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Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 24 Unidade II Unidade II 5 10 15 20 3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA CONTROLADORIA O papel da controladoria é responder tanto pelo lucro gerado quanto pela eficácia (ou não) da empresa. Para tanto, o seu funcionamento depende de que todos os departamentos da organização convirjam para o mesmo objetivo, motivo pelo qual o monitoramento realizado pela controladoria precisa ser constante e feito por meio de um sistema de informação ágil, sinergético e confiável. 3.1 Sistema de informação Padovese (p. 43) define sistema de informação por um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados, segundo uma sequência lógica, para o processamento dos dados e a tradução em informações, permitindo às organizações o cumprimento de seus objetivos principais. A classificação dos sistemas de informações em apoio às operações e à gestão facilita o dia a dia das empresas, porém eles devem agir de modo simultâneo. O importante é ter um sistema de informação que, ao mesmo tempo, atenda tanto às áreas de operações quanto à gestão da organização. Enquanto os sistemas de apoio às operações dão suporte às funções operacionais, como compras, estocagem, produção, vendas, faturamento, pagamento, recebimento, dentre outras, os sistemas de apoio à gestão buscam informações mais Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 25 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO detalhadas sobre o desempenho do negócio, tais como: sistema de informação contábil, sistema de custos, de orçamento, de planejamento de caixa, de centro de custos etc. Em termos gerais, pode-se afirmar que os sistemas de apoio à gestão tratam de dados quantitativos e qualitativos extraídos dos sistemas de apoio às operações, por exemplo, o valor do faturamento do último trimestre, destacando o tipo do produto, a região para a qual foi vendido, se à vista ou a prazo, se a entrega foi feita por transporte próprio ou terceirizado, e assim por diante. 3.2 Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (Sige) O avanço tecnológico permitiu que as empresas integrassem suas informações de tal maneira que hoje o Sige — Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, o ERP — Enterprise Resources Planning, ou simplesmente o planejamento de recursos empresariais, fazem parte da gestão empresarial, devido, principalmente, à necessidade de informações ágeis, precisas e confiáveis. Ainda mais em um momento da sociedade em que os acontecimentos ocorridos são acompanhados pela comunidade terrestre em tempo real, as empresas que movem a economia mundial não poderiam ficar de fora. E, assim, ao mesmo tempo em que as informações estão sendo geradas, também estão sendo analisadas a partir da integração dos subsistemas de apoio às operações e, consequentemente, à gestão. Padovese (p. 44) aponta três principais razões que levam as empresas a implantar o Sige: a) o movimento de integração mundial das empresas transnacionais, exigindo tratamento único em tempo real das informações; b) a tendência de substituição de estruturas funcionais por estruturas ancoradas em processos; 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 26 Unidade II c) a integração, viabilizada por avanços na tecnologia da informação, dos vários sistemas de informação em um sistema único. É importante ressaltar que o Sige tem como base a integração horizontal dos dados que primeiro foram gerados em seus respectivos departamentos e, em seguida, passam a alimentar este único banco de dados — Sige. 3.3 A contabilidade dentro do Sige A contabilidade por si já é um sistema de informação, uma vez que ela existe a partir das operações realizadas por outros departamentos, executando a partir daí o seu papel de mensurar, controlar e avaliar as operações ocorridas ou, em outras palavras, avaliar economicamente a empresa. Porém, a contabilidade não poderia ser excluída do Sige, logo, temos um sistema dentro do outro, ou seja, a contabilidade, assim como os outros departamentos, passa a integrar um sistema maior, o Sige, e, dessa forma, o seu papel dentro da empresa torna-se mais presente, pois sua metodologia de classificar e registrar as operações ocorridas na empresa como um todo só reforça a sua atuação de mensurar, controlar e avaliar a organização. 3.4 Sistema de informação de controladoria Pelo fato de o sistema de informação contábil estar inserido no sistema de informação da controladoria e ainda ser o único sistema que resume todas as operações realizadas na organização por meio dos lançamentos contábeis, cabe aqui que o papel do controller seja cumprido, visto que ele deverá exigir que a contabilidade seja utilizada em toda sua plenitude, ou seja, tomará como base eventos econômico-financeiros ocorridos no passado e no presente e projetá-los-á de tal maneira que forneçam um alicerce para a tomada de decisão, seja interna ou externa à organização. 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 27 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO Padovese (p. 46) ilustra a importância da contabilidade na gestão empresarial a partir desta definição: a contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. Os objetivos da contabilidade, pois, devem ser aderentes, de alguma forma explícita ou implícita, àquilo que o usuário considera como elementos importantes para seu processo decisório. 3.5 As informações no sistema de informação contábil Talvez aqui esteja a maior dúvida, afinal quais informações devem integrar um sistema de informação gerencial? Porém, não há uma resposta definitiva a essa pergunta, pois, se a contabilidade gerencial deve atender às necessidades internas da organização, logo atenderá diretamente aos anseios da alta direção. Portanto, cabe à contabilidade, após definir os objetivos da empresa, solicitar ao controller (conhecedor tanto da contabilidadefinanceira quanto da gerencial) que auxilie na formação das informações que serão geradas do Sige — Sistemas Integrados de Gestão Empresarial. As respostas para algumas indagações antes de iniciar o processo contribuem com o resultado final, por exemplo, elencar a tomada de decisão por área ou departamento e a partir daí listar as informações pode contribuir com cada situação. 3.6 O sistema de informação contábil — controladoria no processo de gestão Se cabe à controladoria monitorar todo o processo de gestão, ou seja, do planejamento estratégico ao operacional, envolvendo programação, execução e controle, Padovese (p. 54) ilustra todo o processo de gestão por meio da Figura 9: 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 28 Unidade II Planejamento estratégico Pré- planejamento Planejamento operacional Programação Execução Controle Sistema de programação operacional Sistema de apoio às operações Sistemas de cursos Sistemas de contabilidade por responsabilidade Sistemas de contabilidade Controle Execução Sistema de orçamento Alternativas avaliadas e aprovadas Sistema de pré- orçamento Sistema de simulação Projeções Sistema de informação de variáveis ambientais Sistema de acompanhamento de negócio Processo de gestão Sistema de informação contábil Fonte: Figura 9 – Padovese (p. 54). 