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Aula Anaelgésicos Opióides UFPE

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Aula: Analgésicos Opióides 
Prof.: Michelle Rosa 
Quem são os opióides? Analgésicos superpotentes, como a morfina. Além da morfina, 
tem a droga que excita, o crack, tem também a outra droga que é a heroína. Os opióides 
são os fármacos mais comum de induzir dependência química, física e é onde entra a 
tolerância, abstinência, coma e morte. A janela terapêutica desses fármacos é 
extremamente curtinha, que é diferença da dose efetiva para a dose tóxica. 
Onde se utiliza morfina e pra quê se utiliza morfina? Pra dor de moderada a pesada. 
Temos dois tipos de analgésicos, quais são eles? AINES e os opióides. Os AINES eram 
utilizados pra uma dor mais leve (dor de cabeça, estômago), já os opióides são aqueles 
fármacos que vão ser utilizados por uma dor mais moderada pra uma dor mais grave 
(dor de câncer, dor no osso, dor do parto, queimadura, trauma). A grande maioria desses 
fármacos é uso hospitalar, devido a janela terapêutica ser pequena, induzir dependência, 
abstinência. Dentro desse grupo, há fármacos mais fracos que podem ser utilizados em 
casa. 
O nosso organismo como um todo como o sistema nervoso central, ele é cheio de 
receptores pra dor, e, esses receptores pra dor são chamados de nociceptores. São 
receptores que acabam por sentir o estimulo doloroso, sentindo o estimulo doloroso 
mandam pra medula, e, do centro medular leva pra o sistema nervoso central. Ex. uma 
mordida de um cachorro, um furo de agulha, sente a dor, leva o estímulo e o sistema 
nervoso central faz a reação que é tirar o braço rápido, é sentir a dor, é gritar. Tudo no 
nosso organismo pra que tenha uma estimulação, ele precisa de uma neurotransmissão e 
pra dor não é diferente, pra que o nociceptor transmita a informação dolorosa, ele 
precisa de neurotransmissores e esse neurotransmissor então são os grandes 
moduladores da dor. A bradicinina, substância P, acetilcolina, histamina, eles são 
neuromoduladores que vão transmitir a informação dolorosa. Sentiu o estimulo nos 
nociceptores, esses nociceptores ativam neuromoduladores, esses 
neuromoduladores se ligam na resposta, se ligam no receptor e eles que vão 
comandar a informação. Eles que vão mandar a informação pro SNC, pra medula, 
e, dessa maneira a gente sente dor, dessa maneira a gente responde à estímulos. 
Então, é a junção de um nociceptor com neuromoduladores que vão transmitir 
impulso doloroso. 
Nós temos opióides endógenos, que são as betas endorfinas que são aquelas subsâncias 
liberadas em situações de prazer, por exemplo, uma atividade física que fica relaxada, 
diminui o estresse, e isso acontece porque o exercício físico libera endorfinas que são 
opioides endógenos, promovem analgesia, bloqueiam esses nociceptores, o bloqueio de 
nociceptores, bloqueia o estímulo doloroso e consequentemente aumenta o limiar da 
dor, ou seja, precisa de um estímulo maior pra sentir dor. É desse forma que os opióides 
exógenos vão funcionar também. O doce libera endorfina, libera prazer, estimula a 
cognição, a atividade sexual do mesmo jeito, libera endorfinas que são grandes 
moduladores de prazer. Os opióides endógenos modulam o estímulo doloroso 
aumentando o limiar da dor e com isso, sente menos dor, precisa de um estímulo maior 
pra que sinta aquela dor. Os opióides atuam bloqueando os nociceptores, bloqueando 
receptores que conduzem o estímulo doloroso e diminuindo os neuromoduladores 
da dor. Opióides regulam a dor por diminuir a condução de um estímulo doloroso, isso 
acontece ou bloqueando o receptor ou se ligando nos próprios receptores opióides ou 
diminuindo a síntese ou a transmissão de neuromoduladores. Dessa maneira, consegue 
regular a dor, aumentar o limiar da dor e sentir menos dor. 
