes, mas falíveis, médicos vivenciam a apolínea necessidade de harmonia na morada da alma traduzida na máxima do poeta satírico romano Giovenale: "Orandum est ut sit mens sana in corpore sano"(Reze para que a mente seja sã dentro de um corpo são).
A cidade de Epidauro, onde se desenvolveu a primeira escola de medicina, reivindica para si o local de seu nascimento. Seu símbolo é a serpente envolta num cetro (na bandeira da OMS), seu animal é o cão e sua oferenda é o galo: "Pague um galo a Asclépio", são as últimas palavras de Sócrates. Diz-se que se casou com Epione (deusa da anestesia) e dentre os filhos gerados citamos: Machaon (cirurgião), Podaleirus (diagnóstico clínico), Panacéia (ervas medicinais), Iaso (deusa da cura), Aglea (boa forma) e Higeia (deusa da higiene e do asseio).
Semideus, Asclépio "não está no Olimpo nem habita o Hades, mas caminha entre os homens, ensinando a medicina", inspirando magnânimos e virtuosos asclepíades como os inesquecíveis Zerbini (Machaon) e Décourt (Podaleirus) aos quais tantos devem a vida e eu, minha formação.
Com o tempo, a lenda de Asclépio tornou-se popular e enriqueceu. Além de Podalírio e Macaon, já citados na Ilíada, a ele eram atribuídas várias filhas, que o auxiliavam em sua atividade curadora: Acesó e Iasó, a cura; Panaceia, a cura universal; e Hígia, a saúde.
- Sobre o Bastão de Asclépio:
Compreensão baseada nos artigos “Do Bastão de Esculápio ao Caduceu de Mercúrio”,
de Paulo R. Prates e “O Símbolo da Medicina”, de Joffre Marcondes de Rezende.
Segundo os estudos a cobra que se enrola no bastão é do tipo Elaphe longíssima (tbm chamada de cobra de Esculápio). Uma cobra não venenosa.
 
- Nas culturas ancestrais a cobra sempre foi, e ainda é endeusado por sua valentia e misticismo. É ressaltado o poder de ligação entre os mundos e sua capacidade natural de transmutação (pela mudança de pele). 
Sobre a Kundalini: 
Simboliza a energia vital primordial que existe dentro de nós, a força evolutiva primordial, uma fagulha do absoluto que habita o interior de nosso corpo. A energia kundalini é, às vezes, designada como o poder da serpente, representado por uma serpente enrolada na base da coluna vertebral. 
Na verdade, a energia kundalini é uma força situada no cérebro humano que ativa os chakras; ela em geral é sentida primeiroamente na base da coluna, no primeiro chakra... Kundalini não é uma serpente mística; ela é a força psicobiológica primitiva; é a energia que anima, vitaliza e motiva o corpo e a mente.
A energia Kundalini está sempre ativa. Ela alimenta todo o sistema de energia humana, fazendo com que a energia vital circule continuamente dentro de nós. Para a maioria das pessoas,a atividade kundalini é mínima, embora ela esteja sempre, em certa medida, atuando em nós. É como se as catatratas do Niágara se transformassem em pequenas gotículas que são aspergidas de um borrifados. Ela precisa ser ativada com a meditação e a prática do yoga. (Os Cinco Tibetanos, Christopher S. Kilham)
Os hindus crêem que a serpente e o homem se distinguem de todas as outras espécies animais. Para eles, se o homem se encontra no final de uma escala genética evolutiva, a serpente deve ser colocada no início dessa escala. 
