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Apostila Centro Cirurgico ENFERMAGEM

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Prof. Nádia R. G. de Andrade 
 
2 
 
 INTRODUÇÃO PARA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO 
 
O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas 
do hospital, pela constante presença de agente estressores, devido às possibilidades de 
risco à saúde que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção 
cirúrgica. Trata-se de um setor de alto custo, tanto pela construção, que deve ser 
executada de acordo com normas técnicas e assépticas. Nele são realizadas técnicas 
estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção. 
Conceito – Ministério da Saúde Conjunto de elementos destinados às atividades 
cirúrgicas, bem como a recuperação anestésica e pós operatória imediata 
 Conceitos – Lamb (2000) “ É o conjunto de ambientes, devidamente localizados, 
dimensionados, inter-relacionados e dotados de instalações e equipamentos, com 
pessoal qualificado e treinado para a realização de procedimentos cirúrgicos, de forma a 
oferecer o máximo de segurança aos pacientes e às melhores condições de trabalho 
para equipe técnica” 
 
 FINALIDADE 
 
Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades: 
 Realizar procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes às suas unidades de 
origem nas melhores condições possíveis de integridade; 
 Servir de campo de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de 
recursos humanos; 
 Servir de local para desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para 
o desenvolvimento científico e especialmente para o aprimoramento de novas técnicas 
cirúrgicas e assépticas. 
 
 
LOCALIZAÇÃO 
 
O centro cirúrgico deve estar localizado em área de fácil acesso para pacientes 
críticos e próximo às áreas de suporte. ( unidades de internação cirúrgica, pronto 
socorro e UTI). 
Local de pouco ruído para reduzir os estímulos sonoros que possam interferir na 
concentração da equipe cirúrgica e desencadear estresse do paciente; 
 O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança 
necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de 
pessoas, de ruído e de poeira. 
O principal e mais importante aspecto físico a ser considerado na localização do 
C.C não é o seu local, e sim, a circulação geral interna, que deve ser livre para pessoas 
internas e totalmente bloqueada para pessoal de fora. 
O acesso ao C.C deve estar interligado de acordo com os profissionais que fazem 
parte dele: 
3 
 
 Pacientes: deve ter acesso pela porta/ entrada principal. 
 Pessoal/equipe: deve ter acesso pela entrada dos vestuários que devem estar 
interligadas ao C.C. 
 Serviço de apoio: devem ter entradas auxiliares para roupas limpas, roupas sujas, 
equipamentos, exames, material contaminados. 
 
FLUXO 
 
É de extrema importância que o fluxo interno seja perfeito, evitando que “cruze” 
material e/ ou roupas. 
 
Organização do fluxo 
Para efeito de controle asséptico, o CC se divide em: 
 Área restrita: Tem limites definidos para circulação de pessoal e equipamentos 
com rotinas próprias para o controle e manutenção da assepsia; Uso de touca e gorro 
além das roupas próprias são obrigatórias; = SO, SRPA, lavabos, CME, corredor interno. 
 Área semi-restrita: Permite a circulação de pessoal e equipamentos de modo 
a não interferir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia; = Expurgo, copa, sala 
de estar, sala de preparo de materiais. 
 Área não restrita: Área de livre circulação no ambiente interno do CC. Uso de 
roupas próprias. = Vestiários, secretaria, e corredor de entrada. 
 
 
ESTRUTURA DO CENTRO CIRURGICO 
 
Planta Física: Planejamento Físico Deve ser planejada em equipe: arquitetos, 
engenheiros, enfermeiros, médicos e administradores Considerar: Número de leitos 
Número de cirurgias/dia Horário de utilização Taxa de ocupação especialidades. Um 
Centro Cirúrgico deve dispor das seguintes dependências: 
 
Vestiários masculinos e femininos: Devem oferecer acesso externo ( por 
fora das instalações do Centro Cirúrgico) e interno ( pelo corredor cirúrgico). É 
importante que eles disponham de sanitários e chuveiros ( para uso das equipes) e 
armários ( para a guarda de uniformes, roupas e outros pertences). 
 
Posto de enfermagem: Local destinado à chefia e à secretaria, que exercem o 
controle administrativo da unidade. 
 
Copa: Área reservada ao pessoal do centro cirúrgico, para lanches rápidos. 
 
Sala de estar: Deve ficar localizada próximo aos vestiários e à copa, sempre 
que possível, servindo de área de descanso para a equipe do centro cirúrgico. 
4 
 
 
Área de baldeação ou troca-macas: Localizada à entrada do Centro 
Cirúrgico, onde se dá a transferência do paciente da maca em que veio para a maca 
privativa do centro. 
 
Sala de material cirúrgico ou de estocagem de material 
esterilizado: Destina-se à recepção, guarda e redistribuição de todo o material limpo e 
esterilizado a ser usado no Centro Cirúrgico. 
 
Lavabos: Destinados à lavagem e anti-sepsia das mãos e ante-braços, antes da 
operação. Por isso, devem ser equipados com recipientes para Antissépticos e torneiras 
que possam ser manobradas sem o uso das mãos. 
 
Sala de expurgo: Local equipado com tanque para o despejo de sangue, 
secreções e outros líquidos provenientes da operação. Na sala de expurgo também de 
depositam, inicialmente, instrumentos, roupas usadas e outros materiais, para posterior 
lavagem. É considerada, portanto, área suja. 
 
 Sala de material de limpeza: Área para a reserva de materiais e de 
utensílios usados na limpeza do Centro Cirúrgico. 
 
 Sala guarde equipamentos: área usada para guardar aparelhos como os de 
anestesia, bisturi elétrico, aspiradores, focos portáteis, suportes de soro, mesas 
auxiliares e materiais que, eventualmente, não estejam em uso. O aparelho de raio X 
móvel poderá também ser guardado nessa sala, caso não haja local específico para ele. 
 
 Rouparia: Local destinado à guarda da roupa limpa não-estéril. Muitas vezes é 
representada apenas por um armário. 
 
 Posto de enfermagem: Local destinado à chefia e à secretaria, que exercem 
o controle administrativo da unidade. 
 
 Farmácia: A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, 
técnico-científica e administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, 
armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às 
unidades hospitalares. 
 
 Sala de guarda de materiais estéreis e descartáveis: Local onde se 
armazenam materiais descartáveis como seringas e agulhas, equipos de soro, fios de 
sutura, frasco de soro, entre outros. Modelo atualizado de farmácia satélite. 
 
 
5 
 
Elementos de apoio técnico ADM.: O Centro-cirúrgico conta com o 
apoio imprescindível de alguns setores ligados direta ou indiretamente a ele e que 
deve estar prontamente preparados para atendê-lo para seu funcionamento, tais 
como: banco de sangue, raio-x, laboratório e anatomia patológica, serviço de 
engenharia clínica e de manutenção, farmácia, segurança e secretaria, e 
agendamento. 
 
Sala DML: Área para a reserva de materiais e de utensílios usados na limpeza 
do Centro Cirúrgico. 
 
Portas: As portas das salas de cirurgia devem ser largas para facilitar a 
passagem de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca 
para evitar seu estrago, ser lavável. É indicado o uso de portas do tipo vaivém que 
impeçam o uso das mãos para abrila. Que tenha visor de separação dos ambientes. 
 
Piso: Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentesa agentes químicos, 
sem fendas ou fissuras, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável. 
 
 Paredes: Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e 
não refletor de luz. É proibido o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para 
rejunte de peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos. Devem ser 
utilizados cantos arredondados nas paredes. 
 
Teto: Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não 
deve ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos. Deve 
ser contínuo, não sendo permitido a utilização de forro falso-removível. É recomendado 
um espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a laje do forro e o piso do 
pavimento superior, possibilitando assim a instalação de novos equipamentos e a 
entrada do pessoal do serviço de manutenção. 
Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de fácil 
combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate a 
incêndio do centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve contar com 
um sistema de segurança que, através da elevação da temperatura, produz fortes 
borrifos de água no ambiente. 
 
SALA OPERATÓRIA 
 
Sala operatória: Dependência do Centro Cirúrgico destinada à realização das 
intervenções cirúrgicas. Por isso, o trânsito a ela é restrito e a limpeza é feita com o 
máximo rigor, pois deve ser a área mais limpa do centro. 
 
6 
 
 Tamanho da sala: Depende dos equipamentos necessários aos tipos de 
cirurgias a serem realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval. 
 
 Número de Salas: Portaria 1884/94: 
 Uma sala para cada 50 leitos gerais 
 Uma sala para cada 25 leitos clínica cirúrgica 
 uma sala para cada 15 leitos cirúrgicos 
 
 Dimensionamento das Salas: Segundo a RDC 307/2002, 
Cirurgias Cirurgia Geral: mínimo de 25m² 
Cirurgia especializada (neurocirurgia, cirurgia ortopédica, cardiovascular): mínimo de 
36m² 
Cirurgia de pequeno porte: Oftalmo, OTR, endoscopia: 20m² 
 
 
EQUIPAMENTOS FIXOS E MÓVEL 
 
Os equipamentos podem ser classificados em: fixos e moveis. 
 
Fixos: são aquelas adaptadas à estrutura da sala cirúrgica. São eles: 
 Interruptores e tomadas elétricas de 110 e 220V 
 Negatoscopío 
 Oxigênio e vácuo centralizado 
 Foco central fixo ao teto 
 Ar condicionado 
 
Moveis: são os que podem ser deslocados ou acrescidos na sala cirúrgica. 
 Mesa cirúrgica e acessórios tais como: perneiras, suporte de ombro, estofado de 
espuma, porta coxa. 
 Mesas auxiliares como a mesa de mayo 
 Mesa para instrumental cirúrgico com rodas 
 Mesa fixa para lap, ou roupas estéreis 
 Suporte de bacia 
 Suporte de soro e alças 
 Tala de suporte para braço 
 Banco giratório 
 Balde para lixo com suporte de rodinhas 
 Suporte de hamper 
 Foco auxiliar 
 Escadinha com dois degraus 
 Estrado 
 Aparelho de anestesia / monitores 
7 
 
 Aspirador portátil 
 Eletrotermocauterio 
 Coxins 
 Extensão 
 
ILUMINAÇÃO 
A iluminação do ambiente hospitalar é tratada legalmente pela NR-17 da portaria 
n°3214/78, e através da NBR 5413/92 da Associação Brasileira de Normas técnicas 
(ABNT) recomenda os níveis ideais de iluminação para o ambiente de trabalho. 
Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual das 
equipes médicas e enfermagem e oferecer condições para que a operação se processe 
com precisão, rapidez e segurança. 
 