Os opióides provocam analgesia por bloquear nociceptores, analgesia por diminuir 
a transmissão de mediadores da dor (bradicinina, Ach, ATP, ON, substância P, 
tudo que media a dor tá diminuído), e, além disso, eles se ligam em receptores 
opióides, e por se ligarem promovem a depressão do sistema nervoso central. Eles 
são fármacos que induzem a depressão do SNC. 
*É contraindicado qualquer opióide com uso de álcool, benzodiazepínicos, barbitúricos, 
antipsicóticos!!! Por que ambos são depressores, acorre somação de efeitos, levando ao 
sinergismo, ou seja, uma depressão generalizada. 
Esses opióides causam analgesia, euforia seguida de sono e depressão respiratória 
severa. A euforia tem duas fases, a primeira fase é quando o fármaco induziu analgesia 
e essa analgesia é o bem estar profundo, esse bem estar profundo, esse prazer, vai fazer 
com que eu tenha liberação de dopamina e aí gere prazer, gere adição, gere motivação, 
gere euforia e dessa euforia gere a dependência química. a depressão é seguida da 
euforia. 
O uso provoca analgesia, provoca euforia devido a ligação a receptores opióides, 
provoca sono, pois são depressores do SNC e consequentemente vão induzir à hipnose e 
dessa hipnose tem a indução do sono (mas não são utilizados pra dormir) e depressão 
respiratória severa que está ligada a janela terapêutica. O uso continuo, hábitos, 
dependência química, decadência física e intelectual. 
Os opióides são derivados da papoula (Papaver somniferum) que é uma planta e o suco 
dela que é o ópio. 
Aliviam a dor moderada a forte, por meio da inibição da liberação de neuromoduladores 
da dor nos nervos centrais e periféricos. Inibe ainda, a produção de prostaglandinas nos 
tecidos periféricos. Cuidar o uso com outros depressores no SNC como: álcool, ATD 
(NA), anticonvulsivantes, benzodiazepínicos, barbitúricos. 
TABELA NO SLIDE: Aqui tem fármacos que é de origem natural, derivados da 
morfina que são derivados do ópio, são sintéticos aqueles que a estrutura da morfina foi 
alterada, formou-se um fármaco diferente, mais e menos potente e os antagonistas; o 
efeito do antagonista farmacológico serve pra boquear o efeito do agonista. O uso do 
antagonista necessita do efeito do agonista, porque o efeito antagonista tem eficácia 
clínica zero, porque ele sozinho não vai ter efeito nenhum, mas ele usado com o 
agonista serve como antídoto, ou seja, bloqueia o efeito do agonista. O antagonista de 
opióides serve para uso na intoxicação por opióides. 
Sobre o quadro, é importante saber que a morfina é o natural, é o derivado do ópio e os 
demais são sintetizados da morfina e os antagonistas que são pra bloquear os efeitos dos 
agonistas. 
Mecanismo de Ação de Fármacos Opióides 
São receptores metabotrópicos acoplados na proteína Gi (que inibe a adenilato ciclase, 
inibi AMPc, inibi proteínas quinases, inibi pKa e Ca) esse é o mecanismo de ação de 
fármacos opióides. Eles se ligam em receptores opióides que são acoplados a proteína 
Gi, diminuem a cascata de sinalização. Então, tem uma depressão do SNC devido 
justamente a esse mecanismo que ação inibitória. 
Consequentemente, a utilização desses fármacos que são depressores, que inibem a 
sinalização com outros que inibem também a sinalização por o mesmo mecanismos, 
tem-se uma potencialização de efeito, uma depressão generalizada o que pode levar a 
coma e morte. 
Os receptores opióides estão amplamente distribuídos por todo o organismo e eles tem o 
mesmo mecanismo de ação, são acoplados a uma proteína Gi. Eles são divididos em 4 
famílias que é a µ1, µ2, ĸ e δ. O que diferencia um do outro é a potência de ação 
farmacológica. 
Os receptores µ2 são os mais relacionados ao efeito analgésico, mais relacionado a 
depressão respiratória, relacionados a tolerância, a dependência química. Quanto mais 
um fármaco for agonista µ2, mais aquele fármaco vai induzir depressão respiratória, 
dependência química e tolerância. Todos induzem analgesia, mas essa analgesia vai ser 
diferente graus. Quantomaior for a afinidade por µ2, maior essa analgesia, maior 
depressão respiratória (mais fácil induzir o coma), maior dependência química, física, 
abstinência. 
