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INSTITUTO EDUCACIONAL SANTA CATARINA – IESC Mantenedora da Faculdade Guaraí desde 01 de janeiro de 2012. FACULDADE GUARAÍ – FAG Credenciada pelo Parecer CES/CEE-TO nº 391/2004, de 17/12/2004 e pelo Decreto Governamental n° 2.340, de 10/2/2005 Av. JK, 2541 - Setor Universitário - Guaraí-TO - CEP 77.700-000 Fone/Fax: (63) 3464-1289 DRIELLY LIMA SANTANA FUNCIONAMENTO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA GUARAI – TO 2017 DRIELLY LIMA SANTANA FUNCIONAMENTO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA Projeto de Pesquisa, apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de analise ambiental, desenvolvida no 5° período do curso de Biomedicina da Faculdade Guaraí – FAG. ORIENTADORA: Prof. Esp. Mara Mota Soares GUARAI –TO 2017 FUNCIONAMENTO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA A água é essencial para manter a vida na terra. Um dos seus atributos é ser utilizada para a pratica de diversas atividades realizadas pelos seres humanos, bem como sua ingestão que é essencial para manter a homeostase corporal. No entanto para que a agua possa ser consumida deve preencher condições mínimas para que possa ser utilizada. Segundo o ministério da Saúde, foi publicado em janeiro de 2000 a Portaria 1469, estabelece os novos procedimentos e responsabilidades relativas ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano.¹ A água Potável é aquela que reúne características que a coloca na condição própria para o consumo humano, podendo ser direto de uma fonte natural, desde que não haja nenhum tipo de contaminação em sua nascente ou percurso, ou ser obtida através de um processo de tratamento físico e/ou químico. Nas cidades, este processo é realizado nas ETAs (Estações de Tratamento de Água). ² No Brasil existem cerca de 7.500 estações de tratamento de água (ETAs) projetadas, em sua grande maioria, com ciclo completo, que inclui coagulação, floculação, decantação e filtração. Essas estações de tratamento usam filtros e vários produtos químicos para limpar a água captada de rios ou represas que sempre chega aos reservatórios com muitas impurezas. Para que possa ser utilizada no consumo humano, ela passa cerca de três horas dentro de uma estação de tratamento (ETA) sendo submetida a diversas etapas de purificação. Segundo dados do IBGE, as empresas de tratamento de agua atende a maior parte da população do país: 80% dos brasileiros têm acesso à água tratada.³ Em 1977, por meio do Decreto Federal nº 79/367, ficou estabelecida competência do Ministério da saúde para regulamentar matérias referentes à qualidade de água para consumo humano nos países, e nesse mesmo ano foi editada a primeira legislação sobre potabilidade da água válida em todo o território nacional - a Portaria nº 56/BSB.4 Processo de tratamento utilizado pela Odebrecht Ambiental Saneatins para tratamento de água no estado do Tocantins. A rede de água de abastecimento no Tocantins, realizado pela empresa Odebrecht Ambiental Saneatins, possui 250 pontos de captação divididos em 28 Estações de Tratamento de Água (ETA) e 222 Poços Tubulares Profundos (PTP) que juntos produzem 7,2 milhões de m³ de água por mês correndo por mais de 9 mil km de extensão de rede.5 O Centro de controle das Estações de Tratamento monitoram todos os reservatórios e estações de bombeamento da cidade, durante 24 horas por dia, todos os dias do ano, permitindo um rígido acompanhamento operacional. Assim, 47 municípios são abastecidos Atualmente, 100% dos municípios atendidos pela Odebrecht Ambiental Saneatins recebem água tratada, isso equivale a 80% da população Tocantinense. São 350 mil ligações de água.5 Fases de tratamento: I. Captação: Entrada de água bruta, que passa pelo gradeamento e caixa de areia, onde ficam retidos sólidos grosseiros e areia que vêm junto com a água bruta. Parte das partículas está em suspensão fina, em estado coloidal ou em solução, e por ter dimensões muito reduzidas (como a argila, por exemplo), não se depositam, dificultando a remoção.8 II. Bombeamento: Bombas que elevam a água bruta para continuidade do tratamento.8 III. Casa de Química: São armazenados e preparados soluções de Sulfanato de Alumínio e a Cal Hidratada, seguindo padrões exigidos para utilização.8 IV. Adição de Produtos Químicos: Adição da Cal Hidratada para adequar a alcalinidade da água e do sulfato de alumínio, que faz com que as partículas de sujeira se juntem para a formação de flocos. Essa fase é o processo de Coagulação, que visa aglomerar essas partículas, aumentando o seu volume e peso, permitindo que a gravidade possa agir.5 V. Floculador: Tanques com pás giratórias que misturam a água. As partículas de sujeira se juntam, formando flocos. Na Floculação, a água é agitada lentamente, para favorecer a união das partículas de sujeira, formando os flocos. Em solução alcalina, o sulfato de alumínio reage com íons hidroxila, resultando em polieletrólitos de alumínio e hidroxila (policátions) com até 13 átomos de alumínio. Esses polieletrólitos de alumínio atuam pela interação eletrostática com partículas de argila carregadas negativamente e pelas ligações de hidrogênio devido ao número de grupos OH, formando uma rede com microestrutura porosa (flóculos).5 VI. Decantação: A água entra lentamente em tanques chamados decantadores, onde os flocos de impurezas, formados no Floculador, se depositam no fundo do tanque, separando-se da água. O lodo do fundo é conduzido para tanques de depuração. O ideal é que ele seja transformado em adubo, em um biodigestor. A água mais limpa vai para o filtro de areia.5 VII. Filtração: Formados por camadas de areia grossa, areia fina e pedregulhos, que