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TGXI QUESTIONARIO

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Prévia do material em texto

valeria.andrade1 @unipinterativa.edu.br
	Curso
	Estudos Disciplinares XI
	Teste
	Questionário Unidade I (2017/2)
	Iniciado
	19/09/17 11:10
	Enviado
	19/09/17 11:10
	Status
	Completada
	Resultado da tentativa
	3 em 3 pontos  
	Tempo decorrido
	5 minutos
	Instruções
	ATENÇÃO: a avaliação a seguir possui as seguintes configurações:
- Possui número de tentativas limitadas a 3 (três);
- Valida a sua nota e/ou frequência na disciplina em questão – a não realização pode prejudicar sua nota de participação AVA, bem como gerar uma reprovação por frequência;
- Apresenta as justificativas das questões para auxílio em seus estudos – porém, aconselhamos que as consulte como último recurso;
- Não considera “tentativa em andamento” (tentativas iniciadas e não concluídas/enviadas) – porém, uma vez acessada, é considerada como uma de suas 3 (três) tentativas permitidas e precisa ser editada e enviada para ser devidamente considerada;
- Possui um prazo limite para envio (acompanhe seu calendário acadêmico), sendo impossível o seu acesso após esse prazo, então sugerimos o armazenamento e/ou impressão para futuros estudos;
- A não realização prevê nota 0 (zero).
	Resultados exibidos
	Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Feedback, Perguntas respondidas incorretamente
Pergunta 1
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Analise o texto abaixo.
Assinale a alternativa em que a palavra “pena” foi empregada com o mesmo sentido usado na primeira fala dos quadrinhos acima.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
“Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal” (Tati Bernardi).
	Respostas:
	a. 
“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido” (Fernando Pessoa).
	
	b.
“Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal” (Tati Bernardi).
	
	c. 
“E pra deixar acontecer/ A pena tem que valer/ Tem que ser com você” (Jorge e Mateus).
	
	d. 
“A primeira imagem que surge quando o assunto é pena são os pássaros” (Arte no Corpo).
	
	e.
“De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus, a minha língua é como a pena de habilidoso escritor” (Bíblia Sagrada – Salmo 45).
	Feedback da resposta:
	Resposta: B
Comentário: o substantivo feminino “pena” pode ter os seguintes significados: punição, desgosto, tristeza ou dó. A expressão “valer a pena” significa “ter compensado o esforço”. Na fala do primeiro personagem da charge, o sentido é de “tristeza”, o que também aparece nos versos de Tati Bernardi.
	
	
	
Pergunta 2
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Com base nos tipos textuais, preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que indica a correspondência correta.
 
	
Narrar
 
 
Argumentar
 
 
 
 
Expor
 
 
 
Descrever
 
 
 
Prescrever
 
	(  ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de verbos no modo imperativo.
(   ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
(  ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido em um determinado espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto.
( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc.; com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade.
(  ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão.
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
5, 3, 1, 4, 2.
	Respostas:
	a. 
3, 5, 1, 2, 4.
	
	b. 
5, 3, 1, 4, 2.
	
	c. 
4, 2, 3, 1, 5.
	
	d. 
5, 3, 4, 1, 2.
	
	e. 
2, 3, 1, 4, 5.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B
Comentário: a primeira definição apresentada diz respeito à prescrição; a segunda, exposição; a terceira, narração; a quarta, descrição; a quinta definição, por fim, diz respeito à argumentação.
	
	
	
Pergunta 3
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Leia a piada.
A laranja e o juridiquês
 
“Um professor perguntou a um dos seus alunos do curso de Direito:
– Se você quiser dar a Epaminondas uma laranja, o que deverá dizer?
O estudante respondeu:
– Aqui está, Epaminondas, uma laranja para você.
O professor gritou, furioso:
– Não! Não! Pense como um Profissional do Direito!
O estudante respondeu:
– Ok, então eu diria: Eu, por meio desta dou e concedo a você, Epaminondas de tal, CPF e RG, e somente a você, a propriedade plena e exclusiva, inclusive benefícios futuros, direitos, reivindicações e outras vindicações, títulos, obrigações e vantagens no que concerne à fruta denominada laranja em questão, juntamente com sua casca, sumo, polpa e sementes transferindo-lhe todos os direitos e vantagens necessários para espremer, morder, cortar, congelar, triturar, descascar com a utilização de quaisquer objetos e de outra forma comer, tomar ou de qualquer forma ingerir a referida laranja, ou cedê-la com ou sem casca, sumo, polpa ou sementes, e qualquer decisão contrária, passada ou futura, em qualquer petição, ou petições, ou em instrumentos de qualquer natureza ou tipo, fica assim sem nenhum efeito no mundo cítrico e jurídico, valendo este ato entre as partes, seus herdeiros e sucessores, em caráter irrevogável e irretratável, declarando Paulo que o aceita em todos os seus termos e conhece perfeitamente o sabor da laranja, não se aplicando ao caso o disposto no Código do Consumidor.
E o professor, então, comenta:
– Melhorou bastante, mas não seja tão sucinto.”
Fonte: <http://gazetaweb.globo.com/v2/entretenimento/piadas.php?c=473>. Acesso em 12 abr. 2017.
 
O efeito de humor no gênero textual piada é produzido, sobretudo:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Pela recomendação que o professor fez quando avaliou a segunda resposta do aluno.
	Respostas:
	a. 
Pela maneira inoportuna como o aluno atendeu, no primeiro momento, à solicitação do professor.
	
	b. 
Pela reação violenta que o professor demonstrou diante da resposta irrefletida do aluno.
	
	c. 
Pela recomendação que o professor fez quando avaliou a segunda resposta do aluno.
	
	d.
Pelo tom irônico que o aluno imprimiu à frase “Pois não”, revelando que já tinha entendido, antes da primeira resposta, o que lhe fora pedido.
	
	e.
Pela exagerada descrição da laranja e dos meios de degustá-la, que produziu a desproporção entre a primeira e a segunda resposta do aluno.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Comentário: o humor no gênero textual piada dá-se no final do texto. No texto “A laranja e o juridiquês”, o humor está na recomendação que o professor fez quando avaliou a segunda resposta do aluno, dizendo para o aluno não ser tão sucinto.
	
	
	
Pergunta 4
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Leia a tirinha e o texto a seguir.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I, II e IV.
 
	Respostas:
	a. 
I e II.
	
	b. 
I e III.
	
	c. 
III e IV.
	
	d. 
I, II e IV.
 
	
	e. 
II, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D
Comentário: a formação qualificada dos estudantes é a meta que deve ser atingida pela gestão democrática e, para isso, é necessária a participação de todos os envolvidos. A tomada de decisão coletiva, na gestão democrática da educação, requer a criação de umacultura institucional crítico-reflexiva. Além da construção coletiva do projeto pedagógico, é necessária a participação de todos os envolvidos no seu acompanhamento e na sua avaliação.
	
	
	
Pergunta 5
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
Restos
 
“Minha Nossa Senhora do Bom Parto! O caminhão do lixo já deve ter passado! Eu juro, seu poliça, foi nessa lixeira aqui! Nessa mesminha! Eu vim catar verdura, sempre acho umas tomate, umas cenoura, uns pimentão por aqui. Tudo bonzinho, é só lavar e cortar os pedaço podre, que dá pra comer... Aí quando eu puxei umas folha de alface, levei o maior susto.
Quase desmaiei, até.
Eu, uma mulher assim fornida que nem o seu poliça tá vendo, imagina: fiquei de pernas bamba. Me deu até tontura. Acho que também por causa do fedor... Uma carniça que só o senhor cheirando pra saber. Mas eu juro por tudo que é mais sagrado! Tinha sim um anjinho morto nessa lixeira! Nessa aqui! Coitadinho... Deve ter se esgoelado de tanto chorar.
A gente via pela sua carinha de sofrimento. Ele tava com a boquinha aberta, cheinha de tapuru. Eu nem reparei se era menino ou menina, porque eu fiquei morrendo de pena... E de medo, também... Os olho... É do que mais me alembro... Esbugalhado, mas com a bola preta virada pra dentro, sabe? Ai! Soltei um berro e saí correndo.”
SERAFIM, L. Restos. In: SOUTO, A. Variação linguística e texto literário: perspectivas para o ensino. Cadernos do CNLF, v. XIV, n. 4, t. 4, 2010, p. 3310 (com adaptações).
 
Considerando a linguagem utilizada no texto “Restos”, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
 
I. A utilização do pronome oblíquo átono antes do verbo (próclise) no trecho “Me deu até tontura” é característica do português brasileiro, mas não abonada, para a língua escrita, pela gramática normativa.
PORQUE
II. As regras normatizadas de colocação pronominal não correspondem às tendências fonológicas do português brasileiro.
 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
	Respostas:
	a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
	
	b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I.
	
	c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
	
	d. 
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
 
	
	e. 
As asserções I e II são proposições falsas.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A
Comentário: de fato, a utilização do pronome oblíquo átono antes do verbo (próclise) no trecho “Me deu até tontura” é característica do português brasileiro, mas não abonada, para a língua escrita, pela gramática normativa. O exposto em I ocorre porque as regras normatizadas de colocação pronominal não correspondem às tendências fonológicas do PB. Portanto, ambas as asserções são corretas e a II é uma justificativa correta da I.
	