Iluminação de emergência: Devem existir sistemas interligados e 
automáticos, para acionarem geradores reserva de imediato na eventualidade de uma 
interrupção do fornecimento de força para o Centro-cirúrgico. 
 
O foco cirúrgico: Deve-se levar em consideração os seguintes aspectos: 
 Eliminação de sombras e reflexos; 
 Eliminação do excesso de calor no campo operatório; 
 Proteção contra ocasional interrupção devido a falta de energia elétrica. 
 
VENTILAÇÃO/ AR CONDICIONADO 
 
Deve atingir as exigências da NBR n°7256/82 tais como: 
 Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de higiene e saúde: 
99,9% de eficiência na retenção de partículas de até 5 micra de diâmetro. 
 Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior das salas 
sem acarretar turbulência aérea: recomenda-se de 20 a 25 renovações completas do ar 
da sala, no espaço de uma hora. 
 Impedir a entrada no Centro-cirúrgico de partículas potencialmente 
contaminantes, oriundas de áreas adjacentes: a pressão do ambiente da sala deve ser 
discretamente mais elevada que nos demais compartimentos do centro-cirúrgico. 
 Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de conforto e 
segurança para o paciente e para a equipe que o assiste: temperatura entre 22 e 23°C. 
A umidade deve permanecer entre 55 a 60%. No entanto, não deve ultrapassar 70% 
para não se tornar ambiente propício ao des envolvimento de microorganismos. 
 Manter nível sonoro mínimo de instalação e utilização do sistema de ventilação: 
não devem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NBR n° 6401/80. 
 Sistema energético alternativo para o sistema de ventilação na falta do sistema 
elétrico principal. 
 
8 
 
 
RUIDOS: Os ruídos no centro cirúrgico podem ser provenientes de diferentes fontes - 
desde aqueles decorrentes das conversas das pessoas até os produzidos pelos 
instrumentais utilizados em determinadas cirurgias, como as ortopédicas e algumas 
plásticas. Estes se caracterizam não pela intensidade, mas pela frequência. Assim, os 
trabalhadores ficam muito expostos, tornando-se vulneráveis a desenvolver estresse, 
entre outros distúrbios. 
 
SALA GASES / REDE DE GASES: 
 
 Oxigênio: O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de 
cilindros avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por 
tubulação central até os pontos de utilização). 
 
 Ar comprimido: Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros 
com pressões entre 120 e 190 Kgf/cm , como o oxigênio) ou centralizado (compressor 
com 100% de consumo máximo provável, que funcione automaticamente ou 
manualmente). 
 
 Vácuo clínico: Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do 
consumo máximo provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de 
emergência. É importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de 
emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição convencional. 
 
 Óxido nitroso: O sistema de abastecimento pode ser escentralizado (alto 
consumo – conduzido por tubulação dos cilindros até os pontos de utilização) ou 
centralizado (utilizado em caso de baixo consumo utilização de cilindros transportáveis 
até os pontos de utilização). 
 
 Nitrogênio: É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190 
Kgf/cm, e também em forma líquida. Quando misturado com oxigênio medicinal, é 
chamado de ar estéril. 
 
 
De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases medicinais são 
distribuídos com as seguintes cores, segundo a NBR nº 6493/94 e NBR nº 12188 
 
Verde: oxigênio. 
Azul marinho: óxido nitroso. 
Amarela: ar comprimido medicinal. 
Cinza claro: vácuo medicinal. 
 
9 
 
Cuidados no manuseio, movimentação e armazenamento dos cilindros 
de gases medicinais: 
 
 Uso de equipamentos especiais para o transporte de cilindros; 
 Manter o cilindro acorrentado durante o transporte; 
 Evitar choques mecânicos, inclusive de um cilindro contra o outro; 
 Não arrastar o cilindro; 
 Armazenadosem locais secos, limpos e bem ventilados; 
 As etiquetas não devem ser arrancadas ou estragadas; 
 Cilindros cheios devem estar separados dos cilindros vazios para evitar erros de 
procedimento e sempre com o capacete rosqueado. 
 Os cilindros devem ser sempre limpos antes de serem levados ao centro 
cirúrgico. 
 
 
ELETROCAUTÉRIO OU BISTURÍ ELÉTRICO. 
 
É um aparelho eletrônico que tem a capacidade de transformar a corrente 
elétrica de alta tensão, mais que apesar da intensidade, não ocasiona alteração 
orgânica nem excitação nervosa. Esta corrente de alta freqüência de uma unidade de 
eletrocirurgia é usada para cortar e coagular os tecidos. 
Com a tecnologia avançada diminui muito a probabilidade de queimaduras e 
riscos de choque que eram comuns. 
Antes de cada uso a *UEC aspectos de segurança devem ser observados sinais 
de perigo testados para saber que está funcionando adequadamente. 
Uma unidade eletrocirúrgica (bisturi eletrônico) produz efeitos no tecido biológico 
pela concentração de uma corrente elétrica de alta densidade no tecido alvo. 
A corrente elétrica é conduzida do gerador eletrocirúrgico através de um circuito 
completo constituído de cabos isolados, eletrodos, do paciente e do próprio gerador 
eletrocirúrgico. Os efeitos eletrocirúrgicos dependem de fatores como : 
 Tipo do eletrodo; 
 Modo de saída; 
 Técnica cirúrgica. 
 
FUNÇOES: 
 
 Eletrodisseção: secção de tecidos feito através de dissolução de estrutura 
molecular celular dos tecidos, havendo desidratação e fusão das células próximas ao 
eletrodo +. 
 
 Eletrocoagulaçâo: a clusão de vasos sanguíneos e linfáticos, através da 
solidificação das substâncias protéicas ou retração dos tecidos. 
10 
 
 
 Eletrofulguraçâo: consiste na oclusão dos vasos e capilares através de 
faíscas elétricas a distancia. 
 
OS RISCOS ELETROCIRÚRGICOS 
 
 Choques; 
 Queimaduras ; 
 Fumaça cirúrgica; 
 Incêndios; 
 Interferência eletromagnética em outros equipamentos. 
 Mau funcionamento do equipamento (operacional); 
 Mau funcionamento do equipamento (falta de manutenção e/ou calibração 
adequada); 
 Mau uso do equipamento (desconhecimento do usuário); 
 Desatenção do usuário. 
 
METODOS DE USO: 
 
 Método Direto: aplicação direta do eletrodo ativo sobre a área desejada, é 
mais utilizada para hemorragia capilar e pequenos vasos. 
 
 Método indireto: é o pinçamento do vaso com uma pinça hemostática, 
tocando 2 a 3 cm acima da ponta da pinça com o eletrodo +, é o método mais usado. 
 
 Método a distância: o eletrodo ativo 2 a 8 cm local a ser coagulado, a 
faísca solta esse pequeno espaço e atinge o tecido. 
 
MEDIDAS DE SEGURANÇA: 
 
 A intensidade do paciente no local da placa deve ser avaliada antes e depois 
da cirurgia particularmente nos pontos de pressão. 
 A placa dispersiva deve ser colocada só depois do paciente já está na posição 
definitiva para a cirurgia. 
 A placa dispersiva deve ser colocada em área limpa, sem pelos e seca. 
 Deve ser colocada (placa) mais perto possível do local da cirurgia e no mesmo 
lado da cirurgia. 
 Colocar a placa em ampla massa muscular evitando saliências ósseas, 
próteses de metal sobre a pele, pontos depressa. 
 Também tecidos escarificadas devem ser evitadas quando colocar a placa pois 
diminui o contato com o corpo. 
 Obs: se precisar de gel, placa, devem estar limpa evitando resíduos. 
11 
 
 Contato regular e homogênea da placa dispersiva com o corpo do paciente 
para permitir a boa distribuição da corrente. 
 Observar que não haja deslocamento da placa da região de contato, quando se 
fizer necessário mobilizar o paciente durante o ato cirúrgico. 
 
LOCAIS PARA COLOCAÇÃO DA PLACA 
 
 Panturilha; 
 Face posterior da coxa; 
 Região glútea. 
 
CONTROLE DO PARELHO 
 
 Contato anadequado do paciente com a placa; 
 Colocação eficiente da placa; 
 Conexão adequada do cabo e placa; 
 Conexão adequada da própria unidade. 
 
INTENSIDADE 
 
 Quantidade de energia da UEC deve ser tão baixo quanto possível para cada 
procedimento determinado pelo cirurgião em conjunto com as recomendações do 
fabricante, confirmado pelo circulante. No sistema não isolado uma queda acidental 
de energia pode causar queimaduras na área de contato. 
 
VANTAGENS E DESVANTAGENS: 
 
Vantagens: 
 A incisão é esterilizante, impossibilitando a propagação de germes ou células 
neoplásicas pelo bisturi. 
 A obliteração dos capilares com os interstícios linfáticos diminuindo assim a 
hemorragia capilar e a secreção pós operatório da ferida. 
 A hemostasia é rápida, permitindo melhor visão do campo operatório. 
 
Desvantagens: 
 Não serve para obliterar vasos medianos e grandes. 
 Necrose de tecido não se consegue evitar a combustão das células mais 
próximas a 
 incisão, com o risco de haver complicações nas cicatrização. 
 