Kundalini Sakti, a energia dormente e enroscada, é o potencial vasto da energia psíquica contida em todos nós, segundo os princípios hindus. Normalmente, o símbolo dessa energia é uma serpente enroscada em três voltas e meia, com a calda na boca e espiralando em torno de um eixo central (“sacrum” ou “osso sagrado/’) na base de nossa coluna. O despertar dessa serpente e a manifestação de seus poderes são o objetivo primário da prática kundalini yoga, cujo objetivo é despertar a serpente Sakti que, quando está pronta para se desdobrar, ascende pelos chakras espinhais para se unir com Shiva, a “consciência pura que permeia todo o Universo”. (http://umjeitomisticodeser.blogspot.com.br/2011/10/animais-sagrados-do-hinduismo.html)
Sobre Dan/Osumare: 
Dan é um Vodun oriundo da região Mahi. É representado na forma da serpente arco íris e suas funções não são fáceis de definir, pois elas são múltiplas. Dan é o símbolo da continuidade. É representado como a serpente que morde sua própria cauda, formando assim um circuito fechado (como observamos no símbolo místico de oroboro). Simboliza também a força vital, do movimento, de tudo que é alongado. É, ao mesmo tempo, macho e fêmea. Ele sustenta a terra e a impede de desintegrar-se. É a riqueza e a fortuna. Osumare é o Deus yoruba absorvido e a forma cultuada na região nagô e, no Brasil, nos terreiros ketu.
- Augusto Branco é o pseudônimo de Nazareno Vieira de Souza, poeta e autor brasileiro de Porto Velho, RO.
- Serpente peçonhenta brasileira. A serpente Lachesis muta foi descrita em 1766 por Linnaeus, que originalmente a denonimou Crotalus mutus (Cascavel silenciosa). O nome "muta" de origem latina significa "muda", referindo-se ao fato de essa espécie parecer com a Cascavel, mas sem ter um guizo ou chocalho na ponta da cauda. No Acre, essa espécie de cobra é eventualmente chamada de Cascavel por alguns moradores da floresta, devido o comportamento dela vibrar a cauda que no chão da floresta pode fazer um ruído que eles atribuem ao som de um chocalho. As protuberâncias cônicas de suas escamas lembram uma casca de jaca, de onde provém o nome popular “Pico-de-jaca” ou "Bico-de-jaca". Apesar de que muitos publicam e ensinam como Surucucu o nome popular de Lachesis muta, o nome Pico-de-jaca é o mais utilizado na Amazônia. Na Bahia essa cobra é também conhecida como  Pico-de-jaca, Surucucu-pico-de-jaca, Surucucu-cospe-fogo e Surucucu-apaga-fogo. Em algumas regiões da Amazônia (em especial Acre e Amazonas) o nome "Surucucu" é utilizado para designar a serpente Bothrops atrox, que também é conhecida como Jararaca. É a maior cobra peçonhenta da América do Sul. 
Gênero: Lanchesis 
É a maior cobra peçonhenta das Américas, podendo ultrapassar 3m. 
Período de atividade: predominantemente noturno. Esta é a única espécie de viperídeo no Brasil que é ovípara. Fato que deve ser guardado na memória é que a cobra se enrola sobre os ovos sendo, aqui, uma forma de cuidado parental (diferente da manifestação do perfil da medicação).
- O Logos (em grego λόγος, palavra), no grego, significava inicialmente a palavra escrita ou o falada, verbo. Passa a ser um conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade de racionalização individual ou como um princípio cósmico da Verdade e da Beleza. Lógos reúne numa só palavra quatro sentidos principais: (1) linguagem; (2) pensamento ou razão; (3) norma ou regra; (4) ser ou realidade íntima de alguma coisa. – Logía, que é usado como segundo elemento de várias palavras compostas indica: conhecimento de explicação racional de, estudo de. O lógos dá a razão, o sentido, o valor, a causa, o fundamento de alguma coisa, o ser da coisa. É também a razão conhecendo as coisas, pensando os seres, a linguagem que diz ou profere as coisas, dizendo o sentido ou o significado delas.
- Segundo Paschero: o medicamento Lachesis produz um quadro reativo semelhante ao que desencadeia em sujeitos suscetíveis a depressão, desgostos, penas e violações morais mantidos, a intoxicação alcoólica, infecções sépticas e intoxicações. A sintomatologia mental tem característica bem definida. Hering destaca que o veneno tem seu melhor efeito em indivíduos com temperamento melancólico. Como em todas as patogenesias, a reação primária é a exaltação do conflito latente entre os impulsos erótico-agressivos e a interdição moral (*). Daí surgem as modalidades características que singularizam sua forma de solucionar seus conflitos.
