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Legislação Trabalhista e Previdenciária: Horas Extras e Jornada de Trabalho

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Legislação Trabalhista e Previdenciária
HORA EXTRA – DSR – COMPENSAÇÃO DE HORAS
Profa. Josemara Ponte
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JORNADA DE TRABALHO 
 Conforme o Art. 58 da CLT e inciso XIII do Art. 7º da Constituição Federal de 1988, a duração normal do trabalho não pode ultrapassar o limite máximo de oito horas diárias e 44 horas semanais e pode ser estipulada em contrato uma jornada inferior. 
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JORNADA DE TRABALHO
 (MAIS UTILIZADAS) 
 44h SEMANAIS (MENSALISTA)
X 30 dias (mês) ÷ 6 dias (trabalhado na semana)
= 220h (HORAS TRABALHADA MÊS);
36h SEMANAIS X 30 dias(mês) ÷ 6 dias
(trabalhado na semana)= 180h (HORAS TRABALHADA MÊS). 
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HORAS EXTRAS
São consideradas horas extras aquelas que ultrapassem a jornada de trabalho normal do empregado e as que são trabalhadas em dia útil quando o empregado não tem obrigação de fazê-lo (artigo 59, CLT). 
A Constituição art 7º - XVI - determinou que o mínimo da remuneração de horas extras seja de 50%, alterando o § 1º do art. 59 da CLT, que determinava que o mínimo deveria ser de 20%. 
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HORAS EXTRAS
A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de duas horas dia e não ultrapassar dez horas semanais, mediante acordo escrito entre empregador e empregado ou acordo coletivo de trabalho, devendo o empregador pagar, pelo menos, mais 50%, sobre a hora normal. 
Exemplo: 
R$ 5,00(Salário-hora normal) x 50% = 
R$ 2,50
	R$ 5,00 + R$ 2,50 = R$ 7,50
	HORA EXTRA = R$ 7,50
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HORAS EXTRAS
Tratando-se de serviços inadiáveis e de força maior, (Art. 501 CLT) a jornada poderá ser aumentada em até 04 (quatro) horas diárias, no qual, deverão comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho, no prazo de dez dias.
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HORAS EXTRAS
O valor das horas extras habituais integra o aviso prévio indenizado (Enunciado TST nº94);
Conforme os Enunciados nºs 24, 45, 115 e 151 dos TST, as horas extras habituais são integradas na indenização por antiguidade, no cálculo do 13º salário, das gratificações semestrais e por ocasião das férias .
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Horas Extras nas Férias
Os adicionais por trabalho extraordinário serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias (Art. 142 § 5º, CLT).
Horas Extras na Rescisão
Numa rescisão contratual, pode ocorrer, o pagamento das férias proporcionais, considerando que as mesmas devem seguir a mesma linha de raciocínio das férias.
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Horas Extras sobre Comissão
“ O empregado sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de no mínimo 50% pelo trabalho em horas extras, calculando sobre o valor-hora das comissões recebidas Enunciado TST nº 340.
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 Exemplo: Empregado auferiu em horário normal de trabalho e extra R$ 1.338,00 de comissões durante o mês, tendo trabalhado 223h, sendo, 198h normais e 25h extras, adicional de Hora Extra 50%. Então:
Comissões recebidas do mês: R$ 1.338,00
Número de horas trabalhadas: R$ 223h
Número de Horas Extra: 25h
R$ 1.338,00÷223 = R$ 6,00 (comissões por hora trabalhada)
R$ 6,00 x 50% = 3,00 (valor adicional)
R$ 3,00 x 25 = R$ 75,00(valor adicional correspondente às Horas Extras trabalhadas).
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Então:
Comissões recebidas do mês: R$ 1.338,00
Número de horas trabalhadas: R$ 223h
Número de Horas Extra: 25h
R$ 1.338,00÷223= R$ 6,00 (comissões por hora trabalhada)
R$ 6,00 x 50% = 3,00 (valor adicional)
R$ 3,00 x 25 = R$ 75,00(valor adicional correspondente às Horas Extras trabalhadas).
Este empregado receberá R$ 75,00 de adicional de Horas Extras, além das comissões e o respectivo descanso remunerado (DSR).
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Integração das horas extras ao Descanso Semanal (DSR) e Feriado
De acordo com a Lei nº 605/49, art. 7º, alínea b, com redação dada a Lei nº 7.415, de 09-12-85, computam-se no cálculo do repouso semanal remunerado as horas extras habitualmente prestadas.
Recursos Humanos
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Descanso Semanal Remunerado – Lei nº. 605/49 e 7.415/85
Todo empregado urbano, rural ou doméstico tem direito ao Repouso Semanal Remunerado - RSR de 24 horas consecutivas, preferentemente aos domingos nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local. 
Além do descanso, faz jus também o empregado à respectiva remuneração, conforme determina a Lei nº 605/49, regulamentada pelo Decreto nº 27.048/49. 
Recursos Humanos
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Descanso Semanal Remunerado – Lei nº. 605/49 e 7.415/85
FORMA DE CÁLCULO
 