 
 
12 
 
COMPLICAÇÕES: 
 
A queimadura é uma conseqüência do uso inadequado do bisturi elétrico. 
 Quando ha contato insatisfatório entre a placa e o paciente. 
 Quando ha conecção inadequada entre o aparelho e a placa dispersiva com a 
UEC e o fio terra. 
 Quando há contato do paciente com as partes metálicas da mesa. 
OBS: Unidades modernas são capazes de identificar inadequada aplicação e redução 
da área de contato do eletrodo, evitando a queimadura, esta segurança representa 
aspecto vital para o paciente. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM: 
 
 Evitar que a placa molhe com os campos cirúrgicos, com anti-sépticos que 
poderão tornar-se condutores de eletricidade; 
 Lembrar da incompatibilidade do eletrocautério com uso de gazes, anestésicos 
explosivos (éter, ciclopropano); 
 Conectar a placa no aparelho assinalado: inativo, indiferente, paciente; 
 Receber do instrumentador a ponta (estéril) liga-lo no: ativos, activos; 
 Aproximar o pedal do bisturi elétrico para perto do cirurgião, se necessário 
colocar uma compressa sob o pedal ou tira de esparadrapo para que não deslize no 
chão durante o uso. 
 
 
AGENDAMENTO CIRURGICO: 
 
1º- As cirurgias devem ser agendadas conforme a rotina da instituição, geralmente no 
até 24 horas de véspera da operação. 
 
2º- Importante: 
 horário previsto para cada cirurgia; 
 nome completo do paciente, numero de quarto e leito; 
 idade 
 convênio 
 nome da cirurgia; 
 nome do cirurgião; 
 tipo de anestesia 
 necessidade de material especial 
 
3º- O mapa ou escala diária devem ser produzida cópias, para fixar em alguns pontos 
chaves do hospital, como: banco de sangue, na portaria, edital do CC, equipe de 
transporte dos pacientes, CME. 
 
13 
 
ROTINAS DO CENTRO CIRURGICO 
 
O transporte do paciente da Unidade ou Clinica Cirúrgica para o CC. 
o devemos observar alguns cuidados: 
 
 preparar a maca com roupa limpa; 
 verificar na escala o nome do paciente, clinica, numero de quarto e leito, 
cirurgia que ira realizar, cirurgião responsável; 
 verificar se o paciente tem algum cuidado especifico do período pré-operatório 
imediato, 
 Verificar se o prontuário está completo, incluindo radiografias, exames 
laboratoriais, autorizações do convênio. 
 Verificar também se foi administrado medicação pré – anestésica e se esta foi 
checada na prescrição; 
 apresentar-se ao paciente, como funcionário do CC e ou responsável em 
transporta-lo para referida Unidade; 
 verificar a presença de esmalte e prótese 
 Solicitar que esvazie a bexiga, caso não esteja com sonda vesical; 
 encostar a maca ao leito e entregar a camisola própria do CC, ajudando-oa 
vesti-la se necessário; 
 ajudar o paciente a passar da cama para a maca; 
 colocar o prontuário sob o colchão da maca; 
 transportar o paciente para o CC, empurrando a maca pela cabeceira; 
 entregar o paciente aos cuidados da enfermeira da Unidade. 
 
O paciente deve ser recebido na Unidade de CC pela enfermagem. 
E observar os seguintes cuidados: 
 
 receber cordialmente, na sala de transferência de macas, identificando-o e 
verificando se o prontuário está completo; 
 verificar anotações referentes ao pré-operatório tais como: 
 medicação pré – anestésica, sinais vitais, tricotomia ampla, retirada de jóias, 
próteses e outros; 
 proteger os cabelos do paciente com gorro; 
 transportar à sala cirúrgica entregando à circulante; 
 
 
ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL 
 
O pessoal que atua na unidade pode ser dividido em 3 equipes: com suas 
respectivas funções: 
 
14 
 
 Equipe de anestesia 
 Equipe de cirurgia 
 Equipe de enfermagem 
 
Estas três equipes prestam assistência direta através de um trabalho 
harmonioso, visando a segurança do paciente e à eficiência do ato cirúrgico. 
1º Equipe de anestesia: compõe-se de anestesiologista 
2º Equipe Cirúrgica: formada pelo cirurgião, assistente e instrumentador 
3º Equipe de Enfermagem: composta pela enfermeira, técnica de enfermagem e 
auxiliar de enfermagem. 
 
ANESTESISTA: é de sua responsabilidade prescrever a medicação pré 
anestésica, planejar e executar a anestesia, bem como controlar o paciente no trans e 
pós – operatório, até o restabelecimento de seus reflexos. 
 
CIRURGIÃO: é da sua competência planejar e executar o ato cirúrgico, 
comandar e manter a ordem no campo operatório. 
 
1º ASSISTENTE: é sua função auxiliar no campo operatório e se 
necessário, substituir o cirurgião 
 
INSTRUMENTADOR: é o integrante da equipe que se responsabiliza pelo 
preparo da mesa, fornece instrumentais ao cirurgião e assistente, mantém a mesa em 
ordem desde o inicio até o termino da cirurgia. 
 
EMFERMEIRA: é o profissional habilitado para coordenar o 
desenvolvimento do ato anestésico cirúrgico em todas as suas etapas. Pode ser o 
chefe do setor, o supervisor dependendo da organização estrutural adotada. 
 
TECNICO DE ENFERMAGEM: é o profissional habilitado para exercer a 
maioria das atividades de enfermagem no Centro Cirúrgico como cuidado direto ao 
paciente, sendo subordinado ao enfermeiro. Auxiliar a enfermeira caso seja 
necessário; 
 
AUXILIAR DE ENFERMAGEM: Exercer a função de circulante de sala e 
outras que foram delegadas pela enfermeira. Revisar e repor diariamente o material 
da sala cirúrgica. 
 
ESCRITURÁRIA: Registrar os pedidos de cirurgia; Fazer estatísticas 
diariamente das cirurgias realizadas e não realizadas; Executar tarefas solicitadas 
pela enfermeira; Digitar diariamente a escala de cirurgia 
 
15 
 
SERVIÇO DE LIMPEZA: Executar a limpeza e zelar pela manutenção da ordem 
na unidade; Zelar pela ordem e limpeza também de banheiros e vestuários. 
 
 
FUNÇÕES DO CIRCULANTE DE SALA 
 
O circulante de sala deve estar escalado previamente pela enfermeira 
responsável pelo setor, preferencialmente anotado na agenda diária do centro 
cirúrgico, para que todos tenham conhecimentos da pessoa que será o “apoio”, a 
“referência”, durante todo o ato cirúrgico. O mesmo acontece com o auxiliar do 
anestesista, e um ponto importante para ambas equipes, é que todos tenham 
afinidades entre si, evitando o estresse entre as equipes. 
 
Geral: 
 
 Ler o mapa de cirurgia, observando atentamente os materiais específicos 
descritos pelo médico, bem como o uso de algum equipamento; 
 Verificar as reservas de sangue; 
 Verificar as condições da sala, checando tomadas e equipamentos fixos; 
 Verificar a limpeza dos focos e seu funcionamento. 
 Colocar o mobiliário em posição funcional; 
 Trazer para a sala todo material e/ou medicamentos especifico solicitado 
 Verificar toda a parte de roupas: aventais, campos, compressas e suprir a 
 necessidade deles, de acordo com a cirurgia proposta e equipe atuante; 
 Checar os medicamentos de sala, como: anestésicos, analgésicos e outros. 
 Verificar a anestesia proposta e deixar todo material preparado; 
 Verificar condições dos lavabos e materiais para escovação. 
 Deve ser feito controle diário das cirurgias realizadas, em livro próprio, 
incluindo numero total e observações sobre qualquer ocorrência fora da rotina; 
 Na entrada de novo “turno”, de funcionários, deverá ser feita passagem de 
plantão, informando o que ocorreu no período anterior. 
 Devem ser conferidas todas as “peças” antes de encaminha-las ao setor de 
patologia. 
 Deve ser realizado controle diário do estoque de material esterilizado e a 
respectiva data de esterilização. 
 Diariamente, devem ser verificados o estado de conservação dos aparelhos e 
equipamentos, solicitando conserto ou troca, se necessário. 
 Deve ser feito controle diário de medicação controlada: psicotrópicos e 
entorpecentes, através de anotações e guardando frascos vazios. 
 
 
 
16 
 
Na admissão do Paciente: 
 
 Verificar sua identificação através do prontuário vindo com ele. 
 Verificar condições de tricotomia, ou realiza-la 
 Verificar se foram retiradas jóias e próteses, bem como óculos. 
 Verificar se o preparo, quando necessário, foi realizado, e o tempo que houve 
para finaliza-lo. 
 Verificar sondagens e seus efeitos 
 Transporta-lo para a sala cirúrgica de acordo com o mapa local de cirurgia e 
acomoda-lo na mesa cirúrgica. 
 Anotar horário de entrada no CC, e horário de entrada na sala de operação. 
 
