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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CURSO DE FISIOTERAPIA CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS DOS OSSOS DOS MEMBROS SUPERIOR E INFERIOR Discentes: Ana Cícera Batista Serafim Caroline Siqueira de Albuquerque Karoline Benício Novaz Mirella Camargo Miranda Thaylla Santos de Souza Lima PETROLINA – PE 01/02/2017 UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CURSO DE FISIOTERAPIA Características individuais dos ossos dos membros superior e inferior. Trabalho apresentado pela disciplina de Anatomia Humana, pelo 2° período da Universidade de Pernambuco – UPE. Discentes: Ana Cícera Batista Serafim Caroline Siqueira de Albuquerque Karoline Benício Novaz Mirella Camargo Miranda Thaylla Santos de Souza Lima PETROLINA – PE 01/02/2017 ÍNDICE 1.0 MEMBRO SUPERIOR 5 1.1 CINTURA ESCAPULAR 5 1.2 CLAVÍCULA 5 1.2.1 ARTICULAÇÕES DA CLAVÍCULA 5 1.2.2 TENDÕES 5 1.3 ESCÁPULA 5 1.3.1 ARTICULAÇÕES DA ESCÁPULA 6 1.3.2 LIGAMENTOS 7 1.3.3 TENDÕES 7 1.4 ÚMERO 7 1.4.1 ESTRUTURA PARA AS QUAIS ELE SERVE DE SUPORTE PARA FIXAÇÃO 8 1.5 RÁDIO 8 1.5.1 ARTICULAÇÕES RADIOULNARES 9 1.6 ULNA 10 1.7 PUNHO E MÃO 10 1.7.1 ARTICULAÇÕES 11 1.7.2 LIGAMENTOS 2.0 MEMBRO INFERIOR 12 2.1 CINTURA ILÍACA 2.1.1 ESTRUTURAS PARA FIXAÇÃO 12 2.2 FÊMUR 13 2.2.1 ARTICULAÇÕES 13 2.2.2 LIGAMENTOS 14 2.3 PATELA 14 2.3.1 ARTICULAÇÕES 14 2.3.2 LIGAMENTOS 15 2.3.3 TENDOÕES 16 2.4 TÍBIA 16 2.5 FÍBULA 17 2.5.1 ARTICULAÇÕES DA TÍBIA E DA FÍBULA 17 2.5.2 LIGAMENTOS 17 2.6 OSSOS DO PÉ 18 2.6.1 ARTICULAÇÕES DO PÉ 18 1.0 MEMBRO SUPERIOR 1.1 CINTURA ESCAPULAR A cintura escapular é composta pela clavícula e a escápula, as quais apresentam a função de conectar o membro superior ao tronco (BONTRAGER, S/D). 1.2 CLAVÍCULA Considerado um osso longo e curvo, localizado superiormente e anteriormente a caixa torácica. O corpo da clavícula é longo, localizado entre as extremidades da mesma. A extremidade acromial é achatada e ao nível do acromio, possui uma inclinação para baixo. A extremidade esternal também é inclinada para baixo, possibilitando assim, sua articulação com o esterno (BONTRAGER, S/D). Existe diferença de formato e tamanho entre a clavícula de homens e mulheres. A feminina é mais curta e menos curva, a dos homens é mais espessa e encurvada (BONTRAGER, S/D). 1.2.1 ARTICULAÇÕES DA CLAVÍCULA A extremidade acromial da clavícula articula-se com o acrômio da escápula, dando origem a articulação acrômio-clavicular, a qual é classificada como plana e monoaxial, pois possui apenas um eixo de movimento (deslizamento). Já a extremidade esternal, articula-se com o manúbrio (parte superior do esterno) dando origem a articulação esternoclavicular, classificada como do tipo selar e que apresenta também um único tipo de movimento, o deslizamento (KANANO, S/D). 1.2.2 TENDÕES Na clavícula se origina o tendão do músculo peitoral maior, e se inserem os tendões dos músculos trapézio e subclávio (SCÜNKE., SHULTE., SCHUMACHER., VOLL., WESKER, 2006). 1.3 ESCÁPULA É um osso achatado com três bordas (vertebral, superior e axilar), três ângulos e duas superfícies. Localiza-se superiormente e posteriormente a caixa torácica, tendo sua margem superior ao nível da segunda costela e a margem inferior ao nível da sétima (BONTRAGER, S/D). Vista anterior: A cabeça da escápula é a parte mais espessa e acaba lateralmente em uma depressão chamada de fossa glenóide, onde se articula a cabeça do úmero. O colo representa a área estreia entre a cabeça e o corpo da escápula. O corpo é arqueado e sua parte inferior, fina e achatada é conhecida como asa da escápula. A superfície costal (parte anterior) é conhecida dessa maneira devido à sua proximidade com as costelas. Nessa região, na