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MACRO1 Lista 2 para P2 Gabarito

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INSTITUTO DE ECONOMIA – UFRJ 
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
Disciplina: Macroeconomia I 
Professor: José Oreiro 
Monitor: André Amorim 
 
GABARITO: LISTA DE EXERCÍCIOS 2 PARA P2 
Modelo OA-DA, Curva de Phillips, Expectativas e Inflação 
 
1. (ANPEC) Sobre o tema “Inflação e Curva de Phillips” (inflação no eixo Y, e desemprego no eixo X), 
avalie as proposições: 
a) A chamada Curva de Phillips postula uma relação positiva entre inflação e desemprego. Falso. A relação 
presente na curva de Phillips entre inflação e desemprego é negativa, e por isso a curva é negativamente 
inclinada. Na abordagem aceleracionista de Milton Friedman, uma taxa de desemprego baixa leva a um 
aumento da taxa de inflação e, dessa forma, a uma aceleração do nível de preços, e o contrário também 
é válido. 
b) Nos modelos em que a oferta considera expectativas racionais, apenas a parte não esperada da moeda 
afetará a atividade econômica. Falso. Mesmo na abordagem das expectativas racionais de Lucas e 
Sargent, era reconhecido que a desinflação não podia realmente ocorrer sem algum aumento do de-
semprego. 
c) Segundo a teoria quantitativa da moeda, sendo a velocidade de circulação constante, haverá deflação 
quando a economia crescer mais rapidamente que a oferta de moeda. Verdadeiro. Podemos enunciar 
a teoria quantitativa da moeda da seguinte forma: MV = PY, onde M são os meios de pagamento (quan-
tidade de moeda), V é a velocidade de circulação da moeda, P é o nível de preços e, por fim, Y é o 
produto. Se a economia crescer mais rapidamente que a oferta de moeda, ∆Y deverá ser maior que ∆M. 
Como presume-se que V seja constante, P deverá decair para manter a igualdade. Variação negativa 
de preços significa deflação. 
d) Em um modelo de expectativas racionais, a curva de Phillips de longo prazo é horizontal. Falso. Nos 
modelos de expectativas racionais, a curva de Phillips é vertical no curto e no longo prazo. Isso está de 
acordo com a curva de oferta vertical nos mesmos modelos, uma vez que variações no produto (e, 
analogamente, no desemprego) possuem somente o efeito de variar preços. 
e) Uma elevação das expectativas de inflação desloca a curva de Phillips para cima e para a direita. Ver-
dadeiro. Consideramos que um dos elementos da equação da curva de Phillips é πe, isto é, o nível de 
preços esperado (que posteriormente afirmamos ser análogo ao nível de preços no ano anterior, πt-1. 
Dessa forma, um aumento de πe desloca a curva para a direita na mesma proporção. Você pode pensar 
da mesma maneira que o deslocamento da IS resultante de um aumento nos gastos do governo (G) no 
diagrama IS-LM. 
 
2. (ANPEC) A respeito da curva de Phillips e da oferta agregada, avalie as proposições: 
a) Quando os agentes formam expectativas com base em informações passadas, apenas o componente 
não antecipado da política monetária afeta o produto real. Falso. Se estivéssemos tratando de expecta-
tivas racionais, poderíamos considerar “componente não antecipado” para nos dar a resposta. No en-
tanto, quando falamos de expectativas adaptativas (com base em informações passadas), não existe 
esse “elemento surpresa”. 
b) De acordo com as expectativas racionais, a política monetária não tem efeito algum sobre o produto 
real. Falso. Na escola das expectativas racionais, políticas de demanda agregada previstas não afetarão 
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o produto real. No entanto, podemos considerar por exemplo uma política monetária de surpresa, que 
afetará o produto e o emprego. 
c) Quando preços e salários são rígidos, a oferta agregada é positivamente inclinada. Falso. O caso des-
crito é o caso keynesiano da oferta agregada (um dos 3 casos possíveis, sendo os outros dois o caso 
“normal”, da OA positivamente inclinada, e o caso clássico). Aqui, a oferta agregada é horizontal. 
d) Quando as expectativas são adaptativas, a autoridade monetária tem um “incentivo” a desviar-se da 
meta de inflação previamente anunciada. Falso. Isso somente poderia acontecer no caso de expectati-
vas racionais, uma vez que poderiam haver políticas monetárias de surpresa. 
e) Quando os agentes formam expectativas de forma racional, é nulo o custo (em termos de perda de 
produto real) de uma política monetária crível de redução da taxa de inflação. Falso. Mesmo nas expec-
tativas racionais, a política de desinflação possui custo em termos de desemprego e recessão. 
 
3. (ANPEC) Com relação à oferta agregada, salários, preços e emprego, são corretas as afirmativas: 
a) Se os salários nominais fossem mais flexíveis, uma política monetária expansionista seria mais eficaz 
em reduzir a taxa de desemprego. Falso. À medida que se aumenta a flexibilidade dos salários nominais, 
chega-se perto do caso clássico, onde a OA é praticamente vertical. Assim, os efeitos de políticas mo-
netárias (que impactariam a DA) seriam somente de determinar o nível de preços da economia, uma 
vez que o nível de produto e emprego estaria determinado pelo equilíbrio no mercado de trabalho (OA). 
b) Se a autoridade monetária decidir acomodar um choque de oferta adverso, minimizará os efeitos reces-
sivos sobre o produto e o emprego, mas intensificará os efeitos inflacionários da política monetária. 
Verdadeiro. Tivemos a chance de verificar essa afirmação quando tratamos dos efeitos do choque do 
petróleo (aumento do preço) no diagrama OA-DA. Vimos que a curva de oferta se desloca inicialmente 
para cima, a um nível de produto menor e um nível de preços maior. Uma política acomodatícia seria a 
política monetária expansiva, que conseguiria trazer o produto para o nível inicial, mas no final verificaria 
um nível de preços ainda mais alto (DA se move para a direita). Assim, poderíamos notar uma subida 
contínua da inflação desde o choque. 
c) No longo prazo, os salários são flexíveis e, portanto, a taxa natural de desemprego é nula. Falso. No 
longo prazo, com preços e salários flexíveis, a curva de oferta agregada seria vertical, e o produto cor-
responderia ao nível de pleno emprego. No entanto, não há razões para que a taxa natural de desem-
prego seja nula. 
d) A neutralidade da moeda significa que, no longo prazo, se o Banco Central reduzir a oferta monetária 
em 3 por cento, preços e salários reduzir-se-ão em 3 por cento. Verdadeiro. No longo prazo, o efeito de 
uma expansão ou contração monetária é nulo sobre preços e salários, isto é, todos irão aumentar ou 
reduzir na mesma proporção. Isso significa que a moeda é neutra no longo prazo. 
e) Na ausência de assimetrias de informação, a curva de oferta agregada de curto prazo torna-se mais 
inclinada na medida em que os salários ajustam-se mais rapidamente a variações no desemprego. Ver-
dadeiro. Podemos observar que, no diagrama OA-DA, uma curva OA mais inclinada significaria que os 
efeitos do produto sobre o nível de preços são mais sentidos. Dessa forma, quando não há assimetrias 
de informação, esse cenário é mais provável de acontecer. Como salários refletem em preços e desem-
prego reflete no produto, podemos considerar essa afirmativa válida. 
 
 
 
 
 
 
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