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TERAPIA NUTRICIONAL NAS DOENÇAS INTESTINAIS

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Nome: Mariana Cardozo de Souza Pelegrini R.A.: 1761043 Nutrição 6º Termo
TERAPIA NUTRICIONAL NAS DOENÇAS INTESTINAIS
FLATULÊNCIA 
Objetivos da Terapia Nutricional
Reduzir a formação de gases 
reduzindo a aerofagia – a deglutição de grande quantidade de ar irá ocasionar acúmulo de gases no trato gastrointestinal e distenção abdominal.
evitando formação de resíduos não digeríveis no cólon – o alimento não digerido que chega no cólon e, por ação das bactérias da microbiota intestinal (fermentação) são quebrados formando gases.
adequando a ingestão de fibras – as fibras não são absorvíveis e podem levar a formação de gases por ação das bactérias intestinais. Porém a deficiência de fibras pode causar constipação intestinal, retardando a passagem dos alimentos pelo intestino e causando maior fermentação destes, que leva a formação de gases.
mastigação adequada – evita deglutição exagerada de ar que leva a formação de gases como especificado acima e evita a chegada de alimento mal digerido no intestino, que aumenta a motilidade intestinal favorecendo a formação de gases.
Adequar o trânsito intestinal – trânsito intestinal lento leva a maior fermentação dos alimentos produzindo mais gases.
Terapia Nutricional
Energia: adequada
Proteína: normoproteica – 0,8 a 1,0 kcal/kg PI/dia
Lipídeos: normolipídica – 20 a 35% do VET
Carboidratos: normoglicídica – 45 a 65% do VET 
Vitaminas e minerais – adequados a recomendação
Fibras – 20 a 35 g/dia, sendo 25% solúvel – no início pode ser necessário reduzir a oferta, pelo fato de as fibras levarem a formação de gases.
Líquidos: 30 a 40 ml/kg PA/dia. Evitar junto com as grandes refeições. A ingestão de líquidos com as grandes refeições prejudica a digestão dos alimentos, levando a formação de gases. *Evitar bebidas gasosas, já que o gás presente nestas aumenta a ocorrência de flatulência. – objetivo de evitar formação de gases, evitando passagem de alimento mal digerido para o intestino.
Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia
Evitar alimentos formadores de gases: brócolis, couve-flor, repolho, pepino, bata-doce, melancia, pimentão, melão, couve-de-bruxelas, cebola, nabo, rabanete, leguminosas, leite e derivados, adoçante sorbitol e frutose – objetivo de evitar a formação de gases, evitando a formação de resíduos no cólon que aumentam a fermentação bacteriana no cólon. 
Recomendações Adicionais
Evitar o uso de canudos para ingestão de líquidos – favorece a deglutição de ar, portanto evitar o uso com o objetivo de evitar a formação de gases.
Evitar conversar durante as refeições – também para evitar aerofagia.
Mastigar bem os alimentos – manter mastigação adequada evita a chegada de alimentos não digeridos no intestino, que aumentaria a motilidade intestinal 
Comer com a boca fechada – evitando formação de gases por aerofagia.
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Objetivos da Terapia Nutricional
Acelerar a velocidade do trânsito intestinal – com o trânsito intestinal mais lento, os resíduos fecais permanecem mais tempo no cólon, aumentando absorção de água desses resíduos. Assim, torna as fezes mais ressecadas, escassas e duras dificultando a evacuação.
Promover a formação de fezes mais macias, com maior conteúdo de água – facilitando a evacuação.
Terapia Nutricional
Energia: adequada
Proteína: normoproteica 0,8 a 1,0 kcal/kg PI/dia
Carboidratos: normoglicídica 45 a 65% do VET *Preferir alimentos integrais, pois são ricos em fibras e ajudam a acelerar o transito intestinal e podem promover a formação de fezes mais macias 
Gordura: normolipídica 20 a 35% do VET
Vitaminas e minerais adequados a recomendação
Ingestão hídrica: 30 a 40 ml/kg PA/dia *atenção para equilibrar a ingestão de água ao consumo de fibras, visto que o consumo alto de fibras exige maior consumo de líquidos. Auxilia na formação de fezes com mais água e mais macias
Fibras: aprox. 35 g/dia, sendo 25% solúvel e 75% na forma insolúvel (a fibra insolúvel acelera o trânsito intestinal e promove formação fezes mais macias e com mais água). Alimentos fonte de fibras: frutas, verduras, leguminosas, grãos, cereais integrais. Para atingir essa necessidade de fibras, pode ser necessário uso de módulo de fibras, inclusão de cereais como aveia e granola, farelo de trigo e de aveia.
