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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Disciplina: Teoria das Finanças Públicas Nome da Atividade: Tarefa 5 - AD1 Nome do aluno: Caio Adrianno Luiz Souza – Matrícula: 16213110282 Pólo: Paracambi 1. Diferencie, com exemplos, os conceitos de bem público puro e de bem privado puro. Um bem público puro é aquele em que não há rivalidade e onde o custo de exclusão é alto, ou seja, quando ele é não exclusivo. O que quer dizer que se uma unidade desse bem ou serviço é fornecida a um agente, isso não impede outro de consumi-lo (consumo coletivo). Exemplos de bens públicos puros são: Defesa Nacional, a iluminação pública, ruas, segurança pública. Um bem privado puro é, ao contrário, aquele em que há rivalidade, ou seja, a medida que um agente aumenta as suas aquisições, a disponibilidade dele diminui no mercado, e onde existe exclusão, o que significa que para usufruí-lo tem-se que pagar por ele, sendo excluídos aqueles que não querem ou não podem fazê-lo. Exemplos de bens privados puros são: Roupas, sapatos, alimentos, atendimentos médicos. 2. As rodovias são um tipo de infraestrutura de transporte. A construção e a manutenção de rodovias, às vezes, é feita pelo Estado e, às vezes, pelo setor privado. Classifique os serviços de rodovias com base nos conceitos de rivalidade, de exclusividade e de externalidade. A partir dessa classificação, tente explicar a variedade de arranjos institucionais para a provisão desse serviço. O serviço de rodovias podem ser excludentes e não-rivais. Não-rivais, pois, é de uso de todos e pode ser usufruída por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, como por exemplo: dentro um carro. São serviços exclusivos, como por exemplo, o Estado repassar ao setor privado uma rodovia já existente para que este faça sua manutenção em troca de pagamento de pedágios pelos usuários, lucrando com esse serviço. Na externalidade, existe o lado positivo e negativo. Por exemplo: A construção de uma rodovia facilita a acessibilidade e os benefícios econômicos para a sociedade, além de ser uma forma de integração UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro regional. Por outro lado, há um custo ambiental, sendo necessário o desmatamento do local atingindo a biodiversidade e a exploração da mão-de-obra. 3. Contraste as explicações de Wagner e de Peacock e Wiseman sobre a crescente participação do setor público na economia. A Lei de Wagner, segundo Mourão (2004), considera as despesas públicas como variável endógena explicada pelo PIB. Essa Lei afirma que as despesas crescem exponencialmente mais rápido que o produto da economia em um estado progressista e em escala maior em governos descentralizados. Por este motivo, esta Lei também é denominada Lei dos Dispêndios Públicos Crescentes. Já a outra explicação para o crescente tamanho do setor público, por Alan Peacock e Jack Wiseman, é que a crescente demanda por gastos públicos tem restrições políticas e econômicas. As pessoas querem os benefícios dos gastos públicos, mas resistem ao correspondente aumento da carga tributária. 1. Explique porque a estabilização econômica pode ser considerada como um “bem público”. Devido ao desestímulo aos investimentos provocados pela falta da aplicação de políticas econômicas,o País tem dificuldade em controlar as finanças e investimentos, este fato limita o desenvolvimento econômico , gerando assim a estabilização econômica, que pode ser considerada como “bem público”, pois se caracteriza como um bem que não pode ser excluído, já que toda a sociedade tem o direito de usufruir do bem. 2. Apresente um caso em que há um conflito entre os objetivos de neutralidade e progressividade da política tributária, usando o exemplo de um imposto sobre o valor adicionado. De acordo com a progressividade, quem recebe mais renda deve pagar uma proporção maior de impostos relativo aos que possuem menor renda e pagam menos, o objetivo da neutralidade é de que não aja distorção da alocação de recursos, que acabe prejudicando o sistema. Um exemplo a ser dado é do imposto ICMS( imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços), sua incidência sobre produtos essenciais pode limitar o conceito da progressividade, sendo um produto essencial , representam maior fatia para a camada de indivíduos pobres do que para camadas de indivíduos com UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro maior poder aquisitivo, se este imposto for elevado, consequentemente a demanda irá diminuir pois seus principais consumidores são formados pela classe mais pobre. 