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NEURO CIENCIAS - SOMATOSSENSORIAL

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O SISTEMA SOMATOSSENSORIAL
TATO
Torna-se fundamental salientar que a pele pode ser de dois tipos: pilosa e glabra (sem pelos). Com isso, ela é composta pela epiderme e pela derme. 
No que tange ao assunto que vamos estudar, a pele é a primeira via de contato do nosso corpo com o meio externo e é o maior órgão somatossensorial que temos.
Mecanorreceptores da pele
A maioria dos receptores do sistema somatossensorial estão contidos dentro dos mecanorreceptores.
Estes tem como função em alguns exemplos: monitorar o contato na pele, a pressão no coração e nos vasos sanguíneos, o estiramento dos órgãos digestórios e da bexiga urinária e a força contra os dentes.
Obs: No centro de todos os mecanorreceptores estão axônios desmielinizados que são sensíveis a estiramento, deformação, pressão ou vibração.
Os receptores
Corpúsculo de pacini
É o maior e o mais bem estudados. Em cada mão tem uma quantidade de 2500 desse receptor, sendo que com maior quantidade nos dedos.
Terminações de ruffini
Encontra-se tanto na pele pilosa quanto na pele glabra.
Corpúsculo de meissner
Localizado nas papilas dérmicas da pele glabra
Disco de Merkel
Localizado na epiderme, consistem em uma terminação nervosa e uma célula não nervosa (célular merkel).
Sendo assim, diferentes formas de energia mecânica podem ser transmitidas, como a vibração, a pressão, a aguilhada, alisada e etc. Ocasionando, desta forma, um estimulo diferente a cada receptor que consegue captar diferentes frequências e áreas de contato distintas.
Em suma, podemos organizar os receptores em adaptações lentas e rápidas; e no que tange ao tamanho do campo receptivo.
Os corpúsculos de Meissner e de pacini disparam impulsos rápidos, mas em seguida não dispara mais mesmo que ainda continue tendo estímulo. Já o de Merkel e ruffini disparam em menor frequência e se mantem durante um estímulo longo.
Em relação aos pelos: Os pelos crescem a partir dos folículos, sendo que cada folículo é ricamente inervado por terminações de axônios isolados. A deformação de um folículo pode causar a deformação de folículos circunvizinhos, ocasionando o estiramento, inclinação ou achatamento das terminações nervosas dessas regiões, aumento ou diminuindo a frequência de disparos dessa região. Além disso, os macnorreceptores podem ter ação lenta ou rápida.
Vibração e o corpúsculo de Pacini
O corpúsculo de Pacini é composto por diversas camadas concêntricas de tecido conectivo (como uma cebola) e de uma terminação nervosa situada no centro.
Segundo o guyton, este é um dos ‘’Receptores de adaptação rápida detectam alterações da intensidade de estímulo – os receptores de transição de estíulo, receptores de movimento ou receptores fásicos’’
Quando um estímulo chega à esse receptor, as camadas de tecido conectivos são deformadas, onde a energia é transmitida até a terminação sensorial, e os canais mecanossensíveis se abrem. Assim a corrente flui e pode gerar um potencial de ação caso a corrente seja intensa o suficiente. 
Contudo, persistindo com a pressão feita, o tecido conectivo se desliza uma sobre a outra, o que acaba gerando uma ‘’acomodação’’, ao ponto de não haver um deformação e de gerar impulsos.
Ao ser aliviada a pressão, os eventos ocorrem de maneira inversa, ao ponto de gerar uma despolarização novamente.
Obs: a capsula tem uma propriedade de deixar mais sensível aos estímulos vibratórios e menos sensível à pressão estática.
Função na vida desse receptor fásico: Os receptores localizados nas articulações poderão ter a localização onde o pé pisará, caso seja em um local errado, os receptores terão a capacidade de ajustar os músculos.
Canais iônicos mecanossensíveis
Os canais iônicos mecanossensíveis convertem a força mecânica em uma mudança na corrente iônica. Estes estão localizados nas membranas das terminações nervosas não mielinizadas que estão presentes nos mecanorreceptores.
As forças aplicadas podem fomentar o aumento ou a diminuição dos canais, sendo que esta força pode ser aplicada à membrana e gerar estiramento ou deformação ou por proteínas extracelulares (actina, microtúbulos e etc). Os estímulos mecânicos podem, ainda, disparar a liberação de segundos mensageiros que, por sua vez, regulam os canais iônicos.