4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE RESULTADOS E O PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO Welsch (p.19) entende que é a eficácia com que o empreendimento for conduzido que o levará ao sucesso e que, se a administração é traduzida pelos esforços humanos, logo, serão estes, quando bem conduzidos, que darão ou não sobrevivência à organização. Em outras palavras, é o planejamento e o controle de lucros, em termos amplos, por meio de conceitos e técnicas de planejamento e controle de resultados que sustentarão toda a organização, tanto a médio quanto a longo prazos. Embora a administração atenda às empresas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, esse estudo de Welsch pauta-se sobre as empresas privadas com fins lucrativos. 5 10 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 29 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO Welsch (p. 21) define em termos amplos a expressão “planejamento e controle de resultados” como um enfoque sistemático e formal à execução das responsabilidades de planejamento, coordenação e controle da administração. Especificamente, o planejamento e o controle de resultados envolvem a preparação e a utilização de: a) objetivos globais e de longo prazo da empresa; b) um plano de resultados a longo prazo, desenvolvido em termos gerais; c) um plano de resultados a curto prazo, detalhado de acordo com diferentes níveis relevantes de responsabilidade (divisões, produtos, projeções etc.); d) um sistema de relatórios periódicos de desempenho, mais uma vez para os vários níveis de responsabilidade. Enfim, o conceito de “planejamento e controle de resultados” implica em elementos de realismo, flexibilidade e atenção permanente às funções de planejamento e controle da administração. Conforme defende Welsch (p. 21), para que se possa adquirir uma compreensão apropriada do conceito genérico de planejamento e controle de resultados, é preciso reconhecer que ele se aproxima do conceito de sistema que integra todos os aspectos funcionais e operacionais de uma empresa, ou seja, é a integração da administração com a controladoria. Welsch (p. 22) esclarece ainda que a contribuição da contabilidade na formação do planejamento e controle de resultados, embora seja de vital importância, precisa ser adaptada a fim de atender às necessidades geradas pelo planejamento e controle de resultado, ou seja: a) contabilidade por níveis e áreas de responsabilidade; 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 30 Unidade II b) contabilidade por margem de contribuição (custeio direto); c) custeio padrão (orçamento para a produção); d) orçamentos variáveis de despesas; e) relatórios de desempenho operacional. Para Welsch (p. 28-29), as funções básicas da administração que devem integrar permanentemente o planejamento e controle de resultados são as seguintes: 1) planejar: • desenvolver de maneira imaginativa novas potencialidades e lucros e melhorar as atividades geradoras de lucros já existentes na empresa; • estabelecer sistematicamente os objetivos relevantes da empresa e formular estratégias e planos realistas para alcançar tais objetivos a curto e longo prazos. 2) organizar: • estruturar (subdividir) as tarefas a serem executadas para alcançar os objetivos da empresa; • atribuir tarefas estruturais a indivíduos específicos por meio da designação de autoridade e responsabilidade. 3) formar a equipe de pessoal da organização: • avaliar e definir as necessidades de recursos humanos compatíveis com os objetivos e planos da empresa; • empregar indivíduos competentes e desenvolver programas para aumentar suas competências. 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 31 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO 4) dirigir: • exercer liderança dinâmica na implantação e execução de planos e estratégias; • desenvolver condições de trabalho que ofereçam motivação positiva para os indivíduos e grupos. 5) controlar: • exercer continuamente um controle dinâmico, agressivo e flexível das operações para assegurar a conformidade realista com os planos e objetivos; • aperfeiçoar permanentemente o processo de administração, por meio de avaliações objetivas do feedback obtido através da introspecção e de uma disposição construtiva no sentido de fazer novas experiências e aceitar mudanças. Para o autor (p. 39), um planejamento e controle de resultados devem conter os itens apresentados na Figura 10: Objetos gerais Econômicos Clientes Empregados Proprietários Objetos específicos Linhas de produtos Linhas de serviços Áreas geográficas Participação de mercado Estratégia Como agir — Métodosde ação para atingir os objetivos gerais e específicos Planejamento detalhado Políticas Projetos Planos formais de resultado Resultado esperado Planos de projeto Plano de resultados a longo prazo Plano de resultados a curto prazo Administração de capital Retorno sobre investimento Margem de lucro Rotação dos ativos Decisões específicas para a implantação de estratégias Uma hierarquia de objetivos Fonte: Figura 10 – Welsch (p. 39). 5 10 15 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 32 Unidade II Welsch adverte que os objetivos devem ser elaborados periodicamente, relatórios de desempenho por áreas ou centros de responsabilidade, e distribuídos para seus respectivos responsáveis, a fim de comparar o desempenho real com o desempenho planejado. 4.1 Princípios fundamentais do planejamento e controle de resultados O programa de planejamento e controle de resultados apresentado por Welsch (p. 49-61), quando apropriadamente utilizado, é um sistema amplo por meio do qual todos os aspectos do processo de administração podem ser reunidos num todo coordenado, em que ações administrativas e operações podem ser integradas. Para tal, os seguintes princípios devem ser considerados: • envolvimento administrativo: o apoio integral por parte da alta administração, principalmente, é fundamental para o alcance dos objetivos propostos. A confiança, o apoio e a orientação por parte dos dirigentes da organização, além de demonstrar interesse e credibilidade no programa, coloca-se como defensor do mesmo, porém tal manifestação não deve ser simbólica, pois as reações negativas por parte dos subordinados tendem a comprometer o programa como um todo; • adaptação organizacional: os níveis de autoridade e responsabilidade numa organização são fundamentais para o bom desempenho da mesma, portanto somente por meio de uma estrutura sólida será possível implantar um planejamento e controle de resultados, pois serão as pessoas que colocarão o planejamento em prática, por isso suas atitudes precisam ser controladas. Na falta de uma hierarquia comprovada, o desempenho para o alcance de resultados previamente estipulados torna-se comprometido; 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 33 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO • contabilidade por áreas de responsabilidade: uma vez que o controle se dá a partir da comparação de resultados reais com resultados os planejados, e é o sistema contábil que possibilita tal ação, logo, um sistema contábil por área de responsabilidade contribuirá significativamente com o planejamento e o controle de resultados, fornecendo dados de maneira rápida e confiável; • orientação para objetivos: a administração para objetivos baseia-se no futuro da empresa, ou seja, serão os objetivos propostos pela alta administração que conduzirão as ações da empresa como um todo. Logo, criar hipóteses para as decisões e padrões a serem alcançados são itens fundamentais de uma