A morfina é um agonista potente µ2, sendo o efeito analgésico bem alto. Agora heroína 
que não é considerada fármaco, apenas uma droga ela é 50/100x mais potente que a 
morfina, sendo o efeito analgésico dela ainda mais potencializado. Tem um fármaco que 
se chama fentanil, ela é 100x mais potente que a morfina, então a dependência química 
dela é 100x mais potente que a morfina. Quanto menos a eficácia a µ2, menos 
dependência química, menor depressão respiratória e menor analgesia. A diferença entre 
a dependência química e física é que a química é a ligação de receptor, e a física e o 
físico, a abstinência, quanto mais dependente do fármaco, mais o organismo precisa 
daquele fármaco. 
Efeitos de analgésicos de opióides: 
Analgesia – relacionado principalmente ao receptor µ2 
Euforia – relacionado ao receptor µ2 
Disforia – relacionado ao receptor ĸ 
Depressão respiratória – relacionado ao receptor µ2 
Sistema cardiovascular – naturalmente pela depressão generalizada vai tá inibido, vai 
induzir uma bradicardia 
TGI – vão induzir o vômito, ativam a zona quimiorreceptora do gatilho no hipotálamo 
Neonato – vai passar pela placenta e vai induzir depressão respiratória 
Dependência química, síndrome de abstinência e tolerância, que são relacionados ao 
receptor µ2 
Ou seja, quanto maior for o efeito do fármaco agonista µ2, maior é tendência os 
fármaco desenvolver esses sintomas. 
*Como que uma droga pode induzir dependência? O mecanismo é esse: liberação de 
dopamina no núcleo accumbens, liberação de dopamina no sistema límbico. 
No nosso sistema límbico existe dopamina, ela é a grade moduladora do nosso humor, 
da nossa motivação, agora, essa liberação da dependência química ela é acentuada, 
quando é acentuada tem um bum de dopamina e bum faz a sensibilização dos 
receptores, consequentemente ele leva a dependência. 
Morfina 
É o principal opióide, é o derivado do ópio, ela que vai se ligar especificamente em 
receptores µ2, vai ter efeito analgésico potente, vai efeito de depressão respiratória bem 
acentuado como vai ter também dependência química e física. A dependência química e 
física ela e menor do que outros fármacos que vamos estudar, depois de 2 a 3 semanas 
de uso contínuo acaba ficando dependente da morfina. Na metabolização da morfina ela 
libera metabólito e esse metabólito é ainda mais potente, aumentando um pouquinho 
mais o efeito analgésico, aumento o efeito no SNC, aumentando ainda mais a 
dependência química. Tem meia vida farmacológica de 3 a 4 horas, então, uma pessoa 
que é dependente da morfina em 4hs ela tá saindo do organismo e com isso ela precisa 
administrar 6x ao dia. Por isso que gera uma dependência acentuada, porque tem meia 
vida curta. 
Efeitos adversos – sedação, depressão respiratória, bradicardia, constipação, náusea, 
vômito. 
Tem eliminação renal, caso o paciente tem problema renal tem que diminuir a dose ou 
não usar o medicamento ou utilizar um que tenha outra via de eliminação. 
Codeína 
É também um derivado, tem a estrutura da morfina, essa estrutura da morfina foi 
modificada e formou um fármaco com poucas propriedades analgésicas e se descobriu 
um novo efeito na codeína que é o efeito antitussígeno, diminui o efeito da tosse, faz 
com que tussa menos, naturalmente tem uma função analgésica, mas, é mais utilizada 
como antitussígeno. Se ela não tem tanto efeito analgésico, o receptor que ela se liga 
pouco é o µ2, ou seja, ela é um agonista fraquíssimo µ2. Mas, ela se liga principalmente 
ao receptor k. 