Os medicamentos predominantemente sifilínicos têm uma exacerbação da agressividade destrutiva como os sicóticos têm da sexualidade pervertida e distorcida.
Lachesis é maliciosa, orgulhosa, dolorida, desconfiada e crítica. Referimos-nos no feminino porque o quadro típico se dá com todas as características durante a menopausa, quando a mulher sofre uma crise em sua personalidade e cujo desenvolvimento estão intimamente relacionados com o processo de maturação neurohormonal.
A primeira reação inconsciente a esta agressividade é o medo do desconhecido, da morte, que a supreenda enquanto dorme. E para defender-se deste perigo, que nada mais é do que seu impulso instintivo exacerbado recorre à proteção e crê que está sob o poder de uma força superior, sujeita ao controle sobre-humano de um ser maligno externo, ou perseguida por inimigos que querem agarrá-la ou matá-la, que lhe hajam feito um dano ou malefício, que há ladrões na casa, que o remédio que lhe fornecem é veneno e que seus familiares lhe preparam o enterro porque sabidamente irá morrer. Tamanha é a projeção paranoica, persecutória de sua própria hostilidade para com os demais que cai em melancolia com suspiros, se amedronta com as pessoas, sem vontade de falar, duvida de tudo, desconfia de todos, não deseja se misturar com o mundo, se mostra apática e chateada, se sente extremamente triste ao despertar pela manhã, com a sensação que está só, sem afetos, sem amigos e deseja a morte.
O mecanismo psicológico de seus próprios conteúdos erótico-agressivos para com os demais é a característica fundamental. Faz-se assim, extremamente susceptível e desconfiada diante de qualquer palavra dita (mesmo que sem nenhuma intenção), se entende objeto das maldades do mundo, projetando sobre o companheiro seus próprios desejos de infidelidade
conjugal inspirados inconscientemente pela exacerbação sexual menopáusica e protagoniza, assim, quadros dramáticos dos ciúmes mais violentos, com brigas cheias de raiva e insultos mesclados com zombarias, sátiras e uma interminável verborreia de ideias ridículas e absurdas.
Sua loquacidade é extraordinária, passa de uma ideia a outra e de um tema a outro, rapidamente levada por associações de palavras que lhe trazem à mente os objetos mais díspares em verborragia. Não terminam as frases que iniciam.
Esta é a síndrome mental patogenética de Lach. Extrema atividade mental com incontida loquacidade para se defender, projetando para o mundo seus conteúdos exacerbados de agressão e sensualidade que nãoquer reconhecer que está em si mesma atacando os demais. Quando esta situação marca o paroxismo e chega ao seu momento particular de agravação, que sempre ocorre ao cair da noite, pode chegar a um verdadeiro delírio com um tagarelamento constante, vermelhidão facial, congestão, dificuldade para falar ou pronunciar corretamente as palavras, rejeição a quem lhe queira ajudar. Depois de uma briga por ciúmes, por exemplo, apresenta o típico quadro da mulher furibunda, com o rosto excitado, os olhos saltados das órbitas, palavras insultantes em um borbulhar. Coloca a mão no peito e cai desmaiada em estado asfíxico.
Esta hiperatividade psíquica e hiperestesia com tendência a projeção é o terreno favorável para determinar quadros de transe mediúnico.
É certo que Lach produz uma atitude psíquica de clarividência para os fenômenos da radiestesia ou rabdomancia (percepção da água subterrânea).
O sintoma é claro: Lach pensa ser outra pessoa nas mãos de um poder superior, que está dominada por uma força sobre humana ou que está morta e que seu corpo é usado por espíritos.
(*) Edwuard Whitmont nos fala em seu livro “Psiquê e Substância – a Homeopatia à luz da psicologia Junguiana” que se não quisermos viver como animais devemos tomar uma atitude contrária aos nossos impulsos emocionais espontâneos e instintivos.