	
	
Pergunta 6
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
 
Restos
 
“Minha Nossa Senhora do Bom Parto! O caminhão do lixo já deve ter passado! Eu juro, seu poliça, foi nessa lixeira aqui! Nessa mesminha! Eu vim catar verdura, sempre acho umas tomate, umas cenoura, uns pimentão por aqui. Tudo bonzinho, é só lavar e cortar os pedaço podre, que dá pra comer... Aí quando eu puxei umas folha de alface, levei o maior susto.
Quase desmaiei, até.
Eu, uma mulher assim fornida que nem o seu poliça tá vendo, imagina: fiquei de pernas bamba. Me deu até tontura. Acho que também por causa do fedor... Uma carniça que só o senhor cheirando pra saber. Mas eu juro por tudo que é mais sagrado! Tinha sim um anjinho morto nessa lixeira! Nessa aqui! Coitadinho... Deve ter se esgoelado de tanto chorar.
A gente via pela sua carinha de sofrimento. Ele tava com a boquinha aberta, cheinha de tapuru. Eu nem reparei se era menino ou menina, porque eu fiquei morrendo de pena... E de medo, também... Os olho... É do que mais me alembro... Esbugalhado, mas com a bola preta virada pra dentro, sabe? Ai! Soltei um berro e saí correndo.”
SERAFIM, L. Restos. In: SOUTO, A. Variação linguística e texto literário: perspectivas para o ensino. Cadernos do CNLF, v. XIV, n. 4, t. 4, 2010, p. 3310 (com adaptações).
 
Considerando a variedade linguística utilizada pela personagem do texto, avalie as afirmativas a seguir.   
I.     A redução do verbo “estar”, como em “tá” e “tava”, é uma característica evidenciada na fala de sujeitos escolarizados e não escolarizados.
II.     A eliminação da marca de plural, como em “os pedaço” e “pernas bamba”, é um traço das variedades linguísticas populares faladas e escritas.
III.    A prótese do fonema /a/ em “alembro” é uma característica associada à história da língua portuguesa.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
I, II e III.
	Respostas:
	a. 
I, apenas.
	
	b. 
 III, apenas.
	
	c. 
 I e II.
	
	d. 
 II e III.
 
	
	e. 
I, II e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta: E
Comentário: a redução do verbo “estar”, como em “tá” e “tava”, é, de fato, uma característica evidenciada na fala de sujeitos escolarizados e não escolarizados. Tais fenômenos representam metaplasmos de supressão: aférese e apócope em “tá” e apenas aférese em “tava”.
A eliminação da marca de plural, como em “os pedaço” e “pernas bamba”, realmente é um traço das variedades linguísticas populares faladas e escritas da língua portuguesa do Brasil. Estratos mais escolarizados da população costumam usar “os pedaços” e “pernas bambas”, sem o apagamento da marca de plural do segundo elemento e de acordo com a norma culta prescrita pelas gramáticas.
A prótese do fonema /a/ em “alembro” é uma característica associada à história da língua portuguesa. Trata-se, de fato, apenas de um caso de prótese, já que o “a” acrescentado no início de “lembro” não tem qualquer função semântica, não atribui nem modifica o sentido do verbo “lembrar”. “Alembrar” e “lembrar” existem em português, mas a primeira forma costuma ser associada aos estratos sociais mais populares e está sendo cada vez menos utilizada.
	
	
	
Pergunta 7
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
 
“O Projeto Político Pedagógico (PPP) relaciona-se à organização do trabalho pedagógico da escola, indicando uma direção, explicitando os fundamentos teórico-metodológicos, os objetivos, o tipo de organização e as formas de implementação e avaliação da escola.”
VEIGA, I. P. A.; RESENDE, L. M. G. (Org.). Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico. 4. ed. Campinas - SP: Papirus, 1998 (com adaptações).
 
Considerando a elaboração do PPP, avalie as seguintes afirmações.
O PPP constitui-se em um processo participativo de decisões para instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições no interior da escola.
A discussão do PPP exige uma reflexão acerca da concepção de educação e sua relação com a sociedade e a escola, o que implica refletir sobre o homem a ser formado.
 A construção do PPP requer o convencimento dos professores, da equipe escolar e dos funcionários para trabalharem em prol do plano estabelecido pela gestão educacional.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e II.
	Respostas:
	a. 
I, apenas.
	
	b. 
III, apenas.
	
	c. 
I e II.
	
	d. 
II e III.
	
	e. 
I, II e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Comentário: o PPP é o documento que fundamenta a forma de organização do trabalho pedagógico. É construído a partir da noção do indivíduo a ser formado, da concepção de educação e da sua relação com a sociedade e a escola.
	
	
	
Pergunta 8
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
 
“Os currículosorganizam conhecimentos, culturas, valores e artes a que todo ser humano tem direito. Assim, o currículo deve ser analisado conforme as experiências vividas pelos estudantes, nas quais se articulam os saberes, aprendidos por eles na vivência e na convivência em suas comunidades, com os conhecimentos sistematizados que a escola deve lhes tornar acessíveis.”
ARROYO, M. G. Educandos e educadores: seus direitos e o currículo. In: ARROYO, M. G. Indagações sobre o currículo, educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007 (com adaptações).
 
A partir da definição de currículo abordada pelo autor, avalie as afirmativas a seguir.
A construção do currículo constitui um processo de seleção cultural, o que pode colocar em desvantagem determinados grupos sociais e culturais.
O sistema educativo confere ao currículo efetividade que envolve uma multiplicidade de relações, razão pela qual este deve ser considerado práxis e sua materialização corresponder à forma como foi idealizado.
As teorias críticas reconhecem a existência de poderes diversos diluídos nas relações sociais, conferindo ao currículo a função de atuar em processos para a inclusão escolar.
É desafio da escola incluir no currículo experiências culturais diversificadas, que não reproduzam estruturas da vida social em suas assimetrias e desigualdades.  
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I, III e IV.
	Respostas:
	a. 
I, apenas.
	
	b. 
II e III.
	
	c. 
II e IV.
	
	d. 
I, III e IV.
	
	e. 
I, II, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D
Comentário: a construção do currículo de um curso ou de uma diretriz curricular para todos os cursos de um país é momento de escolha de conteúdos técnicos e culturais que representam valores aceitos por determinado grupo social. É, portanto, um momento de decisão política e social, que nem sempre contempla os interesses de grupos sociais minoritários ou com menor possibilidade de intervenção nessas escolhas. Por isso, é correto afirmar que a construção do currículo constitui um processo de seleção cultural, o que pode colocar em desvantagem determinados grupos sociais e culturais. Quanto maior a prática multicultural, menor a desvantagem dos diversos grupos sociais e culturais.
A inclusão escolar não se limita a garantir que o aluno faça matrícula na escola. Compreende o ingresso do aprendiz no ambiente de educação e também sua permanência durante todos os anos necessários para sua formação, além de sua participação efetiva e constante nas atividades planejadas pela escola. A participação do aluno, a partir de suas vivências e experiências de vida, é a única forma de analisar se os conteúdos escolhidos para aquele currículo estão em consonância com a realidade. O respeito às experiências e às vivências que cada aluno traz para o ambiente escolar é o reconhecimento da existência de poderes diversos diluídos nas relações sociais, o que permite ao currículo exercer a função de atuar nos processos para a inclusão escolar.
A sociedade é um campo de forças no qual estão em permanente confronto os diversos grupos sociais, seus valores, suas escolhas e suas opções. A escola não deve reproduzir em seu ambiente esse confronto, mas permitir que os distintos grupos sociais se manifestem de forma interativa, democrática, para que diferentes ideias, valores e escolhas dialoguem. É nesse sentido que se pode afirmar que um dos grandes desafios da escola é construir o currículo com experiências culturais diversificadas, que não reproduzam estruturas da vida social em suas assimetrias e desigualdades.
	
	
	
Pergunta 9
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Leia os textos abaixo.
Texto 1
“Toco a sua boca com um dedo, toco o contorno da sua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se, pela primeira vez, a sua boca entreabrisse, e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. [...] Você me olha, de perto me olha, cada vez mais de perto [...] as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem, com um perfume antigo e um grande silêncio. [...] E se nos mordemos, a dor é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela.”
CORTÁZAR, J. O jogo da amarelinha. Trad. Fernando Castro Ferro. 14. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009 (com adaptações).
 
