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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .....VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRUSQUE/SC PAULO DA SILVA, 65 anos de idade, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da Carteira de Identidade nº______, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob nº______, endereço eletrônico______, residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, bairro:_______, Brusque, Santa Catarina, CEP:_______, vem por seu advogado abaixo assinados, com endereço profissional ________, com endereço eletrônico ________, para fins do art. Nº 77, inciso V, do CPC, vem a este juízo propor AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO Pelo procedimento comum, em face de JUDITE DA SILVA, brasileira, estado civil, advogada, portadora da Carteira de Identidade nº_____, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob nº_____, endereço eletrônico judite@gmail.com, residente e domiciliada na Rua dos Diamantes, n° 123, bairro______, Brusque, Santa Catarina; JONATAS ROYAL, espanhol, casado, comerciante, portador da Carteira de Identidade nº_____, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob nº_______, endereço eletrônico jonatas@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Jirau, n°366, bairro______, Florianópolis, Santa Catarina, e JULIANA ROYAL, brasileira, casada, profissão, portador da Carteira de Identidade nº______, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob nº_______, endereço eletrônico juliana@gmail.com, residente e domiciliada na Rua Jirau, n° 366, bairro_____, Florianópolis, Santa Catarina, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor: DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO O processo faz-se necessário que a devida atenção à prioridade na tramitação, uma vez que a parte autora possui 65 anos de idade, nos moldes do art. 71 do Estatuto do Idoso. Lei nº 10.741 de 01 de Outubro de 2003 Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. DA OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO O autor deseja a audiência de conciliação ou mediação de acordo com o rt.319, II CPC. DOS FATOS O autor era proprietário, junto com sua irmã de um imóvel de veraneio localizado em Balneário de Camboriú o qual continha, por procuração, a outorga para alienabilidade nas condições pré-estabelecidas pelo mesmo. Ocorre que sua irmã (Ré) utilizou tal procuração e alienou no dia 15/12/2016 o imóvel, sem consentimento do irmão pelo valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) a um espanhol pelo 1° Cartório de ofpicio de notas. Inobstante a procuração havia sido revogada pela parte autora no dia 16/11/2016 e a notificação de tal revogação se deu no dia 05/12/2016, ou seja, 10 dias antes da alienação. Diante dos fatos apresentados, veremos que não resta dúvida que tal negócio jurídico celebrado foi em todo o tempo nulo. DOS FUNDAMENTOS A Ré, tendo ciência da revogação da procuração feita por seu irmão no dia 16/11/2016 ainda assim alienou o imóvel ao co-réu pelo valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) sem que seu irmão tivesse ciência de tal fato, o que traz ao caso um negócio jurídico nulo. Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração. § 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos. A parte autora havia revogado a procuração cessando assim todos os atos praticados nos moldes do artigo 662, CC. Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, e retroagirá à data do ato. Art. 682. Cessa o mandato: I - pela revogação ou pela renúncia; Portanto como pode ser observada a lei exige que tal fato necessite de ratificação expressa da parte que outorga/revoga tal mandado para que produza efeito sob pena do negócio jurídico configurar-se nulo. Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; DOS PEDIDOS Reques o deferimento da prioridade de tramitação nos moldes do artigo 71 do Estatuto do Idoso; Requer a Vossa Excelência que seja acolhida a designação da audiência de conciliação ou mediação e a consequente citação dos RÉUS para comparecer em audiência de conciliação ou mediação; Seja julgado procedente a AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO; Oficializar o 1° Cartório de Notas de Balneário Camboriú sobre o processo em andamento; A condenação da parte RÉ aos ônus sucumbenciais. VII - DAS PROVAS Requer a produção de todos os meios de provas admitidas no artigo 369 do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu. VIII- DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). Nestes Termos, pede deferimento. DATA E LOCAL. ADVOGADO OAB/RJ N°
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