3 – Explique por que a existência de uma tributação sobre a movimentação financeira, como a que foi adotada no Brasil na década de 90 – CPMF – revela um conflito entre os objetivos de aumentar a arrecadação, de um lado; e de melhorar a eficiência do sistema econômico, do outro. A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) extinta em 2007, impunha ao governo um dilema, pois, apesar da necessidade de financiamento por parte deste, a retirada de recursos do sistema financeiro implicava em limitações as operações diminuindo a quantidade de recursos dispo níveis para empréstimos e outros financiamentos. 4 – Suponha uma alíquota tributária de 50%, incidente sobre um produto que agrega valor a matérias-primas, sem o uso de outros produtos que tenham passado previamente por algum processo de transformação. O valor agregado por unidade de produto é R$100,00. Qual é o preço do produto quando o imposto é calculado. A) “por dentro”. Quando for calculado o imposto “por dentro” o valor unitário do produto será de R$200,00. B) “por fora”. Quanto o imposto for calculado “por fora” o valor unitário ser á d e R$150,00 5 – Qual das seguintes informações é verdadeira, na economia brasileira? A) (F) O peso do governo na economia é de quase 50% do PIB. B) (F) O número de declarantes do imposto de renda da pessoa física é de aproximadamente de 25 milhões de pessoas. C) (V) O número de pessoas que recebem benefícios de INSS é de mais de 15 milhões. D) (F) O governo federal emprega mais gente do que todos os estados somados. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 6 – Que relação existe, em sua opinião, entre o crescimento econômico e o coeficiente receita do imposto de renda da pessoa física/PIB? Podemos notar que estes dois fatores (receitado imposto de renda e PIB) estão diretamente relacionados , ou seja, o crescimento econômico aumenta necessariamente o nível de renda, e consequentemente eleva o coeficiente rec. do imposto de renda da pessoa física/PIB. 7 – Para entender melhor o exercício anterior, suponha a existência da seguinte tabela de imposto de renda da pessoa física. - Considere a existência de um indivíduo que tem um salário de R$6.250,00. A) Quanto paga este indivíduo de imposto e renda, em R$? 32/ 100 = 0,32 * 6.250,00 = 2000 Esse indivíduo paga 2000 reais de imposto de renda sob o seu salário. B) Qual é o aumento, em % do valor do imposto de renda desse indivíduo, se a sua renda aumenta em 10%? 10/100= 0,10 * 6.250,00= 625 +6.250,00= 6.875,00. Se a sua renda aumentar 10% ele passará a receber R$: 6.875,00 por mês e ele continuará pagando 32% de imposto e renda. 8 – Como você explica a seguinte frase “Um imposto sobre o consumo de um bem de uso massivo é intrinsecamente regressivo?” Isto é evidente, pois, bens de uso massivo tendem a estar relacionados ao consumo diário que atendem necessidades básicas, e consequentemente ocupam a maior parte da renda de indivíduos com poder aquisitivo restrito. Portanto, impostos sobre bens de consumo massivo tendem a onerar de maneira proporcionalmente desigual, pobres e ricos, ou seja, o imposto não satisfaz seu objetivo de ser progressivo. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 9 – Mencione quais as tendências que explicaram, historicamente, o aumento da participação de gasto público no PIB, nos países avançados. Necessidades de ampliar a distribuição de renda e ainda aplicar políticas que tem por objetivo estender a um maior número de habitantes do país os aparelhos públicos como saúde, educação e previdência tendem a onerar cada vez mais o estado. Em contra partida é necessária atenção em relação à inflação que assombra continuadamente aos policymakers tendo em vista que é de fundamental importância a qualquer nação que pretenda ser desenvolvida a manutenção da estabilidade econômica. 10 - O que vem à sua memória, imediatamente, quando você ouve ou lê uma frase como a seguinte: “Paradoxalmente, para aumentar a receita precisamos diminuir as alíquotas”? Como entenderia a seguinte afirmação: “Tudo depende da elasticidade da evasão ao aumento das alíquotas”. Tanto a primeira quanto a segunda afirmação tratam de faces de um mesmo assunto. A primeira destaca a importância da redução das alíquotas, visando desonerar em boa medida os empresários possibilitando – em tese - a elevação dos salários e barateamento dos custos de produção, consequentemente tornaria o produto nacional mais competitivo no mercado. Esta medida traria o crescimento econômico reduzindo a interferência do estado na economia. A segunda afirmação trata da elasticidade da evasão ao aumento das alíquotas, Isto é, o estado deve ponderar se é melhor o aumento das alíquotas e correr o risco de perder arrecadação com a sonegação ou reduzir as alíquotas esperando que possa ampliar o número de contribuintes e com isso o valor arrecadado.
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