Texto 2
“Alguns cientistas acreditam que a união dos lábios evoluiu porque facilita a seleção de parceiros. ‘O beijo envolve uma troca bem complicada de informações – olfativa, tátil e de ajustes de postura – que costuma acionar mecanismos neurológicos sofisticados e também inconscientes, o que permite às pessoas determinar subjetivamente até que grau elas são geneticamente incompatíveis’, afirma o psicólogo evolucionista Gordon G. Gallup, professor da Universidade de Albany e da Universidade do Estado de Nova York. [...]
Dos 12 ou 13 nervos cranianos que afetam a função cerebral, cinco estão em ação quando beijamos e carregam mensagens dos nossos lábios, língua, bochechas e nariz para o cérebro – que capta informações sobre temperatura, sabor, cheiro e movimentos de toda a situação. Parte dessa informação chega ao córtex somatossensorial, faixa de tecido na superfície cerebral responsável pela leitura das informações vindas do corpo.”
Ciência comprova a importância do beijo. Fonte: <http://www.cmba.org.br>. Acesso em 20 jul. 2016 (com adaptações).
 
Os textos 1 e 2 apresentam, sob diferentes perspectivas, a temática do beijo. Nesse contexto, avalie as afirmativas a seguir.
A utilização de palavras de cunho científico no texto 2, como “córtex somatossensorial”, dificulta o entendimento do texto pelo público leitor.
A expressão “a dor é doce”, no texto 1, é incoerente, uma vez que os vocábulos “dor” e “doce” estão relacionados a percepções sensoriais diferentes.
A presença de apenas uma citação, no texto 2, é prejudicial à argumentação do texto, que, por isso, perde credibilidade.
O uso constante de palavras que se referem à 1ª pessoa, no texto 1, reforça a subjetividade própria de um texto literário.
 
É correto apenas o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
IV.
	Respostas:
	a. 
I.
	
	b. 
IV.
	
	c. 
I e III.
	
	d. 
II e III.
	
	e. 
II e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B
Comentário: o foco narrativo em primeira pessoa é comum em textos literários e expressa a subjetividade do narrador.
	
	
	
Pergunta 10
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Os casos de interpretação ambígua em textos jornalísticos ocorrem muitas vezes porque o leitor só lê a manchete, não o texto total.
Considerando o exposto, avalie as manchetes transcritas a seguir.
Jovem tenta assaltar PM com arma de brinquedo e é baleado na zona sul de São Paulo.
A ONU está à procura de um técnico para ocupar o cargo de diretor daquele centro de estudos sobre a pobreza que vai instalar no Rio.
Macarrão levou Eliza Samudio para ser morta por amar Bruno, diz advogado do goleiro.
Governo inclui vacina contra hepatite A no calendário de vacinação do SUS.
 
É correto afirmar que há ambiguidade apenas em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I, II e III.
 
	Respostas:
	a. 
I e IV.
	
	b. 
II e III.
	
	c. 
III e IV.
	
	d. 
I, II e III.
 
	
	e. 
I, II e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D
Comentário: no título, não se sabe quem estava com a arma de brinquedo: o jovem ou o policial. No trecho, a oração adjetiva “que vai instalar no Rio” deveria referir-se ao centro de estudos. No entanto, a proximidade do pronome relativo com o substantivo “pobreza” dá a entender que é a pobreza que será instalada. A elipse do sujeito na oração “poramar Bruno” provoca ambiguidade. Não se sabe quem ama o goleiro: Elisa ou Macarrão.
	
	
	
Pergunta 1
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I e II.
	Respostas:
	a. 
I e II.
	
	b. 
 I e III.
	
	c. 
III e IV.
	
	d. 
 I, II e IV.
 
	
	e. 
               II, III e IV.
	
	
	
Pergunta 2
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	
Na tirinha, a fala de um dos passarinhos é “@pio”. Essa nova realidade linguística demonstra que:
I. Há influência da linguagem da informática no uso cotidiano da língua natural.
II. A diversidade linguística na nossa atualidade abrange também o uso da língua na internet.
III. Ocorre um distanciamento entre os avanços tecnológicos e o uso da língua.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I.
	Respostas:
	a. 
I.
	
	b. 
II.
	
	c. 
 I, II e III.
	
	d. 
II e III.
 
	
	e. 
       I e II.
	
	
	
Pergunta 3
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	
Texto 2
A própria produção literária atual encaminha-se na direção de uma fusão com vários segmentos culturais, de que a chamada cultura de massa, tradicionalmente discutida em sua diferença negativa, constitui tão somente um dos aspectos de negociação em bases renovadas. A defesa exclusiva da literatura clássica e da herança nacional, um casamento expresso e legitimado pela construção e manutenção de repertórios recheados de um saber cultural canônico, no entanto, parece tão problemática quanto a sua rejeição global. Hoje circulam e prevalecem formas culturais mistas, e até os textos canônicos são relidos como pontos de cruzamento de discursos amplos, que transcendem as fronteiras tradicionais da esfera do literário e do horizonte de pertencimento a espaços nacionais, linguística e geograficamente circunscritos.
OLINTO, H. K. Literatura/cultura/ficções reais. In: OLINTO, H. K.; SCHØLLHAMMER, K. E. Literatura e cultura. Rio de Janeiro: EPUC, 2008, p. 75 (com adaptações).
 
Considerando a imagem e a citação, pode-se afirmar que a relação entre manifestações literárias contemporâneas e cultura formadora da identidade nacional:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
reelabora os valores culturais. Assim, a diversidade é transformada em unidade, à semelhança do que se observa na imagem.
	Respostas:
	a.
reelabora os valores culturais. Assim, a diversidade é transformada em unidade, à semelhança do que se observa na imagem.
	
	b.
apresenta começo e fim determinados. Assim, a imagem aponta diversidades culturais que existiram por um período pré-estabelecido.
	
	c.
desenvolve a diversidade cultural, à semelhança do que aponta a imagem, mas não transcende os valores canônicos tradicionais da esfera do literário.
	
	d.
estabelece a fusão entre diversos valores culturais. Os elementos apresentados na imagem são mais ou menos destacados, dependendo da literatura em que são referenciados.
	
	e.
torna a literatura contemporânea um modismo a partir dos cânones exclusivos das literaturas clássicas. Assim, contrapõe-se à imagem que aponta para diversos elementos culturais não canônicos. 
	
	
	
Pergunta 4
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	
Texto 2
A própria produção literária atual encaminha-se na direção de uma fusão com vários segmentos culturais, de que a chamada cultura de massa, tradicionalmente discutida em sua diferença negativa, constitui tão somente um dos aspectos de negociação em bases renovadas. A defesa exclusiva da literatura clássica e da herança nacional, um casamento expresso e legitimado pela construção e manutenção de repertórios recheados de um saber cultural canônico, no entanto, parece tão problemática quanto a sua rejeição global. Hoje circulam e prevalecem formas culturais mistas, e até os textos canônicos são relidos como pontos de cruzamento de discursos amplos, que transcendem as fronteiras tradicionais da esfera do literário e do horizonte de pertencimento a espaços nacionais linguística e geograficamente circunscritos.
OLINTO, H. K. Literatura/cultura/ficções reais. In: OLINTO, H. K.; SCHØLLHAMMER, K. E. Literatura e cultura. Rio de Janeiro: EPUC, 2008, p. 75 (com adaptações).
 
Assinale a opção que melhor expressa as ideias desenvolvidas no texto 2.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
.
 
	Respostas:
	a. 
.
 
	
	b. 
.
 
	
	c. 
.
 
	
	d. 
.
 
	
	e. 
.
 
	
	
	
Pergunta 5
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	Em relação ao uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) na leitura e na escrita, assinale a opção correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
As mudanças proporcionadas pela tecnologia nas maneiras de ler, de produzir e de fazer circular textos nas sociedades desconsideram não só outras formas de ler e escrever, mas também outros suportes de circulação.
	Respostas:
	a.
Os leitores da atualidade descartaram os materiais impressos em prol das facilidades dos repositórios digitais, como os tablets, que dinamizam os processos da leitura e da escrita.
	
	b.
A leitura e a escrita tornaram-se mais acessíveis devido às tecnologias digitais, as quais provocaram distanciamento de textos impressos e instauraram o “internetês” como linguagem oficial.
	
	c.
A diminuição das distâncias espaciais e temporais intensificou e diversificou os modos de comunicação e informação, flexibilizando a formação de leitores de modo mais abrangente e superficial.
	
	d.
Os avanços tecnológicos promoveram mudanças significativas nos modos de ler e escrever, favorecendo, principalmente no ato da leitura, a capacidade de unir diferentes linguagens para a construção da significação.
	
	e.
As mudanças proporcionadas pela tecnologia nas maneiras de ler, de produzir e de fazer circular textos nas sociedades desconsideram não só outras formas de ler e escrever, mas também outros suportes de circulação.
	
