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01.1 contratos resumo de aula

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INSTITUIÇÃO:
	CENTRO:
	CURSO: DIREITO
	DISCIPLINA: DIREITO CIVIL – CONTRATOS
	PROFESSOR: ANDRÉ BENDELACK SANTOS
	TURMA:
	PERÍODO:
	ALUNO:
Resumo plano de ensino
Objetivo geral: Compreender e aplicar a teoria dos contratos no universo do Direito Civil relacionando-a ainda com outros ramos do Direito, visando á solução de demandas decorrentes das relações contratuais. 
Competências: 
Identificar os principais institutos contratuais;
Contextualizar os institutos contratuais nas relações jurídico-econômico-sociais;
Desenvolver o raciocínio e espírito crítico para solução de demandas resultantes das relações contratuais.
Habilidades: 
Ao final da unidade I do conteúdo programático o aluno deverá estar apto para:
Identificar, interpretar e relacionar o conceito de contrato e sua natureza jurídica, seus elementos constitutivos e pressupostos de validade, bem como os princípios que regem os contratos;
Classificar e interpretar os contratos;
Identificar e relacionar os elementos de formação dos contratos;
Criar estratégias para solução de demandas que estejam sob a égide da legislação contratual;
Analisar e julgar demandas decorrentes das relações contratuais.
Metodologia de ensino: 
Aulas expositivas a respeito do conteúdo teórico;
Ilustrações de casos práticos
Preparação para realização de oficina de contratos objetivando a elaboração de conteúdo prático a respeito da disciplina.
Metodologia de avaliação do aluno ao final da unidade: Realização de dinâmicas em grupo e/ou resolução de exercícios com questões objetivas de múltipla escolha e subjetiva analítica, ao final da unidade.
Bibliografia:
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 29ª ED, vol. 3., São Paulo: Saraiva, 2013.
GAGLIANO, Pablo Stolze, PAMPLONA FILHO, Rodolfo;. Novo Curso de Direito Civil: Contratos - Teoria Geral, v. 4 - Tomo 1 E 2. São Paulo: Saraiva, 2010.
VENOSA, Silvio de S. Direito Civil. Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos, v. 2. São Paulo: Atlas, 2010.  
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Roteiro de aula conteúdo programático
UNIDADE I 
CONCEITO
Flávio Tartuce: É um negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa à criação, modificação ou extinção de direitos e deveres com conteúdo patrimonial
	
NATUREZA JURÍDICA
Teoria dos fatos jurídicos
Fato jurídico natural
Ordinário
Extraordinário
Ato jurídico
Latu sensu
Strictu senu
Negócio jurídico
Atos ilícitos
TEORIAS:
DA VONTADE: vontade interna
DA DECLARAÇÃO: realidade objetiva
DA RESPONSABILIDADE: ênfase no comportamento do declarante (respeito ao dever de diligência)
DA CONFIANÇA: ênfase no comportamento do receptor (boa-fé do destinatário)
ELEMENTOS
Elementos constitutivos e pressupostos de validade:
Elementos genéricos: artigo 104, Código Civil.
Elementos acidentais: termo, encargo e condição 
Elementos naturais: são aqueles decorrentes da própria essência do negócio, sendo desnecessária sua menção expressa (Ex.: arts. 441 e 447, Código Civil);
Partes e Vontade e Centro de Interesses
Obs.: representantes, sucessão, contratos personalíssimos, cessão de contratos
Obs.: manifestação de vontade é livre, salvo prescrição legal ou desejo das partes
Ex.: verbal ou escrita, instrumento público ou particular ,sinais inequívocos
Obs.: manifestação direta e indireta (exceção), Silêncio – artigo 111, Código Civil.
Obs: Capacidade não se confunde com a capacidade geral. Ex.: art. 496
Objeto: 
Imediato = Obrigação e Mediato = Prestação
Obs.: lícito, possível e determinado
Apreciação pecuniária: A patrimonialidade é essencial, tendo ou não o conteúdo do contrato aspecto patrimonial inicial.