- O desejo forte ou desejo para o sexo dos indivíduos com personalidades do tipo Lachesis é muitas vezes estimulada por uma natureza sofisticada e sensível. Olhe Sulphur e Nux Vômica. No entanto, aqueles que pertencem ao tipo Lachesis, particularmente as mulheres, geralmente reservam seus desejos sexuais para uma parceria romântica e são extremamente apaixonados, uma vez que o sexo para eles é uma expressão de seu amor por seu parceiro, e não apenas uma relação física. Na verdade, quando uma mulher pertencente ao tipo Lachesis está apaixonada, sua estrutura sexual acaba por se intensificar. Ao mesmo tempo, se seu parceiro não corresponde a ela, é provável que ela sinta que está sendo desprezada e isso muda seu humor por completo – começa a mania de perseguição. É nessa hora que muitas optam por Ignatia, pela comparação com um rejeitado, que se torna muito sensível e extremamente emocional.
- O medo de envelhecer: somniofobia.
- O medo está associado de alguma forma ao sofrimento e à angústia. É até hoje um sentimento comum a todo indivíduo. Tem suas representações e significados singulares e representa parte significativa das queixas em consultórios de psicólogos, psicanalistas e psiquiatras. 
(http://pensamentoliquido.com.br/uma-visao-psicanalitica-sobre-o-medo-e-fobia/) 
- A PERDA fala alto em Lach como psora primária. Ela foi expulsa do paraíso (perdeu seu lugar), perdeu seus braços e passou a rastejar, perdeu a confiança e a admiração de Deus. Estas perdas míticas estão impressas em sua Energia Vital.
- Dentre os Viperídeos brasileiros, a surucucu é o animal mais frágil, e que apresenta maior grau de dificuldade para manutenção em cativeiro. Ela morre com facilidade! 
- Lachesis em equilíbrio escuta e atende ao chamado interno do espírito, seu subconsciente mostra a realidade desta possibilidade em seus sonhos, com meditações agradáveis e imagens premonitórias. Tem uma vinculação espiritual que ao ser corrompida leva à loucura. Sua relação com Deus e com as coisas Divinas também está impressa em si. Kent descreve que o indivíduo Lach tem afeição à ideias/pensamentos filosóficos.
- Lachesis tem uma estreita relação com Deus e com as coisas Divinas. Percebe-se descontextualizada (afinal ela foi expulsa do paraíso, perdeu sua posição de admiração e passou, por determinação divina, a rastejar e a ser temida quando avistada). Sua imaginação é seu pior inimigo porque ela responde a coisas que verdadeiramente não estão ocorrendo, mas que são maximizadas por ela. O seu Amor, a quem ela se entrega tão particularmente e com tanta veemência pode estar traindo-a com aquela pessoa que sussurra no elevador de seu prédio enquanto sobrem os andares. Ela imagina que Deus a castiga ou pode castigá-la por atitudes que ela sequer cometeu, mas confessa.
- O estereótipo da Pombagira vinculada a Lach: a mulher que contraria o paradigma do masculino, que quebra tabus sobre a própria mulher. A que, mantendo sua Divindade na medida em que pertence a um Sagrado, a um complexo religioso, ela transgride sem dor, sem adoecer. Toda pressão que faz com que haja um rompimento com as forças vitais no curso da personalidade Lach, a pombagira extravasa sem apresentar “danos”. A ela é permitido demonstrar sua sexualidade de forma clara, expor sua feminilidade sem pudores quanto ao inferno ou quanto à salvação. Afinal, no imaginário coletivo destas entidades, o inferno já pe sua moradia e se sentem confortáveis com isso.
- Finalmente, resumindo Lach em duas palavras elas seriam: REAÇÃO & SENSIBILIDADE.
Lach, diferente de outras personalidades de se fecham em si mesmas ou fogem daquilo que motiva o movimento, externa de forma agressiva contra o outro e finalmente contra ela mesma num movimento sicótico sifilínico. Seu equilíbrio se dá enquanto rasteja num balanço equilibrado e seguindo sua natureza animal. Armar o bote e atacar é desenvolver seu potencial adormecido e pressionado pela logos daquilo que é correto ao longo dos anos e de toda a história.

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