Transferência do paciente para a mesa de operação: 
 
Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele deve ser 
passado para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade, segurança física e 
emocional e seu conforto. Alguns cuidados devem ser tomados para a 
transferência do paciente, como: 
 Fazer o nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca. 
 Posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica, evitando assim 
 sua movimentação que pode ocasionar a queda do paciente. 
 Solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se fisicamente 
capaz. 
 Posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica 
 
Na sala de Cirurgia: 
 
 Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros. 
 Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia. 
 Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente. 
 Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica. 
 Colocar o paciente na posição para receber a anestesia 
 Em seguida à anestesia, colocar o paciente na posição em que ocorrerá o ato 
 cirúrgico. 
 Após o paciente ficar em posição, o circulante deve auxiliar a equipe médica 
com a colocação dos aventais, deixando abertos os pacotes de luvas e os pacotes de 
Lap. 
 Solicitar ao instrumentador que lhe seja informado sobre os fios e materiais 
extras para a cirurgia. 
 Abrir os pacotes de compressas e outros materiais que lhe foram solicitados, e 
colocar na mesa do instrumentador, dentro das técnicas de abertura de pacotes. 
 Acender o foco. 
17 
 
 Colocar o arco 
 Realizar na anti-sepsia da área operatória 
 Colocar a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do bisturi). 
 Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos. 
 Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com artigos e 
equipamentos necessários ao ato operatório. 
 Manter o ambiente asséptico. 
 Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos necessários ao ato 
operatório. Manter boa iluminação da área cirúrgica 
 Manter o ambiente calmo. 
 Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das compressas e 
gazes utilizadas. 
 Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para 
continuidade dos cuidados de enfermagem. 
 Prover equipamento para monitoração (cardíaca, oximetria, pressão não-
invasiva, capnografia). 
 Verificando seus SSVV. 
 Manter a ordem e a limpeza da sala durante todo o tempo em que a cirurgia 
estiver ocorrendo. 
 Suprir as necessidades de materiais e medicamentos que lhe forem solicitados. 
 Após o inicio da cirurgia, anotar o gasto cirurgico, anotando tudo de forma clara 
e precisa, com atenção aos códigos e quantidades utilizados. 
 Realizar a anotação de enfermagem, 
 Encaminhar peças para anátomo, de acordo com a rotina local; 
 Estar atento à quantidade de medicamentos utilizados, bem como os gases, 
devem anotar inicio e termino deles. 
 Anotar possíveis queixas do paciente e avisar a equipe, principalmente o 
anestesista. 
 Após o termino da cirurgia, o circulante deve retirar os campos de cima do 
paciente, cobrindo-o com lençol e encaminhá-lo à SRPA de acordo coma orientação 
médica. 
 Retirar da sala todo material, equipamento e roupas que foram utilizados, 
dando destino a cada um, de acordo com a rotina do local. 
 Solicitar ao serviço de apoio ou semelhante, a limpeza terminal/concorrente da 
sala. 
 Montar a sala para a próxima cirurgia; caso tenha cirurgia especifica, montar a 
sala com equipamentos básicos. 
 
 
 
 
18 
 
NO FINAL DA CIRURGIA, O CIRCULANTE DEVE: 
 
 Avisar o paciente do término do procedimento cirúrgico. 
 Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico. 
 Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre o paciente. 
 Colocar o paciente em posição dorsal. 
 Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e cateteres. 
 Remover a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico. 
 Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa cirúrgica. 
 Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias aérea superiores. 
 Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e irrigações. 
 Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário. 
 Completar a ficha de débito. 
 Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da unidade de 
terapia intensiva das condições em que o paciente se encontra. 
 Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a 
rotina do CC. 
 
 FASE DE DESMONTAGEM DA SALA: 
 
 Reunir todos os artigos não usados ( estéreis) e colocar no carrinho para 
 devolução ao centro de material e esterilização e farmácia ou central de 
suprimentos. 
 Calçar luvas de procedimentos. 
 Retirar da mesa de instrumentais artigos pérfurocortantes descartando em local 
apropriado designado pela instituição. 
 Desprezar artigos de uso único não cortantes em recipientes de lixo 
apropriados. 
 Encaminhar ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados ao destino 
determinado pela instituição. 
 Reunir campo de pano nos “hampers”, revisando-os. 
 Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas apropriadas para 
 devolução no CME verificando integridade, número de peças e colocando os 
mais delicados sobrepostos aos mais pesados. 
 Aspirar com o aspirador da sala todos os líquidos restantes em mesa cirúrgica 
e encaminhá-lo para limpeza conforma rotina da instituição. 
 Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso. 
 Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou 
levadas ao expurgo. 
 Frascos de aspiração devem ser descartados ou trocados e desinfetados antes 
do uso da próxima cirurgia. 
19 
 
 Lâminas de laringoscópios devem sobre processo de limpeza com água e 
sabão com pH neutro, utilizando-se uma escova para remoção da sujidade e 
desinfecção com álcool a 70%. 
 Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de devolução. 
 Retirar luvas de procedimentos. 
 Lavar as mãos. 
 A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em carros fechados, 
seguindo a rotina da instituição. 
 Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação conforme 
 Preconizado pela instituição. 
 
Deve conter na sala cirúrgica: 
 
 Acessórios para o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica 
 Soluções anti-sépticas (PVPI tópico e degermante, clorexidina). 
 Soluções medicamentosas como Ringer simples e lactato, soro fisiológico e 
Glicosado. 
 Medicamentos de forma geral e anestésicos. 
 Adesivos (micropore, esparadrapo). 
 Impressos, tais como: registro de anestesia, débito de sala, requisição de 
exames, descrição de cirurgia, prescrição médica, requisição de hemoderivados, etc. 
 
Artigos diversos em relação à equipe médica e à instrumentadora 
cirúrgica: 
 
 Controlar e orientar o uso correto do uniforme privativo, visando à segurança 
do paciente. 
 Auxiliar os elementos da equipe cirúrgica a vestirem o avental e as luvas. 
 Iniciar a abertura dos pacotes em seqüência de uso e obediência à técnica 
asséptica. 
 Luvas de todos os tamanhos (7,0; 7,5; 8,0; 8,5 e 9,0). 
 Pacotes de campos cirúrgicos (LAP). 
 Pacotes de aventais. 
 Pacotes de compressas grandes de pequenas. 
 Pacotes de gazes (10 a 20 unidades). 
 Fios de sutura comuns e específicos para o procedimento cirúrgico. 
 Caixa de instrumental cirúrgico. 
 Seringas; agulhas; equipos e artigos para anestesia. 
 Sondas; drenos e cateteres. 
 Cabo de bisturi elétrico e sistema de aspiração de secreção 
 Manoplas. 
 Bandejas de anestesia 
20 
 
 Artigos específicos de acordo com o procedimento cirúrgico. 
 Checar a validade da esterilização e a integridade das embalagens dos artigos. 
 
 
 
LIMPEZA DA SALA DE OPERAÇÃO: 
 
É o procedimento de remoção de sujeira, detritos indesejáveis e 
microorganismos presentes nas superfícies dos equipamentos e acessórios, 
mobiliários, pisos, paredes mediante a aplicação de energia química, mecânica e 
térmica. A escolha do procedimento de limpeza deve estar condicionada ao potencial 
de contaminação das áreas e artigos e dos riscos inerentes de infecções hospitalares. 
 
São consideradas quatro etapas da limpeza em CC: 
 
Limpeza preparatória: realizada antes do início das cirurgias programadas 
do dia. Remover as partículas de poeira nas superfícies dos mobiliários, focos 
cirúrgicos e equipamentos com solução de álcool 70%. 
 
Limpeza operatória: realizada durante o procedimento cirúrgico 
consistindo apenas na remoção mecânica da sujidade (sangue e secreções) 
utilizando um pano comum embebido em agente químico de amplo espectro para que 
não ocorra secagem da superfície e disseminação contaminando o ar; 
 
Limpeza concorrente: Executada no término de cada cirurgia. Envolve 
procedimentos de retirada dos artigos sujos da sala, limpeza das superfícies 
horizontais dos móveis e equipamentos. 
 O hamper deve ser fechado e levado ao local de acesso à lavanderia. 
 O instrumental cirúrgico deve ser encaminhado ao expurgo da central de 
materiais e esterilização (CME) o mais cedo possível para o reprocessamento. 
 As conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou 
 levadas ao expurgo da CME. 
 Artigos em aço inoxidável, de vidro, de borracha, utilizados na cirurgia recebem 
cuidados especiais. O conteúdo do frasco deve ser desprezado em local 
apropriado. Os frascos devem ser descartados ou trocados e desinfetados, antes 
do uso da próxima cirurgia. 
 As cânulas endotraqueais devem ser desprezadasapós o uso. 
 As superfícies dos mobiliários e dos equipamentos existentes na SO devem ser 
 limpas com solução desinfetante, geralmente o álcool 70%. 
 Não usar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas devido ao risco de 
corrosão dos metais. 
21 
 
 O chão deve ser limpo usando máquinas lavadoras e extratoras. Como isso 
nem sempre é possível, recomenda-se o uso da um pano de chão seco e limpo a 
cada sala de operação e para cada limpeza concorrente, e após isso deve ser 
mandado à lavanderia para ser processado. 
 As paredes devem ser limpas somente se houver contaminação direta com 
material orgânico (secreção, muco, sangue, etc.), assim com o teto. 
 A SO pode ser montada para outra cirurgia. 
 
Limpeza terminal: diária e periódica. 
 
A limpeza diária é realizada após a última cirurgia programada do dia. Envolve 
todos os procedimentos da limpeza concorrente, acrescentados à limpeza de 
todos os equipamentos, acessórios e mobiliários, pisos e paredes da SO. 
 As portas devem ser limpas diariamente, especialmente o local próximo 
maçaneta. 
 O chão deve ser lavado com água e sabão. 
 As macas e os carros de transporte também devem ser limpos. 
 Os lavabos devem ser limpos, trocar a solução anti-séptica. 
 
 
ANESTESIA 
 
Sem anestesia, seria impossível a realização da maior parte dos procedimentos 
cirúrgicos.(HOFFER,J.L.) 
 