PRINCIPIOLOGIA (PRINCÍPIOS CLÁSSICOS E MODERNOS)
Constitucionais:
a) Valorização da dignidade da pessoa humana: Art. 1º, III, Constituição Brasileira de 1988;
b) Solidariedade social: art. 3º, I, Constituição Brasileira de 1988;
c) Igualdade lato sensu: art. 5º, Caput, Constituição Brasileira de 1988.
Observação:
Horizontalização dos direitos fundamentais: É o reconhecimento da existência e aplicação desses direitos nas relações entre particulares, evitando diversas espécies de opressão que eventualmente decorram das relações sociais, através da aplicação imediata de tais princípios. (art. 5º, §1º, Constituição Brasileira de 1988).
Da autonomia da vontade.
Autonomia privada: É o direito indeclinável que o sujeito tem de regular os próprios interesses, marcando o poder da vontade no direito de um modo objetivo, concreto e real, limitado por normas de ordem pública.
Observações:
a) Decorre da dignidade da pessoa humana;
b) Substitui a autonomia da vontade, que tem conotação subjetiva, psicológica.
Liberdade de contratar e Liberdade contratual
Liberdade de contratar: São as celebrações de pactos e avenças com determinados sujeitos, advindos do princípio de liberdade.
Liberdade contratual: Está relacionado com o conteúdo do negócio jurídico
Função social dos Contratos: Princípio pelo qual o contrato deve ser necessariamente interpretado e visualizado de acordo com o contexto da sociedade, valorizando a equidade, razoabilidade e o bom senso, visando atender os interesses da pessoa humana.
Observações:
a) arts. 421 e parágrafo único do 2.035, Código Civil (princípio de ordem pública);
Exemplos: 
a) art. 108, Código Civil;
b) lesão subjetiva de um dos contratantes (art. 157, Código Civil), provocando a anulabilidade (art. 171, II, Código Civil) ou a revisão judicial do contrato (art, 157, §2º, Código Civil);
c) art. 406, Código Civil;
d) art. 413, Código Civil;
e) art. 112, Código de Processo Civil;
f) arts. 423 e 424, Código Civil;
	Ex.: 424, c/c 827 e 828, II, Código Civil.
Eficácia Interna e Eficácia Externa
Eficácia Interna: São os efeitos intra partes dos negócios jurídicos.
	Ex.: Efeitos internos nos negócios jurídicos decorrentes da vontade das partes contratantes.
Eficácia Externa: São os efeitos ultra partes dos negócios jurídicos.
	Ex.: São os contratos que apesar de se revelarem perfeitamente equilibrados entre as partes se revelem ruins para a sociedade.
Do consensualismo.
Consensualismo: o simples acordo tem força suficiente para fazer surgir o contrato, não se exigindo forma especial para a sua constituição.
Todo contrato exige acordo de vontades. No contrato de adesão o consentimento surge com o aceite do consumidor. Nos contratos solenes e reais, o acordo de vontades antecede a assinatura da escritura ou a entrega da coisa. 
Exemplo: José aluga a João por cem reais um quartinho nos fundos de sua casa, mas no contrato, ao invés de escrever “aluga-se um quarto”, se escreveu “aluga-se uma casa”, vai prevalecer a intenção que era de alugar o quarto, João  não vai poder exigir a casa pois sabia que, por aquele preço e naquelas circunstâncias, a locação era só de um aposento. 
Da obrigatoriedade da convenção.
Força obrigatória dos contratos: O contrato faz lei entre as partes, constrangendo os contratantes ao cumprimento do conteúdo completo do negócio jurídico.
Observações:
a) Este princípio encontra-se mitigado pela função social do contrato e boa-fé objetiva.
Teorias a respeito da força obrigatória dos contratos:
a) Clássica: privilegia o consensualismo, portanto, opõe-se a qualquer intervenção interna do contrato.
b) Moderna: Admite a intervenção externa, pelo interesse coletivo que representa o contrato.