Fracionamento: 5 a 6 refeições por dia
Orientações adicionais
Regularidade no horário das refeições – Manter o mesmo horário para as refeições auxilia no bom funcionamento do trânsito intestinal.
Resposta imediata ao desejo de evacuar – postergar o desejo de evacuar pode gerar fecaloma, já que a água das fezes vai sendo absorvida no tempo que fica no cólon e estas ficam endurecidas.
Atividade física – acelera o metabolismo e consequentemente o trânsito intestinal.
Incentivar o abandono do uso crônico de laxantes – o uso prolongado de laxantes pode tornar o cólon dependente destes para seu funcionamento, danifica a sensibilidade da parede do intestino. A perda dessa sensibilidade dá a sensação de perda do efeito do laxante, o que faz o indivíduo recorrer a doses maiores.
DIARREIA
Objetivo da Terapia Nutricional
Regularizar o trânsito intestinal – com o trânsito intestinal acelerado, há menor tempo para que o cólon absorva água e eletrólitos, que acabam sendo eliminados de maneira excessiva nas fezes.
Fazer a reposição de líquidos e eletrólitos, visto que a diarreia de caracteriza por perda excessiva destes. A reposição é necessária para evitar desequilíbrio hidroeletrolítico.
Terapia Nutricional
Energia: adequada
Proteína: normoproteica 0,8 a 1,0 kcal/kg pI/dia
Carboidrato: normoglicídica – 45 a 65% do VET
Gordura: normolipídica – 20 a 35% do VET
Vitaminas: adequada a recomendação
Minerais: adequada a recomendação, porém a oferta de sódio e potássio deve ser aumentada com o objetivo de repor estes eletrólitos, já que na diarreia, são eliminados nas fezes.
Ingestão hídrica: 35 ml/kg PA/dia. 
Fibras: reduzida – 10 a 15 g/dia, reduzindo a oferta de fibra insolúvel com o objetivo de regularizar o trânsito intestinal. A fibra insolúvel é responsável por acelerar o trânsito intestinal e aumentar o volume das fezes.
Preferir frutas e hortaliças cozidas: diminui o ácido orgânico que estimula a peristalse. Com objetivo de regularizar o trânsito intestinal.
Evitar consumo de lactose (leite e derivados), substituindo por produtos à base de soja – na ocorrência de diarreia, o nível de lactase nos enterócitos encontra-se diminuído e pode haver intolerância e agravar o quadro.
 Orientar o consumo de água de coco, que é rica em potássio, bebidas isotônicas, sucos de frutas e caldos concentrados de carnes e legumes – objetivo de repor eletrólitos.
No período de remissão, utilizar probióticos para recuperação da flora bacteriana. Probióticos são organismos vivos com ação protetora, veiculados em alimentos. São componentes não patogênicos da flora intestinal humana e quando ingeridos, aderem a mucosa intestinal e tornam-se viáveis no cólon. – objetivo de regular o trânsito intestinal. Fontes de probióticos: leites fermentados, iogurtes, coalhadas, Yakult LB, lactofos ou encapsulados. Recomendação – 108 UFC (unidades formadoras de colônias) 3 vezes ao dia ou 109 UFC 2 vezes ao dia
Fracionamento: 5 a 6 refeições por dia
ESTEATORREIA
Objetivos da Terapia Nutricional
Facilitar o processo absortivo de gorduras – a esteatorreia é sintoma, é necessário conhecer a causa da má absorção de gordura (pode ocorrer por falha na fase de digestão pelas enzimas, redução de sais biliares, alteração da mucosa intestinal) que está levando a perda desta nas fezes para que facilite o processo de absorção. 