Anestesia (do grego antigo -, AN "ausência"; e ESTESIA, "sensação") 
tradicionalmente significa a condição de ter a sensibilidade (incluindo a dor) bloqueada 
ou temporariamente removida. 
 Michell afirmava “morte da dor”. 
 A palavra foi cunhada por Sr. Oliver Wendell Holmes em 1846, “sem sensação”; 
 Anestesia é um estado farmacologicamente induzido de amnesia, analgesia, 
perda de responsividade, perda de reflexos musculares esqueléticos e diminuída 
resposta a estresse. 
 Outra definição é uma "ausência de consciência reversível", seja uma ausência 
total de consciência (e.g., uma anestesia geral) ou uma ausência de consciência de uma 
parte do corpo como causam uma anestesia axial ou outro bloqueio de nervo. 
 Isso permite que os pacientes passem por cirurgias e outros procedimentos sem 
a angústia e a dor que experienciariam de outra maneira 
 
 
 
 
22 
 
AVALIAÇÃO PRÉ- OPERATÓRIA 
 
 Visita pré operatória; 
 Determinação dos diagnósticos efetivos, riscos e probabilidades; 
 Entrevista, exame físico, exames diagnósticos, dados laboratoriais, etc.; 
 
O QUE SE AVALIA 
 Avaliação do estado atual, processos patológicos, estado nutricional, função 
física, cognitiva, emocional; 
 Identificação dos fatores de risco cirúrgico, fatores que aumentem os riscos de 
complicações intra e pós-operatórias; 
 Plano de cuidados que diminua os riscos e aumente as possibilidades de 
complicações 
 
FORMAS DE AVALIAÇÃO 
 
ASA é um sistema de avaliação médico do risco anestésico-cirúrgico; É 
classificação quanto as condições físicas, desenvolvida pela ASA – American Society of 
Anesthesiologists para avaliação da gravidade das disfunções fisiológicas e 
anormalidades anatômicas é dada por: 
 
 ASA I – Nenhuma evidencia de distúrbio fisiológico, bioquímico ou psiquiátrico; o 
processo patológico que necessita de cirurgia não é sistêmico. Braz e Castiglia 
(2000, p16) = paciente sadio 
 ASA 2 – presença de distúrbio sistêmico de grau leve ou moderado, resultante ou 
do problema que requer a cirurgia ou de outros processos. 
 ASA 3 - presença de doença sistêmica graves. 
 
 ASA 4 – Presença de doenças sistêmicas graves com padrões já instalados de 
insuficiência e que constituem ameaça a vida, não sendo, necessariamente, 
corrigidas com cirurgia. 
 
 ASA 5 – classificação para pacientes moribundos com probabilidade mínima de 
sobrevivência. Braz e Castiglia (2000, p16) 
 
 ASA 6 - paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo 
removidos para doação. 
 
 
23 
 
 
Aspectos da avaliação 
 Idade; 
 Estado geral de consciência, nutricional e emocional; 
 Deformidades ou limitações físicas; 
 Histórico de doenças ou complicações anteriores; 
 
Obesidade: Obesidade IMC entre 26 e 29 estaria com excesso de peso; maior 
que 30 seriam obeso; acima obesidade mórbida. 
No caso deste últimos tem-se alteração fisiológicas severas: pulmonares, 
cardíacas, doenças associadas, acúmulo de tecido adiposo em determinadas regiões 
dificulta a entubação, punções, etc.. 
 
Sistema cardiovascular 
 Angina instavel; 
 Pacientes com Infarto do Miocárdio; não devem ser submetidos a cirurgia eletiva 
nos 6 meses; 
 No caso de hipertensão não controlada, aumenta a flutuações da PA e de FC, 
com risco de isquemia miocárdica ou acidente vascular cerebral; 
 
Sistema respiratório 
 Acúmulo de secreções (atelectesias, pneumonias) e por espasmo brônquico e 
bronquite podem levar a insuficiência respiratória; 
 A anestesia e a cirurgia vão diminuir os mecanismos de defesa orgânica e alterar 
a dinâmica pulmonar; 
 As cirurgias superiores e abdominais induzem mais as alterações; 
 A posição supina e anestesia geral reduzem a capacidade residual funcional e 
contribuem para o fechamento das VA; 
 
Sistema digestivo 
 Alterações gastrintestinais predispõem a alterações como desidratação, distúrbios 
eletrolíticos, nutricionais e o equilíbrio ácido-base. 
 Alcoolismo é uma doença crônica que compromete a recuperação anestésica; 
entre 6 a 8 hs inicia a síndrome de abstinência que de 2 a 5 dias evolui para o delirium 
tremens. 
 Mais predispostos idosos, cirurgias com duração superior 180min; 
 Tabagismo; 
 Asma, doença obstrutiva crônica; 
 Infecção do trato respiratório alto. 
24 
 
 
Sistema urinário 
 Identificar pacientes de alto risco, com função real diminuída; 
 Implica e dificuldades para excreção de drogas; 
 Susceptíveis a insuficiência renal no intra operatório. 
 
Sistema nervoso 
 Investigar desmaios, convulsões, paralisias, tremores, cefaléias, alterações de 
motricidades, uso de medicações; 
 
 
Medicação Pré – Operatório 
 
O objetivo da medicação é sedar o paciente para diminuir ansiedade. 
Pode ser: sedativos, ansioliticos, tranqüilizantes, analgésicos ou narcóticos, 
antieméticos. 
 
Funções exercidas pelo anestesiologista: 
• Aliviar a dor, 
• Bloquear a consciência, 
• Monitorizar o organismo, 
• Manter as funções vitais principalmente a respiração, 
• Manter a estabilidade cardíaca e vascular, 
• Prover reposição de líquidos (soroterapia) e de sangue (transfusão), 
• Manter a temperatura corporal, 
• Diagnosticar problemas que podem acontecer durante a realização do 
procedimento e tratar sempre que necessário, essas são as 
 
ANESTESTESIA LOCAL 
 
Esta anestesia é empregada para procedimentos menores nos quais o local 
cirúrgico é infiltrado com um anestésico local como lidocaína ou bupivacaína. Este tipo 
de anestesia não envolve perda da consciência e depressão das funções vitais, 
produzindo perda da sensibilidade temporária, causada pela inibição da condução 
nervosa. 
 
 
25 
 
ANESTESIA REGIONAL 
 
BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS 
 
 Através da administração de medicamentos obtemos anestesia de apenas 
algumas áreas do corpo. 
O anestesiologista administra o anestésico apenas ao redor dos nervos que irão 
para o local da cirurgia a ser realizada. Por exemplo, cirurgias sobre a mão podem ser 
realizadas com bloqueios dos nervos que inervam a mão, através da administração de 
anestésicos próximos a estes, na altura da axila ou do pescoço.Meninges: Membranas de tecido conjuntivo com função de proteger o encéfalo e 
a medula espinha. 
Divididas em: Dura-máter, Aracnóide, Pia-máter 
 Liquido Cefálo Raquidiano: Esse líquido flui continuamente pelo espaço 
subaracnóide (entre a aracnóide e a pia-mater), em torno do encéfalo e medula 
espinhal. 
 Sendo um meio de proteção, troca de nutrientes e de escórias entre o sangue e o 
tecido. 
 
ANESTESIA EPIDURAL / RAQUIANESTESIA 
 
Na epidural o anestésico é administrado no espaço peridural. Neste caso não 
há perfuração da duramater e nem perda liquórica. O bloqueio segmentar é produzido 
nas fibras sensoriais, espinhais e também nas fibras nervosas, podendo ser 
parcialmente bloqueadas. 
Na raquianestesia é geralmente administrada ao nível da coluna lombar, 
obtida pelo bloqueio dos nervos espinhais do espaço subaracnóide. O anestésico é 
depositado junto ao líquor, ocorrendo perfuração da duramater. 
As diferenças entre raqui e peridural, são as quantidades totais de anestésicos, o 
local onde cada anestésico é administrado e o tipo de agulha utilizada. 
 
CATETER EPIDURAL 
 
A analgesia epidural é administração de fármacos, analgésicos / anestésicos, e 
que tem por fim o tratamento da dor. 
 
ANESTESIA GERAL 
Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte. 
Cabeça, pescoço abdome superior, entre elas: Gastroplastia, Gastrectomia, 
Enterectomia, Abdominoplastia, Mamoplastia, Crianças, 
26 
 
 A anestesia geral é obtida pela combinação de quatro elementos: hipnose, 
analgesia, relaxamento muscular e bloqueio das respostas reflexas do organismo ao 
estresse e ao trauma cirúrgico. 
Um dos objetivos fundamentais da anestesia geral é conferir ao paciente um 
estado de inconsciência de instalação suave e rápida, de maneira adequada, durante 
o tempo necessário e, a seguir, permitir uma recuperação rápida da consciência. 
 
TIPOS DE ANESTESIA GERAL 
 
1 – Venosa: Anestesia obtida pela injeção de anestésicos numa veia do paciente. 
Atinge diretamente a corrente sangüínea e em seguida alcança o cérebro, onde o 
anestésico realiza sua ação principal. 
 
2 – Inalatória: Anestesia feita pela inalação de gases e vapores anestésicos através 
das vias aéreas. Nos pulmões, o anestésico é absorvido pela corrente sangüínea e 
daí atinge o cérebro. 
 
3 – Balanceada: Anestesia que combina o uso de medicamentos pelas vias inalatória 
e venosa. A associação permite reduzir as doses e obter melhores resultados com 
menos efeitos colaterais. 
 
Antes mesmo de o paciente entrar na sala de cirurgia, o anestesiologista é 
responsável pelo preparo de todos os equipamentos e materiais que serão utilizados na 
anestesia. 
Esse preparo exige tempo. Os equipamentos hoje utilizados para a realização da 
anestesia são complexos e sofisticados. 
Durante a cirurgia vários monitores e aparelhos eletrônicos são utilizados: o 
aparelho de anestesia, máquina de uso específico pelo anestesiologista; monitores 
como o aparelho de pressão (mede a pressão arterial); o estetoscópio (serve para 
auscultar as batidas do coração e os sons dos pulmões); eletrocardiógrafo (faz 
eletrocardiograma de forma contínua); oxímetro de pulso (mede a oxigenação do 
sangue); capnógrafo (mede a eliminação de gás carbônico pelos pulmões), termômetros 
(para verificar a temperatura corporal); analisadores de gases (para medir a 
concentração de anestésicos inalados). 
 