Da boa-fé. 
Boa-fé objetiva: É conduta de lealdade, colaboração, dos contratantes. (art. 422, Código Civil).
Funções:
a) Interpretação: art. 113, Código Civil;
	É o meio auxiliador do aplicador do direito para a interpretação dos negócios, particularmente dos contratos.
b) Controle: art. 187, Código Civil;
c) Integração: art. 422, Código Civil.
Observações:
a) art. 167, §2º, Código Civil;
Exemplos:
Fase pré-contratual: Promessa de aquisição de colheitas futuras, que já são adquiridas reiteradamente no presente.
Fase contratual: rompimento de contrato com pactuação de novo contrato com o mesmo objetivo.
Fase pós-contratual: venda de imóvel em razão da vista do mesmo, sendo que o vendedor posteriormente constrói novo imóvel obstruindo a vista do imóvel vendido anteriormente.
1.3.6. Da relatividade dos efeitos.
6. Relatividade dos contratos: Efeito inter partes, pelo qual o negócio celebrado, em regra, somente atinge as partes contratantes, não prejudicando ou beneficiando terceiros estranhos ao negócio jurídico.
Exceções:
a) Estipulação em favor de terceiro, arts. 436 e 438, Código Civil;
	Ex.: contrato de seguro de vida.
b) Promessa de fato de terceiro, arts. 439 e 440, Código Civil;
	Ex.: Promotor de eventos que promete um espetáculo de um cantor famoso.
c) Tutela externa do crédito, art. 608, Código Civil.
CLASSIFICAÇÃO
Classificação dos contratos: 
	1. Quanto á carga de obrigações das partes: 
	a) Bilaterais ou sinalagmáticos: São aqueles que, no momento de sua feitura, atribuem obrigações a ambas as partes, ou para todas as partes intervenientes.
	Ex.: Compra e venda
	Princípio da Exceptio non adimpleti contractus: Arts. 476 e 477. somente pode ser oposto se os cumprimentos das obrigações forem simultâneos, bem como se tal inexecução for incompleta.
	Extinção do contrato: art. 475, Código Civil.
	Obs.: Cláusula resolutória
Obs.: Cláusula solve et repete: Renúncia a exceção do contrato não cumprido
	b) Unilaterais: São aqueles que, quando de sua formação, geram obrigações para uma das partes.
	Ex.: Doação
	Obs.: a classificação não é absoluta, pode haver alteração entre os contratos bilaterais ou unilaterais em razão da criação de elementos pelos sujeitos da relação.
	Ex.: doação (onerosa)
	Importante: Há diferentes enfoques para a responsabilidade pelos riscos, art. 392, Código Civil. 
	c) Plurilaterais: Aquisição de direitos e obrigação com todos os demais contratantes.
	Vícios de vontade: Não atingem a todos os contratantes;
	Partes: admite-se o ingresso de partes no transcurso do contrato;
	Exceção do contrato não cumprido: regra geral não autoriza a paralisação do contrato.
	2. Quanto ao sacrifício patrimonial das partes:
	a) Gratuitos ou benéficos: São aqueles que oneram somente uma das partes, proporcionando a outra uma vantagem sem qualquer contraprestação.
	Ex.: doação.
	Obsrvações:
1) intuitu personae;
	2) interpretação restritiva, art. 114 do Código Civil;
	3) atos ilícitos: onerado responde somente por dolo;
	4) Fraude: arts. 158 e 159 do Código Civil;
	5) Evicção e vícios redibitórios: Artigo 552, Código Civil.
b) Onerosos: Ambos os contratantes têm direitos e deveres. A carga ou responsabilidade contratual está repartida entre os contratantes, embora nem sempre em igual nível. 
b.1) Comutativo: É o contrato no qual os contratantes conhecem suas prestações.
