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PSICOLOGIA DO DESENV. 0 A 3 ANOS

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1ª INFÂNCIA 
A criança de 0 a 3 anos
Sobrevivência e Saúde 
Complicações do parto:
Trauma no nascimento – anóxia (privação de oxigênio), doenças, infecções ou dano físico.
Passar do tempo (pós maturação) – após 42ª semana de gestação, bebes compridos e magros devido ao suprimento insuficiente no final da gestação).
Natimorto – nascimento e morte (durante o parto ou até 24 horas após o mesmo) 
Prematuridade – antes de completar a 37ª semana de gestação, associado a infecção uterina, estresse materno ou fetal, gravidez múltiplas, pressão alta, entre outros.
Baixo peso – pesam menos de 1,5Kg, segunda principal causa de morte nos primeiros meses, depois dos defeitos congênitos. Fatores: ter menos de 17 anos ou mais de 40, poucos cuidados com a alimentação, estatura, peso, abortos espontâneos.
Tratamento imediato:
Aleitamento materno
Alimentação intravenosa
Manter-se aquecido
Método canguru
Ambiente favorável pode compensar os efeitos de complicações no parto?
Circunstâncias socioeconômicas da família e qualidade do ambiente inicial
Programas: visitas domiciliares, aconselhamentos, informação sobre saúde, e desenvolvimento infantil, instrução sobre jogos e atividades infantil.
Acompanhamento escolar.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Imunização para uma melhor saúde
Nutrição: peito ou mamadeira?
Alimentar o bebe é um ato emocional e físico. Contato com o corpo da mãe promove o vínculo emocional entre mãe e bebê.
Essa ligação pode ocorre por meio da mamadeira, do peito e de outras atividades.
Em termos nutricionais o leite materno quase sempre é o melhor alimento para o bebê, evitando ou minimizando doenças como diarreia, infecções respiratórias, otite, infecções urinárias. 
Desenvolvimento motor – ninguém precisa ensinar as habilidades aos bebes, eles apenas precisam de espaço para se movimentar e liberdade para ver o que podem fazer. 
Marcos inicias do desenvolvimento motor:
Erguer a cabeça
Engatinhar pelo chão
Caminhar
 É marcado por um processo maturacional que proporciona a criança novas possibilidades.
Desenvolvimento Cognitivo
Comportamento Reflexo
O que faz o recém nascido responder ao mamilo? O crescimento do cérebro, antes do nascimento e durante a infância é fundamental para o futuro desenvolvimento físico, cognitivo e emocional.
Ao nascer o cérebro pesa somente 25% do peso adulto de 1,5Kg. Alcança quase 90% desse peso aos 3 anos. Aos 6 está próximo do tamanho adulto, mas o crescimento e desenvolvimento funcional continuam até a idade adulta.
O crescimento e desenvolvimento do cérebro dependem de uma nutrição adequada. Os surtos de crescimento, coincidem com mudanças no comportamento cognitivo. 
Reflexos Primitivos
Os comportamentos reflexos são controlados por centros inferiores do cérebro que governam outros processos involuntários (respiração e ritmo cardíaco).
Esses comportamentos desempenham um papel importante no desenvolvimento inicial do sistema nervoso e dos músculos.
Os reflexos primitivos (sucção, rotação, moro pág. 138) estão relacionados a necessidades instintivas por sobrevivência e proteção, ou talvez sustentem a ligação inicial com o cuidador. 
A maior parte dos reflexos inicias desaparecem durante os primeiros doze meses. Passagem para o comportamento voluntário. Avalia-se o comportamento neurológico do bebê por meio de seus reflexos.
Reflexos que continuam servindo como proteção permanecem: piscar, tossir, bocejar, engasgar, espirrar, tremer.
INTELIGÊNCIA SENSÓRIO-MOTORA
Constitui o ponto de partida do desenvolvimento, do nascimento aos 2 anos, e é decisivo para a evolução psíquica do ser humano, já que representa a conquista da percepção da realidade e da ação motora, de todo universo prático que cerca a criança.
Durante os quatro primeiros meses de vida, a atividade do bebê gira em torno de seu próprio corpo, sem interesse ou capacidade para se relacionar com os objetos externos. A criança ainda não diferencia o seu eu das outras pessoas, nem dos objetos, há um egocentrismo inconsciente e integral.
O período dos 4 aos 8 meses marca o início da superação do egocentrismo inicial. Primeiro a criança passa a se diferenciar dos objetos, em seguida se percebe como diferente dos adultos e depois começa a diferenciar umas pessoas das outras. Uma das funções da inteligência será a diferenciação entre os objetos externos e o próprio corpo.