	
	
Pergunta 6
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	Estudos linguísticos têm mostrado que o português brasileiro apresenta particularidades que o distinguem do português europeu, tais como:
1. Uso de relativas com pronome lembrete/resumitivo:
Maria é uma pessoa que eu gosto muito dela.
2. Uso do pronome reto na posição de objeto:
Gosto muito da Maria, mas eu não vejo ela há muitos anos.
3. Topicalização com pronome lembrete:
A Maria, eu não vejo ela há muitos anos.
 
Com relação ao tema, avalie as seguintes explicações sócio-históricas para esse distanciamento.
I. O multilinguismo do período colonial brasileiro, envolvendo as línguas, portuguesa, africanas e indígenas.
II. A vinda da família real para o Brasil e sua instalação no Rio de Janeiro, relusitanizando a colônia.
III. Tráfico constante de africanos para trabalhar como mão de obra escrava e a aquisição do português como L2 a partir de diversos modelos.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I, apenas.
	Respostas:
	a. 
I, apenas.
	
	b. 
II, apenas.
	
	c. 
 I e III, apenas.
	
	d. 
II e III, apenas.
 
	
	e. 
            I, II e III.
	
	
	
Pergunta 7
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	Paradigma pronominal do português brasileiro.
Considerando o quadro do paradigma pronominal do português brasileiro, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
 
I. No enunciado “Ela estava nervosa, porque o filho dela desmaiou de tanta fome”, o uso da combinação pronominal “dela” evidencia mudança no sistema pronominal brasileiro.
PORQUE
II. O uso do possessivo “seu” pode causar ambiguidade, dada a reestruturação no paradigma pronominal do português brasileiro, com a entrada do pronome “você” – oriundo da forma de tratamento “Vossa Mercê” – como variante ou substitutivo do pronome “tu”.
 
A respeito das asserções, assinale a opção correta.Resposta Selecionada:
	d. 
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
 
	Respostas:
	a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
	
	b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa correta da I.
	
	c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
	
	d. 
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
 
	
	e. 
               As asserções I e II são proposições falsas.
	
	
	
Pergunta 8
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	Texto 1
No estudo das línguas indígenas, podemos destacar dois aspectos principais, um dos quais é o estudo sincrônico das línguas como são faladas atualmente.  Esse estudo, de natureza preponderantemente descritiva, constitui no Brasil uma tarefa não somente enorme, mas também urgente. As línguas indígenas brasileiras estão desaparecendo em ritmo acelerado. As populações indígenas estão se extinguindo: ou desaparecem biologicamente – os indivíduos se exterminam por fatores de várias naturezas – ou desaparecem como comunidades distintas da grande comunidade brasileira de cultura e língua basicamente europeias. Já desapareceram no Brasil muitas línguas, agora totalmente irrecuperáveis para a ciência. É possível que, daqui a 20 anos, já não se possa mais investigar sequer a metade das línguas presentemente faladas por índios no interior do país. A investigação dessas línguas é uma das tarefas primeiras para quem quer dedicar-se à Linguística desinteressada no Brasil. Por serem as línguas ainda relativamente numerosas, requer essa tarefa esforço muito grande e de muita gente; por estarem desaparecendo rapidamente, o esforço tem que ser redobrado, para que se alcancem todas as línguas ainda em tempo e não se deixe que nenhuma passe a constituir nova “página em branco” na história dos povos indígenas do Brasil.
RODRIGUES, A. D. Tarefas da Linguística no Brasil.  Disponível em: <http://www.etnolinguistica.org>. Acesso em 28 jul. 2014 (com adaptações).
 
Texto 2
Na língua Guató, a vogal prefixal de tom baixo sofre elisão diante de tema iniciado por vogal: /ma-ót+/ [mót+] ‘piranha’. Se a vogal prefixal, porém, tiver tom alto, ela não é afetada pelo processo de elisão /gwá-ógwayo/ [gwáógwàyò] ‘estou lavando’.
Verifica-se essa regra morfofonológica na formação da palavra /morimãu/, proveniente do português [oli’mãw] ‘o limão’, a que se acrescentou o prefixo determinativo /ma-/ + /orimãu/. Como o Guató não tem consoantes laterais, o /l/ do português foi substituído pelo /r/.
PALACIO, A. Guató: a língua dos índios canoeiros do rio Paraguai. Campinas: UNICAMP, 1984 (com adaptações).
 
Considere os dois textos sobre a língua indígena ao ler as assertivas a seguir:
As línguas indígenas brasileiras estão desaparecendo em ritmo acelerado.
Faz a língua Guató adotar a fisionomia morfológica e fonológica do português.
A palavra ‘limão’ é advinda da língua indígena guató.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
 II.
	Respostas:
	a. 
I.
	
	b. 
 II.
	
	c. 
 III.
	
	d. 
I e II.
 
	
	e. 
         II e III.
	
	
	
Pergunta 9
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Texto 1
Não podemos mais tratar as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) como recursos, artefatos, ferramentas e, sim, como elementos incorporados ao mundo. Estamos conectados o tempo todo por computador de mesa, notebook, laptop, palmtop, smartphone, celular, tablet, entre outros. As Tecnologias da Informação e da Comunicação fazem parte de nossa vida, assim como outros itens que são essenciais para a nossa manutenção em uma sociedade civilizada e globalizada. 
GRIEBLER, G. Pierre Levy: as novas tecnologias e a virtualização do mundo humano. Disponível em <http://sites.setrem.com.br>.Acesso em 22 jul. 2016 (com adaptações).
 
Texto 2
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) vêm, cada vez mais, sendo inseridas no cotidiano escolar pelo uso dos objetos virtuais de aprendizagem, das diversas mídias ou ainda pelos equipamentos. Os alunos do século XXI têm uma nova identidade, eles já têm habilidades de uso das TIC, mesmo que para entretenimento; o maior desafio dos docentes é, pois, oferecer aos discentes um direcionamento pedagógico.
PAZ, A. N.; PIMENTEL, F. S. C.; BARROS, R. A. O uso de edublog e a cultura da colaboração online. Disponível em <http://epealufal.com.br>. Acesso em: 22 jul. 2016 (com adaptações).
 
A partir dos textos acima, avalie as afirmativas a seguir.
 
I. As reflexões sobre a importância e o impacto das TIC, em diferentes contextos, têm sido objeto de várias pesquisas e estudos.
II. As contribuições das TIC no espaço escolar podem ser observadas a partir das habilidades demonstradas pelos alunos no uso dos equipamentos eletrônicos.
III. O maior desafio dos docentes em relação ao uso das TIC no ambiente escolar é encontrar um direcionamento pedagógico adequado e produtivo.
IV. A abordagem das TIC como recursos, ferramentas ou artefatos isolados utilizados para entretenimento é alternativa satisfatória para o ensino-aprendizagem dos alunos.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
I e III.
	Respostas:
	a. 
I e II.
	
	b. 
I e III.
	
	c. 
III e IV.
	
	d. 
 I, II e IV.
	
	e. 
II, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B
Comentário: São inúmeros os estudos, em diferentes áreas do saber, a respeito do impacto das TIC na vida contemporânea. O maior desafio para os docentes em relação ao uso das TIC no ambiente escolar é, realmente, encontrar um direcionamento pedagógico adequado e produtivo. Como os alunos costumam dominar o uso de tecnologias para outros fins não educacionais, o direcionamento pedagógico adequado é imprescindível para que as atividades não “se percam” ao longo do processo de ensino e aprendizagem.   
	
	
	
Pergunta 10
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	Óia eu aqui de  novo xaxando
Óia eu aqui de novo pra xaxar
 
Vou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar.
 
Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que tou aqui com alegria.
 
BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em <www.luizluagonzaga.mus.br >
 
A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar popular regional é:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
“Isso é um desaforo”.
	Respostas:
	a. 
“Isso é um desaforo”.
	
	b. 
 “Diz que eu tou aqui com alegria”.
	
	c. 
“Vou mostrar pr’esses cabras”.
	
	d. 
 “Vai, chama Maria, chama Luzia”.
 
	
	e. 
            “Vem cá, morena linda, vestida de chita”.
	