	Ex.: Compra e venda
b.2) Aleatório: É o contrato cuja prestação de uma das partes não é conhecida com exatidão no momento da celebração do negócio jurídico por depender do fator sorte. (álea)
Observações: 
aleatoridade decorre da natureza ou da vontade das partes;
Ex.: seguro, jogo e aposta/ compra e venda de colheita futura;
2) Lesão: abuso e onerosidade excessiva;
3) Prescrição e vícios redibitórios (artigo 441,Código Civil), somente para contratos comutativos e não aleatórios;
5) Artigos 458 a 461: 
	Contrato aleatório emptio spei: É a hipótese em que um dos contratantes toma para si o risco relativo à própria existência da coisa.
	Contrato aleatório emptio rei esperatae: O risco do contrato versa somente sobre a quantidade da coisa comprada.
4. Quanto ao momento de aperfeiçoamento do contrato
a) Consensuais: quando se aperfeiçoam pelo mero consentimento, seja este formal ou não.
Ex.: mandato e locação
b) Reais: são aqueles que somente se aperfeiçoam com a entrega da coisa que constitui seu objeto.
Ex.: mútuo e depósito
Obs.: nos contratos reais a entrega do objeto e essencial para a realização do contrato.
5. Quanto à solenidade:
a) Solenes: São aqueles cuja formalidade tem caráter constitutivo;
Ex.: art 108, Código Civil.
Obs.: a ausência da solenidade torna o contrato nulo 
7. Quanto à execução do contrato:
a) Execução instantânea: É aquele em que as partes adquirem e cumprem seus direitos e obrigações no mesmo momento da celebração do contrato.
b) Execução diferida: É aquele que as partes adiam o cumprimento de suas obrigações para um momento posterior ao contrato.
Ex.: venda sob condição suspensiva.
c) Trato sucessivo: É aquele em que as relações das partes desenvolvem-se por um período mais ou menos longo, devido a própria natureza da relação.
Obs.: teoria da imprevisão
8. Quanto ao prazo:
a) Determinado: É aquele em que as partes estipulam prazo certo para o término da vigência do negócio.
b) Indeterminado: É aquele em que as partes não fixam uma data para o seu término.
Obs.: 
1) necessidade de notificar a parte contrária sobre o término da relação contratual.
2) prorrogação tácita
3) art. 473, Código Civil
INTERPRETAÇÃO
Conceito: É precisar o sentido e o alcance das cláusulas pactuadas.
Tipos de interpretação:
Declaratória: visa descobrir a intenção comum dos contratantes no momento da celebração do contrato
Construtiva/Integrativa: Visa o aproveitamento do contrato, por meio do suprimento de lacunas e omissões.
Regras específicas:
Cláusulas ambíguas: art. 423
Renuncias antecipada de direitos: 424
Transação: Art. 843
Fiança: Art. 819
Cláusulas obscuras e passíveis de dúvidas: Art. 112
Princípios: boa-fé (art. 113) e conservação dos contratos (art. 422)
Negócios jurídicos benéficos: art. 114
Critérios Práticos para Interpretação dos Contratos
A melhor maneira de apurar a intenção dos contratantes é verificar o modo pelo qual o vinham executando, de comum acordo;
Deve​-se interpretar o contrato, na dúvida, da maneira menos onerosa para o devedor (in dubiis quod minimum est sequimur); 
As cláusulas contratuais não devem ser interpretadas isoladamente, mas em conjunto com as demais;
Qualquer obscuridade é imputada a quem redigiu a estipulação, pois, podendo ser claro, não o foi (ambiguitas contra stipulatorem est); 
Na cláusula suscetível de dois significados, interpretar-se-á em atenção ao que pode ser exequível (princípio da conservação ou aproveitamento do contrato).
FORMAÇAO
Negociações preliminares: Ocorrência de debates prévios visando à formação do contrato definitivo e futuro.
Ex.: Carta de intenções manifestando a vontade de celebrar um contrato futuro.