A integração das horas extras no descanso semanal remunerado, calcula-se da seguinte forma:
somam-se as horas extras do mês;
multiplica-se pelo número de domingos e feriados do mês;
divide-se o total de horas pelo número de dias úteis do mês;
Recursos Humanos
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Descanso Semanal Remunerado – Lei nº. 605/49 e 7.415/85
Fórmula:
 
DSR = valor total das horas extras do mês x domingos e feriados do mês  / numero de dias úteis                      
O sábado é considerado dia útil, exceto se recair em feriado.
 
Caso as horas extras feitas durante o mês tenham percentuais diferentes, a média terá que ser feita separadamente. 
 
Recursos Humanos
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Descanso Semanal Remunerado – Lei nº. 605/49 e 7.415/85
Exemplo:
 O empregado ganha R$ 415,00 por mês. Trabalhou 10 horas extras durante determinado mês que teve 5 dias não úteis (domingos e feriados) e 25 dias úteis. Quanto ele receberá de descanso semanal remunerado? a) valor da hora extra: R$ 2,82 O valor da hora normal é obtido dividindo-se o salário (R$ 415,00) por 220. 
Assim a hora normal deste empregado é de R$ 1,88. Suas horas extras, acrescidas de 50%, valerão: 1,88 x 1,5 = 2,82
Recursos Humanos
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Descanso Semanal Remunerado – Lei nº. 605/49 e 7.415/85
b) quantidade de horas extras: 10
 c) quantidade de dias não úteis: 5
 d) quantidade de dias úteis: 25 Com estes dados podemos calcular quanto este empregado irá receber de descanso semanal remunerado: 
Recursos Humanos
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Descanso Semanal Remunerado – Lei nº. 605/49 e 7.415/85
DSR= 2,82 X 10 X 5 25 DSR= 141 25 DSR= 5,67
 Logo, neste caso, o empregado irá receber R$ 5,67 de descanso semanal remunerado.
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COMPENSAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO
 
A compensação de horas de trabalho acontece quando o trabalhador excede a jornada em outro dia. Nesse caso o empregador está isento do pagamento de HORA EXTRA (Art. 59 da CLT, PARAGRÁFO 2º)
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BANCO DE HORAS
 