administração orientada para objetivos e devem ser aplicados pela administração da organização; • comunicação integral: a comunicação precisa ser clara e sem restrições, ou seja, os relatórios de desempenho por área devem conter um grau satisfatório de informações, que contribuam com a administração da empresa, portanto a responsabilidade, tanto pelos superiores quanto pelos subordinados, deve ser desempenhada a contento; • expectativas realistas: o bom senso deve prevalecer, nem conservadorismos nem expectativas exageradas, pois tanto um quanto o outro comprometerão o alcance dos objetivos propostos. Portanto, as vendas não devem ser superavaliadas, assim como as despesas não devem ser subavaliadas; • oportunidade: a oportunidade aqui descrita refere-se aos períodos em que os relatórios de desempenho devem ser apresentados, enquanto os relatórios de intermediários (geralmente elaborados para mostrar o 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 34 Unidade II desempenho dos responsáveis por área) cobrem períodos menores (meses, semanas ou dias), os elaborados para alta direção envolvem períodos maiores (trimestral, semestral ou anual). Porém, os relatórios devem seguir um padrão de período que, além de acompanhar as atividades desenvolvidas, determinam a eficácia do controle, criando as condições necessárias, se for o caso, para as devidas correções; • aplicação flexível: o uso da flexibilidade não deve ser confundido com improvisação, ou seja, a flexibilidade também deverá ser definida pela política da empresa. O próprio planejamento e controle de resultados possibilitam situações de exceção, uma vez que os ajustes durante a sua execução tornam-se imprescindíveis para o alcance dos objetivos propostos; • reconhecimento do esforço individual e do grupo: o elemento humano é parte insubstituível do planejamento e do controle de resultados, logo, o seu desempenho (satisfatório ou não) dever ser avaliado, reconhecido e corrigido, quando for caso. Assim, o reconhecimento deve ser analisado, primeiro individualmente e depois em grupo, levando-se em consideração suas aspirações e pressões sociais que o influenciam; • acompanhamento: este princípio completa o do “reconhecimento do esforço individual e do grupo”, uma vez que se deve ficar atento quando o desempenho for acima ou abaixo do esperado, tanto um quanto o outro dependem de medidas corretivas. No caso do desempenho inferior, medidas que elevam o desempenho e, no caso do desempenho acima do esperado, saber o que provocou tal reação e aproveitá-la para outras áreas necessitadas. 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 35 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO Uma vez analisados os princípios que permeiam o planejamento e controle de resultados, Welsch (p. 65-66) resume em seis passos fundamentais como fazer a implantação deste planejamento: • passo 1: a alta administração deve estar comprometida com o conceito geral de planejamento e de controle de resultados, além de compreenderperfeitamente as suas implicações e o seu funcionamento; • passo 2: as características da empresa e do meio em que opera, incluindo as variáveis externas e internas, devem ser identificadas e avaliadas para que possam ser tomadas decisões relevantes em relação às características de um programa eficaz e prático, de planejamento e controle de resultados; • passo 3: deve haver uma avaliação da estrutura organizacional, de atribuição de responsabilidades administrativas e das alterações necessárias para que o planejamento e o controle sejam eficazes; • passo 4: o sistema contábil deve ser examinado e reorganizado, na medida do necessário para que possa ser ajustado às responsabilidades administrativas (contabilidade por áreas de responsabilidade) e também fornecer dados históricos particularmente úteis para fins de planejamento e avaliação de desempenho; • passo 5: deve ser formulada uma política em relação às dimensões de tempo a serem usadas para fins de planejamento e controle de resultados; • passo 6: deve ser estabelecido um programa de educação orçamentária para familiarizar todos os níveis administrativos com: 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 36 Unidade II - as finalidades do programa; - o modo de funcionamento, incluindo as políticas e diretrizes básicas para a sua administração; - a responsabilidade de cada nível da administração no âmbito do programa; - as maneiras pelas quais o programa poderá facilitar o desempenho das funções de cada administrador. Descrição de um programa amplo de planejamento e controle de resultados Welsch (p. 68) estabelece que o planejamento e o controle de resultados, em termos amplos, envolvem uma abordagem sistemática da administração, dando ênfase a uma avaliação quantitativa dos resultados dos objetivos administrativos, ao controle dinâmico do mesmo e, ainda, a criação, por parte dos administradores, de um ambiente interno capaz de propiciar condições que levem os indivíduos a trabalhar em grupo a fim de alcançarem os objetivos propostos pela organização. A partir de estudos, Welsch (p. 69-81) apresenta um amplo programa que contempla vários conceitos de administração e permite uma visão geral sobre o planejamento e o controle de resultados, são doze os elementos que considera fundamentais: 1) avaliação das variáveis relevantes para a empresa: as variáveis são classificadas como controláveis e não controláveis. O planejamento administrativo deve concentrar-se nas variáveis internas que também alteram o destino da empresa, ou seja, nas variáveis controláveis, porém deve dar uma certa atenção às não controláveis, aquelas que ocorrem fora do ambiente empresarial; 2) especificação dos objetivos gerais da empresa pela administração: a partir de uma análise realista 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 37 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO da empresa, apontando seus pontos fortes e fracos, a definição dos objetivos deve contemplar a missão, a visão, a postura ética, ou seja, deve anunciar a identidade da empresa; 3) estabelecimento de objetivos específicos para a empresa: a partir dos objetivos gerais propostos, os específicos são elencados, geralmente para a empresa como um todo e também para cada departamento; 4) formulação e avaliação das estratégias da empresa: as estratégias ou planos de ação devem ser elaboradas em conjunto com a administração de linha, afinal de contas é ela que colocará o planejamento em ação. Embora as áreas críticas variem de empresa para empresa, geralmente os itens de análise são os mesmos, destacando-se: • desempenho em termos financeiros (rentabilidade e retorno sobre o capital investido); • sucesso no mercado (penetração no mercado e liderança em termos de produtos e serviços); • qualidade de produtos e serviços; • aumento de produtividade (incluindo atitudes de empregados e desenvolvimento de recursos humanos); • recursos financeiros e físicos; • aceitação pelo público em geral (incluindo responsabilidade social e atitude do público em relação à empresa); 5) preparação das premissas de planejamento: as premissas de planejamento são preparadas sob a forma de instruções e diretrizes da alta administração e são divulgadas para dar-se um impulso potente e adequado, que permita passar do planejamento geral da empresa 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 38 Unidade II como um todo para a elaboração