área central, ha uma depressão, a fossa subescapular. O acrômio é um processo longo, o qual se estende sobre cabeça do úmero. O processo coracoide (formato de bico) se projeta para frente, a baixo da clavícula. Na borda superior, se encontra a fossa escapular (BONTRAGER, S/D). Vista posterior: A espinha da escápula é uma estrutura proeminente na superfície dorsal da escápula, a qual se inicia na borda vertebral terminando no acrômio. A borda posterior é conhecida como crista da espinha, a qual delimita as fossas Infra-espinhal e supra-espinhal, onde os músculos do ombro se fixam (BONTRAGER, S/D). Vista lateral: Superiormente se encontram o acrômio, terminação distal que se estende superior e posteriormente a fossa glenóide, e o processo coracóide, localizado mais anteriormente a fossa glenóide. Inferiormente se encontra o corpo da escápula, no qual sua superfície posterior é conhecida como superfície dorsal, onde se encontra a espinha da escápula. A superfície anterior do corpo é conhecida como superfície ventral. A borda axilas se estende desde a cavidade glenóide até o ângulo inferior (BONTRAGER, S/D). 1.3.1 ARTICULAÇÕES DA ESCÁPULA A cabeça do úmero se articula com a cavidade glenoide formando a articulação escapuloumeral ou glenoumeral,classificada como do tipo esferoide e triaxial, a qual realiza os movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, circundução e rotação (KANANO, S/D). 1.3.2 LIGAMENTOS (das articulaçõs clavicular e escapulotorácica) Ligamento transverso superior da escápula, ligamento acrômio clavicular, ligamento coracoacromial, ligamento coracoclavicular, ligamento esterno clavicular posterior e ligamento esterno clavicular anterior (SCÜNKE., SHULTE., SCHUMACHER., VOLL., WESKER, 2006). 1.3.3 TENDÕES Na escápula estão presentes os tendões de inserção dos músculos romboide maior e menor, trapézio, levantador da escápula, peitoral menor e serrátil anterior, e os tendões de origem dos músculos supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor (SCÜNKE., SHULTE., SCHUMACHER., VOLL., WESKER, 2006). 1.4 ÚMERO O braço é constituído apenas pelo osso úmero, o maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. Apresenta duas epífises e uma diáfise (DRAKE, 2010). Epífise Proximal: A Cabeça do Úmero articula-se com a cavidade glenoide da escápula, o tubérculo maior situa-se lateralmente à cabeça e ao tubérculo menor, O tubérculo menor projeta-se medialmente logo abaixo do colo; O colo anatômico forma um ângulo obtuso com o corpo Colo Cirúrgico; E o sulco intertubercular é um sulco profundo que separa os dois tubérculos (DRAKE, 2010). Epífise Distal: A tróclea é semelhante a um carretel e articula-se com a ulna. O capítulo é uma eminência lisa e arredondada e articula-se com o rádio. O epicôndilo medial localiza-se medialmente à tróclea. O epicôndilo lateral é uma pequena eminência tuberculada localizada lateralmente ao capítulo. A fossa coronoide é uma pequena depressão que recebe processo coronoide da ulna na flexão do antebraço. A fossa radial é uma pequena depressão. A fossa do olécrano é uma depressão triangular profunda que recebe o olécrano na extensão do antebraço. E o sulco do nervo ulnar é uma depressão localizada inferiormente ao epicôndilo medial (DRAKE, 2010). Diáfise: A tuberosidade deltoidea é uma elevação triangular áspera para inserção do músculo deltoide. E o sulco do nervo radial é uma depressão oblíqua ampla e rasa (DRAKE, 2010). 