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Fuja do Nabo: Física II – P1 – 2014 – Rogério Motisuki Ondulatória – Resumo Teórico Todo mundo já aprendeu o que é uma onda, porém a matematização apresentada pode apresentar dificuldades. Equação genérica Uma onda genérica pode ser descrita por uma função ����. Usarei um pulso como exemplo para visualização: Nesse exemplo, ��0� é o pico do pulso. Portanto, se o pulso for representado por ����, o pico estará em � � 0. Sabendo disso, imagine agora um pulso representado por ��� � 1�. Onde estará o pico? É fácil perceber que a resposta é � � 1. Generalizando, um pulso representado por ��� � ∆�� será deslocado ∆� para a direita. Logo, se o pulso se deslocar com velocidade constante, temos que ∆� � �, e portanto a equação genérica para um pulso que se propaga é ��� � ��. Se o movimento do pulso for no sentido do � negativo, basta inverter o sinal. O pulso foi apenas um exemplo, todo o raciocínio acima também vale para ondas. ��� � �� → ��������� �� ������� �� � ����������� � �� → ��������� �� ������� �� � �� !���� Ondas harmônicas São tipos de ondas tão importantes que ganham uma categoria especial. É o caso em que a função que descreve a onda é um seno (ou cosseno). Um jeito alternativo de equacionar o raciocínio acima, mas dizendo a mesma coisa, é usar uma função de duas variáveis: ���, �� � #. cos �(. �� � �� � )�, onde #, ( e ) são constantes. O nome “função de duas variáveis” pode assustar, mas seu significado é muito simples: dado um � (posição) e um � (tempo), a função retorna a altura da onda naquela posição e tempo. Mas a equação ainda não está no formato usual, então vamos fazer umas mudanças: ���, �� � #. cos�(� � ( � � )� � #. cos �(� � *� � )� Agora temos 4 parâmetros e cada um recebe um nome: A – amplitude Valor máximo da altura da onda. Bastante intuitivo observando a equação, pois o valor máximo do cosseno é 1, e como está multiplicado por #, o valor máximo de ���, �� é #. k – número de onda angular Fonte de muitas dúvidas, pois é um conceito jogado sem explicação. Para explicar, usarei o conceito mais intuitivo de comprimento de onda +, conhecido por todos. Ignorando outras variáveis e constantes, a função que descreve a onda é do tipo cos �(��. Sabemos que após um comprimento de onda, o cosseno deu uma volta completa, ou seja, 2-. ����(�� � cos.(�� � +�/ � cos �(� � (+� Logo (+ � 2-, e daí surge a relação: ( � 2-+ Ou seja, isso traduz o conceito físico de comprimento de onda para a equação matemática que é a função cosseno. 0 – frequência angular Vamos fazer uma análise parecida como a que fizemos acima, mas dessa vez com o tempo e o conceito intuitivo de período 1 da onda. Após um período, o cosseno deu uma volta completa, ou seja, 2-. cos�*�� � cos.*�� � 1�/ � cos �*� � *1� Logo *1 � 2-, e portanto: * � 2-1 � 2-� Note que originalmente, a constante que multiplicava o tempo era ( , mas eu chamei isso simplesmente de *. Temos agora uma relação interessante: ( � * ⇔2-+ . � 2-1 ⇔ � +1 � +� Ou seja, podemos verificar que o que foi aprendido em ondulatória no ensino médio é consistente com esse equacionamento. 3 – fase inicial O argumento do cosseno é chamado fase. Em ��, �� � �0,0� teríamos cos �)�. Como o ) é a fase no início, recebe o nome de fase inicial. Seno ou cosseno? Essa é uma pergunta que muitos fazem. A resposta é: Tanto faz. O seno e o cosseno descrevem a mesma curva, porém com uma diferença de fase entre eles. sin��� � cos 6� � -27 Equação de onda É basicamente uma equação diferencial que descreve uma onda. Ela estabelece uma condição para as funções de onda: 8²�8�² � ² 8²�8�² Velocidade transversal Não confundir com a velocidade de propagação da onda. Os pontos de uma onda transversal se deslocam para cima e para baixo, e essa velocidade pode ser calculada com uma derivada parcial. A velocidade transversal de um ponto na posição �: pode ser calculada por: ;��:� � 8<��:, ��8� Interferência A soma de duas ondas gera uma nova onda cuja altura é simplesmente a soma das alturas das ondas: <=��, �� � #=. cos�(� � *� � )=�<>��, �� � #>. cos�(� � *� � )>� ⇒ <��, �� � <=��, �� � <>��, �� Quando os <= e <> tem sinais diferentes, ocorre uma subtração, e esse efeito é chamado interferência destrutiva. Quando os sinais são iguais ocorre uma soma, e recebe o nome de interferência construtiva. Note que como a função é um cosseno, a interferência construtiva irá acontecer quando a diferença de fase entre as ondas for um múltiplo par de -, e a interferência destrutiva um múltiplo ímpar. No caso mais geral, a simplificação da expressão é complicada e extensa, porém há um caso simples de bastante relevância: Ondas estacionárias Ondas de mesma amplitude que se propagam em sentidos opostos interferem causando uma onda estacionária. Fisicamente, isso acontece em situações que o meio restringe a onda de tal forma que ela interfira com suas próprias reflexões. Matematicamente, temos o seguinte: <=��, �� � #. cos �(� � *� � )=�<>��, �� � #. cos �(� � *� � )>� Pela fórmula de Prostaférese, temos que: <��, �� � 2#. cos @2(� � )= �)>2 A . cos @2*� � )> � )=2 A <��, �� � 2#. cos @(� � )= � )>2 A cos 6*� � )> � )=2 7 Note que existem � em que o cosseno valerá zero, e portanto <��, �� será zero para qualquer tempo. Esse ponto é chamado de nó, e é um ponto que fica completamente parado. Modos normais No contexto de ondas estacionárias, modos normais são frequências de oscilação naturais definidas pelo meio em que estão. Existem infinitos modos normais, e geralmente recebem nome de harmônico e são ordenados. Para calcular essas frequências, é necessário duas informações: o comprimento de onda e a velocidade ( � +�). O comprimento de onda é obtido a partir do desenho do harmônico e relacionando com o tamanho da corda ou tubo. Nesse exemplo, uma corda está presa entre duas paredes. No ponto de contato com a parede, o movimento fica restrito, e portanto aquele é obrigatoriamente um ponto de nó. No caso de ondas sonoras, é possível ter um tubo aberto, então as extremidades da onda não seriam necessariamente um nó. Batimento Quando duas ondas de frequências parecidas interferem, ocorre um fenômeno chamado batimento. A amplitude da onda resultante varia com o tempo, é como se fosse um seno dentro de outro seno. A frequência do batimento é dada por: �BC; � ∆� � �= � �> Efeito Doppler É a aparente mudança de frequência de uma onda causada pelo movimento relativo entre a fonte e o observador. O caso estudado na disciplina é o mais simples, unidimensional. A frequência percebida pelo observador é dada pela fórmula: �DBE � �FDG;H � DBE � FDG;H Os sinais das velocidades do observador e da fonte são definidos em um referencial partindo do observador apontando para a fonte: �I��J ���J → ����� Ondas numa corda No caso de ondas numa corda, há duas fórmulas específicas que fornecem informações sobre a onda, a partir da densidade da corda. Velocidade da onda numa corda: � K1L Trabalho médio por ciclo: M � N��� � L *>#>2 Onde L é a densidade linear da corda OP
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