Axônios Aferentes Primários
Os axônios aferentes primários são os que transmitem as informações dos receptores somáticos para a medula espinhal ou ao tronco encefálico.
Obs: Os axônios aferente primários entram na raiz dorsal e os corpos celulares estão localizados no gânglio da raiz dorsal.
Os axônios são diferenciados pelo tamanho das fibras sendo estas são: Aα, Aβ, Aδ e C; Sendo que as fibras do tipo A são mielinizadas e vão diminuindo de tamanho na medida em que avança as letras, enquanto as fibras do tipo C são não mielinizadas.
Obs: as fibras de tipo C transmitem a condução de forma muito lenta, segundo livro é como se tivesse dando 1 passo e contasse até 2 e em seguida outro passo, sendo assim a transmissão da informação pela fibra C. Enquanto a fibra A beta é como se fosse um movimento muito rápido 160km por hora.
Medula espinhal (organização segmentar da medula espinhal)
É por meio dos dermátomo.
Medula espinhal (organização sensorial da medula espinhal)
Com o objetivo de revisar: A área central da medula é composta por substância cinzenta e a periferia por substância branca. A substancia cinzenta é dividida em corno dorsal, zona intermediária e um corno ventral. 
Obs: Os neurônios que recebem informações referente dos sensoriais aferentes primários são chamados de sensoriais secundários (ou de segunda ordem). Valido ressaltar que a maioria dos neurônios sensórias estão localizados no dorso.
Os calibrosos axônios mielinizados A beta que conduzem informações tátis cutânea entram no corno dorsal e se ramificam. 
Via coluna dorsal – Lemnisco medial
Esta via é a via do tato, totalmente diferente da via referente à temperatura e dor.
Ramo ascendente dos axônios sensoriais calibrosos (A beta) entra na coluna dorsal ipsolateral da medula espinhal.
A coluna dorsal leva informações das sensações tátil para o encéfalo
Obs: A coluna dorsal é composta por axônios sensoriais primários, também chamados de axônios de neurônios de segunda ordem.
Os axônios da coluna dorsal terminam no núcleos da coluna dorsal (situado no limite da medula espinhal e do bulbo).
Obs: Até neste momento as informações são transmitidas ipsolateralmente, informações do tato do lado direito estão sendo representadas por atividades dos neurônios nos núcleos direito da coluna dorsal. Entao, a partir do momento que passa pelo núcleo, o sistema somatossensorial de um lado do encéfalo está relacionado com as sensações originadas do lado oposto do corpo.
Os axônios da coluna dorsal ascendem ainda no bulbo para o lemnisco medial
Neste momento sobe do bulbo para ponte e para o mesencéfalo, até fazer sinapse com o núcleo ventral posterior (Núcleo VP) do tálamo.
Obs: Nenhuma informação sensorial chega ao córtex sem fazer informação com o tálamo, exceto o olfato.
Os neurônios talâmicos se projetam para regiões específicas do córtex somatossensorial primário, ou S1.
Via tátil trigeminal
As sensações da face são supridas de forma diferente, desta forma, esta via tem como função demonstrar isto.
Nervo trigêmeo (nervo craniano V) é responsável por fornecer as sensações da face.
Divide-se para cada lado em 3 nervos periféricos, sendo inervado a face, a região bucal, os dois terços distais da língua e a dura-mater que recobre o encéfalo.
Obs: as sensações da pele em torno do ouvido, da região nasal e da faringe são fornecidas pelos nervos: facial (VII), glossofaríngeo (IX) e o vago (X).
O nervo trigêmeo faz sinapse com o neurônio de segunda ordem do núcleo trigeminal ipsolateral (análago a um núcleo da coluna dorsal)
Posteriormente vao para o núcleo VP do tálamo
Depois é transmitida para o córtex somatossensorial
Córtex somatossensorial
É o local onde acontece os processamentos mais complexos. 
A área de Brodmann 3b, reconhecida
como o córtex somatossensorial primário (S1), localiza-se no giro pós-central. Outras áreas estão localizadas ao lado, ainda no giro pós-central, como a área 3a, 1 e 2, e as áreas 5 e 7 no córtex parietal posterior adjacente.