 As horas trabalhadas além do limite legal poderão ser compensadas pelos trabalhadores, com folgas nos dias subseqüentes (Lei nº 9.601/98, Medida Provisória nº.709/98), ou de acordo com a convenção coletiva. 
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BANCO DE HORAS
Chama-se esse sistema de "banco de horas" porque ele pode ser utilizado, por exemplo, nos momentos de pouca atividade da empresa para reduzir a jornada normal dos empregados durante um período, sem redução do salário, permanecendo um crédito de horas para utilização quando a produção crescer ou a atividade acelerar, ressalvado o que for passível de negociação coletiva (convenção ou acordo coletivo). 
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BANCO DE HORAS
Se o sistema começar em um momento de grande atividade da empresa; aumenta-se a jornada de trabalho (no máximo de 2 horas extras por dia) durante um período. Nesse caso, as horas extras não serão remuneradas, sendo concedidas, como compensação, folgas correspondentes ou sendo reduzida a jornada de trabalho até a "quitação" das horas excedentes.
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BANCO DE HORAS
 O sistema pode variar dependendo do que for negociado nas convenções ou acordos coletivos, mas o limite será sempre de 10 horas diárias trabalhadas, não podendo ultrapassar, no prazo negociado no Acordo Coletivo - em período máximo de 1 ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas. A cada período fixado no Acordo, recomeça o sistema de compensação e a formação de um novo "banco de horas".
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BANCO DE HORAS
A compensação das horas extras deverá ser feita durante a vigência
do contrato, ou seja, na hipótese de rescisão de contrato (de qualquer natureza), sem que tenha havido a compensação das horas extras trabalhadas, o empregado tem direito ao recebimento destas horas, com o acréscimo previsto na convenção ou acordo coletivo, que não poderá ser inferior a 50 % da hora normal. 
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PONTO ELETRÔNICO
A utilização obrigatória do novo Registro Eletrônico de Ponto - REP passaria a valer a partir de 1º de janeiro de 2012, conforme determina a Portaria MTE 1.979/2011.
Após várias prorrogações (quadro abaixo) quanto à obrigatoriedade do novo sistema pelo MTE, a nova portaria foi enfática ao estabelecer que o novo prazo seria de caráter IMPRORROGÁVEL.
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PONTO ELETRÔNICO
Quadro Histórico
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PONTO ELETRÔNICO
No entanto, de acordo com a Portaria MTE 2.686/2011 (última prorrogação até então), as novas exigências quanto a utilização do novo equipamento se darão a partir das seguintes datas:
2 de abril de 2012: Empresas que exploram atividades na indústria, no comércio em geral, no setor de serviços, incluindo, entre outros, os setores financeiro, de transportes, de construção, de comunicações, de energia, de saúde e de educação;
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PONTO ELETRÔNICO
1º de junho de 2012: Empresas que exploram atividade agro-econômica nos termos da Lei 5.889, de 8 de julho de 1973;
3 de setembro de 2012: Microempresas e empresas de pequeno porte, definidas na forma da Lei Complementar 123/2006.
Nota: Entendemos que a Portaria MTE 2.686/2011 deveria ter revogado a Portaria MTE 1.979/2011 (que havia estabelecido o dia 1º de janeiro/2012 para o início das novas exigências), já que qualquer empresa se enquadra em uma das categorias especificadas nos respectivos prazos acima, principalmente quanto ao termo "entre outros". 
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PONTO ELETRÔNICO
De fato as grandes empresas puderam se adequar ao novo sistema ainda em 2011, mas as pequenas e médias empresas (que emprega a grande maioria dos trabalhadores) não tiverem tempo nem disponibilidade financeira para atender às novas regras.
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PONTO ELETRÔNICO
O sistema, denominado como Sistema de Registro Eletrônico do Ponto - SREP traz as seguintes exigências pelos equipamentos de registro eletrônico:
Mostrador do relógio de tempo real contendo hora, minutos e segundos;
Obriga o mecanismo impressor, integrado e de uso exclusivo do equipamento, que permita a emissão de comprovante de cada marcação efetuada;
Armazenamento permanente onde os dados armazenados não possam ser apagados ou alterados, direta ou indiretamente;
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PONTO ELETRÔNICO
Porta padrão USB externa (denominada Porta Fiscal), para pronta captura dos dados armazenados na memória pelo Auditor-Fiscal do Trabalho;
Estabelece os formatos de relatórios e arquivos digitais de registros de ponto que o empregador deverá manter e apresentar à fiscalização do trabalho;
O sistema ainda proíbe qualquer ação que desvirtue os fins legais, tais como:
Restrições de horário à marcação do ponto por parte do empregador;
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PONTO ELETRÔNICO
Marcação automática do ponto (intervalo intrajornada), utilizando-se horários predeterminados ou o horário contratual;
Exigência, por parte do sistema, de autorização prévia para marcação de sobrejornada; e
Existência de qualquer dispositivo que permita a alteração dos dados registrados pelo empregado.
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PONTO ELETRÔNICO
De acordo com a Portaria MTE 373/2011 os empregadores poderão adotar sistemas alternativos de controle da jornada de trabalho, desde que autorizados por Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.
Os sistemas alternativos eletrônicos não devem admitir:  
Restrições à marcação do ponto;
Marcação automática do ponto;
Exigência de autorização prévia para marcação de sobrejornada; e
A alteração ou eliminação dos dados registrados pelo empregado.
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PONTO ELETRÔNICO
Para fins de fiscalização, os sistemas alternativos eletrônicos deverão:  
Estar disponíveis no local de trabalho;
Permitir a identificação de empregador e empregado; e
Possibilitar, através da central de dados, a extração eletrônica e impressa do registro fiel das marcações realizadas pelo empregado.
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