Obs.: 
Polêmica quanto à responsabilidade civil contratual na fase de negociações preliminares;
 Quebra dos deveres de cuidado, colaboração, informação, respeito à confiança, lealdade, probidade e equidade.
Proposta: Constitui a manifestação da vontade unilateral de contratar, que vincula as partes contratantes.
Obs.: 
Deve ser clara, séria, precisa e definitiva;
O tempo de duração deve ser determinando ou determinável;
Sujeitos:
Proponente: É aquele que faz a proposta;
Oblato: É aquele que recebe a proposta.
Contrato entre presentes: Facilidade de comunicação. A proposta e a aceitação ocorrem diretamente entre as partes ou seus representantes.
Proposta pode ou não conter prazo para aceitação;
O contrato é formado a partir do momento em que o oblato aceita a proposta;
Contrato entre ausentes: Não há facilidade de comunicação. As partes se manifestam indiretamente, por intermediário, mensageiro ou outra forma de correspondência.
	Ex.: contrato epistolar.
Obs.: 
Art. 427, obrigatoriedade;
Exemplos de exceções: “não vale como proposta”,
“sujeita a confirmação”, “apenas para divulgação”
Art. 428, exceções à obrigatoriedade;
Art. 429, oferta ao público;
Art. 430, aceitação tardia por imprevisão;
Art. 431, aceitação fora do prazo;
Art. 432, aceitação tácita ou silêncio eloqüente (art. 111);
Obs.: presunção legal de formação do contrato que vai de encontro com os princípios que regem a conclusão dos negócios jurídicos.
	Ex.: Contrato de fornecimento de materiais ou prestação de serviços, em que periodicamente são alteradas as condições mediante comunicação do fornecedor (o que equivale à proposta de renovação), caso o oblato não concorde com as novas condições, deve comunicar a recusa antes de se iniciar o novo fornecimento ou a continuação da prestação de serviços.
Art. 433, inexistência de aceitação por retratação do aceitante;
Art. 434, conclusão com a expedição da aceitação;
Obs.:
a) Caput: teoria da declaração, sub-espécie expedição – O contrato completa-se no momento em que o oblato expede a aceitação;
b) Incisos: Teoria da declaração, sub-espécie recepção – O contrato completa-se no momento em que o proponente recebe o comunicado da aceitação, ainda que não leia.
Aceitação: É o ato de aderência à proposta feita
Obs.: 
deve ser pura e simples;
A simples aposição de um visto do oblato não significa que a proposta tenha sido aceita;
Momento da conclusão (aperfeiçoamento): É a fase em que ocorre o choque de vontades originário da autonomia privada, aperfeiçoando o contrato, gerando todas as suas conseqüências.
Obs.: Responsabilidade contratual, arts. 389/391;
Lugar do contrato:
Art. 435, Código Civil e Art. 9º, §2º, da LICC.
Contrato preliminar: Não é fase obrigatória, porém, convencionando as partes tal fase, o contrato preliminar engloba todos os acordos que antecedem a realização de outro contrato.
Obs.: 
Gera efeitos jurídicos, vinculando as partes quanto à obrigação de celebrar contrato definitivo;
arts. 462 até 466;
Art. 462, a dispensa da forma diz respeito ao contrato que exige escritura pública;
Art. 463, exigibilidade do contrato preliminar (compromisso bilateral);
Art. 463, parágrafo único, a ordem contida no parágrafo único, deve ser entendida como faculdade, importando, na realidade, em eficácia contra terceiros;
Art. 464, norma de caráter processual que confere ao juiz o poder de suprir a vontade da parte inadimplente, dando caráter definitivo ao contrato preliminar;
Art. 465, inexecução do contrato preliminar, conversão em perdas e danos;
Formas:
Art. 466 - Compromisso unilateral de contrato: as duas partes assinam o instrumento, apenas uma delas assume o compromisso de celebrar o contrato definitivo.