A área 3b é o córtex somatossensorial primário porque:
Recebe muitas aferencias do núcleo VP do tálamo;
É uma área super responsiva a estímulos somatossensoriais;
Lesões nesta área prejudicam a sensação somática;
Quando esta área recebe estímulos elétricos resulta em experiências somatossensoriais;
Caso seja retirada o córtex somatossensorial I:
Incapaz de localizar diferente sensações em diferentes partes do corpo
Não consegue diferenciar diferentes graus de pressão sobre o corpo
Incapaz de avaliar peso dos objetos
Incapaz de avaliar os contornos dos objetos (estereognosia)
Incapaz de avaliar a textura dos matérias (depende de sensações muito criticas)
Referente a área 3a, esta também recebe muitas aferências do núcleo VP do tálamo, mas esta se encontra mais relacionada com a posição do corpo.
Área 1 e 2 recebem inervações de 3b. Sendo que a área 1 recebe informações referente a textura, enquanto na área 2 enfatiza tamanho e forma.
Somatotopia cortical
É o mapa referente ao S1 onde que cada área tem como função gerar uma resposta somática. Esse mapeamento do encéfalo é semelhante ao mapeamento da retina (retinotopia) e a cóclea sensível à frequência sonora (tonotopia).
Plasticidade do mapa cortical
Pode ocorrer uma reorganização do mapa cortical. Senso assim, a área referente a uma determinada parte do corpo é reorganizada, ou seja, ela passa a ser destinada para áreas vizinhas do córtex. Ao serem estimuladas, estas aumentam de forma expressiva.
Além disso, caso uma área seja mais estimulada que a outra, ela pode se expandir em comparação a outras que não foram estimuladas. 
Nos humanos um caso que podemos salientar são a dos membros fantamas, onde que determinadas áreas do corpo podem fazer com que o paciente esteja sentindo o membro que está faltando.
Córtex parietal posterior (Área somotossensorial II) ou também chamada de área de associação somatossensorial.
É uma área que os neurônios possuem campos receptivos grandes com estímulos preferenciais muito difíceis de serem caracterizados por serem muito elaborados.
Esta área não se encontra relacionada apenas com a sensação somática, mas com outras áreas também, como a de estímulos visuais, com o planejamento de movimentação, e com o nível de atenção de uma pessoa.
Os sinais que entram nessa área são advindos do tronco cerebral. Além disso, projeções da área somatossensorial I são fundamentais para a função da área somatossensorial II, no entanto, a remoção da área somatossensorial II não vai ter efeito aparente sobre as respostas dos neurônios da área somatossensorial I.
Ademais, essa área é um local onde recebe muitos tratos de neurônios (por isso chamada de área de associação somatossensorial). Sendo que são de 5 lugares:
Somatossensorial I;
Núcleos ventrobasais do tálamo;
Outras áreas do tálamo;
Córtex visual;
Córtex auditivo;
DOR
Os receptores da dor são chamados de nociceptores, os quais são terminações nervosas livres, não mielinizados que sinalizam lesão ou risco de lesão.
Dor x nocicepção: Dor é referente a uma lesão, a uma irritação, ardência e etc, enquanto nocicepção é o processo sensorial que disparam a experiência da dor.
Transdução dos estímulos de dor
A membrana dos nociceptores possui canais iônicos que são ativados por estímulos dolorosos. 
Além das lesões (dores), outras formas podem fazer com que os canais iônicos sejam ativados com o intuito de gerar uma despolarização, como por exemplo: proteases, ATP e K+
Obs: As proteases clivam um peptídeo extracelular chamado de cininogênio para formar o peptídeo bradicinina. Esta bradicinina liga a uma molécula receptora específica que aumenta a condução iônica dos nociceptores.
Obs2: Em casos de exercícios intensos, torna-se fundamental a utilização do metabolismo anaeróbico para gerar ATP, sendo que uma consequência deste metabolismo é a liberação de ácido lático. O acúmulo de ácido lático leva a uma quantidade de H+ exacerbada. Este ion leva a abertura dos canais iônicos dependentes de H+.
Obs3: Durante uma picada de uma abelha, os mastócitos são ativados liberando histamina. A histamina se liga a um receptor de dor e pode causar a despolarização.