de planos de resultados para cada um dos principais centros de responsabilidade; 6) preparação e avaliação dos planos de projetos: os planos de projetos abrangem períodos variáveis, pois cada projeto possui uma dimensão de tempo própria e ainda, como destaca Welsch (p. 74), os planos de projetos referem-se a itens, tais como os planos de aperfeiçoamento de produtos existentes, a construção ou ampliação de instalações físicas, o ingresso em novas indústrias, o abandono de linhas de produtos e mercados, as novas aplicações de tecnologia e outras atividades necessárias para a elaboração do plano. Sendo assim, a preparação e avaliação dos planos de projetos tornam-se partes essenciais, tanto no presente quanto no futuro do planejamento anual, por tratar-se de etapas que completaram o todo, ou seja, o planejamento anual; 7) preparação e aprovação de planos de resultados a longo prazo: geralmente um plano de resultados a longo prazo comporta um período de cinco anos, enquanto o de curto prazo é estabelecido para um ano. Porém, o plano de longo prazo depende do de curto prazo, assim sua elaboração deve ocorrer simultaneamente, a partir de premissas vindas, principalmente, da área financeira. Devem ainda ser elaborados por centros de responsabilidade, sendo sua consolidação de responsabilidade do diretor de planejamento e controle, que em seguida os entrega para a alta administração para a aprovação ou ajustes; 8) preparação e aprovação de planos de resultados a curto prazo: conforme exposto no item 7, o planejamento de curto prazo seguirá os mesmos passos do de longo prazo, apenas terá como diferença o prazo para colocar em ação as decisões ali tomadas, considerando-se um período de um ano; 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão: M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 39 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO 9) realização de análises suplementares: diversas análises devem ser efetuadas nos planos tanto de longo quanto de curto prazos, uma vez que são elas que contribuirão com o processo decisório. Dentre as análises, Welsch (p. 76) destaca: pontos de equilíbrio (custo-volume-lucro), custos marginais, cálculo da taxa de retorno sobre os investimentos, projeção de dados históricos; 10) execução de planos: é a liderança do administrador somada a uma eficaz comunicação e também a uma dose de motivação que colocará os planos em ação, tornando-se, assim, elementos cruciais para o alcance dos objetivos previamente estabelecidos; 11) elaboração, disseminação e utilização de relatórios periódicos de desempenho: os relatórios de desempenho periódicos permitem, quando necessário, as correções decorrentes da execução do plano, logo, sua elaboração é imprescindível na busca das metas preestabelecidas pela alta administração; 12) implantação de medidas de desempenho: a partir dos relatórios de desempenhos, medidas deverão ser tomadas e implantadas a fim de permitir o alcance dos objetivos ora propostos. Isso faz do planejamento uma ferramenta altamente flexível na sua essência, porém que deve respeitar as diretrizes previamente estabelecidas. Para Welsch (p. 91-92), um programa amplo de planejamento e controle de resultados pode ser assim esquematizado: I. O plano substantivo 1) Objetivos gerais da empresa. 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 40 Unidade II 2) Objetivos específicos da empresa. 3) Estratégias da empresa. 4) Definição das premissas de planejamento. II. Plano de resultados a longo prazo (estratégico) 1) Projeções de receitas, custos e lucros. 2) Principais projetos e investimentos em imobilizado. 3) Fluxos de caixa e financiamento. 4) Necessidades de recursos humanos. III. Plano de resultados a curto prazo (anuais) 1) O plano de operações: a) demonstração planejada do resultado: (1) demonstração do resultado. (2) demonstração do resultado por áreas de responsabilidade. (3) demonstração de resultados por produtos. b) tabelas e quadros auxiliares de demonstração de resultado: (1) plano de vendas: • por zona de vendas e período; • por produto e período. 5 10 15 20 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 41 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO (2) plano de produção: • tabela das quantidades a serem produzidas; • quadro de estoques; • orçamento de matérias–primas; • orçamento de compras; • orçamento de mão de obra direta; • orçamentos de custos indiretos de fabricação: - departamentos de serviços; - departamentos de produção. (3) orçamentos de despesas administrativas: • orçamentos de despesas por departamento administrativo; • orçamento do departamento pessoal; • orçamento de recursos humanos. (4) orçamentos de despesas de vendas. (5) orçamentos para apropriação de verbas: • orçamento de publicidade; • orçamento de pesquisa; • outros. 5 10 15 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 42 Unidade II 2) o plano financeiro: a) balanço planejado; b) quadros auxiliares do balanço: (1) previsão de fluxos de caixa e origens e aplicações; (2) orçamento de duplicatas e títulos a receber; (3) orçamento de investimentos em ativo imobilizado; (4) orçamento de depreciação. IV. Orçamentos variáveis de despesas 1) fornecem fórmulas de custos para preparação de orçamentos: • despesas de produção; • despesas de vendas; • despesas administrativas. 2) fornecem dados para o controle dinâmico de custos. V. Dados estatísticos complementares 1) análises especiais; 2) análises do ponto de equilíbrio (custo-volume-lucro): • por departamento; 5 10 15 20 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 43 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO • por produto; • para a empresa como um todo. 3) tabelas e gráficos do crescimento histórico e para a análise do ponto de equilíbrio. VI. Relatórios de desempenho 1) comparação entre custos, receitas, ativos, passivos e patrimônio líquido reais e planejados, visando a determinar em que medida o plano de resultados foi atingido ou superado (aferição de desempenho); 2) análise de variações (diferenças) entre resultados reais e valores planejados para determinar causas e permitir a execução de medidas corretivas. Planejamento e controle de vendas O planejamento e controle de vendas é a principal base para o alcance dos objetivos propostos pela administração da empresa, por tratar-se da principal fonte de entrada de recursos financeiros para a entidade. O planejamento e controle de vendas é considerado o ponto de partida para os demais planejamentos, por exemplo, o de produção, compra de matérias-primas, despesas e outros, uma vez que sem o conhecimento da previsão de entradas de numerários a empresa não tem como traçar alternativas não só para alcançar os objetivos propostos no planejamento anual, como também para a própria sobrevivência da corporação. A alta administração da empresa tem um papel crucial na elaboração do planejamento e controle de vendas, por ser ela a responsável por disponibilizar os recursos necessários para o 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 44 Unidade II alcance da receitaprevista, ou seja, os investimentos necessários, tanto em estoques quanto em equipamentos. Os planos de vendas podem ser apresentados tanto a longo quanto a curto prazos pelas empresas, geralmente os de longo prazo são elaborados em bases anuais, enquanto os de curto são apresentados em períodos trimestrais ou mensais. A diferença na