1.4.1 ESTRUTURA PARA AS QUAIS ELE SERVE DE SUPORTE PARA FIXAÇÃO O suporte esquelético para o braço é o úmero. Além disso, os músculos predominantemente situados no antebraço, que movem a mão, se originam na epífise distal do úmero, como a cabeça curta do músculo tríceps braquial, o músculo coracobraquial e os músculos encontrados no compartimento posterior do antebraço. O nervo radial e a artéria braquial profunda posicionam-se no sulco do nervo radial (DRAKE, 2010). O capítulo se articula com o rádio e a tróclea se articula com a ulna. A inserção dos músculos do compartimento anterior do antebraço localiza-se na superfície do epicôndilo medial e os do compartimento posterior, no epicôndilo lateral. As fossas radial, coronóidea e do olecrano acomodam as projeções dos ossos do antebraço durante movimentos da articulação do cotovelo (DRAKE, 2010). 1.5 RÁDIO O rádio é um osso longo, mas o mais curto dos dois ossos do antebraço. Localiza-se no antebraço lateralmente e articula- se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo e da ulna. O rádio possui duas epífises e uma diáfise (DRAKE, 2010). Na epífise proximal encontramos a cabeça do rádio com sua fóvea articular, que vai se articular com o capítulo do úmero, e em sua volta a circunferência articular, abaixo da circunferência está o colo do rádio que vai circundar a região abaixo da cabeça do rádio. Lateralmente encontramos uma grande eminência chamada de tuberosidade do rádio a qual serve de fixação de um tendão de inserção do músculo bíceps braquial. O longo do osso é chamado de corpo do rádio onde pode ser notado uma margem que é a margem interóssea, é aí que se insere a membrana interóssea que está entre o rádio e a ulna (DRAKE, 2010). Na epífese distal encontramos a face articular carpal que vai se articular com o carpo. Encontramos também, uma proeminência óssea afunilada e alongada chamada de processo estiloide do rádio (DRAKE, 2010). Em sua diáfise podemos observar três margens (anterior, posterior e interóssea) e três faces (anterior, posterior e lateral). Na face medial podemos observar um acidente anatômico importante que é a incisura ulnar do rádio, a qual vai ter contato com a parte distal da ulna. A face posterior do rádio é caracterizada pela presença de um grande tubérculo dorsal. E na face lateral podemos observar, também, uma projeção cônica que é o processo estiloide do rádio (DRAKE, 2010). 1.5.1 ARTICULAÇÕES RADIOULNARES As articulações radiulnares proximal e distal atuam, em conjunto, para permitir os movimentos de pronação e supinação do antebraço. Essas articulações são unidas, funcionalmente, pela membrana interóssea do antebraço. O eixo dos movimentos de pronação e supinação parte do centro do capítulo do úmero em direção oblíqua, atravessa o centro da fóvea articular do rádio e segue até o processo estiloide da ulna (GILROY, 2015). A articulação radioulnar proximal é uma juntura sinovial monoaxial do tipo trocoide ou em pivô, entre a circunferência da cabeça do rádio e o anel formado pela incisura radial da ulna e o ligamento anular do rádio. O ligamento anular do rádio é um forte feixe de fibras que envolve a cabeça do rádio, mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna. Da borda inferior do ligamento anular sai um feixe espesso de fibras que se estende até o colo do rádio, denominado ligamento quadrado (DRAKE, 2010). A articulação radiulnar distal é, também, uma juntura sinovial monoaxial do tipo trocoide formada entre a cabeça da ulna e a incisura ulnar da extremidade inferior do rádio. Ela é unida pela cápsula articular e pelo disco articular. A cápsula articular é constituída de feixes de fibras inseridas nas margens da incisura ulnar e na cabeça da ulna. Apresenta dois espessamentos denominados ligamento radiulnar ventral e ligamento radiulnar dorsal. O disco articular tem forma triangular e está colocado transversalmente sob a cabeça da ulna, unindo firmemente as extremidades inferiores da ulna e do rádio (DRAKE, 2010). 