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* * Recursos Energéticos – 506562 – aula 2 Curso de Engenharia Ambiental Prof.: Paulo César Pereira das Neves * * Madeira Florestas nativas x florestas introduzidas!!! * * Introdução de exóticas (séculos XIX-XX) Eucalipto spp. – dormentes e energia * * 1) Carvão vegetal É um dos tipos de carvão artificial, produto principal da pirólise da madeira, a degradação térmica do material orgânico na ausência parcial ou total de um agente oxidante, capaz de evitar a gaseificação demasiada do material orgânico a uma temperatura em torno de 400 ºC. * * Produção de carvão vegetal * * Histórico - carvão vegetal Desde a Antiguidade já se conhece o uso do carvão vegetal. No antigo Egito era utilizado na purificação de óleos e para aplicações medicinais. Entre os índios brasileiros também há registro de uso, misturado às gorduras animais no tratamento de úlceras. * * Histórico - carvão vegetal Na 2ª Guerra Mundial foi bastante utilizado para remoção de gases tóxicos, devido a sua capacidade adsorvente, pois trata-se de material muito poroso. * * Subprodutos químicos gerados na indústria do carvão vegetal ALCATRÃO: pode ser usado como fonte de insumos químicos para a indústria através dos derivados fenólicos provenientes da degradação térmica da lignina, que podem substituir o fenol de origem fóssil nas suas aplicações em resinas e refratários. * * Subprodutos químicos gerados na indústria do carvão vegetal EXTRATO PIROLENHOSO: produtos defumados, biocidas, nitrificação. * * Usos do carvão vegetal O Brasil é o maior produtor mundial desse insumo energético. O setor industrial consome 85%, por ser um excelente redutor do minério de ferro na indústria do aço. * * Usos do carvão vegetal O setor residencial consome cerca de 9% seguido pelo setor comercial com 1,5%, representado por pizzarias, padarias e churrascarias. O poder calorífico médio do carvão é de 7360 kcal/kg (30,8 MJ/kg). O teor de material volátil varia de 20% a 35%, carbono fixo de 65% a 80% e as cinzas (material inorgânico) de 1% a 3%. * * TURFA DEFINIÇÃO: “substância de origem vegetal em estágio parcial de decomposição. Representa o primeiro estágio diagenético da formação do carvão mineral”. * * Aspecto panorâmico de uma turfeira As turfeiras se caracterizam por apresentarem condições de pH ácidas (<5,5). * * Aspectos vegetacionais Os principais componentes vegetacionais que caracterizam esses ambientes são: Sphagnum – musgo; * * Aspectos vegetacionais Lycopodium – pteridófitos * * Aspecto vegetacional Pteridium – pteridófito * * Idade das turfeiras A turfa constitue o primeiro termo da série de combustíveis fósseis, possuindo idades geológicas relativamente recentes (até 60x103 anos). * * - Parálicas – regiões litorâneas; - Intracontinentais – regiões interiorizadas. Classificação genética das turfeiras * * CARACTERIZAÇÃO DAS TURFAS a) Energéticas: PC = 3.700 kcal/kg em base seca (teor em cinza < 35%) servem para geração de energia. b) Carbonizadas: altamente decompostas e baixo teor em cinzas uso como material redutor na indústria. c) Agrícolas: baixo grau de decomposição e teor em cinzas > 35% corretivo de solos. * * PODER CALORÍFICO: em torno de 3.700Kcal/kg semelhante ao da tília Malvaceae * * Principais usos a) Gaseificação: obtenção de gás natural em escala industrial (EUA, Rússia). Baixo poder calorífico. b) Material filtrante: para tratamento de efluentes, troca de íons, etc. c) Recurso energético: (Europa setentrional). d) Agricultura: insumos para produção de condicionadores dos solos, biofertilizantes, aplicação in natura (EUA). * * Usos no Brasil: A lavra de turfa é restrita no Brasil, merecendo citação as atividades de lavra localizadas na porção paulista do vale do rio Paraíba, onde a produção de turfa é voltada para atender atividades agrícolas locais e projetos-piloto do IPT para energia elétrica. * * Pesquisa de campo * * PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DA TURFA Densidade (kg/m3) 1.000 Umidade (%) 65 - 90 Carbono (%) 30 - 60 Nitrogênio (%) 1 - 1,6 Enxofre (%) 0,2 - 0,8 Teor de voláteis - CO2, CO, H2, CH4 (%) 30 - 60 Cinzas (%) 0 - 50 Poder calorífico (Kcal/kg) 3.300 - 5.700 * * RESERVAS NATURAIS DA BIOSFERA (UNESCO) Áreas de banhados e pântanos, onde situam-se as turfeiras são consideradas reservas naturais da biosfera. As turfeiras propiciam estudos paleo-palinológicos que servem de base para o entendimento das mudanças climáticas e dos biomas dos últimos milênios, fundamentais para o entendimento dos climas no passado e das predições climáticas para o futuro. * * Palinomorfos (pólen e esporos) * * Diagrama palinológico * * Turfeiras sob o ponto de vista científico No RS as principais formações (parálicas) encontram-se na Planície Costeira em formações florestais da Mata Atlântica, que apresentam alto interesse do ponto de vista ecológico e de desenvolvimento sustentável. As intracontinentais situam-se na região dos Aparados da Serra (Floresta das Araucárias) e na Campanha Oeste (bioma Pampa), áreas também altamente significativas do ponto de vista ambiental. Servem também de base para estudos geoquímicos mostrando concentração de elementos-traço (Pb, Cd, Cr, As, Hg, Cu, Co, etc., desde o Império Romano até os dias atuais. Atestam as mudanças atmosféricas e climáticas havidas nos últimos 50x103 anos pela análise dos isótopos de PB. * * COMO SE FORMAM AS TURFEIRAS? Região de Terra de Areia – Planície Costeira do Rio Grande do Sul * * SISTEMA BARREIRA/LAGUNA III – 120X103 ANOS a.P. * * Evolução de uma turfeira FASE I * * FASE II * * FASE III * * FASE IV
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