elaboração do plano não está somente no prazo, mas também nas estratégias implantas pela organização; por exemplo, o desenvolvimento ou aperfeiçoamento de produtos, a expansão ou abertura de canais de distribuição, a reformulação nos padrões de custos são situações que demandam tempo para sua efetivação. Pode-se entender que, enquanto as estratégias de curto prazo estão voltadas para a quantidade, ou seja, para aumentar o número de vendas, as de longo prazo referem-se às qualitativas, uma vez que podem mudar ou até mesmo tirar um produto de linha. Assim, em termos gerais, os planos de vendas a longo prazo possuem características genéricas e dirigem-se ao produto (ou linha de produto) como um todo, enquanto os planos de vendas a curto prazo trazem características específicas. O conceito de planejamento de vendas O conceito de planejamento de vendas é amplo, porém quando visto pela sua composição torna-se restrito, ou seja, os valores das receitas necessárias para suprir as despesas dentro de um plano geral em busca de um resultado apontado pela alta administração. Elementos do planejamento de vendas Segundo Welsch (p. 99), os elementos podem ser divididos em: 1) Elementos básicos para a formulação do planejamento de vendas: 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 45 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO • objetivos da empresa: são as metas determinadas pela alta administração que darão a direção para formular o plano de vendas; • estratégias da empresa: as estratégias estabelecidas pela organização contribuem para avaliar os impactos em relação às medidas adotadas em busca dos objetivos ora determinados; • previsões de vendas: a previsão de vendas é uma etapa que precede o plano de vendas, por depender de uma assessoria técnica, por exemplo, publicidade, promoção de vendas e outros esforços de comercialização necessários para efetivação do plano de vendas. 2) Elementos complementares para a formulação do planejamento de vendas: • plano de promoção de vendas e publicidade: são elementos importantes para formulação do plano de marketing; a) plano de despesas de vendas: é outro elemento que contribuirá com o plano de markenting, ou seja, decidirá qual o gasto necessário (previsto) para alcançar o planejamento de vendas pré-estipulado; b) plano de markenting: este plano contém, portanto, os passos necessários, com base nos esforços financeiros previamente estipulados nos planos de promoção de vendas e publicidade e o de despesas de vendas, que levarão ao alcance do planejamento de vendas, assim determinado. 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 46 Unidade II Políticas e alternativas para determinação de um plano de vendas As políticas e as alternativas para a determinação de um plano de vendas são inúmeras, por exemplo, decidir se se vende a prazo ou à vista, se for a prazo, em quantos dias para um determinado volume de vendas haverá uma redução no preço, ou o gasto com o frete da entrega é por conta da empresa compradora ou vendedora, ou ainda, para recebimentos antecipados, qual desconto deve ser praticado, ou no caso de atrasos qual o percentual aplicado, recebimentos em carteira (na própria empresa), ou como utilizar a rede bancária, e assim por diante. Entende-se, portanto, que toda e qualquer política a ser praticada precisa estar determinada no planejamento estratégico elaborado pela alta administração da empresa. É importante ressaltar que o preço a ser praticado no plano de vendas venha não só representar a necessidade interna da empresa em manter suas operações, como também ser compatível com o mercado no qual opera, caso contrário a sobrevivência da empresa será compremetida. Exemplo de alternativas da elaboração do plano de vendas Uma certa empresa, com base em seus gastos, apresenta três alternativas para elaboração de seu plano de vendas: Alternativa 1: vendas de 5.000 unidades ao preço unitário de $ 2,00; Alternativa 2: vendas de 5.000 unidades ao preço unitário de $ 2,20, ou seja, mesma quantidade e um amento de 10% no preço unitário; Alternativa 3: vendas de 5.500 unidades ao preço unitário de $ 2,00, permanece o preço da alternativa 1 e acrescenta 10% no volume de vendas. 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 47 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO Obs: os custos fixos e variáveis, respectivamente de $ 3.000 e $ 4.000 serão os mesmos para as alternativas 1 e 2, porém os custos variáveis para a Alternativa 3 terão o acréscimo de 10%, passando de $ 4.000 para $ 4.400, permanecendo o custo fixo de $ 3.000. Pode-se, a partir dos dados, apurar o lucro antes dos tributos para cada uma das alternativas mencionadas: Alternativa 1 Proposta inicial Alternativa 2 Aumento de 10% no preço unitário Alternativa 3 Aumento de 10% no volume de vendas Unidades (x) Preço unitário de vendas (=) Receita de vendas (-) Custos Fixos Variáveis Custos totais (=) Lucro antes dos tributos 5.000 $ 2,00 $ 10.000 $ 3.000 $ 4.000 $ 7.000 $ 3.000 5.000 $ 2,20 $ 11.000 $ 3.000 $ 4.000 $ 7.000 $ 4.000 5.500 $ 2,00 $ 11.000 $ 3.000 $ 4.400 $ 7.400 $ 3.600 Fonte: Welsch (p. 104). Tratando da alternativa que melhor retorno oferece à empresa, a alternativa 2 é a escolhida: o seu lucro de $ 4.000 é superior às demais alternativas, porém, se o preço não estiver de acordo com o mercado, não poderá colocá-la em operação. No caso da empresa optar pela alternativa 3, uma vez que apresenta um lucro maior que a 1, terá que produzir 500 unidades a mais, ou seja, os seus custos variáveis também aumentarão e assim a área financeira terá que ser envolvida. Em outras palavras, somente a alta administração da empresa poderá tomar a decisão sobre as três (ou mais) alternativas apresentadas, por ser ela a responsável pela aplicação dos recursos financeiros da empresa em busca dos objetivos propostos por ela mesma. 5 10 15 20 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / /2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 48 Unidade II Efeitos das limitações da empresa sobre o plano de vendas Em qualquer momento em que o plano de vendas esteja sendo elaborado, é imprescindível a análise sobre a limitação dos recursos internos de uma empresa. Os mais comuns são: a) capacidade de produção, em termos econômicos: envolve duas situações: a produção como um todo e a necessidade de investimentos em imobilizado; b) disponibilidade de recursos humanos: envolve tanto o número de pessoas na produção quanto na comercialização, devendo levar em consideração também o número de pessoas necessárias para o controle administrativo como um todo (registros, recebimentos, arquivamentos etc.); c) adequação de matérias-primas e materiais indiretos: a qualidade destes materiais compromete a formação do produto final, logo, reduzi-la implicará no alcance dos objetivos propostos pela alta administração da empresa em relação ao plano de venda ora estabelecido; d) disponibilidade de fundos: os recursos financeiros disponibilizados pela empresa (próprios ou por meio de financiamentos) indicarão as ações necessárias em direção aos objetivos previamente estabelecidos, caso contrário o fracasso será inevitável. Segundo Welsch (p. 123), esses quatros fatores limitantes devem ser considerados no momento da elaboração realista de um plano de vendas. 