1.6 ULNA A ulna é um osso longo e o maior entre os dois ossos do antebraço. Ele se localiza medialmente ao antebraço e articula- se proximamente com o úmero e o rádio e distalmente apenas com o rádio. Ele apresenta duas epífises e uma diáfise (DRAKE, 2010). Em sua epífise proximal está o olécrano, uma grande projeção óssea que se estende proximalmente e é conhecido popularmente como a ponta do cotovelo. A su face ântero- lateral é articular e contribui para a formação da incisura troclear, a qual se articula com a tróclea do úmero. E a sua face superior é rugosa e é onde se insere o músculo tríceps braquial. Ainda na epífise podemos observar o processo coronóide que se projeta anteriormente à ulna. A sua face supero- lateral é articular e participa com o olécrano na formação da incisura troclear. E em sua face lateral está a incisura radial que articula- se com a cabeça do rádio. E no ápice da superfície anterior ainda pode- se observa uma rugosidade que serve de inserção do músculo braquial, a tuberosidade da ulna (DRAKE, 2010). Na epífise distal, ao contrário do rádio, é onde se localiza a cabeça da ulna, uma eminência articular arredondada localizada lateralmente. E é onde se localiza, também, o processo estiloide da ulna, uma região pontiagudaque se localiza mais medialmente (DRAKE, 2010). E sua diáfise apresenta três bordas (Interóssea, anterior e dorsal) e três faces (anterior, dorsal e medial). É na margem interóssea que se insere a membrana interóssea que une a uma ao rádio (DRAKE, 2010). 1.7 PUNHO E MÃO O punho e a mão são compostos por vinte e sete ossos, os quais se dividem em três grupos: carpos (ossos do punho), metacarpos (palma da mão) e falanges (dedos) (BONTRAGER, S/D). Os ossos do carpo podem ser apresentados em duas fileiras, a proximal e a distal. Iniciando pela fileira proximal na porção lateral, o primeiro osso existente é o escafoide, maior osso da fileira proximal que articula-se com o rádio. O segundo osso que se apresenta é o semilunar que se articula com o rádio e o capitato da fileira distal. O terceiro osso apresenta três superfícies articulares, tendo forma de pirâmide, o piramidal. O quarto osso, é denominado de pisiforme, tendo um formato de ervilha, é o menor de todos e localiza-se anteriormente ao piramidal (BONTRAGER, S/D). Na fileira distal, os quatro ossos existentes se articulam com os cinco metacarpais. Lateralmente, o primeiro osso na fileira distal é o trapézio, osso de forma irregular, com quatro faces, seguido pelo trapezoide (menor osso da fileira distal) que também possui quatro faces. Posteriormente ao trapezoide, se encontra o capitato, osso mais largo do carpo que apresenta cabeça irregular. Por fim, se encontra o hamato, osso que possui um processo que se assemelha a um gancho, o hâmulo do hamato (BONTRAGER, S/D). 1.7.1 ARTICULAÇÕES DA MÃO O polegar possui apenas duas falanges (proximal e distal). A articulação do mesmo é denominada de interfalângica (entre a cabeça da falange proximal e a base das mediais; Entre a cabeça das falanges médias e a base das distais). Já a articulação entre o polegar e o metacarpo, é chamada de articulação metacarpo-falangiana (KANANO, S/D). O segundo ao quinto dedo possuem três falanges (proximal, média e a distal), devido a isso, possuem três articulações: interfalangiana distal, que é classificada como do tipo ginglímo e que realiza movimentos de flexão e extensão (monoaxial), interfalangiana proximal e metacarpo-falangiana, classificada como do tipo sonovial elipsoide, realizando movimentos de adição, abdução, flexão e extensão (biaxial) (KANANO, S/D). A extremidade distal dos metacarpos se articulam com as falanges formando as articulações metacarpofalangeanas. Já a extremidade proximal dos metacarpos articula-se com os ossos do carpo formando as articulações carpometacarpianas, classificada como do tipo plana (KANANO, S/D). Os cinco metacarpos se articulam com os ossos do carpo do seguinte modo: Primeiro metacarpo com trapézio; Segundo com o trapezoide; Terceiro com o capitato; Quarto e quinto com o hamato (KANANO, S/D). 