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Caso concreto 1 Carlos Magno da Silva Alves Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do instrumento contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo monte, que era a grande atração do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a legislação local não permitia edificações nos terrenos a frente do seu. Após alguns meses da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no plano de urbanização da cidade, que passou a permitir a edificaçã o nos lotes em frente ao terreno de Rebeca, fazendo com que ela perdesse a visão para o monte. Inconformada, Amaranta moveu uma ação contra Rebeca, tendo obtido êxito porque o órgão jurisdicional entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar atitudes que possam frustrar o objetivo perseguido pela autora, ou que possam implicar, mediante o aproveitamento da antiga previsão contratual, a diminuição das vantagens ou até infligir danos ao contratante. Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, responda: a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa -fé objetiva adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria pertence a boa-fé objetiva. R- Uma vez que clausulas gerais sao normas com diretrizes indeterminadas, que nao trazem expressamente uma solucao juridica ( consequencia ). A norma e inteiramente aberta. Uma clausula geral em outras palavras, e um texto normativo que nao estabelece o significado do termo ( pressuposto ) tampouco as consequencias juridicas da norma consequente e que a boa fe e um elemento externo ao ato na medida em que se encontra no pensamento do agente, na intencao com a qual ele fez ou deixou de fazer alguma coisa, na pratica e impossivel definir o pensamento mas e possivel aferir a boa ou ma fe, pelas circunstancias do caso concreto. Visto isso podemos deduzir sim que a boa fe e uma clausula geral, uma vez que ela traz um conceito aberto e normativo de forma de agir ou nao agir do agente, por tanto temos a certeza que uma pessoa agiu ou nao de boa fe atravez de seus atos e do pensamento de boa fe da sociedade. b) Qual(is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi(ram) levado(s) em consideração para que o magistrado interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique. R- Principio da eticidade que deve sempre orientar o magistrado na interpretacao das clausulas gerais. (MP/GO – 2005) O atual Código Civil optou “muitas vezes, por normas genéricas ou cláusulas gerais, sem a preocupação de excessivo rigorismo conceitual, a fim de possibilitar a criação de modelos jurídicos hermenêuticos, quer pelos advogados quer pelos juízes para a contínua atualização dos preceitos legais ” (trecho extraído do livro História do novo Código Civil, de Miguel Reale e Judith Martins -Costa). Considerando o texto, é correto afirmar que: R- c) São exemplos de cláusulas gerais: a função social do contrato como limite à autonomia privada e que no contrato devem as partes observam a boa -fé objetiva e a probidade.
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