4.2 Planejamento da produção É o planejamento de produção que dará sustentação ao planejamento de vendas (quando a referência for 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 49 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO uma atividade industrial), uma vez que só será possível vender produtos totalmente prontos e com uma qualidade adequada. Esse planejamento depende de outros planos, os subplanos, que comporão o plano de produção como um todo: matérias-primas, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação, elementos essenciais para formação de um produto. No planejamento de produção também devem-se levar em conta as determinações pela alta administração em relação aos níveis desejáveis (ou necessários) de estoques, seja de matérias-primas, de produtos acabados ou semiacabados. É indiscutível a importância da coordenação entre o plano de venda e o de produção, pois um depende diretamente do outro em todos os aspectos, como, por exemplo, o tempo de produção e a qualidade do produto. A figura a seguir mostra a necessidade do equilíbrio entre vendas, estoques e produção: Plano de vendas Planejamento de produção Variação de estoques de produtos acabados Plano de produção Orçamento de matéria-primas Orçamento de mão-de-obra direta Orçamento de custos indiretos de fabricação Base de Fonte: Welsch (p. 128). 5 10 15 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 50 Unidade II É importante ressaltar que, em razão do planejamento de produção acompanhar o de vendas, os níveis de produção estão alocados aos de vendas, ou seja, tanto os níveis de estoques quanto os de capacidade de produção devem ser minuciosamente planejados, caso contrário o resultado previsto no planejamento de vendas será comprometido. 4.2.1 Preparação do plano de produção A elaboração do plano de produção, ao depender do plano de vendas, conforme já mencionado, também deverá considerar a política de estoque, informada pela alta administração. Desse modo, pode-se considerar os seguintes itens, a título de exemplo, reiterando que o plano de produção deve ser anual, assim como o de vendas e, se for o caso, traduzido para meses ou dias: Uma certa empresa determina os seguintes itens para produção do modelo “K”: Produção planejada no ano Quantidade Necessária para atingir as vendas planejadas....................... (+) Estoque final desejado de produtos acabados.............. (+) Total exigido conforme política da empresa.................. (-) Estoque inicial de produtos acabados............................... (=) Produção planejada para o ano.......................................... 14.200 1.500 15.700 (2.000) 13.700 Fonte: Welsch (p.132) Passaremos a uma situação considerada sazonal, ou seja, o volume de produção de um período é independente do volume de vendas estabelecido pelo plano de vendas. Há diversas atividades empresarias classifica das como sazonais, uma delas é a de confecção de roupas femininas, na qual no período de inverno a produção está voltada para modelos de verão, provocando assim, neste momento, um “elevado” estoque de produtos acabados, que deverão ser vendidos em período oportuno e chegar ao consumidor na época para os quais estão destinados, o verão. Já no verão, 5 10 15 20 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 51 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO a mesma atividade volta-se à produção de modelos para o inverno, provocando novamente um estoque substancial que também, por meio das vendas, será reduzido na estação devida, o inverno. Welsch (p. 133) utiliza os mesmos dados do exemplo anterior para um plano de produção, porém, agora, para uma atividade sazonal: Mês Vendas planejadas em unidades Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total.......... 1.500 1.600 1.600 1.400 1.200 1.000 700 600 900 1.100 1.200 1.400 14.200 Obs.: considerar os mesmos valores de estoques iniciais e finais: 2.000 e 1.500 unidades, respectivamente. Então, como deverá ser programado o volume anual de produção de 13.700 unidades para o período? Welsch aponta três soluções: a) dar preferência à estabilidade da produção, ou seja, uma média de produção mensal; b) dar preferência à estabilidade dos estoques, ou seja, uma média de produção mensal que garanta um montante em estoque previamente determinado; c) não dar preferência à produção nem aos estoques, ou seja, manter um equilíbrio entre quantidade produzida 5 10 15 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27/0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 52 Unidade II e vendida por meio de uma política que determine o número máximo de unidades produzidas no mês e o número mínimo de unidades em estoques. 4.2.2 Política de planejamento de estoques Dentre os diversos desafios advindos da administração, provavelmente a política de planejamento de estoques seja um dos mais importantes, visto que os estoques necessitam de um alto investimento para a produção e venda dos produtos, porém sempre com a incerteza de que tal investimento tenha o retorno previamente determinado. As políticas de planejamento de estoques devem levar em consideração: a) vendas: estoques elevados, em termos gerais, são benéficos por atender rapidamente um cliente; b) produção: os estoques de matérias-primas e insumos, quando em grande volume, garantem a produção; c) compras: a quantidade elevada de itens não só reduz os custos de aquisição como também as despesas administrativas relacionadas à operação de compra; c) finanças: para estoques elevados, o sacrifício financeiro é maior tanto para o pagamento quanto para os de armazenagem em geral. Segundo Welsch (p. 137), as políticas de estoques devem incluir o estabelecimento de padrões de estoques, tais como limites ou giros máximos e mínimos e a aplicação de técnicas e métodos que assegurem a conformidade com os padrões escolhidos. 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 53 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO 4.2.3 Estabilidade da produção Embora Welsch (p. 141) reconheça a sazonalidade de algumas atividades, adverte que manter uma estabilidade para a produção só trará benefícios para a empresa e destaca as seguintes razões: • estabilidade de emprego, resultando em: - moral mais elevado e, portanto, maior eficiência dos empregados; - menor rotação da mão de obra; - atração de mão de obra mais qualificada; - redução de despesas com treinamento de novos operários. • economia na compra de matéria-prima, em função de: - disponibilidade; - descontos por quantidade; - simplificação de problemas de armazenagem; - menores exigências financeiras; - redução de riscos associados à manutenção de estoques. • melhor utilização das instalações da fábrica, o que tende a: - reduzir a capacidade necessária para atender às exigências dos períodos de procura mais intensa; - evitar existência de capacidade ociosa. 5 10 15 20 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 54 Unidade II Tomando-se como base o planejamento e controle de resultados estudado no item 4.1, a estabilidade de emprego, destacada como uma das razões para a estabilidade da produção, contribui significativamente para o alcance dos objetivos, uma vez que eleva a moral dos empregados mais ambiciosos, levando-os a uma maior produtividade e, consequentemente, aos resultados previamente determinados no planejamento. 