Adequação do estado nutricional – visto que a esteatorreia pode levar a deficiência de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e minerais como cálcio, zinco e magnésio. Além de déficit calórico e de gordura em si.
Terapia Nutricional
Energia: adequada. Se necessário hipercalórica – 30 – 35 kcal/Kg PA/dia
(primariamente energia compensatória na forma de proteína dietética e carboidrato complexo)– se o indivíduo não está absorvendo gordura, perde calorias e pode resultar em perda de peso crônica. – adequação do estado nutricional
Proteína: normoproteica 0,8 a 1,0 kcal/kg PI/dia
Carboidrato: normoglicídica – 45 a 65% do VET
Gordura: normolipídica 20 a 35% Do VET. O uso de TCM (Trigicérides de Cadeia Média), que independe de lipase pancreática e sais biliares para ser absorvido devido a sua cadeia de 8 a 12 carbonos (a maioria dos ácidos graxos da dieta possuem de 16 a 18 carbonos) – objetivo de facilitar a absorção de gorduras.
Vitaminas: adequadas a recomendação. Necessário avaliar o estado nutricional das vitaminas lipossolúveis (A – retinol sérico, D – concentração de 25 (OH) D, E – concentração de α-tocoferol plasmático e K – tempo de protrombina). – objetivo de adequação do estado nutricional.
Minerais: adequado as recomendações.
Líquidos: 30 a 40 ml/kg PA/dia 
20 a 35 g / dia, sendo 25% na forma solúvel
Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia.
DOENÇA CELÍACA
Objetivos da Terapia Nutricional
Adequação do estado nutricional - a doença pode danificar o trato intestinal e interferir na absorção de nutrientes causando déficit nutricional. Além disso, pode ocorrer hiporexia: um dos sintomas da doença celíaca é a distenção abdominal em decorrência do aumento da osmolaridade intestinal (pela presença da prolamina) e sabe-se que a distenção abdominal provoca diminuição do apetite levando a piora do estado nutricional. 
Recuperação da mucosa intestinal – o doente celíaco tem deficiência da enzima Glutaminase I e a prolamina (fração proteica do glúten) não é hidrolisada, então ela se acumula no delgado provocando ativação dos linfócitos T que causam liberação de citocinas pró inflamatórias que agridem a mucosa do intestino delgado.
Induzir e manter a remissão da doença – a doença caracteriza-se por intolerância ao glutén, sendo assim é necessário excluí-lo totalmente da dieta.
Terapia Nutricional
Energia: adequada. No início do tratamento frequentemente precisa ser hipercalórica – com objetivo de adequar o estado nutricional, pelo dano na mucosa intestinal que interfere a absorção de nutrientes.
Proteína: normoproteica 0,8 a 1,0 kcal/kg PI/dia. No início do tratamento frequentemente precisa ser hiperprotéica 1,2 a 1,5 g/ kg PI / dia. – na ocorrência de deficiência nutricional, o que inclui deficiência proteica com consequente perda de massa muscular. – objetivo de adequar o estado nutricional.
Carboidratos: normoglicídica – 45 a 65% VET
Gordura: normolipídica – 20 a 35% do VET
Vitaminas e minerais: adequados à recomendação. Se houver deficiência, é necessário suplementar. – adequar o estado nutricional
Líquidos: 30 a 40 mL / kg PA / dia. Na fase aguda, ofertar 35 ml/kg PA/dia de ingestão hídrica – A diarreia é sintoma da doença celíaca e a ingestão de água é importante para evitar a desidratação e levando em conta a ingestão de fibra na fase aguda.
Fibras: 20 a 35 g / dia, sendo 25% na forma solúvel. Na fase aguda segue a recomendação da diarreia, justamente por causa da ocorrência de diarreia.
Isenção completa do glúten: trigo, aveia, cevada e centeio. Substituir por produtos à base de milho, fécula de batata, mandioca, araruta, fubá, amido de milho, arroz, soja e trigo sarraceno, todos estes que não contém glúten. – a exclusão de alimentos com glúten tem o objetivo de induzir e manter a remissão da doença.
Na fase aguda suspender a lactose – pode haver intolerância a lactose pela deficiência de lactase em decorrência da atrofia das vilosidades intestinais pela redução de absorção de nutrientes. Após essa fase, os alimentos contendo lactose podem ser reintroduzidos gradativamente.