1.7.2 LIGAMENTOS Ligamento radioulnar ventral, ligamento radioulnar dorsal, ligamento radiocárpico palmar, ligamento radiocárpico dorsal, ligamento colateral ulnar e ligamento colateral radial (NETTER, 2004). 2.0 MEMBRO INFERIOR 2.1 CINTURA ILÍACA É formada por um osso longo e chato, o osso Ílio (DRAKE, 2010). Contém os seguintes acidentes anatômicos: Vista anterior: crista ilíaca (lábio interno, linha intermédia, lábio externo), asa do osso ilíaco, fossa ilíaca, espinhas ilíacas ântero-superior e ântero-inferior, espinhas ilíacas póstero-superior e póstero-inferior, linha arqueada, face sacropélvica, face auricular, tuberosidade ilíaca, incisura isquiática maior, corpo do osso ilíaco e sulco supra-acetabular (DRAKE, 2010). Vista posterior: crista ilíaca, tubérculo ilíaco, asa do osso ilíaco, face glútea (linhas glúteas anterior, inferior e posterior), tuberosidade do músculo glúteo máximo, espinhas ilíacas ântero-superior e ântero-inferior, espinhas ilíacas póstero-superior e póstero-inferior, sulco supra-acetabular (DRAKE, 2010). 2.1.1 ESTRUTURAS PARA FIXAÇÃO Posteriormente, se articula com o sacro e há inserção de fortes ligamentos que dão suporte à articulação sacroilíaca. A parte superior do ílio fornece suporte ósseo para o abdome inferior ou pelve falsa. Nessa parte do ílio ocorre a inserção de músculos associados funcionalmente com os membros inferiores. A parte externa da asa (face glútea) se relaciona com a região glútea do membro inferior. A espinha ilíaca ântero-inferior serve como ponto de inserção para o músculo reto femoral do compartimento anterior da coxa e o ligamento íliofemoral associado à articulação do quadril (DRAKE, 2010). 2.2 FÊMUR O fêmur é um osso classificado como osso longo pelas suas dimensões. Quanto ao seu tamanho, é definido como o maior osso do corpo humano. É o único osso longo entre a extremidade distal do quadril e a articulação do joelho (DÂNGELO; FATTINI, 2005; SOBOTTA, 2006). Epífise Proximal - Cabeça do Fêmur: é lisa e abaulada. Fóvea da Cabeça do Fêmur: localiza-se na cabeça do fêmur. Colo Anatômico: liga a cabeça com o corpo. Trocânter maior: eminência grande, irregular e quadrilátera localizada na borda superior do fêmur. Trocânter menor: localiza-se posteriormente na base do colo. É uma eminência cônica que pode variar de tamanho. Linha intetrocantérica: se dirige do trocânter maior para o trocânter menor na face anterior. Crista intetrocantérica: crista proeminente localizada na face posterior, correndo numa curva oblíqua do topo do trocânter maior para o menor (DÂNGELO., FATTINI, 2005; SOBOTTA, 2006). Epífise Distal - Face patelar: articula-se com a patela. Côndilo medial: articula-se com a tíbia medialmente. Côndilo lateral: articula-se com a tíbia lateralmente. Fossa intercondilar: localiza-se entre os côndilos. Epicôndilo medial: proeminência áspera localizada medialmente ao côndilo medial. Epicôndilo lateral: proeminência áspera localizada lateralmente ao côndilo lateral (DÂNGELO., FATTINI, 2005; SOBOTTA, 2006). Corpo - Linha áspera: localiza-se na face posterior do fêmur. Distalmente, a linha áspera se bifurca limitando a superfície poplítea e proximalmente se trifurca em: Linha glútea, linha pectínea, linha espiral (DÂNGELO., FATTINI, 2005; SOBOTTA, 2006). 