Buscar

PETIÇÃO INICIAL semana 7

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA/SP
MARIA DE FÁTIMA, Brasileira, viúva, profissão, com carteira de identidade: , CPF: , residente e domiciliada à: Rua Bergamo, n° 123, apt 205, Araçatuba/SP, CEP: , endereço eletrônico, vem por seu procurador com escritório à: , CEP: , local onde receberá intimações na forma do art. 77, inciso V do CPC, propor 
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Pelo procedimento comum em face de ROBERTO MENDES, brasileiro, estado civil, comerciante, Carteira de Identidade, CPF, endereço eletrônico, endereço completo Recife, Pernambuco, pelos fatos e direitos a seguir elencados:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
Inicialmente, por não dispor de recursos para custear a demanda sem que isso implique comprometimento do sustento próprio, requer a autora, com espeque nos artigos 98 e 99 do CPC/2015 a concessão do benefício de Gratuidade de Justiça, chamando atenção para a presunção de necessidade que milita em favor da parte autora nos termos do art. 99, parágrafo 2° da referida codificação.
DA COMPETENCIA DESTE JUIZO
Não obstante a regra do art 46, CPC que define o domicílio do réi como competente para julgar (ação pessoal) e lugar do ato ou fato, a autora é detentora de precária situação econômica e propor ação em Recife/PE é impossibilitar o acesso a justiça, pois a CRFB/88 garante esse direito do acesso no artigo 5°, inciso XXXV.
DA OPÇÃO DA AUTORA PELA REALIZAÇÃO DA AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 
A autora declara optar pela realização da audiência de Conciliação ou Mediação, conforme declaração em anexo. 
DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO
O presente caso tem como tem como início o fato de que o Sr. Marcos, esposo da Senhora Maria, ora Autora, enquanto caminhava por uma Rua na cidade de Recife – PE, fora a tingido por um aparelho de ar -condicionado que era manejado pelo S r. Roberto, ora Réu, que é comerciante e proprietário de uma padaria localizada no local aludido. O Sr. Marcos, ainda vivo, mas gravemente ferido, fora encaminhado a um hospital particular. Contudo, em virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio a falecer após estar internado por um dia. A senhora Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda repentina e trágica do seu esposo, tivera que se deslocar até a cidade de Recife – PE para poder efetivar o translado do corpo de volta para casa, na cidade de Araçatuba – SP, onde ocorrera o sepultamento. O falecido não deixou filhos, sendo que o mesmo já possuía 50 anos de idade, era o único responsável pelo seu sustento e de sua esposa, com uma renda nunca superior a um salário mínimo, obtida através de muita valentia com serviços de pedreiro. Todo o desenrolar do caso resultou em gastos hospitalares que somaram o total de R$ 3.000,00, junto com os gastos com transporte do corpo e funeral cujo valor consolidou -se em mais R$ 3.000,00. Cumpre relatar que no desfecho do inquérito policial que fora instaurado por ocasião do fato, o laudo da perícia técnica apontou como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado. O Senhor Paulo fora indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. É a suma dos fatos, passa -se agora à exposição dos fundamentos do direito material.
III. DO MÉRITO 
III. I. DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR 
Excelência, no caso exposto, há uma inequívoca responsabilidade do Sr. Paulo sobre o ocorrido, quando deixou de manejar com prudência seu aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto sabidamente pesado, que a depender da altura em que caia, pode de todo certo machucar gravemente a quem atingir. E este fora o evento trágico que ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o referido objeto veio a despencar de uma altura considerável, atingindo em cheio o Sr. Marcos, que por um triste e infeliz acaso do destino vinha passando naquele exato momento. Aqui se demonstra o ato ilícito em que incorreu o réu , nos termos do artigo 186 do código civil brasileiro , valendo ainda ressaltar o teor das disposições nos artigos 927 e 938 do mesmo regramento, vejamos:
 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. (CC) 
O fato é extremamente triste e toma contornos ainda mais lamentáveis quando a vítima, um senhor já de 50 anos, era o único provedor financeiro de sua companheira, a Sra. Maria. O pouco dinheiro que conseguia, que jamais ultrapassava o valor de um salário mínimo, fruto de muito esforço de trabalhos como pedreiro, não trouxe qualquer luxo ou conforto na vida do casal. E naquele momento, depois de ter perdido tão repentinamente o seu marido, a Senhora Maria vira-se devedora de um valor de R$. 6.000,00, já se incluindo os gastos com funeral e translado do corpo.
DO PEDIDO
Seja designada Audiência de Conciliação e Mediação, intimando o réu para seu comparecimento;
 Seja o réu citado para integrar a relação processual;
Seja julgado procedente a AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL;
Seja julgado procedente o pedido da autora para modificar a competência do art. 46, cpc, em virtude da precária condição econômica da autora, face a morte trágica do único responsável pelo sustento da família e a impossibilidade de comparecer ás audiências em Recife/PE, considerando o disposto na Constituição Federal e o acesso a justiça;
Seja julgado procedente o pedido da autora para condenar o réu ao pagamento da importância de um salário mínimo vigente, em caráter vitalício, imediatamente, face tratar-se de natureza alimentar;
Que seja julgado procedente o pedido da autora para condenar o réu a pagar a titulo de indenização por danos materiais a importância de R$ 6.000,00;
Que seja julgado procedente o pedido da autora para condenar o réu a pagar a titulo de indenização por danos morais a importância de R$ 35.000,00; 
Seja o réu condenando em ônus sucumbenciais.
DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de provas em Direito admitidas, na amplitude do art. 369 do CPC.
DO VALOR DA CAUSA
Dar-se-á causa o valor de R$: 6.000,00 + danos morais de R$ 35.000,00
DATA, LOCAL
ASSINATURA ADVOGADO
OAB/___Nº________

Outros materiais