Profundidade da anestesia: 
 
A profundidade da anestesia é determinada por sinais físicos, sendo classificado em 
quatro estágios, cada um dos quais com grupo definido de sinais e sintomas. 
 
Estágio I: estágio inicial da anestesia até a perda da consciência. No primeiro: no 
início da anestesia onde o paciente respira a mistura anestésica no qual pode 
27 
 
experimentar sensação, calor, tontura, formigamento e movimentar-se. O pulso e a 
respiração são irregulares 
 
Estágio II: No segundo estágio, são caracterizados por agitação psicomotora, 
gritos, falas, risos, ou mesmo choro, o pulso torna-se rápido e respiração irregular, pode 
ser freqüentemente evitado através da administração do anestésico EV. Estágio de 
delírio e desaparecimento do reflexo palpebral,pupilas dilatadas e responde ao reflexo 
da luz. 
 
Estágio III: anestesia cirúrgica, obtida através da administração contínua de 
vapor ou gás, onde o cliente encontra-se inconsciente. 
 
Estágio IV: é atingido quando for administrada uma quantidade excessiva de 
anestésico. Com necessidade de intubação. 
 
Manejo de via aéreas: Intubação traqueal é a passagem de um tubo na traquéia 
pelo nariz ou boca. 
 
Vantagens da intubação 
 Vias aéreas livres e desobstruídas; 
 Redução do espaço morto; 
 Diminuição do esforço respiratório; 
 Não aspiração de corpos estranhos; 
 Possibilidade de aspiração; 
 Instalação de respiração artificial; 
 Controle da pressão intrapulmonar; 
 Prevenção de espasmos laríngeos; 
 Maior êxito no caso de ressuscitação cardiopulmonar. 
 
EXTUBAÇÃO 
 
 Avaliar a respiração espontânea do paciente; 
 Realizar uma boa oxigenação do paciente; 
 Antes da extubação aspirar secreções; 
 Retira-se a fixação do tubo; 
 Desinsufla o balonete; 
 Paciente deve respirar profundo; 
 Tracionar a cânula ao final da inspiração –(favorecer a abertura das cordas vocais 
evitando seu trauma) 
 
 
 
28 
 
PROBLEMAS COMUNS RELACIONADOS A ANESTESIA: 
 Dor Laringite, 
 Náuseas Vômitos, 
 Retenção urinária, 
 Flebite 
 
COMPLICAÇÕES 
 
Comumente são decorrentes do traumas e pressão: 
 Manobras da intubação (traumatismos de dentes, língua , gengiva e lábios); 
faringite, laringites, bronquites, etc... 
 Pressão do balonete sobre a traquéia (isquemia, necrose, estenose traqueal) 
 
Orientações Gerais 
 Não beba ou coma coisa alguma pelo menos oito horas antes da operação. = 
Jejum 
 Diga ao Anestesiologista os nomes de todos os remédios que você toma ou 
tomou regularmente; em especial enumere aqueles a que você tem ALERGIA. 
 Você deve remover de sua boca quaisquer trabalhos dentários como dentaduras, 
pivôs, pontes, piercing. 
 Não use cosméticos ou produtos de beleza no dia da operação, deixe-os em sua 
casa. 
 Não leve para o hospital e muito menos para a Sala de Operações, jóias pessoais 
como anéis, pulseiras, relógios de pulso, brincos, como também piercing, grampos de 
cabelo, perucas, cílios postiços e outros objetos desnecessários. 
 Não mastigue chicletes ou goma de mascar antes da cirurgia, porque isto provoca 
aumento de ar e de sucos no estômago, possibilitando maior incidência de vômitos 
durante e após a anestesia. 
 Não deixe de tomar os medicamentos que faz uso regularmente, a não ser por 
orientação expressa do seu médico assistente ou do médico anestesiologista. 
 Leve todos os exames, bem como a ficha de seu convênio autorizada. 
 
 
SALA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA 
 
A sala de recuperação pós – anestésica destina-se exclusivamente ao paciente no 
pós – operatório imediato. A (SRPA) deve fazer parte do mesmo bloco de centro 
cirurgico, ter fácil acesso e contar também com equipe preparada na assistência pós – 
operatória. 
A unidade deve ser constituída pelos seguintes elementos: 
 Área de preparo da medicação; 
 Secretaria; 
29 
 
 Rouparia; 
 Sala de utilidades; 
 Área de tratamento do paciente 
 
A fase de recuperação pós – anestésica requer: 
 Medicação; 
 Pessoal especializado; 
 Equipamentos; 
 Monitores cardíacos de cabeceira; 
 Carro de emergência / Desfibrilador; Maquinas de ECG; 
 Respiradores; 
 Bandeja de traqueostomia 
 
A sala deve conter: 
 Camas com grade 
 Colchão térmico 
 Aparelho de PA não invasivo 
 Iluminação indireta 
 Material básico para higiene e conforto do paciente 
 Material de urgência, preferencialmente um “carrinho de emergência”. 
 Medicamentos como analgésico e antitérmicos 
 Materiais descartáveis para uso nos procedimentos de enfermagem. 
 Bandejas montadas: traqueostomia, dissecção venosa, curativos, passagem de 
intracath, drenagens, cateterização e outros. 
 
A SRPA deve ser silenciosa e seguir os mesmos parâmetros das salas de cirurgia, 
quanto a paredes e pisos, e a temperatura ideal deve ser em torno de 20 a 22ºC, 
ter boa ventilação e possuir luz própria. 
 
Ao receber o paciente na SRPA, o auxiliar ou técnico de enfermagem deve acompanhar 
e observar o seguinte: 
 
 Diagnósticos médicos e tipo de cirurgia realizada; 
 Histórico médico pregresso e alergias; 
 Verificar a cirurgia realizada e a equipe que atuou; 
 Idade e condição geral do paciente; 
 Permeabilidade das vias aéreas; 
 Anestésico e outros medicamentos empregados durante o procedimento; 
 Quaisquer problemas que tenham ocorrido na sala de cirurgia que poderiam 
influenciar o cuidado; Informações específicas sobre as quais o cirurgião ou 
anestesiologista desejam ser notificados. Patologia encontrada; 
30 
 
 Líquidos administrados, perda sangüínea estimada e líquidos de reposição; 
 verificar nível de consciência, 
 SSVV, = Avaliação dos sinais vitais de 15/15 minutos na primeira hora e 30 
minutos nas duas horas subsequentes. Depois disso, caso se mantenham 
estáveis, serão verificados a cada 4 horas durante as primeiras 24 horas. 
 local de incisão cirúrgica, 
 tipo de curativo e aspecto, 
 locais de dreno e condições dele, 
 acesso venoso e tipo de medicamentos infundido. 
 Verificar sondas e drenos; 
 Controlar diurese; 
 Anotar as intercorrências. 
 Seguir a prescrição e orientação do anestesista. 
 
O paciente permanece na SRPA até passar o efeito anestésico, ou parte dele, de 
acordo com a evolução de seu quadro e avaliação do anestesiologista. Cada hospital 
tem sua rotina própria para liberação do paciente da SRPA, fazendo uso de anotações 
em impressos próprios da SRPA ou mesmo na folha de anotação de enfermagem. 
Independentemente do local, os critérios de avaliação são os seguintes: 
 
 atividade muscular 
 respiração 
 circulação 
 consciência 
 coloração da pele 
 
Durante a permanência do paciente na SRPA, estar atento a 
qualquer intercorrência, especificamente quanto a: 
 
 Queda de PA e pulso – pois pode ser sinais de choque 
 Náusea e o Vômito: A enfermagem deve intervir no primeiro relato de náusea 
do paciente para controlar o problema em lugar de aguardar que ela progrida 
até o vômito. (Smeltzer & Bare, 2005) 
 Dor intensa: 
 Desconforto generalizado 
 Distensão abdominal 
 Alteração no nível de consciência 
 Bradicardia : FC< 60 ( severa <45) e taquicardia: FC> 100 . 
 Hipotensão:PA< 90/60 e Hipertensão: PA>140/90 
 Dessaturação : satO2 < 90% 
 
 
31 
 
Sinais clássicos de choque: = PEDIR AJUDA 
 
 Palidez; 
 Pele fria e úmida; 
 Respiração rápida; 
 Cianose dos lábios, gengivas e língua; 
 Pulso rápido, fraco e filiforme 
 Pressão arterial baixa e urina concentrada. 
 Hipotermia e tremores pós-operatórios. 
 Sangramentos e drenos. 
 queda de PA e pulso – pois pode dizer sinais de choque 
 taquicardia 
 vômitos 
 dor intensa 
 desconforto generalizado 
 distensão abdominal 
 alteração no nível de consciência 
 Parada cardio-respiratória 
 
ATENÇÃO! 
Toda e qualquer intercorrência deve estar bem anotada, e comunicar 
imediatamente ao anestesista, para avaliar o paciente e tomar as medidas 
necessárias. 
 
ESCALA DE ALDRETE-KROULIK 
 
A utilização de pontos de uma tabela para avaliar o estado físico do paciente 
teve sua origem em 1953, quando Apgar começou a avaliar recém-nascidos e criou a 
sua sistemática. Em 1970, Aldrete e Kroulik propuseram um sistema numérico de 
avaliação pós-anestésica permitindo uma coleta de dados com critério definido 
realizada pela enfermeira da RA. A partir de então, muitas Salas de Recuperação 
Pós Anestésicas incorporaram esse sistema de avaliação numérica no exame inicial 
de admissão do paciente na RA e em intervalos regulares até o momento da alta, 
sendo o mais utilizado atualmente. 
O sistema de Aldrete–Kroulik permite avaliação dos seguintes parâmetros: 
atividade do paciente, respiração, circulação, consciência e saturação de oxigênio. 
Atribui-se uma pontuação que varia de 0 a 2 para cada parâmetro, na qual o 0 indica 
condições de maior gravidade, o 1 corresponde a um nível intermediário e o 2 
representa a melhor função. 
 