2.2.1 ARTICULAÇÕES O fêmur se articula proximamente com o osso do quadril por meio da articulação coxofemoral ou articulação do quadril e distalmente com os ossos da perna, tíbia e fíbula, por meio da articulação do joelho. A articulação coxofemoral. É a articulação existente entre a cabeça do fêmur e a cavidade do acetábulo. Ela é classificada como sinovial esferóide (triaxial) e permite movimentos amplos em todos os eixos como rotação, adução, abdução, flexão, extensão e circundução. A cartilagem articular da cabeça do fêmur recobre completamente superfície articular com exceção da fóvea da cabeça do fêmur, onde o ligamento redondo está conectado. Revestindo parcialmente o acetábulo, encontramos uma cartilagem em forma de semicírculo que recobre apenas a face semilunar do acetábulo. Nessa face encontramos uma depressão não está recoberta por essa cartilagem e que está preenchida por tecido gorduroso envolto pela membrana sinovial (DÂNGELO., FATTINI, 2005; SOBOTTA, 2006). 2.2.2 LIGAMENTOS Ligamento iliofemoral: é um feixe fibroso muito resistente que se origina da espinha ilíaca antero-superior e caminha em direção a linha intertrocantérica. Ligamento pubofemoral: origina-se da crista obturatória e do ramo superior do pube. Ligamento isquiofemoral: é uma fita triangular de tecido fibroso denso que se inicia no ísquio distal e caminha em direção a cápsula articular. Ligamento redondo da cabeça do fêmur:é um ligamento intra-articular que fixa a fóvea da cabeça do fêmur com a incisura do acetábulo. Na articulação do joelho, o ossos sesamóides (ossos que surgem entre articulações ou músculos) se encontra presente, a patela (DÂNGELO., FATTINI, 2005; SOBOTTA, 2006). 2.3 PATELA A patela é um pequeno osso com aspecto triangular que apresenta seu ápice inferior e base superior. A face anterior é côncava e a face posterior (face articular da patela) é lisa e ovalada. Os principais acidentes anatômicos da patela são à base da patela; o ápice da patela; a face articular lateral e a face articular medial. A patela é um osso sesamoide formado no interior da articulação do joelho. Articula-se com o fêmur por meio da articulação patelofemoral (DÂNGELO, FATTINI, 2005; NETTER, 2004). 2.3.1 ARTICULAÇÕES É uma articulação complexa. Existe uma articulação sinovial plana entre o fêmur e a patela (articulação patelo-femoral: tipo plana apenas um eixo de movimento classificada como monoaxial, realiza apenas movimento de deslizamento). Outra sinovial do tipo gínglimo entre os côndilos do fêmur e os côndilos da tíbia (DÂNGELO, FATTINI, 2005; NETTER, 2004). Moldando as superfícies articulares da articulação femorotibial encontramos dois meniscos (fibrocartilagens semilunares) que agem como corpos articulares móveis para possibilitar uma melhor transposição do esforço para os côndilos da tíbia. Por essas características podemos adicionar mais duas articulações nessa grande e complexa articulação que é o joelho. A articulação meniscofemural e meniscotibial (DÂNGELO, FATTINI, 2005; NETTER, 2004). Essas articulações não estão bem harmonizadas umas as outras, o que faz com que o movimento não seja apenas gínglimo, de dobradiça. Existe certo grau de deslizamento e rotação. Para estabilizar os movimentos existem dois ligamentos no interior do espaço articular entre a tíbia e o fêmur, os ligamentos cruzados. Fortalecendo a cápsula articular em sua face medial encontra-se o ligamento colateral medial ou tibial, o mesmo ocorre na face lateral onde se encontra o ligamento colateral lateral ou fibular. Os movimentos da articulação do joelho são: flexão, extensão e rotação (DÂNGELO, FATTINI, 2005; NETTER, 2004). 