Compromisso bilateral de contrato: as duas partes assinam o instrumento, ambas assumem o compromisso de celebrar o contrato definitivo.
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EXERCÍCIO PARA FIXAÇÃO DE CONTEÚDO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES.
Elementos
1ª Questão: No CD intitulado Acústico MTV de 2002, o grupo Kid Abelha interpreta a música “Eu contra a noite”. Na primeira estrofe Paula Toller canta:
“Fiz um contrato com a noite,
O Céu sorriu estrelado
Ruas vazias de gente
Testemunhando desejos
Antecipando os seus gestos,
Leves complexos simples.”
Analisando o texto em epígrafe, responda justificadamente com base na doutrina ministrada em sala de aula a respeito dos elementos constitutivos dos contratos e, quando couber, na legislação vigente, se restou configurada uma relação contratual na letra da música em questão.
Princípios
2ª Questão: Sr. X e Sra. K pretendem encetar uma relação contratual e, para alcançar o seu objetivo, procuram um advogado. O advogado lhes apresenta várias possibilidades e alerta que o Código Civil Brasileiro, como limitador da liberdade de contratar, estabelece, dentre outras, a necessidade de se observar a
A) igualdade absoluta 
B) ambiguidade clausular 
C) conexão externa
D) função social
3ª Questão: O princípio da boa fé, no Código Civil Brasileiro, não foi consagrado, em artigo expresso, como regra geral, ao contrário do Código Civil Alemão. Mas o nosso Código Comercial incluiu-o como princípio vigorante no campo obrigacional e relacionou-o também com os usos de tráfico (23). Contudo, a inexistência, no Código Civil, de artigo semelhante ao § 242 do BGB não impede que o princípio tenha vigência em nosso direito das obrigações, pois se trata de proposição jurídica, com significado de regra de conduta. O mandamento engloba todos os que participam do vínculo obrigacional e estabelece, entre eles, um elo de cooperação, em face do fim objetivo a que visam (Clóvis V. do Couto e Silva. A obrigação como processo. José Bushatsky, Editor, 1976, p. 29-30).
A) trouxe, porém, mandamento de conduta, tanto ao credor como ao devedor, estabelecendo entre eles o elo de cooperação referido pelo autor. 
B) trouxe disposição análoga à do Código Civil alemão, mas impondo somente ao devedor o dever de boa-fé. 
C) também não trouxe qualquer disposição semelhante à do Código Civil alemão estabelecendo elo de cooperação entre credor e devedor. 
D) trouxe disposição semelhante à do Código Civil alemão, somente na parte geral e como regra interpretativa dos contratos.
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Classificação
4ª Questão: Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Este conceito se refere à teoria.
A) da resolução por onerosidade excessiva. 
B) do inadimplemento substancial. 
C) da exceção do contrato não cumprido. 
D) da cláusula resolutiva tácita.
5ª Questão: Considere o seguinte texto de Miguel Maria de Serpa Lopes: Da estrutura jurídica da EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS -Como a própria denominação o indica, a exceptio non ad. Contractus constitui uma das modalidades das exceções substanciais. Pertence à classe das exceções dilatórias, segundo uns, embora outros a entendam pertinente à categoria das exceções peremptórias. Como quer que seja, convém assinalar, antes de tudo, que a ex. n. ad. Contractus paralisa a ação do autor ante a alegação do réu de não ter recebido a contraprestação que lhe é devida, estando o cumprimento de sua obrigação, a seu turno, dependente do adimplemento da prestação do demandante (inExceções Substanciais: Exceção de contrato não cumprido (Exceptio non adimpleti contractus) -p. 135 - Livraria Freitas Bastos S/A, 1959).
Por isso, o autor pode concluir que ela só encontra e só pode encontrar clima propício,
A) em qualquer modalidade de contrato consensual. 
B) onde não existir uma vinculação bilateral. 
C) onde houver uma vinculação sinalagmática. 
D) nos contratos unilaterais.