4.3 Planejamento e controle da utilização e das compras de matérias-primas No item anterior (4.3 planejamento da produção), foi evidenciado o controle de aquisição de matérias-primas em relação à quantidade necessária de itens para atender ao planejamento de vendas; agora, o estudo do planejamento e controle da utilização e das compras de matérias-primas volta-se para a formação do estoque de matérias-primas e sua utilização na produção. Para Welsch (p. 148), o planejamento de matérias-primas compreende quatro suborçamentos: a) orçamento de matérias-primas: deve ser elaborado para cada tipo de matéria-prima, incluindo a quantidade necessária para fabricar a produção prevista; b) orçamento de compras: parte do orçamento de matérias-primas, incluindo o custo de aquisição e as datas de entregas exigidas para a produção e as condições de pagamento; c) orçamento de estoques de matérias-primas: considera a quantidade necessária para produção relacionada com o custo de aquisição, bem como um aumento ou diminuição dos estoques orçados; d) orçamento do custo das matérias-primas consumidas: mostra o custo das matérias-primas consumidas na produção e estabelece a nova quantidade a ser adquirida (item b). 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 55 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO Em termos gerais, os quatro orçamentos estão intimamente ligados, podendo ser substituídos por um único orçamento, destacando-se dois objetivos que contemplem o planejamento de resultados: a) controle: a matéria-prima é de fácil identificação, facilitando, portanto, seu controle físico, tanto de consumo quanto de desperdício ou de uso inadequado; b) custeio de produtos: a matéria-prima é o item que juntamente com a mão de obra e os custos indiretos de fabricação formam o produto, logo, seu gasto é identificado no custo dos produtos acabados e na formação do preço de venda. Ainda, pode-se dizer que os custos de matérias-primas é composto: a) por tipo de matéria-prima; b) pela responsabilidade por seu consumo; c) por períodos; d) por tipo de produtos finais. 4.3.1 Orçamento de matérias-primas Para Welsch (p. 150), são as quantidades de matérias-primas que devem indicar a elaboração do orçamento, uma vez que é a partir delas que o plano de produção será (ou não) cumprido. Assim, as principais exigências sobre o detalhamento das quantidades são: a) planejar e controlar as quantidades necessárias para a produção, informando ao departamento de compras a quantidade determinada para a execução do plano de produção; 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 56 Unidade II b) projetar, a partir das quantidades, o custo de produção por item; c) estabelecer políticas em relação aos níveis de estoque; d) contribuir com dados para efetiva necessidade de caixa para compra de matérias-primas; e) fornecer dados para o controle do consumo de matérias-primas. 4.3.2 Orçamentode compras e estoque de matérias-primas Cabe ao gerente de compras preparar o orçamento das compras de matérias-primas, a partir das necessidades determinadas pelo plano de produção, levando-se em consideração três dados: a) a política estabelecida para os níveis de estoque de matérias-primas; b) a quantidade de cada tipo de matéria-prima; c) o custo unitário de cada tipo de matéria-prima. Todo e qualquer planejamento requer acompanhamento na sua execução, e para o orçamento de compras e estoques não é diferente, logo, a análise entre o que foi planejado e o efetivo realizado deve não só estar representado em relatório como também, a partir deste, formular ações que levem (ou se aproximem) aos níveis planejados, quer em quantidades ou em custos unitários. O modelo sugerido por Welsch (p. 158) do relatório de controle da função de compras demonstra os seguintes itens: 5 10 15 20 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 57 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO Mês de janeiro Matéria-prima Tipo A Mensal realizado Mensal planejado Variação em valor Variação em percentual Unidades compradas Preço unitário Custo total Saída de caixa Giro do estoque 11.500 $ 1,26 $ 14.490,00 $ 14.490,00 2,7 vezes 12.000 $ 1,20 $ 13.800,00 $ 14.400,00 2,5 vezes 500 $ 0,06 $ 690,00 $ 90,00 0,2 vezes 4% D 5% D 5% D 1% D 8% F D = desfavorável (realizado maior que planejado) para unidades, preço e saída de caixa. F – favorável (realizado maior que planejado) para giro do estoque. 4.4 Planejamento e controle de custos de mão de obra direta Todos os gastos relacionados com os empregados de uma organização devem ser planejados, independente do cargo ocupado, caso contrário seu dispêndio poderá comprometer o planejamento e controle de resultados. O estudo aqui dirigido trata do planejamento e controle dos custos direcionados à mão de obra direta, ou seja, àqueles empregados que estejam diretamente ligados à produção, os ditos operários. Welsch (p. 161) estabelece, num sentido amplo, as seguintes áreas envolvidas no planejamento e controle de mão de obra direta: a) necessidades de recursos humanos; b) recrutamento; 5 10 15 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 58 Unidade II c) treinamento; d) avaliação e especificação de tarefas; e) avaliação de desempenhos; f) negociações com sindicatos; g) administração salarial. O orçamento da mão de obra direta é de responsabilidade do executivo da fábrica (diretor, gerente, supervisor etc.), que deverá considerar o número de horas necessárias para a produção de determinado volume de produtos, previsto no planejamento de produção, bem como os custos desta mesma mão de obra, destacados por centros de responsabilidade. É importante ressaltar que para a formação do custo da mão de obra deve-se incluir não só os salários dos operários, mas também todos os outros gastos advindos deste, como benefícios e contribuições em nome dos operários. Em termos gerais, três abordagens devem ser utilizadas para a elaboração do planejamento dos custos de mão de obra direta, segundo Welsch (p. 163): a) o número padrão de horas necessário por unidade produzida multiplicado pelas taxas médias de remuneração; b) considerar a quantidade prevista para a produção no período e multiplicar pelo resultado obtido no item anterior; c) elaborar e acompanhar as necessidades de mão de obra direta. 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 59 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO 4.4.1 Planejamento do número de horas de mão de obra direta O planejamento do número de horas de mão de obra direta possibilitará um melhor acompanhamento sobre o tempo necessário para produzir determinada quantidade de unidades estabelecidas no planejamento de produção. Para isso, Welsch (p. 164) busca o número de horas nos quatro métodos geralmente utilizados para esse tipo de planejamento: a) estudos de tempos e movimentos: trata-se do estudo de todas as etapas necessárias para produzir um determinado item, elaborado geralmente por engenheiros mecânicos (ou industriais), por meio de observações e do uso de um cronômetro; b) custos padrão: referem-se ao valor dos salários que a empresa está disposta a pagar por função executada e necessária para a produção de um determinado produto; c) estimativa direta pelo supervisor: é o número de horas estabelecidas pelo supervisor imediato, tomando-se como base seu julgamento pessoal, informações do passado ou procurando por assessores; d) projeções estatísticas por um grupo de assessores: informações buscadas em registros contábeis da contabilidade de custos. 