	
	
Terça-feira, 19 de Setembro de 2017 11h18min57s BRT
	Usuário
	valeria.andrade1 @unipinterativa.edu.br
	Curso
	Estudos Disciplinares XI
	Teste
	Questionário Unidade III (2017/2)
	Iniciado
	19/09/17 11:24
	Enviado
	19/09/17 11:24
	Status
	Completada
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	2 em 4 pontos  
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Pergunta 1
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	
Em relação à crônica de Rubem Braga, avalie as afirmativas a seguir:
I.        Na linha 13, o modalizador “sinceramente” atribui valor de verdade ao enunciado, e, ao mesmo tempo, marca a subjetividade e contribui para a construção da ironia, que permeia todo o texto.
II.       Nas linhas 18 e 19, o operador argumentativo “mas” é empregado com funções diferentes nos trechos “não incomoda outro número, mas o respeita” e “Mas que seja permitido sonhar”. Na segunda ocorrência, funciona como reorientador argumentativo, quando o locutor, embora admitindo a realidade, passa a valorizar outra mais ideal e pertinente a seu modo de conceber relações interpessoais.
III. Na linha 5, o autor usou o operador argumentativo “e”, no trecho “Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão”, para produzir o efeito de reforço das expectativas geradas no conteúdo do enunciado anterior, o que mantém a força argumentativa construída e marca a resignação do locutor em face da realidade vivida.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
 I e II apenas.
	Respostas:
	a. 
I apenas.
	
	b. 
 III apenas.
	
	c. 
 I e II apenas.
	
	d. 
II e III apenas.
 
	
	e. 
             I, II e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C.
Comentário: O advérbio “sinceramente” reforça, ironicamente, a promessa do remetente da carta. No primeiro uso, a conjunção “mas” introduz ideia de adição: um vizinho não incomoda o outro e o respeita. No segundo uso, a conjunção marca a adversidade e anuncia o verdadeiro posicionamento do locutor frente à queixa do vizinho. Quanto à conjunção “e”, esta apresenta ideia aditiva e anuncia a falsa aderência do locutor à queixa do vizinho, pois a argumentação construída no texto é permeada de ironia.
	
	
	
Pergunta 2
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	A literatura do Realismo tornou-se notória pela grande diferenciação dada à noção objetividade/subjetividade, quando comparada aos outros movimentos literários do século XIX e anteriores no Brasil. Assim, sobre o Realismo, é incorreto afirmar que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
Utiliza uma linguagem repleta de maneirismos, com predominância da subjetividade, cuja estética contemplava a metalinguagem e o ideal da arte pela arte.
	Respostas:
	a. 
Surge em um contexto econômico, social e político conturbado e de grandes transformações.
	
	b.
Faz uma dura crítica ao Romantismo e à maneira idealizada com a qual o homem era retratado pelos olhos dos escritores que se dedicaram a essa escola literária.
	
	c.
Utiliza uma linguagem repleta de maneirismos, com predominância da subjetividade, cuja estética contemplava a metalinguagem e o ideal da arte pela arte.
	
	d.
Foi inaugurado por Machado de Assis, tendo no escritor seu maior expoente, perpetuando a estética realista até os dias de hoje.
	
	e.
Influenciado pelos ideais positivistas, o Realismo negava a teoria metafísica, buscando explicação nas coisas práticas e presentes na vida do homem.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C.
Comentário: Uma das principais características do Realismo era a objetividade da linguagem, evitando, assim, uma visão subjetiva sobre o homem e a sociedade. A arte literária ganhou um caráter de denúncia, ao expor, por meio da Literatura, graves problemas sociais.
 
	
	
	
Pergunta 3
0 em 0,4 pontos
	
	
	
	A que tipo de modalização, conforme Ataliba Castilho, pertencem os termos grifados seguintes?
I. Mas, sem dúvida, quem conta com um profissional da área de psicologia tem um conforto maior.
II. Claro que eles perguntaram se eu não estava adiando as coisas.
III. Eu iria, claro, contratar o melhor advogado do Brasil.
IV. Um segundo caminho seria condicionar os repasses do BNDES a um contrato no qual as empresas se comprometeriam a ser sustentáveis, com base num conjunto bem objetivo de parâmetros, claro.
V. Certamente, seriam bem maiores, não fosse o loteamento
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Asseverativo negativo.
	Respostas:
	a. 
Asseverativo afirmativo.
	
	b. 
Asseverativo negativo.
	
	c. 
Quase-asseverativo.
	
	d. 
Delimitador.
 
	
	e. 
              Afetivo subjetivo.
	
	
	
Pergunta 4
0 em 0,4 pontos
	
	
	
	Com relação às estéticas literárias brasileiras, avalie as afirmativas a seguir:
I.        A mimese da natureza no Arcadismo é fiel e objetiva, o que caracteriza a busca do realismo absoluto.
II.       A objetividade é um dos aspectos relevantes da estética realista, que, portanto, rejeita o subjetivismo vindo do Romantismo ou do Arcadismo.
III. O cientificismo europeu adotado no Realismo foi o responsável por findar o êxtase do culto à natureza presente no Romantismo, visto que os escritores daquela estética preferiam o ambiente urbano.
IV. A noção de natureza romântica é símile à noção árcade: a perfeição e a tranquilidade de um locus amoenus (local ameno), em referência, quase sempre, a ambiente bucólico e pastoril, com o objetivo de amenizar a realidade.
 
É correto apenas o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I, III e IV.
 
	Respostas:
	a. 
I e II.
	
	b. 
I e IV.
	
	c. 
II e III.
	
	d. 
I, III e IV.
 
	
	e. 
               II, III e IV
	
	
	
Pergunta 5
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Indique o enunciado em que há um comprometimento menor do falante em relação ao conteúdo proposicional:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
Olha, eu quero dizer que geralmente as pessoas que vivenciam a homossexualidade gostam muito de mim.
	Respostas:
	a. 
Mas não vou parar de jeito nenhum.
	
	b.
Olha, eu quero dizer que geralmente as pessoas que vivenciam a homossexualidade gostam muito de mim.
	
	c. 
Do ponto de vista das políticas públicas, não houve nenhuma novidade relevante nos últimos anos.
	
	d. 
Felizmente, ninguém aceitou.
	
	e. 
Ai, francamente... Órion é uma palavra de origem grega que chegou ao português pelo latim.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B.
Comentário: O falante, para não se comprometer, sinaliza isso via um modalizador quase-asseverativo (“geralmente”).
	
	
	
Pergunta 6
0 em 0,4 pontos
	
	
	
	Que imagem demonstra um ponto de vista favorável à natureza, procurando integrá-la à vida urbana?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
.
 
	Respostas:
	a. 
.
 
	
	b. 
.
 
	
	c. 
.
 
	
	d. 
.
 
	
	e. 
.
 
	
	
	
Pergunta 7
0 em 0,4 pontos
	
	
	
	Segundo Kerbrat-Orecchioni (2006), uma das marcas linguísticas que podem transmitir subjetividade é o adjetivo. Analise o trecho seguinte, da obra O cortiço, de Aluísio de Azevedo: “Mas é que não sei ... balbuciou a pobre mulher.” (AZEVEDO, 1998, p.87). Sobre o adjetivo grifado, consideramos que:
I – O adjetivo “pobre” é isento de opinião do narrador.
II – O narrador se compadece do sofrimento pelo qual a personagem passa.
III – Por meio desse adjetivo, o sujeito se coloca ao lado da personagem, como a defendê-la, a lamentar por seu sofrimento.
 
Está correto o que se afirma:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Apenas III.
	Respostas:
	a. 
Apenas I.
	
	b. 
Apenas II.c. 
Apenas III.
	
	d. 
Apenas I e II.
 
	
	e. 
             Apenas II e III.
	
	
	
Pergunta 8
0 em 0,4 pontos
	
	
	
	Talvez o maior lugar-comum da crítica literária no Brasil, hoje, seja o de que o texto é múltiplo. Simples assim: a multiplicidade como algo quase dado, uma característica praticamente a priori das obras, que a interpretação só precisaria atestar ou confirmar. Justamente por ser um lugar-comum, a crença em uma multiplicidade essencial ou ontológica da literatura não precisa ser ferrenhamente defendida; pelo contrário, ela funciona melhor quando permanece como uma espécie de pressuposto de fundo, frequentemente não declarado, do processo interpretativo. A crença na multiplicidade está presente em todas estas frases, que parecem não precisar de explicação: “esta obra presta-se a infinitas leituras”; “são inúmeros os sentidos”; “há uma pluralidade de vozes”; ou até mesmo o nefasto “cada um tem a sua interpretação”. Trata-se aqui, na realidade, de um barateamento brutal da ideia de diferença, que, se, por um lado, está em consonância com tendências culturais e sociais mais amplas, por outro, gera consequências bem determinadas para a prática da crítica no âmbito das Letras e das Ciências Humanas. [...]
A poética da multiplicidade encontra sua forma mais apurada na aplicação de teorias. Como tudo é plural, como todo antagonismo foi suprimido (fora [...] o antagonismo contra o antagonismo, ou antibinarismo binário), qualquer texto pode ser lido segundo qualquer teoria. Como tudo é dialógico, não importa se você usa Badiou, Barthes, Bataille, Baudrillard, Bourdieu ou Butler (para ficar só no “B”) para o drama renascentista, a épica do século 17, ou o verso livre do 20. No fundo, o verbo “usar” já diz tudo, porque esse tipo de relação entre literatura e teoria é essencialmente utilitário. Determinados autores, como Bakhtin e Benjamin, são tão explorados, são inseridos em debates tão absolutamente díspares, que vale a pena perguntar se ainda faz algum sentido mencionar seus nomes. E é um fenômeno curioso que, se, por um lado, a crítica da multiplicidade vem questionando o cânone literário, desafiando seu fechamento e reivindicando a inserção de novas vozes, por outro, a teoria vem testemunhando a formação de um cânone próprio, um rol de autores que se tornaram referência (inclusive para as novas vozes), cujos conceitos podem, sim, ser problematizados, mas não sua posição a priori como grandes nomes.
Disponível em <http://revistacult.uol.com.br>. Acesso em 17 ago. 2014 (com adaptações).
 