6ª Questão: Alexandre locou um imóvel de Bernardo. Durante as negociações preliminares foram discutidos todos os termos do contrato, prevalecendo a vontade de ambos os contratantes, restando ajustada ao final a renúncia ao direito de retenção do imóvel em razão benfeitorias eventualmente realizadas por Alexandre durante o período de locação. Todavia, após seis meses no imóvel, Alexandre, em caráter de urgência, mandou reforçar os pilares estruturais da casa, pois que estavam corroídos e ameaçavam ruir, custando-lhe o reparo R$ 6.000,00 (seis mil reais). Chagada a data aprazada para devolução do imóvel, Bernardo se recusou a pagar a benfeitoria, razão pela qual Alexandre interpôs a competente ação em juízo, requerendo a nulidade absoluta da cláusula de renúncia ao direito de retenção. Bernardo contestou o pedido regularmente. O Juiz indeferiu o pedido de Alexandre, pois entendeu que a cláusula de renúncia ao direito de retenção era válida, pondo fim, portanto, a demanda até então existente.
Diante da situação em epígrafe, responda justificadamente com base na doutrina ministrada em sala de aula e, quando couber, na legislação vigente:
a) Considerando o sacrifício patrimonial das partes, qual a classificação contratual está caracterizada no caso vertente?
b) Você, como advogado de Alexandre, analise a decisão do magistrado e diga se o mesmo agiu corretamente?
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Formação
7ª Questão: No âmbito da formação dos contratos, deixa de ser obrigatória a proposta:
I – se, feita a pessoa ausente, tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
II – se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.; 
III – se, feita com prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente. 
a) Todas as afirmativas são Verdadeiras;
b) A primeira afirmativa é Verdadeira e as demais são Falsas;
c) A segunda afirmativa é Verdadeira e as demais são Falsas;
d) A terceira afirmativa e Verdadeira e as demais são Falsas;
e) Todas as afirmativas são Falsas.
8ª Questão: Fabrício ofereceu verbalmente uma mesa usada a Eduardo, pelo preço de trezentos reais, pagamento à vista, em dinheiro. Eduardo respondeu positivamente imediatamente. É correto afirmar que o contrato.
a) não foi celebrado, porque não houve formalidade essencial à venda.
b) não foi celebrado, porque não houve a entrega do bem.
c) foi celebrado, pois houve proposta e aceitação
d) foi celebrado, mas é resolúvel até a entrega da mesa.
e) Não foi celebrado, porque o objeto do contrato é determinável.
9ª Questão: Alexandre, proprietário de uma banca de revistas em Belém, consultou a Editora Abril em São Paulo, por meio de fax, para se informar sobre o valor e prazo de entrega de duas remessas de revistas, cujo contrato anterior já havia sido extinto pelo seu regular cumprimento. A Editora respondeu a consulta imediatamente, informando que o valor total das revistas era de R$ 1.000,00, a ser pago em trinta dias, bem como o prazo de entrega era de 10 (dez) dias para primeira remessa e a segunda remessa seria entregue no domingo subseqüente, tendo Alexandre recebido o fax imediatamente e guardado em sua gaveta. Passados os dez dias da consulta, Alexandre recebeu em sua banca de revista a primeira remessa da pré-falada revista, bem como no domingo posterior recebeu a segunda remessa, porém não pagou pela mesma, pois sequer colocou as revistas à venda, tendo em vista que considerou o ato da Editora de enviar os produtos como engano diante da consulta realizada, entretanto, ante da ausência de pagamento no prazo convencionado, a Editora interpôs a competente ação de cobrança em São Paulo. Alexandre foi regularmente citado para apresentar defesa e procurou você para defendê-lo.
Diante da situação em epígrafe, responda justificadamente com base na legislação vigente e na doutrina ministrada em sala de aula a respeito da formação dos contratos, com ênfase na proposta, se o fundamento contratual da cobrança judicial interposta pela Editora Abril está correta?

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