4.4.2 Aspectos de planejamento e controle do orçamento de mão de obra direta Todo e qualquer planejamento busca não só prever acontecimentos como também identificar benefícios advindos dele. Para o planejamento e controle de mão de obra direta, Welsch (p. 168) destaca os seguintes benefícios: 5 10 15 20 25 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 60 Unidade II a) melhor organização no departamento de pessoal, uma vez que se saberá o número necessário de operários para a produção; b) o departamento financeiro também terá um melhor controle por conhecer, com antecedência, o dispêndio necessário com os operários da empresa; c) a formação completa dos custos de produção unitária (matéria-prima + mão de obra direta + custos indiretos de fabricação) contribuirá com a formação unitária do preço de venda; d) a própria redução do custo de mão de obra direta utilizará essas informações para se chegar a uma decisão. Welsch (p. 170) apresenta um modelo de relatório de desempenho sobre o custo de mão de obra direta: Mês de janeiro Mensal realizado Mensal planejado Variação em valor Variação em percentual Produção no período Mão de obra direta: Horas (x) Taxa média de salário (=) Custo 2.000 4.250 $ 4,10 $ 17.425,00 2.200 4.000 $ 4,00 $ 16.000,00 200 250 D $ 0,10 D$ 1.425,00 9% D 6% D 3% D 9% D D = Desfavorável (realizado maior que planejado) 4.5 Planejamento de despesas: custos indiretos de produção, despesas de vendas e administrativas O planejamento de despesas tem a mesma importância do planejamento de vendas, uma vez que enquanto o segundo estabelece toda a diretriz da empresa o primeiro mostra que 5 10 15 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 61 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO os gastos também são inevitáveis para a sobrevivência da organização. Em outras palavras, as vendas só ocorrerão a partir das despesas realizadas, porém, o estabelecimento do planejamento de despesas torna-se necessário para controlar os gastos, pois, caso contrário, afetará diretamente os objetivos determinados no planejamento e no controle de resultados. 4.5.1 Planejamento de custos indiretos de produção Os custos indiretos de produção (ou fabricação) compõem o custo de produção juntamente com os custos diretos (principalmente: matérias-primas e mão obra direta). Logo, o planejamento e o controle dos custos indiretos de produção são tão necessários quanto os custos diretos, porém, por terem características próprias, seu planejamento é elaborado separadamente. Os principais custos indiretos de produção são: mão de obra indireta, seguros, manutenção, materiais indiretos, energia elétrica, depreciação etc.; e seus gastos devem ser incorporados, de maneira indireta, ao custo de produção por produto, por não serem indentificáveis nem mensuráveis, necessitando de um processo denominado de rateio que distribua os gastos aos produtos. Welsch (p. 179) determina como duplo problema para os custos indiretos o próprio controle dos custos e o processo de rateio (que geralmente toma como base a proporção de um custo direto ao produto para sua distribuição). A distinção dos custos indiretos de produção nos dois grandes departamentos da fábrica, denominados “produção” e “serviços”, facilitarão o planejamento e o controle dos custos indiretos ali ocorridos e também eles poderão ser utilizados como base para critérios de rateios. As principais atividades ocorridas em cada departamento apontadas por Welsch (p. 181) são: 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 62 Unidade II • departamentos de produção: - unidades produzidas (se houver um só produto); - horas de mão de obra direta; - horas de uso direto de máquinas; - custo da mão de obra direta; - matéria-prima consumida; • departamentos de serviços: - reparos e manutenção (horas diretas de reparos); - energia elétrica (quilowatts/hora fornecidos); - compras (valor líquido de compras); - administração geral da fábrica (número total de mão de obra direta ou número de empregados da fábrica). 4.5.2 Planejamento de despesas de vendas As despesas de vendas têm uma relação proporcional ao volume de vendas, ou seja, as despesas de vendas só ocorrem se existir a venda. As principais despesas com vendas são: os impostos, o frete de entrega, as comissões sobre vendas e a publicidade. Welsch (p. 185) destaca dois aspectos na preparação de orçamentos de despesas: a) planejamento e coordenação: trata-se de um equilíbrio entre os esforços (despesas) de vendas e os resultados (receitas) em vendas; 5 10 15 20 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 63 CONTROLADORIA E ORÇAMENTO b) controle dos custos de venda: o controle é necessário por advertir os possíveis exageros ocorridos com as despesas de vendas, principalmente os sociais (almoços, jantares, etc.). Assim como os custos indiretos de fabricação devem ser apurados e controlados por departamento, as despesas de vendas devem trilhar o mesmo caminho por meio dos centros de responsabilidade, devendo os gerentes de cada área atender os gastos predeterminados pelo diretor comercial, responsável pela elaboração e pelo controle do planejamento de vendas. Cabe ressaltar que a verba destinada à publicidade deve ser compatível com a estrutura da empresa, uma vez que seu gasto nem sempre resulta na mesma proporção em vendas, logo, um detalhamento por meio de um orçamento de publicidade só vem contribuir com o alcance dos objetivos propostos no planejamento e no controle de resultado. 4.5.3 Planejamento de despesas administrativas O planejamento de despesas administrativas deve também atender ao controle, por meio dos centros de responsabilidade, uma vez que a administração geral de uma empresa é composta por diversos departamentos, entre eles: financeiro, controladoria, recursos humanos. E assim, é o gerente de cada departamento o responsável pela elaboração e pelo controle dos gastos ali praticados, logo, é ele que deverá elaborar o planejamento de despesas administrativas. A maioria das despesas é fixa, mas os valores, variáveis; dessa maneira, a análise de relatórios passados contribuirá na elaboração do planejamento de despesas administrativas para o período em questão. 5 10 15 20 25 30 Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 26 /0 8/ 09 / / 2ª r ev is ão : T at ia na /A na M ar ia / Co rr eç ão : M ár ci o - 27 /0 8/ 09 / / 3ª r ev is ão : B ea tr iz / Co rr eç ão : M ár ci o - 28 /0 8/ 09 // C on v. c or es - M ár ci o- 11 /1 0/ 10 64 Unidade II 4.6 Planejamento e controle de investimentos em imobilizado É o investimento em imobilizado que garantirá a sobrevivência da empresa, já que tal investimento resulta em produção e venda, porém, determinar o valor e tempo adequados para sua realização requer um planejamento e controle que Welsch (p. 232) sintetiza em: a) geração de propostas; b) levantamento de dados em relação a cada proposta (projeto); c) avaliação de propostas e escolha entre os vários projetos alternativos; d) preparação de um plano (orçamento) de investimento; e) controle de despesas de capital; f) auditoria após o término do projeto e acompanhamento dos investimentos concluídos. Os investimentos em imobilizados considerados importantes (naqueles que realmente garantirão a sobrevivência da organização) e a responsabilidade na sua elaboração pertencem à alta administração, enquanto que os classificados como secundários têm todos os membros da empresa como responsáveis, devendo,
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