Sobre a poética da multiplicidade, avalie as afirmativas a seguir:
I.        A multiplicidade é uma característica só recentemente incorporada pelo texto literário.
II.       Há um confronto e, no mesmo momento, um restabelecimento do cânone literário.
III. Uma determinada teoria é capaz de abarcar todas as possibilidades de um texto literário.
 
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
II e III apenas.
	Respostas:
	a. 
I apenas.
	
	b. 
II apenas.
	
	c. 
I e III, apenas.
	
	d. 
II e III apenas.
	
	e. 
I, II e III.
	
	
	
Pergunta 9
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Texto 1
A linguagem humana se apresenta, inicialmente, como uma produção interativa associada às atividades sociais, sendo ela o instrumento pelo qual os interactantes, intencionalmente, emitem pretensões à validade relativas às propriedades do meio em que essa atividade se desenvolve. A linguagem é, portanto, primariamente, uma característica da atividade social humana e sua função maior é de ordem comunicativa ou pragmática.
BRONCKART, J-P. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. Tradução Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. São Paulo: EDUC, 2003, p. 34 (com adaptações).
 
Texto 2
No subjetivismo individualista, a expressão se constrói no interior da mente, sendo sua exteriorização apenas uma tradução. A enunciação é um ato monológico, individual, que não é afetado pelo outro nem pelas circunstâncias que constituem a situação social em que a enunciação acontece. Presume-se que há regras a serem seguidas para a organização lógica do pensamento e, consequentemente, da linguagem; são elas que se constituem nas normas gramaticais do falar e escrever bem.
TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez, 1996, p. 21 (com adaptações).
 
Texto 3
A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui, assim, a realidade fundamental da língua.
BAKHTIN/VOLOCHINOV, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. Tradução Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006, p. 127 (com adaptações).
 
Em relação às concepções de língua expressas em cada trecho acima, avalie as afirmativas a seguir:
I. Os professores que entendem a língua na perspectiva apontada por Bronckart, em suas aulas, enfatizam o uso da língua em variados contextos comunicativos e promovem atividades que possibilitam ao aluno praticar a linguagem com base na ideia de que a estrutura linguística utilizada na comunicação está diretamente ligada a fatores sociais, históricos e ideológicos, o que faz com que privilegiem atividades articuladas em torno de gêneros discursivos, que refletem do uso da língua em situações reais.
II. Os professores que assumem a concepção comentada por Travaglia desenvolvem, em sala de aula, atividades que levam o aluno a aprender as regras gramaticais pertencentes à norma padrão, a fim de que eles dominem essas regras e, portanto, falem e escrevam bem. Essa prática pedagógica inclui exercícios de fixação e correção constante na prática tanto oral quanto escrita, com o objetivo de que o aprendiz transite nas mais variadas esferas sociais.
III. Os professores que adotam a concepção de língua expressa por Bakhtin/Volochinov promovem, em suas aulas, atividades em que os alunos percebam a prática de linguagem, oral e escrita, como atividade social e entendam que a escolha, pelo usuário da língua, de uma determinada forma linguística e textual, de realizações prosódicas está diretamente ligada a fatores externos à língua, ou seja, é a interação que determina a escolha, o que exige que sejam desenvolvidas atividades de análise dos estratos fonético, fonológico, morfológico e sintático da língua.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I apenas.
	Respostas:
	a. 
I apenas.
	
	b. 
III, apenas.
	
	c. 
 I e II apenas.
	
	d. 
 II e III apenas.
 
	
	e. 
                I, II e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A.
Comentário: A perspectiva sociointeracionista da língua leva o professor a assumir a língua como sistema concreto e social. O uso efetivo da língua é levado para a sala de aula e é discutido como seus diversos contextos relacionam-se com esse uso.
	
	
	
Pergunta 10
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Uma coisa é saber a língua, isto é, dominar as habilidades de uso da língua em situações concretas de interação, entendendo e produzindo enunciados, percebendo as diferenças entre uma forma de expressão e outra. Outra coisa é saber analisar uma língua dominando conceitos e metalinguagem a partir dos quais se fala sobre a língua, se apresentam suas características estruturais e de uso.
GERALDI, J. W. (org). O texto na sala de aula. Cascavel: Paraná: Assoeste/UNICAMP, 1984.
 
A partir do texto acima, avalie a adequação das seguintes propostas de atividades de ensino da língua portuguesa:
I.        O professor seleciona o gênero a ser trabalhado com os alunos de acordo com seus interlocutores e seus objetivos de ensino. A partir daseleção, elabora uma série de atividades articuladas que possibilitem ao aluno interagir com o gênero discursivo, percebendo as características contextuais, textuais e linguísticas, e compreendendo como esses níveis em interação concorrem para a construção de sentido.
II.       O professor, a partir de determinado gênero discursivo, elabora situações que levem o aluno a perceber o uso efetivo da língua, a observar as escolhas lexicais, as construções sintáticas, o uso de articuladores e modalizadores, em função da interlocução e das interações comunicativas, e os efeitos de sentido produzidos.
III.      O professor seleciona um texto pertencente a determinado gênero discursivo previsto no programa. A partir disso, escolhe determinados elementos gramaticais nele recorrentes para, então, conceituá-los e criar exercícios de fixação, além de elaborar questões de leitura e de interpretação textual.
 
Assinale a alternativa que indica as afirmativas que expressam atividades de ensino adequadas:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e II apenas.    
	Respostas:
	a. 
II apenas.      
	
	b. 
 III apenas.        
	
	c. 
I e II apenas.    
	
	d. 
 I e III apenas.   
 
	
	e. 
                I, II e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C.
Comentário: O trabalho com gêneros textuais é adequado ao ensino da língua portuguesa, uma vez que desenvolve a competência linguístico-discursiva do aluno. O estudo mecânico da gramática que apenas tem como pretexto o texto escolhido é pouco adequado para desenvolver a competência discursiva do aluno.
	
	
	
Pergunta 1
1 em 1 pontos
	
	
	
	 (UFG 2014) Leia a receita apresentada a seguir. 
TACACÁ 
2 litros de tucupi temperado 
4 dentes de alho 
4 pimentas de cheiro 
4 maços de jambu 
1/2 kg de camarão 
1/2 xícara de goma de mandioca 
Sal a gosto 
Modo de servir: muito quente, em cuias, temperado com pimenta. 
Fonte: <www.receitastipicas.com/receita/tacaca.html> 
 
Comer é um ato social, histórico, geográfico, religioso, econômico e cultural. O preparo dos alimentos, a escolha dos ingredientes e a maneira de servir identificam um grupo social e ajudam a estabelecer uma identidade cultural. Essa receita, “Tacacá”, comida muito apreciada na culinária paraense, demonstra: 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Uma interação cultural, com a incorporação de ingredientes advindos de tradições culinárias distintas. 
	
	
	
Pergunta 2
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem que minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as terras sejam sopradas para dentro de minha casa, o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.” 
GANDHI, M. Relatório do desenvolvimento humano 2004. In: TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de A. Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2005. p. 137. 
 
Considerando-se as ideias pressupostas, o texto:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
Indica o reconhecimento à diversidade cultural, além das necessidades de afirmação e de identidade, seja étnica, seja cultural, seja linguística. 
	
	
	
Pergunta 3
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Claro, ao abrirmos a possibilidade de que vida extraterrestre inteligente exista...”
No fragmento acima, o vocábulo claro projeta uma opinião do autor do texto.
Outro exemplo em que a palavra ou expressão cumpre função semelhante é:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
 Infelizmente, até agora nada foi encontrado fora da Terra.
	
	
	
Pergunta 4
1 em 1 pontos
	
	
	
	Analise a frase a seguir.
 
Os jurados julgaram o rapaz doente.
 
Quando analisada, o que se percebe é que a construção sintática apresenta algumas inadequações, possibilitando que o termo “doente” adquira interpretações distintas. Leia as afirmativas a seguir.
A ideia apresentada remete-nos a duas interpretações: o rapaz estava doente quando julgado ou o rapaz foi considerado “doente” pelos jurados.
Como o contexto não nos permite identificar qual das duas interpretações é a correta, cabem as reformulações: os jurados julgaram o rapaz, que estava doente e os jurados julgaram o rapaz como doente.
Na voz passiva, ficaria assim: o rapaz que estava doente foi julgado pelos jurados e o rapaz foi julgado pelos jurados como doente.
 
Está correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I, II e III.
	