INTELIGÊNCIA SENSÓRIO-MOTORA
Piaget acredita que essas condutas são semi-intencionais, pois não pertencem ao comportamento inato, foram construídas em interação com os objetos, mas não é algo intencional, planejado ,mas sim descoberto. 
Dos 8 aos 12 meses a conduta passa a ser intencional. O bebê imita gestos e sons novos para ele. 
Já é possível falar de conservação de objetos: se escondermos um objeto interessante sob uma almofada vermelha o bebê a levanta para pegá-lo, mas se mudarmos e escondermos numa outra almofada ao lado verde, ele não encontrará o objeto.
No período dos 12 aos 24 meses já existe uma maior mobilidade dos esquemas, agora o bebê grava as limitações dos esquemas e se dedica a modificá-los e a variá-los para conseguir resolver melhor seus problemas de ação. 
Papel da Experiência
O cérebro pós natal é moldado pela experiência, especialmente durante os primeiros meses de vida. Plasticidade é o termo usado para essa maleabilidade. 
Sendo assim, as primeiras experiências podem ter efeitos duradouros na capacidade do sistema nervoso.
Nesse período formativo, o cérebro torna-se especialmente vulnerável. Por isso, a exposição a drogas, estresse materno e desnutrição pode interferir no crescimento cognitivo normal.
Desenvolvimento psicossocial na Infância
Emoções 
Emoções primárias:
Surgem aproximadamente durante os 6 primeiros meses (contentamento, interesse, aflição) e depois alegria, surpresa, tristeza e finalmente raiva e medo.
Emoções autoconscientes:
Desenvolvem-se a partir de 15 meses, como consciência da própria identidade – constrangimento, empatia e inveja. 
Temperamento
Modo característico, de base biológica, de uma pessoa abordar e reagir a outras pessoas e às situações.
Afeta o modo como as crianças regulam suas funções mentais, emocionais e seu comportamento.
É relativamente estável e duradouro – formam o núcleo da personalidade em desenvolvimento.
Crianças fáceis
Crianças difíceis
Timidez
Ousadia
Esta em constante desenvolvimento e pode mudar em resposta ao tratamento familiar 
Desenvolvendo o apego
Os primeiros estudos sobre a ligação afetiva foram publicados pelo psiquiatra inglês John Bowlby e pelo francês René Spitz, e mostraram um impressionante comprometimento nas reações psicológicas e físicas das crianças separadas de seus pais quando muito jovens.
Para Bowlby, o fracasso para formar apego seguro com uma ou algumas pessoas nos primeiros anos de vida está relacionado com uma incapacidade para desenvolver relacionamentos pessoais íntimos na idade adulta. 
 
René Spitz descreveu a grande importância para o desenvolvimento do bebê da presença e dos cuidados constantes da mãe (ou de sua substituta). Ele observou que bebês criados em instituições, mesmo tendo boa alimentação e cuidados higiênicos adequados, têm menor resistência a enfermidades e desenvolvimento mais lento que bebês criados com a família, apresentando ainda outros prejuízos em seu desenvolvimento socioemocional.	
O bebê que é atendido prontamente em suas necessidades, que é alimentado, banhado e vestido sempre com carinho, desenvolverá confiança em sua mãe, e, mais tarde, os outros. Essa confiança se manifestará em maneiras amistosas de aproximar-se de outras pessoas.
Ao contrário, se o bebê não for pronta e eficientemente atendido em suas necessidades, se for negligenciado por sua mãe, desenvolverá um sentimento de desconfiança para com ela e, por generalização, para com as outras pessoas.
Apego é a tendência de um bebê para buscar a proximidade com determinadas pessoas
e a sentir-se mais seguro em sua presença. O experimento clássico para ilustrar a questão do apego foi realizada com bebês- macacos.
Ansiedade
As experiências durante os primeiros anos de vida são delicadas para um bom desenvolvimento emocional e social da criança. 
A maioria dos autores vê o primeiro sorriso da criança como sua primeira ação social. Quando um bebê sorri – lembrando que o sorriso é uma resposta inata - e arrulha para os pais, eles o acariciam, sorriem e vocalizam, reforçando uma resposta ainda mais entusiasmada pelo bebê. 