Heroína 
É o que mais mata. Pega dois acetil e adiciona na estrutura da morfina, então ela é 
derivado de um acetilado da morfina, esse grupo de acetis que foi colocado na morfina, 
tornou uma substancia muito mais potencializada, ela é muito mais potente que a 
morfina, logo, a ação dela em receptores µ2 é muito mais forte que a própria ação da 
morfina. A heroína já foi fármaco, hoje em dia é considerada droga ilícita. 
O consumo concomitante de álcool que é um depressor, benzodiazepínicos, anfetamina, 
barbitúricos, antiepiléticos, antipsicóticos que são depressores aumentam muito o risco 
de overdose e morte. 
No decorrer deixa a pessoa magra, doente e finalmente: morta! O uso precisa aumentar 
rapidamente para a pessoa se sentir normal. Porque que a heroína é uma adição tão 
forte? Por que em 30 seg a 1 min ela já liberou dopamina no núcleo accumbens dentro 
do sistema límbico. A meia vida dela é menor que a da morfina. 
Tramodol 
É o analgésico menos potente, modificou a estrutura da morfina e formou o tramodol, 
eles se ligam menos ao receptor µ2, então, ele tem um efeito analgésico bom, mas é 
menos potente que o da morfina, ele tem pouco indução a dependência química, a 
depressão respiratória e um efeito analgésico mediano. Logo, esse fármaco é a 
alternativa farmacológica pra pessoa que precisa utilizar um opióide em casa, porque 
esse fármaco gera menos dependência química. 
Fentanila 
Droga ressintetizada, muito mais potente que a heroína, é um agonista forte de µ2, tem 
indução de dependência química altíssima. Essa mudança no fentanil tornou um 
fármaco muito mais barato de se comercializar, muito mais barato que a heroína. É uma 
droga de abuso. 
Metadona 
Ela é um agonista opióide, é mais fraco que a morfina, tem menos efeitos analgésicos 
que a morfina, efeitos depressores e dependência menos que a morfina. Tem meia vida 
de 24hs. Esse fármaco é utilizado na dependência química a opióides, trata com opióide 
a dependência a opióide, logo utiliza um de meia vida maior pra poder ir fazendo e 
desmame farmacológico do fármaco de meia vida menor, pra ir habituando o organismo 
com a ausência do fármaco. Com a metadona tem uma única administração e nela tem o 
bum de dopamina, logo, a dependência química é menor e ao mesmo tempo tem o 
fármaco ligadinho no meu receptor, o organismo não percebe que tá na carência do 
fármaco e aí não tem a síndrome de abstinência, não tem a fissura pra usar a droga. 
Então, a metadona por ter um período mais prolongado, por ficar agindo mais tempo, 
por ser menos potente consegue-se usar ele pra diminuir e dependência da morfina, 
heroína, fentanila e a qualquer outro. Agora, naturalmente tem a dependência da 
metadona, mas depende do uso indevido ou não da utilização do fármaco. 
Uma alternativa é a Oxicodona é semelhante à metadona, usada mais nos EUA, logo 
não se descobriu tanta dependência física com o uso dela, logo é melhor, utilizando um 
fármaco de 24hs também que não induz tanta dependência, facilitando o tratamento. 
Efeitos adversos dos opióides 
Depressão respiratória, dependência, bradicardia, coma e morte. 
Antagonistas Opióides 
São utilizados na intoxicação justamente porque eles bloqueiam o efeito do agonista. 
Não serve pra dependência química porque precisa do agonista. 
Naltrexona – é um pouco mais potente, dependendo da intoxicação é mais adequada, 
usada para reduzir o consumo de álcool. 
Naloxona – é mais utilizada em pesquisas, adm por via intravenosa, reversão rápida dos 
efeitos opióides, trata a depressão respiratória. 
Tratamento farmacológico 
Naltrexona/Naloxona – antagonistas opióides - diminui a fissura pelo álcool e 
intoxicação por opióides. Mais utilizado para overdose. 
Metadona – agonista opióide - Maior potencia que a morfina, com uma meia-vida 
maior; Possibilita níveis de opióides constantes. 
Buprenorfina - agonista opióide, usado também na desintoxicação mais rápida que 
metadona. 
Obs.: Deve-se também realizar o tratamentocom a ajuda de um psicoterapeuta.

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