	
	
Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	São várias as nações que falam o português: Brasil, Portugal, Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste. Porém, a escrita é diferenciada nesses países irmãos. Desde 1980, como resultado de um acordo ortográfico desenvolvido pela Academia de Ciências de Lisboa e Academia Brasileira de Letras (ABL), bem antes da criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), os lusófonos vêm tentado unificá-la. Em dezembro de 1990, em Lisboa, o acordo transformou-se em tratado internacional. No entanto, muitas questões burocráticas emperraram a tramitação. Só no final de 2007, a padronização foi concretizada.
 
Podemos afirmar que o acordo ortográfico tem por objetivo:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
Fazer algumas alterações na escrita da língua portuguesa na tentativa de criar um padrão entre as nações que a usam.
	
	
	
Pergunta 6
0 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o texto:
Casa de muito menino é sempre uma bagunça (afr.), principalmente quando os guris (ind.) estão todos juntos e querem decidir o que comer para o lanche da tarde. Alguns guris (ind.) preferiam farofa (afr.) de ovo. O caçula (afr.) preferia comer pipoca (ind.) e o moleque (afr.) insistia nessa ideia. Outros queriam beiju (ind.), quentinho com manteiga. Era preciso encontrar uma comida que agradasse a todos. O cuscuz (afr.) de coco foi a saída. Todos aprovaram. O problema era ter de sair para comprar o fubá (afr.). Tudo resolvido. Comida pronta. Barriga cheia. Um bom samba (afr.) pra descontrair a garotada. E viva o lanche em família!
Notação: (afr. = termo africano); (ind. = termo indígena)
 
O texto permite afirmar que:
O Brasil é considerado um país pluriétnico, o que se reflete nas construções linguísticas, conforme exemplificado nesse texto.
A constituição histórica da língua portuguesa falada no Brasil aponta para o fato de que esse idioma entrou em contato com mais de 200 línguas africanas e mais de 1000 línguas indígenas, uma parte dessa contribuição pode ser identificada nesse texto.
Apesar do contato linguístico entre diferentes povos na formação do português brasileiro, há um silêncio em relação à participação linguística de outros povos frente ao enaltecimento do português, o que se confirma no fato de, no Brasil, se falar a língua portuguesa.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
 I e II.
	
	
	
Pergunta 7
1 em 1 pontos
	
	
	
	I. A modalização deôntica se aplica a uma proposição relacionada à necessidade ou à possibilidade de atos realizados por agentes moralmente responsáveis, porém o que essa proposição descreve não é um ato propriamente dito, mas o estado-de-coisas que será obtido se o ato em questão for cumprido. A necessidade deôntica (a obrigação) é sempre derivada de alguma fonte ou causa (uma pessoa, uma instituição, um conjunto de princípios morais ou legais, ou até mesmo alguma compulsão interna).
PORQUE
II. A modalização deôntica, relacionada aos valores de permissão, obrigação e proibição, refere-se ao eixo da conduta; portanto está "condicionada por traços lexicais específicos ao enunciador (controle) e, de outro lado, implica que o enunciatário aceite o valor de verdade do enunciado, para executá-lo.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
As afirmativas I e II são verdadeiras.
	
	
	
Pergunta 8
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Aprimeira locomotiva a vapor foi inventada há menos de 200 anos (em 1814)”.
 
O enunciado é constituído de:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Apresentação de um fato.
.
	
	
	
Pergunta 9
0 em 1 pontos
	
	
	
	O preconceito linguístico e a análise do discurso
“A sociedade brasileira é ainda uma sociedade preconceituosa. Os mais pobres são constantemente discriminados, e esse fato se agrava quando essa parcela da população não tem acesso à educação de qualidade. Nesse sentido, o falar e escrever que fogem à norma padrão da forma culta da língua portuguesa são também alvos de críticas e pretextos para atitudes preconceituosas. O preconceito linguístico, como o próprio nome diz, é o pré-julgamento de pessoas com base na linguagem verbal. Ele parte do pressuposto de que só existe uma língua portuguesa digna deste nome, a ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. A partir daí, aquele cujo discurso desvia dessa língua ‘correta’ é discriminado e reprimido.
O Brasil não tem uma unidade linguística, assim como não tem uma unidade socioeconômica e cultural. O preconceito linguístico nada mais é do que um reflexo do real preconceito sofrido pelas pessoas de classes sociais mais baixas. Assim, faz-se necessário combater também essa modalidade de preconceito. Para isso, alguns pontos principais devem ser considerados, como a identificação do preconceito, a mudança de atitude e, principalmente, a definição do que é erro e de como deve ser ensinado o português nas escolas.”
Fonte: Adaptado de Sara Baptista Martins. O preconceito linguístico e a análise do discurso. Disponível em http://www.usp.br/cje/jorwiki/exibir.php?id_texto=69
 
Observe a seguinte sentença retirada do texto: “O Brasil não tem uma unidade linguística, assim como não tem uma unidade socioeconômica e cultural”. Assinale a alternativa que mantém a mesma ideia da sentença citada:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Caso o Brasil tivesse uma unidade socioeconômica e cultural, por outro lado, faltaria unidade linguística.
	
	
	
Pergunta 10
1 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o texto e as afirmativas a seguir.
 
Considerações sobre justiça e equidade
“Hoje, floresce cada vez mais, no mundo jurídico e acadêmico nacional, a ideia de que o julgador, ao apreciar os caos concretos que são apresentados perante os tribunais, deve nortear o seu proceder mais por critérios de justiça e equidade e menos por razões de estrita legalidade, no intuito de alcançar, sempre, o escopo da real pacificação dos conflitos submetidos à sua apreciação.
Semelhante entendimento tem sido sistematicamente reiterado, na atualidade, ao ponto de inúmeros magistrados simplesmente desprezarem ou desconsiderarem determinados preceitos de lei, fulminando ditos dilemas legais sob a pecha de injustiça ou inadequação à realidade nacional.
Abstraída qualquer pretensão de crítica ou censura pessoal aos insignes juízes que se filiam a esta corrente, alguns dos quais reconhecidos como dos mais brilhantes do país, não nos furtamos, todavia, de tecer breves considerações sobre os perigos da generalização desse entendimento.
Primeiro, porque o mesmo, além de violar os preceitos dos arts. 126 e 127 do CPC, atenta de forma direta e frontal contra os princípios da legalidade e da separação de poderes, esteio no qual se assenta toda e qualquer ideia de democracia ou limitação de atribuições dos órgãos do Estado.
Isso é o que salientou, e com a costumeira maestria, o insuperável José Alberto dos Reis, o maior processualista português, ao afirmar que: ‘O magistrado não pode sobrepor os seus próprios juízos de valor aos que estão encarnados na lei. Não o pode fazer quando o caso se acha previsto legalmente, não o pode fazer mesmo quando o caso é omisso’.
Aceitar tal aberração seria o mesmo que ferir de morte qualquer espécie de legalidade ou garantia de soberania popular proveniente dos parlamentos, até porque, na lúcida visão desse mesmo processualista, o juiz estaria, nessa situação, se arvorando, de forma absolutamente espúria, na condição de legislador.
A esta altura, adotando tal entendimento, estaria institucionalizada a insegurança social, sendo que não haveria mais qualquer garantia, na medida em que tudo estaria ao sabor dos humores e amores do juiz de plantão.
De nada adiantariam as eleições, eis que os representantes indicados pelo povo não poderiam se valer de sua maior atribuição, ou seja, a prerrogativa de editar as leis.
Desapareceriam também os juízes de conveniência e oportunidade política típicos dessas casas legislativas, na medida em que sempre poderiam ser afastados por uma esfera revisora excepcional. [...]
Já o Poder Judiciário, a quem legitimamente compete fiscalizar a constitucionalidade e legalidade dos atos dos demais poderes do Estado, praticamente aniquilaria as atribuições destes, ditando a eles, a todo momento, como proceder. [...]
Entretanto, a defesa desse entendimento demonstra, sem sombra de dúvidas, o desconhecimento do próprio conceito de justiça, incorrendo inclusive numa contradictio in adjecto.
Isto porque, e como magistralmente o salientou o insuperável Calamandrei, ‘a justiça que o juiz administra é, no sistema da legalidade, a justiça em sentido jurídico, isto é, no sentido mais apertado, mas menos incerto, da conformidade com o direito constituído, independentemente da correspondente com a justiça social’.
Para encerrar, basta salientar que a eleição dos meios concretos de efetivação da Justiça social compete, fundamentalmente, ao Legislativo e ao Executivo, eis que seus membros são indicados diretamente pelo povo.
Ao Judiciário cabe administrar a justiça da legalidade, adequando o proceder daqueles aos ditames da Constituição e da Legislação.”
Luís Alberto Thompson Flores Lenz
 
I. O texto “Considerações sobre justiça e equidade” é argumentativo porque faz uso da persuasão, uma vez que seu objetivo é convencer, induzir, aconselhar e modificar um determinado comportamento.
II. O texto “Considerações sobre justiça e equidade” é argumentativo porque apresenta uma defesa de uma tese, a tentativa de validar a ideia defendida e refutar posicionamentos contrários.
III. O texto “Considerações sobre justiça e equidade” é argumentativo porque expõe de forma isenta um determinado tema ou assunto, não havendo a intenção de modificar um dado ponto de vista.
 