 
 
32 
 
COMPLICAÇÕES PÓS – OPERATÓRIAS 
 
Realizar cuidados específicos ao paciente de acordo com os sinais e sintomas que 
vão surgindo no período de assistência na SRPA, onde cabe a equipe estar atenta e 
saber realizar os cuidados sem dificuldade, evitando atrapalho aos demais membros 
da equipe.Onde temos que saber algumas prevenções de complicações: 
 
Complicações Respiratórias: Estão entre as mais freqüentes e sérias que a 
equipe de cirurgia enfrenta, pode ser causada por: 
 doença respiratória, 
 efeitos anestésico, 
 broncoaspiração, 
 imobilidade PO prolongada, 
 cânula endotraqueal, 
 aumento da secreção na arvore brônquica = 
AS complicações mais comuns são: 
 hipoventilação, 
 obstruçãoVAS, 
 broncoespasmo , 
 pneumotórax , 
 hemotórax 
 hipoxemia. 
 
Complicações gastrointestinais: 
As alterações digestivas durante a anestesia incluem: 
 modificação do volume, conteúdo e motilidade das vísceras, favorecendo o 
aparecimento das principais complicações como náuseas e vômitos e 
distensão abdominal. 
 
Complicações cardiovasculares: Problemas comuns incluem: 
 hipotensão, 
 hipertensão, 
 arritmias, 
 bradicardia, 
 taquicardias, 
 disritmias, 
 parada cardíaca 
 hipovolemia. 
 
Complicações urológicas: Alterar a função renal de varias maneiras, a 
anestesia geral diminui o fluxo sanguíneo renal, a filtração glomerular e o fluxo 
urinário.Os 
33 
 
efeitos ocorrem nos bloqueios, principalmente na raqueanestesia, em função da 
extensão do bloqueio e da hipotensão resultante. As complicações mais comuns são: 
 oligúria 
 retenção urinaria. 
 
Complicações metabólicas: Alterações ácido-básico são provocados por déficit 
ou excesso de bicarbonato ou acido carbônico no liquido extracelular. Os tipos de 
alterações são: 
 Acidose Metabólica, / Alcalose Metabólica, 
 Acidose Respiratória / Alcalose. Respiratória. 
 
Complicações hematológicas: A equipe deve estar preparada para 
reconhecer as complicações hematológicas, entre elas: 
 As reações transfunsionais como reações hemolíticas pós- transfusões( os 
eritrócitos hemolisados liberam hemoglobina livre, provocando lesão renal). 
Causa: transfusão de sangue incompatível. 
 
Complicações neurológicas: Atingem o SNC são as mais temidas, entre elas: 
 anoxia cerebral. = agitação, excitação, delírio e convulsões. 
 
Outras complicações: São inúmeras, desde a interações medicamentosas com 
os agentes anestésicos, até aqueles inerentes ao ato cirúrgico. Incluem: 
 hipotermia, 
 hipertermia, 
 dor, 
 soluços, 
 hipertermia maligna, 
 calafrios 
 tremores e alergias. 
 
ALTA DA SRPA:O paciente permanece na SRPA até passar o efeito anestésico, ou parte dele, de 
acordo com a evolução de seu quadro e avaliação do anestesiologista. 
Só deve liberar o paciente da SRPA prescrita pelo anestesista; deve ser anotado o 
horário de saída do paciente, bem como as condições em que ele se encontra, e 
também para quem está sendo entregue. 
Cada hospital tem sua rotina própria para liberação do paciente da SRPA, 
fazendo uso de anotações em impressos próprios da SRPA ou mesmo na folha de 
anotação de enfermagem. Independentemente do local, os critérios de avaliação são 
os seguintes: 
 
34 
 
 atividade muscular 
 respiração 
 circulação 
 consciência 
 coloração da pele 
 
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE ALTA 
 
 Orientação no tempo e espaço 
 Estabilidade dos sinais vitais há mais de 60 minutos 
 Ausência de náusea e vômitos 
 Ausência de dificuldade respiratória 
 Capacidade de ingerir líquidos 
 Capacidade de locomoção como antes, se a cirurgia permitir 
 Sangramento mínimo ou ausente 
 Ausência de dor de grande intensidade 
 Ausência de sinais de retenção urinária 
 Dar conhecimento ao paciente e ao acompanhante, verbalmente e por escrito, 
das instruções relativas aos cuidados pós-anestésicos e no pós-operatório, 
bem como a determinação da unidade para atendimento das eventuais 
ocorrências 
 
 
PARTICULARIDADES ESPECÍFICAS DA CRIANÇA QUE DEVEM SER 
CONSIDERADAS ANTES DA ALTA 
 
 Sinais vitais e nível de consciência normais para a idade e de acordo com as 
condições pré-operatórias 
 Reflexos protetores das vias aéreas presentes 
 Sem ocorrência de complicações perioperatórias 
 Sem complicações cirúrgicas 
 Deambulação apropriada para a idade 
 Locomoção para casa em veículo próprio (com dois acompanhantes ou táxi) 
 
Pontos importantes 
 
 Avaliação do paciente no momento da recepção e comparação com os dados 
obtidos no histórico do paciente pré-cirúrgico; 
 Avaliação do local da incisão quanto a sinais de hemorragia visível; 
 Aplicação imediata dos índices de Aldrete e Kroulik ou Stward (bromage ou 
Saraiva); 
 Atenção para o relato cirúrgico quanto a complicações intra-operatórias; 
35 
 
 Controle rigoroso dos sinais vitais e da dor; 
 Controle rigoroso dos débitos e permeabilidade dos drenos, caso existam; 
 Controle rigoroso do débito urinário; 
 Controle da entrada e saída de líquidos no paciente; 
 Anotar o relato da estada do paciente no prontuário para informação dos 
profissionais das unidades. 
 
 
CENTRAL DE MATERIAL DE ESTERILIZAÇÃO – CME 
 
Trata-se de um setor especifico, com serviço próprio, independente do CC, 
com o objetivo de cuidar de todo material inerente à instituição. 
Segundo o Ministério da Saúde, “centro de Material Esterilizado é o conjunto de 
elementos destinados a lavagem, preparo e esterilização, guarda e distribuição de 
material para as unidades do hospital”. 
 
TERMOS: 
 
 Desinfetar:é destruir apenas os germes. 
 Desinfetante: substância química usada para esterilizar para realizar 
desinfecção. 
 Anti-séptico: substância química que impede a proliferação de bactérias. 
 Anti-sepsia: conjunto de medidas usadas para evitar a atividade e 
proliferação de microorganismos. 
 Bactericidas: agentes que destroem, matam as bactérias. 
 Bacteriostáticos: agentes que inibem o crescimento das bactérias. 
 Degermação: é redução ou remoção das bactérias da pele, seja por meio da 
limpeza química ou mecânica. 
 Esterilidade: resultado da esterilização 
 Viricida: agente que destruí os vírus. 
 
LOCALIZAÇÃO 
 
Pode estar vinculado ou não ao Centro Cirúrgico, respeitando as exigências das 
Normas Técnicas. 
 
 Centralizado – quando ocupa-se de todo o material do hospital. 
 
 Parcialmente centralizado – cada unidade prepara o material e envia ao 
CME. 
 
 Descentralizado – cada unidade cuida do seu material. 
36 
 
VANTAGENS: 
 
 Economia de pessoal e material; 
 Controle de gastos e suprimentos; 
 Controle adequado de todo material; 
 Pessoal treinado, possibilitando maior confiabilidade no processo de 
esterilização. 
 
ÁREAS QUE COMPÕEM A C.M .E 
 
 
RECEPÇÃO E EXPURGO: é área que recebe o material “sujo”, vindo do CC e 
das outras unidades de interação, com o objetivo de fazer a limpeza, podendo ser por 
maquinas ou material. O funcionário deve fazer uso de E.P.I.,bem como touca 
descartável. 
 
PREPARO DO MATERIAL: o material, após a lavagem, é passado para essa 
área para secagem e preparo do seu acondicionamento, para ser encaminhado à 
esterilização. Os pacotes são embalados em material próprio, como: tecido de 
algodão cru, papel grau cirúrgico ou caixas metálicas. São identificados por clinica e 
tipo de procedimento. 
 
ÁREAS DE ESTERILIZAÇÃO: é o local reservado para esterilização 
propriamente dita do material, por processo físico ou químico, com o objetivo de 
destruir todas as formas de vida microbiana. Esse local conta com equipamentos 
como as autoclaves a vapor. 
 
ÁREA DE GUARDA E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS: é a área destinada 
ao armazenamento/acondicionamento dos materiais que já sofreram o processo de 
esterilização, é também a área responsável pela distribuição do material entre as 
demais unidades. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS 
 
CRÍTICOS: são os materiais que entram em contato direto com a mucosa íntegra 
do paciente. Exemplo: termômetro, endoscópio, material de vídeo. Devem ser 
desinfetados a alto nível, ocorrendo a destruição dos germes. 
 
NÃO- CRÍTICOS: são os materiais que entram em contato direto com a pele 
íntegra. Exemplo: foco, telefone, mesa cirúrgica, pisos, paredes. Devem ser 
desinfetados a baixo nível, inativando algumas formas de germes. 
 
37 
 
 
 LIMPEZA E DESINFECÇÃO 
 
ÁREA DE EXPURGO: 
 
 PROCESSO MANUAL DE LIMPEZA DOS INSTRUMENTAIS: 
1. colocar as pinças em solução desinfetante / desimática, abertas, por 15 minutos; 
2. lavá-las em água corrente com escova; 
3. seca-las com compressa 
 
PROCESSO MECÂNICO: 
1. lavar os materiais em maquinas próprias, de acordo com orientação do fabricante. 
Material de vídeo: 
1. colocar as pinças em solução desinfetante, abertas, por 15 minutos; 
2. lavá-las em água corrente com escova; 
3. seca-la com compressa Material de borracha: 
1. colocar as pinças em solução desinfetante, abertas, por 15 minutos; 
2. lavá-las em água corrente com escova; 
3. seca-la com compressa. 
 