2.3.2 LIGAMENTOS Ligamento patelar: é a parte central do tendão do quadríceps femoral, sai das margens adjacentes ao ápice da patela indo se inserir na tuberosidade da tíbia. Ligamento poplíteo obliquo: é largo e achatado, se origina do côndilo lateral do fêmur e cruza a articulação indo se inserir no côndilo medial da tíbia. Ligamento poplíteo arqueado: é pequeno em relação aos demais. Fixa o processo estilóide da cabeça da fíbula ao côndilo lateral do fêmur. Ligamento colateral tibial: é uma fita membranosa que une o côndilo medial do fêmur ao côndilo medial da tíbia. Ligamento colateral fibular: é um cordão fibroso que une o processo estilóide da cabeça da fíbula ao côndilo lateral do fêmur. Ligamentos cruzados: são ligamentos intra- articulares formados por feixes fibrosos muito resistentes que se cruzam. O ligamento cruzado anterior se origina da eminência intercondilar da tíbia e da face anterior do menisco lateral e se insere no côndilo medial do fêmur. O ligamento cruzado posterior se origina da fossa intercondilar da tíbia e se insere no côndilo medial do fêmur. Ligamento transverso: é uma faixa fibrosa que une anteriormente o menisco lateral ao menisco medial. Menisco medial: é quase semicircular, mais largo em sua porção externa do que interna para criar uma cavidade que limita o côndilo do fêmur, está fixado ao outro menisco pelo ligamento transverso do joelho. Menisco lateral: é quase circular, ocupa quase toda a face articular do condilo lateral da tíbia. Da parte anterior da sua margem surgem feixes fibrosos que se estendem em direção a menisco medial para formar o ligamento transverso do joelho (DÂNGELO, FATTINI, 2005; NETTER, 2004). 2.3.3 TENDÕES Os tendões conectam os músculos aos ossos. Na frente da coxa temos um grupo muscular chamado quadríceps que tem inserção no pólo superior da patela com seu tendão, o qual recobre a patela dando continuidade pra baixo formando o tendão patelar (DÂNGELO, FATTINI, 2005; NETTER, 2004). 2.4 TÍBIA A tíbia é um dos maiores ossos do corpo humano, ela tem como função suportar o peso imposto à perna. Ao apalpar a porção ântero-medial da perna é possível senti-la. Na Tíbia é perceptível tais acidentes ósseos: Face articular superior, que irá se articular com o fêmur; Área intercondilar anterior, que separa o côndilo medial do côndilo lateral; Côndilo lateral e côndilo medial, são dois grandes processos que formam as faces medial e lateral; Tuberosidade da tíbia, é um proeminência que está localizada na porção médio-anterior da tíbia, e está abaixo dos côndilos; Margem interóssea; Incisura fibular, onde a tíbia irá se articular com a fíbula; Face articular inferior, que irá se articular com o tálus; Forame nutrício, por onde passa vasos sanguíneos ; Linha do M.Sóleo, local de inserção do Músculo Sóleo (SOBOTTA, 2000; BONTRAGER, S/D). 2.5 FÍBULA A fíbula está localiza lateralmente e posteriormente a tíbia. Proximalmente a fíbula se articula com a tíbia e distalmente com o tálus. A extremidade proximal se projeta em uma cabeça. Os acidentes ósseos da fíbula são: Ápice da cabeça da fíbula, que é a face proximal extrema da cabeça da fíbula, ela é pontiaguda; Face articular da cabeça da fíbula, se articula com a tíbia; Corpo da fíbula; é a porção delgada e longa, está entre as duas extremidades da fíbula (SOBOTTA, 2000; BONTRAGER, S/D). 2.5.1 ARTICULAÇÕES DA TÍBIA E DA FÍBULA Articulação Tibiofibular proximal: É considerada uma articulação sinovial plana entre a face articular da cabeça da fíbula e a face articular fibular da tíbia. As superfíciesque estão próximas a esses ossos são planas, estão cobertas por cartilagem e unidas pela cápsula articular e pelo ligamento anterior e posterior (KANANO, S/D). Articulação Tibiofibular distal: É uma articulação fibrosa do tipo sindesmose, pois é tem a presença de membrana interóssea, formada entre a face articular do maléolo lateral e a incisura fibular da tíbia (KANANO, S/D). Articulação Talocrural: É uma articulação sinovial uniaxial do tipo gínglimo . Os movimentos que o tornozelo é capaz de fazer são muito amplos e se constituem pelo somatório de extensão, flexão, inversão e eversão do pé (KANANO, S/D). 