Está correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I e II.
	
	
	
Terça-feira, 26 de Setembro de 2017 16h45min32s BRT
Pergunta 1
0 em 1 pontos
	
	
	
	O preconceito linguístico e a análise do discurso
“A sociedade brasileira é ainda uma sociedade preconceituosa. Os mais pobres são constantemente discriminados, e esse fato se agrava quando essa parcela da população não tem acesso à educação de qualidade. Nesse sentido, o falar e escrever que fogem à norma padrão da forma culta da língua portuguesa são também alvos de críticas e pretextos para atitudes preconceituosas. O preconceito linguístico, como o próprio nome diz, é o pré-julgamento de pessoas com base na linguagem verbal. Ele parte do pressuposto de que só existe uma língua portuguesa digna deste nome, a ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. A partir daí, aquele cujo discurso desvia dessa língua ‘correta’ é discriminado e reprimido.
O Brasil não tem uma unidade linguística, assim como não tem uma unidade socioeconômica e cultural. O preconceito linguístico nada mais é do que um reflexo do real preconceito sofrido pelas pessoas de classes sociais mais baixas. Assim, faz-se necessário combater também essa modalidade de preconceito. Para isso, alguns pontos principais devem ser considerados, como a identificação do preconceito, a mudança de atitude e, principalmente, a definição do que é erro e de como deve ser ensinado o português nas escolas.”
Fonte: Adaptado de Sara Baptista Martins. O preconceito linguístico e a análise do discurso. Disponívelem http://www.usp.br/cje/jorwiki/exibir.php?id_texto=69
 
Observe a seguinte sentença retirada do texto: “O Brasil não tem uma unidade linguística, assim como não tem uma unidade socioeconômica e cultural”. Assinale a alternativa que mantém a mesma ideia da sentença citada:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Na mesma medida em que inexiste uma unidade socioeconômica e cultural, o Brasil não tem uma unidade linguística.
	
	
	
Pergunta 2
0 em 1 pontos
	
	
	
	Na posição em que se encontram, as palavras sublinhadas nas frases abaixo geram ambiguidade, exceto em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
É um equívoco imaginar que a universidade do futuro será aquela que melhor lidar com as máquinas.
 
	
	
	
Pergunta 3
0 em 1 pontos
	
	
	
	I. A modalização deôntica se aplica a uma proposição relacionada à necessidade ou à possibilidade de atos realizados por agentes moralmente responsáveis, porém o que essa proposição descreve não é um ato propriamente dito, mas o estado-de-coisas que será obtido se o ato em questão for cumprido. A necessidade deôntica (a obrigação) é sempre derivada de alguma fonte ou causa (uma pessoa, uma instituição, um conjunto de princípios morais ou legais, ou até mesmo alguma compulsão interna).
PORQUE
II. A modalização deôntica, relacionada aos valores de permissão, obrigação e proibição, refere-se ao eixo da conduta; portanto está "condicionada por traços lexicais específicos ao enunciador (controle) e, de outro lado, implica que o enunciatário aceite o valor de verdade do enunciado, para executá-lo.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
As afirmativas I e II são verdadeiras, e a II é justificativa da I.
	
	
	
Pergunta 4
1 em 1 pontos
	
	
	
	Science Fiction
O marciano encontrou-me na rua
e teve medo de minha impossibilidade humana.
Como pode existir, pensou consigo, um ser
que no existir põe tamanha anulação de existência?
Afastou-se o marciano, e persegui-o.
Precisava dele como de um testemunho.
Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se
no ar constelado de problemas.
E fiquei só em mim, de mim ausente.
Carlos Drummond de Andrade. Nova reunião. São Paulo: José Olympio, 1983.
 
É possível observar a ocorrência de um recurso discursivo indicado pelos vocábulos “me” e “consigo”. Esse recurso pode ser definido como:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Presença de mais de um enunciador.
	
	
	
Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Aférese.
	
	
	
Pergunta 6
1 em 1 pontos
	
	
	
	 Leia com atenção o texto:
“[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?)”
Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, n. 3, 78.
 
O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Ao vocabulário.
	
	
	
Pergunta 7
1 em 1 pontos
	
	
	
	Na escola Novos Horizontes desejava-se implantar um currículo que partisse da concepção de conhecimentos em rede e que se aproximasse da vida cotidiana. Em uma reunião com o corpo docente, o diretor trouxe, para reflexão, os argumentos abaixo.
O conhecimento é, na dimensão das redes, uma propriedade ou uma característica do indivíduo.
Aprendemos que relevante no nosso fazer é “o quê”, possível de ser medido, quantificado, regulamentado e controlado.
Todas as atividades que desempenhamos em nossas vidas são aprendidas, mesmo que, em alguns casos, instintiva ou mecanicamente.
Os currículos que criamos misturam elementos das propostas formais e organizadas com as possibilidades que temos de implantá-las.
Para a implantação pretendida, os argumentos coerentes são:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
III e IV.
	
	
	
Pergunta 8
1 em 1 pontos
	
	
	
	“A primeira locomotiva a vapor foi inventada há menos de 200 anos (em 1814)”.
 
O enunciado é constituído de:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Apresentação de um fato.
.
	
	
	
Pergunta 9
1 em 1 pontos
	
	
	
	São várias as nações que falam o português: Brasil, Portugal, Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste. Porém, a escrita é diferenciada nesses países irmãos. Desde 1980, como resultado de um acordo ortográfico desenvolvido pela Academia de Ciências de Lisboa e Academia Brasileira de Letras (ABL), bem antes da criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), os lusófonos vêm tentado unificá-la. Em dezembro de 1990, em Lisboa, o acordo transformou-se em tratado internacional. No entanto, muitas questões burocráticas emperraram a tramitação. Só no final de 2007, a padronização foi concretizada.
 
Podemos afirmar que o acordo ortográfico tem por objetivo:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
Fazer algumas alterações na escrita da língua portuguesa na tentativa de criar um padrão entre as nações que a usam.
	
	
	
Pergunta 10
1 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o texto e as afirmativas a seguir.
 
Considerações sobre justiça e equidade
“Hoje, floresce cada vez mais, no mundo jurídico e acadêmico nacional, a ideia de que o julgador, ao apreciar os caos concretos que são apresentados perante os tribunais, deve nortear o seu proceder mais por critérios de justiça e equidade e menos por razões de estrita legalidade, no intuito de alcançar, sempre, o escopo da real pacificação dos conflitos submetidos à sua apreciação.
Semelhante entendimento tem sido sistematicamente reiterado, na atualidade, ao ponto de inúmeros magistrados simplesmente desprezarem ou desconsiderarem determinados preceitos de lei, fulminando ditos dilemas legais sob a pecha de injustiça ou inadequação à realidade nacional.
Abstraída qualquer pretensão de crítica ou censura pessoal aos insignes juízes que se filiam a esta corrente, alguns dos quais reconhecidos como dos mais brilhantes do país, não nos furtamos, todavia, de tecer breves considerações sobre os perigos da generalização desse entendimento.
Primeiro, porque o mesmo, além de violar os preceitos dos arts. 126 e 127 do CPC, atenta de forma direta e frontal contra os princípios da legalidade e da separação de poderes, esteio no qual se assenta toda e qualquer ideia de democracia ou limitação de atribuições dos órgãos do Estado.
Isso é o que salientou, e com a costumeira maestria, o insuperável José Alberto dos Reis, o maior processualista português, ao afirmar que: ‘O magistrado não pode sobrepor os seus próprios juízos de valor aos que estão encarnados na lei. Não o pode fazer quando o caso se acha previsto legalmente, não o pode fazer mesmo quando o caso é omisso’.
Aceitar tal aberração seria o mesmo que ferir de morte qualquer espécie de legalidade ou garantia de soberania popular proveniente dos parlamentos, até porque, na lúcida visão desse mesmo processualista, o juiz estaria, nessa situação, se arvorando, de forma absolutamente espúria, na condição de legislador.
A esta altura, adotando tal entendimento, estaria institucionalizada a insegurança social, sendo que não haveria mais qualquer garantia, na medida em que tudo estaria ao sabor dos humores e amores do juiz de plantão.
De nada adiantariam as eleições, eis que os representantes indicados pelo povo não poderiam se valer de sua maior atribuição, ou seja, a prerrogativa de editar as leis.
Desapareceriam também os juízes de conveniência e oportunidade política típicos dessas casas legislativas, na medida em que sempre poderiam ser afastados por uma esfera revisora excepcional. [...]
Já o Poder Judiciário, a quem legitimamente compete fiscalizar a constitucionalidade e legalidade dos atos dos demais poderes

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