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Simbolismo na Literatura Brasileira

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Simbolismo 
O Simbolismo foi uma escola literária de poetas, que tinham colegas por todo mundo como o 
francês Charles Baudelaire, mas tinham pouco reconhecimento e aceitação artística. Vários de 
seus integrantes morreram pobres, não tiveram obras publicadas e permaneceram ou 
permanecem esquecido até hoje. As poesias simbolistas tinham alta musicalidade e usavam 
muitos elementos simbólicos. 
Cruz e Sousa 
Filho de ex­escravos, foi criado por um Marechal e sua esposa como um filho que nunca tiveram. 
João da Cruz e Sousa (1861­1898) estudou na melhor escola da região, casou­se e teve quatro 
filhos. Infelizmente, dois deles morreram e sua esposa enlouqueceu. Perseguido a vida inteira por 
ser negro, culminando com o fato de ter sido proibido de assumir um cargo de juiz só por isso, 
morre jovem de tuberculose, vítima da pobreza e do preconceito. Uma de suas obsessões era cor 
branca, como mostra a passagem a seguir. 
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras 
de luares, de neves, de neblinas!... 
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... 
Incenso dos turíbulos das aras..." 
Alphonsus Guimaraens 
Afonso Henrique da Costa Guimarães (1870­1921) teve uma juventude boêmia e dândi, mas 
abandonou­a pelo estudo da Engenharia, que abandonou pelo Direito. Jornalista e magistrado, foi 
morar em Mariana, de onde raramente saiu até morrer. Seus versos tinham musicalidade e sutileza 
para a atmosfera religiosa que inspiravam, como mostra a passagem a seguir. 
"O céu é todo trevas: o vento uiva. 
Do relâmpago a cabeleira ruiva 
Vem açoitar o rosto meu. 
E a catedral ebúrnea do meu sonho 
Afunda­se no caos do céu medonho 
Como um astro que já morreu." 
Emiliano Perneta 
David Emiliano Perneta (1866­1921) nasceu e morreu em Curitiba. Formou­se advogado pela 
Universidade de São Paulo. Além de ter sido jornalista, advogado e professor de português, 
Perneta foi um dos fundadores do clube republicano de Curitiba e publicou, em livros, jornais e 
revistas, poesia e prosa poética simbolista. 
Pedro Kilkerry 
Pedro Militão Kilkerry (1885­1917) foi um dos vários poetas simbolistas quase anônimos. Pobre e 
boêmio, morreu tuberculoso em Salvador e sua obra só entrou em evidência em 1970, com 
ReVisão de Kilkerry. Sua poesia era forte e desconcertante, sendo uma das melhores do 
Simbolismo brasileiro. Observe a passagem que se segue. 
"Primavera! ­ versos, vinhos... 
Nós, primaveras em flor.
E ai! Corações, cavaquinhos 
Com quatro cordas de Amor!"

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