irão reter partículas, que ainda possam estar na água após a decantação.8 VIII. Cloração: A adição de cloro na água assegura a desinfecção através da eliminação dos micro-organismos. Na água, o cloro age de duas formas principais: a) como desinfetante, destruindo ou inativando os microorganismos patogênicos, algas e bactérias de vida livre; e b) como oxidante de compostos orgânicos e inorgânicos presentes.8 Tanque de Contato: A água recebe o tratamento final a) Cloro: A Cloração elimina microrganismos: Dependendo do pH da água, o ácido hipocloroso (HClO) se ioniza, formando o íon hipoclorito (ClO–), ambos os compostos possuem ação desinfetante e oxidante; porém, o ácido hipocloroso é mais eficiente do que o íon hipoclorito na destruição dos microrganismos em geral.7 b) Fluoreto: A fluoretação protege os dentes das cáries.7 c) Correção de PH - é aplicada na água uma certa quantidade de cal hidratada ou carbonato de sódio. Esse procedimento serve para corrigir o PH da água e preservar a rede de encanamentos de distribuição.7 IX. Reservação: A água é encaminhada para reservatórios distribuídos em diversos pontos da cidade, onde é armazenada antes da distribuição. Nesta fase a agua está pronta para ser consumida pela população.8 X. Distribuição: Após a reservação, a água é distribuída por gravidade ou bombeamento para a rede ou para os reservatórios existentes no sistema, até chegar aos imóveis para o abastecimento da população.8 PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 A Portaria MS Nº 2.914/2011, dispõe os procedimentos de controle e vigilância e ressalta a importância da qualidade da água para consumo humano (ingestão, preparaçãode alimentos e higiene pessoal), para a saúde da população e para verificar seu padrão de potabilidade.2 Logo, sua importância é dada devido às suas finalidades: executar ações de vigilância da qualidade da água desde a captação em sua nascente até as estações de tratamento e de distribuição dessa água aos habitantes. Ao instituir competências e responsabilidades aos órgãos fiscalizadores, define padrões e metas de potabilidade que devem ser seguidos para que qualidade da água distribuída por estes seja alcançada.2 Para que a qualidade da água distribuída atenda às especificações citadas na Portaria, é essencial que esta esteja livre de contaminantes e/ou de poluentes (podem ser de natureza química, como elementos-traço, ou biológica, como agentes patogênicos biológicos) advindos de ações antrópicas ou de causas naturais.1 Para que a água seja distribuída à população é necessário que os órgãos tomem como base a Portaria, assim, ao seguir todos os parâmetros e regras estabelecidas, a água destinada à sociedade será uma água livre de possíveis contaminações que possam prejudicar a saúde da população.3 Os processos para que a água siga o índice de qualidade é necessário, em primeiro lugar, contar com um técnico responsável, pois somente ele possui as qualidades exigidas para tratar o sistema e ele será o responsável por notificar às autoridades de saúde a respeito de qualquer irregularidade no sistema de tratamento e informar medidas corretivas que devem ser tomadas para a regularização, caso algo aconteça.3 Das atribuições: Esta Portaria dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.6 Esta Portaria se aplica à água destinada ao consumo humano proveniente de sistema e solução alternativa de abastecimento de água.6 Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade da água.6 Água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta Portaria e que não ofereça riscos à saúde.6 Toda água para consumo humano, fornecida coletivamente, deverá passar por processo de desinfecção ou cloração.6 Entre os 5% (cinco por cento) dos valores permitidos de turbidez superiores ao VMP estabelecido no Anexo II a esta portaria, para água subterrânea com desinfecção, o limite máximo para qualquer amostra pontual deve ser de 5,0 uT, assegurado, simultaneamente, o atendimento ao VMP de 5,0 uT em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede).6 Os sistemas de abastecimento e soluções alternativas coletivas do abastecimento de água que utilizam mananciais superficiais devem realizar monitoramento mensal de Escherichia colino (s) ponto(s) de captação de água.6 Referencias: 1. VIEIRA, P.; ROSA, M.J.; ALEGRE, H.; RAMALHO, P.; SILVA, C. (2009) Avaliação de desempenho de estações de tratamento de água. Revista Água & Resíduos – Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental – APESB, série III, nº 9, p. 4-17. 2. Meyer, Sheila T. O uso de cloro na desinfecção de águas, a formação de trihalometanos e os riscos potenciais à saúde pública. Cad. Saúde Pública, Mar 1994, vol.10, no.1, p.99-110. ISSN 0102-311X 3. Barros, Ludmilla S. S., Amaral, Luiz A. do and L. Júnior, Jorge de Monitoramento sanitário de um sistema integrado de tratamento de águas residuárias da suinocultura. Rev Panam Salud Publica, Dez 2003, vol.14, no.6, p.385-393. ISSN 1020-4989. 4. Bettega, Janine Maria Pereira Ramos et al. Métodos analíticos no controle microbiológico da água para consumo humano. Ciênc. agrotec, Out 2006, vol.30, no.5, p.950-954. ISSN 1413-7054 5. CASTRO, M.A., importância do tratamento de água eta 006, saneatins palmas- to. Curso de Gestão Ambiental–Católica do Tocantins. Palmas: 2012. 6. PADILHA, A.R.S., Ministério da saúde – Gabinete do ministro. PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011. 7. PHILIPPI, Arlindo. Saneamento, saúde e meio ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Barueri, São Paulo: Manole, 2005. 842 pag. 8. Disponível em > http://www.odebrechtambiental.com/tocantins
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