Fracionamento: 5 A 6 refeições/dia.
Orientaçõs adicionais
Orientar ao paciente a leitura minuciosa dos rótulos para verificar se contém glutén e verificar a presença de aveia, trigo, cevada e centeio - com o objetivo de manter a remissão da doença.
Se houver perda de peso significativa, utilizar TCM para aumentar as calorias da dieta e aumentar absorção de ácidos graxos, sabendo que o TCM tem absorção facilitada – objetivo de adequar o estado nutricional.
DOENÇA DIVERTICULAR
Diverticulose
Diverticulite
A terapia nutricional não reverte a diverticulose, porém evita a diverticulite.
Objetivos da Terapia Nutricional
Evitar o acúmulo de bolo fecal no cólon – na presença de divertículos, pode haver acúmulo de conteúdo intestinal nestes, assim levando a sua inflamação: a diverticulite.
Acelerar o trânsito intestinal – evita que se acumule bolo fecal no cólon, prevenindo a diverticulite.
Terapia Nutricional
Durante a diverticulite
Dieta com baixo conteúdo fibroso – com resíduo mínimo (deixa o mínimo de resíduo no cólon) a fim de evitar o acúmulo de bolo fecal no cólon
Alimentos a serem oferecidos na dieta com resíduo mínimo: chás claros ou produto sem lactose, biscoito água e sal, suco coado, fruta sem casca e sem semente, arroz papa, caldo de feijão, legumes cozidos, filé de frango, canja.
Fracionamento: 7 a 8 refeições por dia – maior fracionamento permite porções mais reduzidas das refeições. Isso facilita a digestão e contribui para um trânsito intestinal mais rápido.
Diverticulose
Energia: adequada
Proteína: normoprotéica – 0,8 a 1,0 g/kg PI/ dia
Carboidrato: normoglicídica – 45 a 65% do VET
Gordura: normolipídica – 20 a 35% do VET
Fibras: ( 35 g /dia, sendo 25 % na forma solúvel. Mais próximo do valor máximo para o bom funcionamento do trânsito intestinal, facilitando a passagem das fezes e assim evitando que se acumule bolo fecal no cólon e prevenindo a diverticulite. Após a diverticulite, aumentar a oferta de fibras gradativamente.
Ingestão hídrica: 30 a 40 ml/kg PA/dia
Evitar frutas e hortaliças com sementes (melancia, uva, kiwi, goiaba, laranja, abóbora, berinjela, quiabo, tomate, etc) já que as sementes não são digeridas e chegam íntegras ao cólon. Na presença de divertículos, as sementes podem se acumular neles e inflamá-los.
Evitar leguminosas: feijão, lentilha, soja, grão-de-bico, ervilha. As cascas dessas leguminosas também podem se acumular nos divertículos.
Evitar sementes e pipoca – também pelo acúmulo nos divertículos.
Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS (DIIs)
Doença de Crohn (DC)
Retocolite Ulcerativa (RCU)
Objetivos da Terapia Nutricional
Recuperar e/ou manter o estado nutricional – na Doença de Crohn pode afetar qualquer porção do intestino, sendo mais frequente no íleo, ocorrendo má absorção de nutrientes, levando a deficiência destes. Na Retocolite Ulcerativa a perda de peso é infrequente devido a doença não acometer o intestino delgado, porém se houver, pode ser explicada pela falta de apetite causada pela dor abdominal que é sintoma também da DC.
Pode haver aumento das necessidades nutricionais nas DIIs em resposta à febre, infecção, formação de abcesso e fístula, aumentando gasto energético. Alguns medicamentos utilizados no tratamento podem causar alteração na absorção de Ca (pela utilização de corticoides), vitaminas lipossolúveis - A, D, E e K (pela colestiramina) e folato (utilização de sufassalazina). Pode ocorrer também aumento na perda entérica de proteínas, sangue, minerais, eletrólitos, elementos-traço do intestino durante períodos de inflamação ativa. Na DC, predominância de hipoalbuminemia, perda proteica intestinal e balanço nitrogenado negativo, enquanto na RCU observa-se maior ocorrência de anemia, devido as perdas sanguíneas, que são usuais.