2.5.2 LIGAMENTOS Ligamento anterior: vai da cabeça da fíbula à face anterior do côndilo lateral da tíbia. Ligamento posterior: origina-se da parte posterior da cabeça da fíbula e se insere no côndilo lateral da tíbia (SCÜNKE., SHULTE., SCHUMACHER., VOLL., WESKER, 2006). Os ligamentos que unem esta articulação TALOCRURAL são: Ligamento deltóide: tem forma de triângulo e une o maléolo medial ao osso calcâneo. Ligamento talofibular anterior: une o maléolo lateral ao tálus. Ligamento talofibular posterior: É o mais forte ligamento do tornozelo, fixa o maléolo lateral ao osso tálus pela face posterior. Ligamento calcaneofibular: é uma corda fina e longa que une o maléolo fibular ao tubérculo do calcâneo. (KANANO, S/D; SCÜNKE., SHULTE., SCHUMACHER., VOLL., WESKER, 2006). 2.6 OSSOS DO PÉ Os ossos do pé são divididos em três partes: Tarso, metatarsos e falanges. O tarso possui sete ossos; Navicular, Cuboide, Cuneiforme Medial, Cuneiforme Intermédio, Cuneiforme Lateral, Tálus e Calcâneo. O metatarso possui 5 ossos, que não numerados no sentido medial para lateral, são numerados de I a V. O pé possui 14 falanges. O segundo ao quintodedo possuem falanges distais, proximais e intermédias. O primeiro dedo também chamado de Hálux possui apenas falange distal e próximal (SOBOTTA, 2000). 2.6.1 ARTICULAÇÕES DO PÉ Articulações Tarsometatarsais: Essa articulação é do tipo sinovial plana. Os ossos que fazem parte dessa articulação são os cuneiformes lateral, medial e intermédio, o cuboide. O primeiro osso do metatarso se articula com o cuneiforme médial; o segundo metatarso permanece imóvel entre o cuneiforme medial e lateral; o terceiro metatarso se articula com o cuneiforme lateral; o quarto metatarso com o cubóide e o cuneiforme lateral; e o quinto metatarso com o cuboide (SCÜNKE., SHULTE., SCHUMACHER., VOLL., WESKER, 2006). Articulações Metatarsofalângicas: São articulações sinoviais esferóides. São constituídas pela junção da cabeça do metatarso com as extremidades das falanges. Essas articulações limitam os movimentos apenas a extensão e flexão (SCÜNKE., SHULTE., SCHUMACHER., VOLL., WESKER, 2006). Articulações Interfalângicas: São articulações sinoviais uniaxial (pois possuem somente um eixo de rotação) do tipo gínglimo. Limitam a flexão e extensão dos dedos. Cada uma dessas articulações possuem dois ligamentos colaterais e um ligamento plantar (KANANO, S/D). REFERÊNCIAS 1. BONTRAGER, K. L. Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatô mica. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/19877260 /tratado-de-tecnica-radiologica-bontrager--vol-5---kenneth-l/141. Aces so em: 19 de janeiro de 2017. 2. DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2° Ed. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 2005. 3. DRAKE, R. L.; Gray’s – Anatomia Para Estudantes. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 4. GILROY, M. A; MACPHERSON, B. R; ROSS. L. M. Atlas de anatomia. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 5. NAKANO, K. Artciulações. Disponível em:<https://www.passeidireto. com/arquivo/22142498/articulacoes-por-dra-kaori-nakano/2> Acesso em: 19 de janeiro de 2017. 6. NETTER, F. Atlas de anatomia Humana. Editora aertmed. 2004. 7. SCHÜNKE, M.; SCHULTE.; SCHUMACHER.; VOLL.; WESKER. Prometheus – atlas de anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, p. 8. SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 9. SOBOTTA. Atlas de anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara- Koogan, 2006.
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