Outro comportamento social observado por vários estudiosos é a ansiedade de separação ( medo do oitavo mês), como é chamado o comportamento de choro apresentado pelo bebê quando a pessoa por quem é sempre cuidado se afasta de seu campo de visão. 
A ansiedade frente a estranhos também é uma resposta distintiva do bebê, e esta resposta aumenta dramaticamente de cerca de 8 meses até 1 ano de idade.  
Comportamento Emocional
 
MEDO
Depois do segundo ano de vida, as crianças passam a ter medo do escuro e de serem deixadas a sós. 
Entre 2 e 6 anos aparece grande número de novos medos. As crianças estão sujeitas a ter algumas experiências assustadoras, como ficarem perdidas, serem mordidas ou feridas. Também já ouviram falar de coisas assustadoras que aconteceram aos outros, seja na vida real, em histórias ou na televisão. Nessa idade, elas já sabem que existem muitas coisas a temer. 
Alguns medos podem ter origem em eventos reais: um menino que foi atropelado por um automóvel passou a ter medo de atravessar a rua e também de ficar só num quarto escuro. Algumas vezes, o comportamento dos adultos é a causa do medo: as crianças tendem a apresentar medo de trovões e relâmpagos, de cães e insetos, quando suas mães também o apresentam. 
AGRESSIVIDADE
Á medida que o desenvolvimento infantil vai se processando, pode-se observar uma diminuição da agressividade no modo de manifestar suas emoções.
Há três causas principais que podem contribuir para a diminuição da violência nas expressões emocionais:
Aquisição da linguagem: à medida que a criança aprende a usar a linguagem, ela passa a expressar suas emoções por palavras e não mais por atos. 
Pressão do meio social: os adultos não devem aprovar o comportamento violento da criança. A criança tem desejo de agradar aos mais velhos, os conselhos, as censuras e o exemplo destes levarão a criança a moderar as expressões de cólera e de alegria, ou mesmo esconder as emoções.
Desenvolvimento da inteligência: com o desenvolvimento intelectual é esperado que a criança aprenda a prever as consequências das suas reações, e compreender as desvantagens do emprego da violência, a inutilidade de chorar e espernear quando contrariada. 
Citando Woodworth & Marquis: “Suas lágrimas e expressões de medo são ridicularizadas, suas expressões de raiva ou de orgulho criticadas. A polidez muitas vezes exige que se use de sorrisos quando se desejaria fechar a carranca, ou que se manifeste surpresa ao ouvir alguma coisa trivial e sabida. E assim a pressão social ensina a criança a guardar seus sentimentos para si mesma...”
Identidade
Autoconceito – imagem que temos de nós mesmos, quadro total de nossas capacidades e traços, orientando nossas ações.
Desde as primeiras experiências (sugar) o bebê começa a extrair padrões regulares que formam conceitos de si mesmo e dos outros – emoções agradáveis ou não são associadas as experiências sensório-motoras.
Após o início da superação do egocentrismo, passam a ter a experiência da sua atuação pessoal que faz desenvolver a autoeficácia – pensamentos de capacidades frente aos desafios e metas.
Entre 20 e 24 meses começam a usar pronomes da primeira pessoa, como sinal de autoconsciência.
Entre 19 e 30 meses começam a aplicar a si mesmas termos descritivos (cabelo liso, grande) e valorativos (bonita, forte).
O desenvolvimento da linguagem permite à criança pensar e falar sobre si mesma e incorporar as descrições dos pais, a sua própria imagem emergente.
Primeira fase: até os 4 anos – representações únicas, com itens isolados e unidimensionais, sem conexões lógicas.
Não podem ter duas emoções ao mesmo tempo (diversão e medo)
Não consegue descentralizar, considerar diferentes aspectos de si mesmo
Identidade real = identidade ideal
Autoestima
Parte auto avaliativa do autoconceito – julgamento que a criança faz sobre seu valor geral. Geralmente não articula um conceito de valor antes dos 8 anos. Antes dessa idade costumam a aceitar a avalição dos adultos
Se a autoestima estiver sempre relacionada ao sucesso a criança poderá ver o fracasso ou a crítica como uma indicação de seu valor e sentir-se incapaz de fazer melhor.
Baixa autoestima: costumam atribuir as dificuldades ou rejeição social as deficiências de sua personalidade, que acreditam não conseguir mudar
Autoestima elevada: atribuem o fracasso ou a decepção a fatores externos ou a necessidade de se esforçar mais. 
Bibliografia
PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W. ; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 10.ª ed. Porto Alegre: ArtMed, 2009 - Capítulo 4 e 6

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