Recuperação da mucosa intestinal – as DIIs comprometem a mucosa intestinal
Contribuir para o alívio dos sintomas – na DC: diarreia exsudativa, dor abdominal, edema, sintomas relacionados ao estado nutricional como citados acima. Na RCU: diarreia exsudativa, dor abdominal e desidratação.
Induzir e manter a remissão da doença –o tratamento das deficiências
nutricionais por via oral ou enteral podem ser prejudicados pelo trato gastrointestinal lesado, sendo a nutrição parenteral recomendada para suprir as necessidades nutricionais. Também há indicação de parenteral quando há necessidade de colocar o paciente em repouso intestinal para que ele se recupere. No período de remissão, a dieta oral passa a ser liberal. 
Terapia Nutricional
Na fase aguda utilizar dieta com resíduo mínimo fracionada 7 a 8 vezes ao dia – a dieta com resíduo mínimo e fracionada em porções menores exige menos trabalho do intestino inflamado. – objetivo de recuperação da mucosa intestinal e induzir a remissão da doença.
Alimentos: chá ou produto sem lactose, biscoito água e sal, suco coado,cfruta sem casca e sem semente, arroz papa, caldo de feijão, legumes cozidos, filé de frango e canja.
Energia: hipercalórica: 30 a 35 kcal/kg PA/dia – para adequar o estado nutricional. Em função do catabolismo presente em um processo inflamatório e pela elevação da temperatura corporal.
Proteína: Hiperprotéica – em função do hipercatabolismo e para favorecer o processo de cicatrização.
 Fase aguda: 1,3 g/ kg PI / dia
Fase de recuperação: até 1,8 a 2,0 g/ kg PI / dia
Gordura: 
 Retocolite ulcerativa: normolipídica – 20 a 35% VET 
 Crohn: fase aguda - hipolipídica < 20% do VET – haverá perda excessiva de gordura nas fezes (esteatorreia)
Fase de recuperação - aumentar gradativamente. - Avaliar a necessidade de TCM (dependendo do estado absortivo).
Carboidratos: normoglicídica – 45 a 65% VET. Fase aguda: evitar lactose (a alteração no epitélio intestinal causa a deficiência de lactase) e carboidratos simples (pela alta osmolaridade dos açúcares que pode levar a distenção abdominal e dor). Utilizar maltodextrina.
Fibras: na fase aguda, reduzidas e abrandadas na cocção, com objetivo de resíduo mínimo no intestino inflamado. Prevalecer as fibras solúveis que proporcionam fezes mais macias e retardam o trânsito intestinal. Na fase de recuperação, oferta normal e abrandada pela cocção.
Vitaminas e minerais: adequados a recomendação. Verificar a necessidade de suplementação de B12 se o íleo terminal estiver comprometido para adequar o estado nutricional.
Líquidos: 30 a 40 mL /kg PA / dia. Na fase aguda ofertar essa quantidade em água – necessidade de hidratação devido a quadros de diarreia que podem levar a desidratação.
Na fase de recuperação, utilizar probióticos (1010 ufc 2 vezes ao dia) – os probióticos produzem efeito benéfico na imunidade intestinal, produzem AGCC (estimulam o crescimento da mucosa, aumentam o fluxo sanguíneo, fonte energética para as células epiteliais colônicas e aumentam absorção de sódio e água para o lúmen intestinal), amenizam a intolerância a lactose, controlam a diarreia aguda, melhoram a atividade clínica da doença e previnem recidivas da DII. – prolongam a remissão da doença.
Fracionamento: fase aguda – 6 a 8 refeições por dia (menor volume das refeições, menor exigência do intestino); fase de recuperação – 5 a 6 refeições/dia.
Oferta de nutrientes específicos: Glutamina (módulos de glutamina): 20 a 40 g/dia ou 0,3 a 0,6 g/kg/dia (para preservação da mucosa intestinal). Ácido graxo ômega-3: 3 a 5 g/dia (possui efeitos anti-inflamatórios e praticamente não possui efeitos colaterais – possui resultados favoráveis na RCU).

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