Tipos de nociceptores
São terminações nervosas livres, não mielinizados que sinalizam lesão ou risco de lesão. E, também, podemos ter como ter uma via de transdução as fibras A gama.
Nociceptores polimodais: Respondem a estímulos mecânicos, térmicos e químicos;
Nociceptores mecânicos: Respondem a pressão intensa;
Nociceptores térmicos: Respondem a calor queimante ou frio extremo;
Nociceptores químicos: Respondem à histamina e outros agentes químicos;
Onde podemos encontra-los: pelo, músculo, osso, em muitos órgãos internos, vasos, exceto no sistema nervoso, mas tem nas meninges.
Hiperalgesia e inflamação
Em um local com a área lesada, esta fica mais sensível, gerando uma hiperalgesia, ou seja, o limiar da dor fica diminuído. 
Esta pode ser Hiperalgesia primária, onde o local da dor reduzida é no próprio tecido lesado, ou hiperalgesia secundária, onde o local da dor é nos locais vizinhos.
Continuando, quando ocorre uma lesão diversas substâncias são liberadas, como neurotransmissores (glutamato, serotonina, adenosina, ATP), peptídeos (substância P, bradicinina), lipídios (prostaglandinas, endocanabioides), proteases, neurotrofinas, citocinas, quimiocinas, íons (H+ e K+).
Em conjunto, formam uma inflamação que alguns sinais da inflamação são as dores, calor, rubor e edema;
Além disso, essas substâncias podem modulas a excitabilidade dos nociceptores, tornando-os mais sensíveis a estímulos térmicos e mecânicos.
Obs: o SNC contribui com a hiperalgesia secundária. Após a lesão, a ativação das fibras Abeta podem provocar dores por toques leves. Sendo assim, esta hiperalgesia é devido o envolvimento de uma interação sináptica (linha cruzada) entre a via do tato e a via da dor na medula espinhal.
Prurido
Assim como na dor, o prurido tem axônios sensoriais de pequeno calibre. Além de, também, ser ativado por estímulos químicos e tátil.
(Muito básico, posso completar depois).
Aferentes primários e mecanismo espinhais
Como pode ser transmitida de duas formas (fibras A gama e fibras do tipo C) até o SNC. Pode-se diferenciar de dois tipos a dor, como primária onde será transmitida pela A gama e será rápida e aguda, e pela fibra C que é lenta e contínua.
Obs: Quando as fibras do tipo A gama penetram na medula, elas vão para o tracto de Lissauer, fazendo sinapse com neurônios da parte mais periférica do corno dorsal, em uma região conhecida como substância gelatinosa.
Obs: O neurotransmissor dos neurônios aferentes é o glutamato, sendo que também podemos encontrar o peptídeo de substância P. (válido ressaltar que essa substância P é usada com mais frequência em situações de dor moderada a intensa.
Obs2: os axônios dos nociceptores viscerais entram na medula espinhal no mesmo local que os nociceptores cutâneos. Dessa forma, podemos dizer que elas se misturam. Dentro desse contexto, podemos mencionar a dor referida, a qual uma angina por exemplo podemos sentir no braço esquerdo, ou como na apendicite que podemos sentir dor na região próximo do umbigo na parte inicial da doença.
Vias ascendentes da dor
Esta é diferente do Tato, uma vez que os receptores são receptores livres, o axônio é o de baixo calibre, como a fibra A gama ou a fibra do tipo C e o local onde chega na medula é no tracto de lissauer (mais internamente do corno posterior).
Via da dor espinotalâmica
Esta inicia-se quando os axônios dos neurônios secundários decussam no mesmo nível da medula espinhal em que ocorreu a sinapse e ascendem pelo tracto espinotalâmico ao longo da superfície ventral da medula espinhal. Ela sobe passando pelo bulbo, pela ponte, pelo mesencéfalo até chegar no tálamo, onde
vai para o lemnisco medial e posteriormente para o córtex cerebral.
Obs: Diferente do TATO, a via espinotalâmica é contralateral, ou seja, uma dor no lado direito sobe pelo lado esquerdo. Enquanto no tato é ipsolateral, onde que sobe no mesmo lado e apenas no tálamo que fica contralateral.