ESTERILIZAÇÃO 
Esterilizar: é a processo de destruição de todos os microorganismos 
patogênicos e não patogênicos. 
 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO: 
 
 Calor úmido – vapor saturado sob pressão (autoclave) 
 Calor Calor seco – ar quente (estufa) 
 Físico Radiação Raio gama de cobalto 60 
 Óxido de etileno 
 Físico- Químico: Peróxido de hidrogênio, Glutaraldeido aquoso a 2% 
 Químico Líquidos: Formaldeido aquoso a 10%, Formaldeido alcoólico a 8% 
 
CONTROLE DE ESTERILIZAÇÃO 
 
É a verificação se os materiais estão realmente esterilizados. 
Segundo o Ministério da Saúde, são determinados três mecanismos de controle de 
qualidade para esterilização: física, química e biológica. 
 
 Física: através de termômetro e manômetro, que apontam a temperatura e 
pressão na execução da esterilização. Não garante se o processo foi seletivo 
ou não. 
38 
 
 
 Química: através de tiras reagentes à temperatura, que são colocadas no 
interior da autoclave, em locais diferentes. 
 
 Biológica: através de indicador biológico: fitas ou ampolas com prazo 
determinado para alteração. É a que maisassegura a esterilização. 
 
 
Fluxo dos Funcionários 
 
Da área de Limpeza (expurgo) 
 
O funcionário que estiver alocado neste ambiente deverá dirigir-se ao vestiário 
desta mesma área, paramentar-se com EPIs preconizadas para este ambiente: gorro 
e máscaras descartáveis, avental impermeável de manga longa, luvas de borracha 
antiderrapante de cano longo, óculos protetores, botas ou protetores de perna e pé 
impermeáveis descartáveis e protetor auditivo, por conta da grande exposição a 
materiais biológicos, a produtos químicos e pelo ruído das lavadoras. 
Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os EPIs e as 
vestimentas utilizadas em suas atividades. 
 
Da área de Preparo e Esterilização (limpa) 
 
O funcionário que estiver alocado neste ambiente deverá dirigir-se ao vestiário 
desta mesma área, paramentar-se com EPIs preconizadas para este ambiente: 
(gorro, máscara, luva de procedimento, sapatos fechados, luvas de amianto p/ 
carregamento das autoclaves). 
 
Da área de Armazenamento (arsenal) 
 
Por este local ser exclusivo e de acesso restrito, o funcionário que estiver 
alocado neste ambiente permanecerá na área de preparo durante sua jornada de 
trabalho, somente tendo acesso a esta área nos horário de descarregamento das 
autoclaves, guarda e distribuição de materiais. 
EPIs preconizadas para este ambiente: luvas de amianto (risco queimaduras) , 
avental de mangas longas e gorro, sapatos fechados. 
 
 Observações: 
A escala dos funcionários será em forma de rodizio de áreas, pré- 
determinado. A escolha da utilização de paramentarão restrita ( pijama) será para 
limitar ou restringir o acesso livre . 
 
39 
 
 
SEQUÊNCIA PARA MONTAR PACOTES DE CAMPOS CIRÚRGICOS = 
HOSPITAL MATERNIDADE JARAGUÁ 
 
PACOTE CAMPO GRANDE 
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO) 
3 CAMPOS TIPO OPM 
1 CAMPO TIPO OPM 
1 SACO MESA 
2 AVENTAIS 
2 COMPRESSAS (P/ SECAR AS MÃOS) 
 
 
PACOTE CAMPO PEQUENO 
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO) 
1 CAMPO TIPO FENESTRADO GRANDE 
1 CAMPO TIPO O 
1 CAMPO TIPO OPM 
1 SACO DE MESA 
2 AVENTAIS 
2 COMPRESSAS (P/ SECAR AS MÃOS) 
 
PACOTE CAMPOS AVULSOS 
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO) 
4 CAMPOS TIPO O 
 
PACOTE CAMPO CURETAGEM 
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO) 
4 CAMPOS TIPO OPM 
1 AVENTAL 
1 COMPRESSA (P/ SECAR AS MÃOS) 
 
PACOTE CAMPO SALA DE PARTO 
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO) 
5 CAMPOS 
5 COMPRESSAS 
1 AVENTAL 
10 GAZES 
 
 
 
40 
 
 
Instrumentos cirúrgicos 
 
Sabemos que a palavra cirurgia significa operação manual, pois deriva do 
grego cheir (mão) e ergon (trabalho). É evidente que um ato cirúrgico requer também 
instrumentos para aumentar a destreza do operador e possibilitar a realização de 
manobras impossíveis de serem executadas apenas com as mãos. 
Usamos os termos instrumento para denominar cada peça, em particular; e 
instrumental para o conjunto destas peças. O número de instrumentos cirúrgicos é 
incontável; ao longo dos tempos os cirurgiões vêm criando e modificando novos 
elementos, que vão são incorporados aos já existentes. 
Quase sempre levam o nome de seus idealizadores, muitas vezes diferindo 
apenas em detalhes muito pequenos. No rotina da clínica cirúrgica veterinária 
utilizamos um universo relativamente reduzido, destas peças, se comparado com a 
diversidade estampada nos catálogos dos fabricantes. Estes instrumentos são 
divididos em suas diferentes categorias. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Instrumentais de diérese: 
 
 Constituído pelos bisturis e tesouras, serras, agulhas, trépano, ruginas e 
outros, utilizados nas cirurgias gerais, assim como nas especiais. 
 
 Bisturi é um instrumento cirúrgico, usado para fazer incisões, caracterizado por 
possuir uma lâmina muito afiada. Há diversos tamanhos de cabo e tipos de lâminas, 
para funções específicas 
 Cabos: Os tipos mais comumente utilizados na dierése incisional são os de 
número 3 e o 7, sendo este último mais longo e fino. São preparados para receber 
uma variedade de tipos de lâminas por meio de sua fenda receptora. 
 Lâminas: Com relação aos tipos de lâminas podemos citar: lâmina no. 15 é 
pequena e utilizada para incisões no mucoperiósteo; no. 10 tem formato semelhante á 
anterior, porém um pouco mais longa e utilizada para incisões maiores na pele; no. 11 
apresenta ponta bem mais afiada indicada para pequenas incisões como as de 
abcessos e por último no. 12 a qual apresenta ponta curva adequada para 
procedimentos mucogengivais. 
Colocação e remoção da lâmina: 
 Para conectar a lâmina ao cabo é necessária a utilização de um porta-agulha 
de modo a evitar cortes ao manuseá-la. Segura-se a lâmina em sua extremidade 
superior com o porta-agulha que possui uma estrutura metálica que assegura 
41 
 
apreensão. O cabo é segurado pelo corpo de modo que a face cortante da lâmina 
fique apontada para cima. A lâmina é deslizada pelo cabo até que haja um estalido. A 
remoção obedece aos mesmos procedimentos, entretanto o porta-agulha deverá 
segurar a lâmina em sua porção mais distal e superior levantando-a para desconectá-
la e deslizando-a em sentido oposto ao anterior. 
 As tesouras mais utilizadas: reta para o corte de fios, de secção ou 
curva (Mayo) e a de dissecção, mais delicada (Metzembaum) tesouras tesouras reta e 
curva 
 
Instrumentais para hemostasia: 
 Esse grupo é constituído por todos aqueles destinados ao pinçamento de 
vasos sangrantes. Representados por pinças nas formas retas e curvas, por exemplo, 
as pinças Kelly, Halstead, Rochester, preferidas pelo cirurgião devido a 
proporcionarem um manuseio mais fácil. As pinças hemostáticas são usadas em 
situações que exigem instrumentos mais longos. As pinças atraumáticas são usadas 
para hemostasia temporária. 
A hemostasia pode ser temporária ou definitiva, preventiva ou corretiva. O 
método de hemostasia por pinçamento é cruento e temporário, podendo tranformar-se 
em definitivo por ligadura, cauterização ou angiotripsia. Em cirurgia vascular, utilizam-
se pinças hemostáticas atraumáticas para que não se produzam danos na parede dos 
vasos quando aplicados, não favorecendo a trombose. As atraumáticas mais 
utilizadas são as de Buldogue e Satinsky. As pinças hemostáticas traumáticas quando 
aplicadas são substituídas por ligadura ou eletrocoagulação, sendo as mais utilizadas: 
Rochester, Kelly e a longa de Mixter. 
Instrumentais para preensão: 
 É o destinado a segurar e suspender as vísceras e órgãos, como as pinças 
elásticas e pinças com anéis e cremalheira. 
Pinça de preensão intestinal ou de Allis; pinça de preensão aponeurótica ou de 
Kocher, pinças de Foerstes e Ballenger e as chamadas pinças de campo ou Backaus 
Instrumentais para separação: 
 Formado por afastadores é destinado à exposição, permitindo a melhor 
visualização da cavidade operatória. Os afastadores são divididos em dois grupos: 
auto-estáticos e dinâmicos. Os afastadores dinâmicos mais conhecidos são os de 
42 
 
Farabeuf, as válvulas manuais de Doyen e a válvula supra-púbica. Os estáticos mais 
conhecidos são o Gosset e o Balfour 
Instrumentais e material para a síntese: 
 É representado basicamente pelas agulhas de sutura, porta-agulhas e 
principalmente pelos fios cirúrgicos, grampos e fitas adesivas de pele. 
 
 AGULHAS - São utilizadas para transfixar os tecidos como guia aos fios de 
sutura, podendo ser classificadas como retas ou curvas, podendo ser cilindricas ou 
cortantes; as que já vem montadas com o fio, são denominadas agulhas 
atraumáticas, proporcionando orifícios de entrada e saída menos traumáticos. As

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