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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA A VIOLENCIA NÃO CRIMINALIZADA CONTEXTUALIZAÇÃO Rede Pública ou Privada Desde os Primórdios (resultado desinformação, sociedade patriarcal, cultural e discriminatória contra a mulher) A conduta não é crime no Brasil - (CP. Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal). leis Genéricas (artigos isolados do CP, CC e sanções administrativas do código de ética médica) PROBLEMATIZAÇÃO Durante a gestação, pré-natal, em trabalho de parto, pós-parto ou em situações de abortamento gestante/ parturiente sofre uma lesão moral ou física Em nossa legislação Pátria ainda não há uma definição do que é a violência obstétrica Segundo a Organização Mundial de Saúde, (2004) é algo que fere a autonomia da mulher e que viola os direitos sexuais e reprodutivos. O que é a violência obstétrica? Quem as pratica? Isso fere os direitos humanos das mulheres? Como o direito pode ter maior intervenção no âmbito da violência obstétrica? É necessário criminalizar a violência obstétrica? Objetivo Geral Abordar um estudo sobre a violência obstétrica e a interferência do ordenamento jurídico no cenário nacional, questionando sobre a possibilidade de tipificar este fato como crime, criando lei especifica para tal. Objetivo Específico Demonstrar o que é a violência obstétrica, quando e onde pode ocorrer Identificar quais são as formas de proteção existentes para a mulher quando vítima de violência obstétrica Abordar as formas de punição que se aplicam quando ocorrem esse tipo de situação. Sugerir a criminalização da violência obstétrica REFERENCIAL TEÓRICO Conceito de Violência Obstétrica Organização Mundial da Saúde (World Health Organization, 1996b),- violência obstétrica como um tipo específico de violência contra a mulher. Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, conhecida como Convenção de Belém do Pará, (1994) – denomina “Qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado.” No ordenamento jurídico não há conceito para violência obstétrica, não há legislação especifica para punir este crime. Relatos de violência obstétrica (Relatos e registros da violência a que são submetidas mulheres na assistência ao ciclo gravídico puerperal no Brasil) “Quando o médico chegou, pedi para deixar o meu marido entrar. Ele não quis deixar, mas meu marido estava com o papel da Lei que permite acompanhante no parto e ele mostrou para o médico. O médico se virou para o meu marido e disse ‘Então eu vou embora e você faz o parto’.” C.M., atendida na rede pública, Barbacena (MG) – LEI 11.108/05 “Quando eu ouvi ele pedindo o bisturi, meu Deus, quase morri! Eu pedi para que não fizesse a episio, mas ele me respondeu: ‘O seguro morreu de velho. Quem manda aqui sou eu.’” Danielle Moura, que procurou informações sobre episiotomia durante a gestação, que decidiu por não se submeter ao procedimento e comunicou ao médico sobre a decisão. Atendida através de plano de saúde em Belém-PA Dossiê Episiotomia de rotina (corte da vulva e vagina desnecessário) –LESÃO CORPORAL Aceleração do parto -Art.129 § 1º,IV CP -LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE Falta de esclarecimento -Sobre o tema salienta Gustavo Tepedino (2003): “O dever de informação diz com os riscos do tratamento, a ponderação quanto às vantagens e às desvantagens da hospitalização ou das diversas técnicas a serem empregadas, bem como a revelação quanto aos prognósticos e ao quadro clínico e cirúrgico, salvo quando tal informação possa afetar psicologicamente o paciente”. Atendimento desumano e degradante –FERE A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA Leis que criminalizam a violência obstétrica Argentina - Lei Nacional 25.929/04 -chamada de “Lei do Parto Humanizado”. Venezuela -Lei 26.485/09 -chamada “Ley Orgánica sobre el Derecho de las Mujeres” Brasil- APLICA-SE ARTIGOS CC PARA REPARAÇÃO DE DANOS (arts.159,186, 927, 951), ARTIGOS CP PARA PUNIÇÃO (arts.129, 61, 146,125) lei Estadual-SC, LEI Nº 17.097, DE 17 DE JANEIRO DE 2017 Projeto de lei nº 6567/2013 - até o momento aguardando Parecer do Relator na Comissão de Educação (CE) CONSIDERAÇÕES FINAIS METODOLOGIA O presente trabalho foi realizado através de pesquisa qualitativa e exploratória com consultas bibliográficas em artigos, blogs, reportagens na internet inclusive com relatos de vítimas, busca na legislação, cartilhas informativas de saúde e livros de direito penal e direito civil. Sendo utilizado a metodologia dedutiva, neste método parte-se do geral para o específico através de premissas e do pensamento lógico.
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