Obs: Caso a medula seja lesada em um lado, a insensibilidade, tato leve, vibrações de diapasão são sentidas com dificuldade no mesmo lado. Em casos de sensibilidade a dor e temperatura é no lado oposto ao da lesão na medula, caso tenha.
Via da dor trigeminal
O nervo trigêmeo faz sinapse com o neurônio sensorial secundário no núcleo espinhal do trigêmeo no tronco encefálico. Os axônios desses neurônios decussam e ascendem ao tálamo pelo lemnisco trigeminal.
Regulação da dor
Regulação Aferente
É referente a dor suprida quando os mecanosrreceptores de limiar baixo (Fibras A beta) são estimuladas concomitantemente, ou seja, a famosa massagem ajuda a tirar a dor.
Análago a isso, na fisioterapia, fios condutores elétricos na pele fazem a estimulação elétrica destinada a ativar axônios sensoriais de grande diâmetro, a dor é suprida neste caso.
Regulação descendente
A região de neurônios do mesencéfalo de substância cinzenta periaquedutal (PAG), quando estimulada eletricamente, pode causar analgesia profunda. Tal fato pode acontecer em casos de atletas e soldados que tiverem ferimentos terríveis e não sentem dor ao lesar.
A PAG recebe aferência de axônios de muitas áreas de emoções do encéfalo. Após disso, os neurônios da PAG enviam axônios descendentes que é direcionada para regiões situadas na linha média do bulbo, principalmente para os núcleos da rafe (cujos neurônios liberam o neurotransmissor serotonina). Os neurônios bulbares, posteriormente, transmitem axônios para o corno dorsal, onde em muitos casos consegue suprimir a ação dos neurônios nociceptivos.
TEMPERATURA
A sensibilidade a temperatura não se encontra distribuída uniformemente. Sendo que as áreas podem ser sensíveis ao calor ou ao frio, nunca de ambas ao mesmo tempo.
A sensibilidade de mudança de temperatura do neurônio depende de dois tipos de canais iônicos. Para quente tem a proteína receptora TRPV1 e para o frio TRPM8.
Sendo assim, os neurônios só podem apresentar um tipo de receptor para cada um (frio ou calor). 
Valido ressaltar que os canais podem se adaptar. Em receptores para frio, caso seja aplicado uma temperatura muito fria, de uma forma gradativa esse receptor vai se ‘’acomodando’’ ao ponto de gerar poucos estímulos. Tal fato é dado ênfase quando você se encontra em um local quente e vai para um lugar super frio. A sensação do frio é muito maior do que se você estivesse em um lugar mais frio
Para o calor, supõe-se que os receptores sejam de terminações nervosas livres, pois os sinais são transmitidos por fibras nervosas do tipo C. Enquanto para o frio o receptor não é bem definido, mas parece que é uma terminação nervosa mielinizada, onde que as fibras que as conduzem são do tipo A gama. Estudos sugerem que elas sejam transportadas por fibras do tipo C também.
Somação espacial das sensações térmicas
O número de terminações para frio e calor são pequenas na superfície corporal. Desta forma, caso uma área pequena seja estimulada por uma temperatura SUPER GELADA, a pessoa não sentirá. Contudo, caso uma mudança de temperatura (como um aumento de 0,01C) seja estimulada em todo corpo, o corpo irá sentir.
OPIÓIDES ENDÓGENOS
São conhecidos também como um termo geral de peptídios opióides endógenos.
Dentro dos opióides endógenos pode se encontrar 3 famílias: endorfinas, encefalinas e dinorfinas. Sendo que os 3 receptores de opióides exibem afinidade superposta por esses peptídeos.
Farmacocinética
Absorção
Em maioria os opióides são bem absorvidos quando administrados por meio das vias subcutâneas, intramuscular e oral. Contudo, existe uma variabilidade entre os pacientes no metabolismo de primeira passagem dos opióides, tornando difícil a dose oral efetiva.
Dentro desse aspecto, existem certos analgésicos como a codeína e a oxicodona que são efetivos via oral uma vez que eles possuem o seu metabolismo reduzido de primeira passagem.
A insuflação nasal pode obter rápidos níveis sanguíneos terapêuticos ao evitar o metabolismo de primeira passagem.
Outras vias, como por exemplo, por meio da mucosa oral na forma de pastilhas e pela via transdérmica com discos transdérmicos. Estes últimos podem permitir a liberação de analgésicos potentes durante vários dias.
Distribuição
Os opioides têm a capacidade de se ligaram a diversas proteínas plasmáticas com afinidade variável, mas mesmo assim elas abandonam essas proteínas para se localizarem, em concentrações elevadas, em tecidos perfundidos, como o cérebro, os pulmões, o fígado, os rins e o baço.
O tecido adiposo é pouco perfundido (fazendo com que poucos opiódes sejam transportados a este local), contudo quando é administrado altas doses ou a infusão contínua de opióides altamente lipofílicos (que são lentamente metabolizados, como a fentanila), torna-se muito importante como um mecanismo de reserva.
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação
Os agonistas dos opióides poduzem analgesia por meio de sua ligação com receptores específicos acoplados à proteína G, que se localizão no cérebro e em regiões da medula espinhal envolvidas na transmissão e na modulação da dor.
Tipos de receptores
 Existem 3 principais de receptores, μ (mu ou mi), κ (kappa) e δ (delta), sendo que podemos encontrar os subtipos, como o μ1; μ2; δ1; δ2; κ1; κ2; κ3.
Ações celulares
Os receptores estão acoplados a proteína G, e por meio desta interação, afetam a regulação dos canais iônicos, modulam o processamento do cálcio intracelular e alteram a fosforilação das proteínas.
A proteína G tem como função: (1) fecham os canais de cálcio, ou seja, reduzem a liberação de neurotransmissores. (2) Hiperpolarizam, assim inibem os neurônios pós-sinapticos por meio da abertura dos canais de potássio.
Obs: a liberação pré-sinaptica contem a liberação de glutamato (principal aminoácido excitatório), bem como acetilcolina, norepinefrina, serotonina e substância P.
Distribuição dos receptores
Os 3 receptores estão localizados em altas concentrações no corno dorsal da medula espinhal. Os agonistas opioides inibem a liberação de transmissores excitatórios a partir desses aferentes primários e inibem diretamente o neurônio de transmissão da dor no corno dorsal
Quando se tem o efeite analgésico na medula espinhal, tem-se a ação espinhal, (sendo que este pode ser ocasionado devido a uma aplicação local na medula ou como consequência da ação supra-espinhal, a qual é sistêmica)
Obs: Na maioria dos casos, é utilizado por meio da via sistêmica, onde não só a via ascendente da dor é inibida (como foi dito no último parágrafo), mas também na via descendente, ou seja, é ativado os neurônios inibitórios que vao para a medula espinhal e inibem a transmissão da dor.
Os opioides exógenos (como a morfina) trabalha em conjunto com as endógenas. Quando a morfina atua no receptor μ, ocorre uma excitação onde que ocorre a liberação de opioides endógenos que atuaram nos receptores ,κ e δ .
 
Tolerância e dependência física 
O uso constante de opioides pode provocar a tolerância, o que pode fazer com que os efeitos dos medicamentos sejam reduzidos, sendo necessária uma dose mais elevada para poder ter o efeito adequado. Em conjunto com a tolerância, pode ter a dependência física, onde que é uma síndrome de abstinência a partir do momento em que se deixa de tomar o medicamento.
Dentro desse contexto, o receptor μ induz um fator importante no que tange a manutenção e indução desses agravos.
Em alguns estudos sugerem que ocorre um desacoplamento do receptor, ou seja, a tolerância deve-se a disfunção das interações estruturais entre o receptor μ e as proteínas G.
Além disso, o uso constante de opioides podem desenvolver uma hiperalgesia.
Efeitos da morfina e seus substitutos sobre órgãos e sistemas
No SNC
- Analgesia: Reduz
a dor;
- Euforia: Geralmente em pessoas usuárias de drogas intravenosas são aplicadas para gerar uma sensação agradação com o objetivo de acalmar;
- Sedação
- Depressão respiratória: Pode ocorrer devido a uma inibição do tronco encefálico, fazendo com que tenha uma pressão de CO2 alveolar aumentada
- Supressão da tosse
- Miose
- Rigidez de tronco
- Náuses e vômitos
- Temperatura
Efeitos periféricos
- Sistema cardiovascular
- Trato gastrointestinal
- Trato biliar
- Renal
- Útero
- Neuroendócrino
- Prurido
Referências: Guyton 12 edição
Bear 4 edição
Lange

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