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Morfologia, Fisiologia e Classificação dos Fungos

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Morfologia, Fisiologia e Classificação dos Fungos
Fungos são organismos eucarióticos quimio-heterotróficos, absorvem componentes orgâni-
cos como fonte de energia. São aeróbios em sua grande maioria, mas alguns fungos anaeró-
bicos estritos e facultativos são conhecidos. Podem ser uni ou multicelulares e reproduzem-se 
sexuada ou assexuadamente. Alguns fungos apresentam ciclo parassexuado. Possuem parede 
celular rígida que pode ser composta de celulose, glicanas, mananas ou quitina e membrana 
celular com esteróis presentes. Seu principal material de reserva é o glicogênio.
Fungos unicelulares 
As leveduras são fungos unicelulares não-filamentosos, caracteristicamente esféricas ou ovais. 
Reproduzem-se por brotamento e formam colônias pastosas ou cremosas. 
Fungos multicelulares
As colônias algodonosas, aveludadas ou pulverulentas são formadas por fungos de organi-
zação multicelular, os fungos filamentosos. O corpo de um fungo filamentoso é composto 
de longos filamentos de células conectadas, 
as hifas. Quando elas são divididas em uni-
dades celulares uninucleadas, são chamadas 
hifas septadas. Os septos possuem poros que 
fazem com que o citoplasma das células se 
comunique. Em algumas classes de fungos as 
hifas não têm septos e são denominadas ce-
nocíticas (Figura �).
Fungos dimórficos
Fungos que exibem forma de crescimento uni 
e multicelular. Apresentam forma de levedu-
ra in vivo e a 37ºC, mas quando cultivados a 
25ºC apresentam forma filamentosa. Outros 
fatores que regulam o dimorfismo são a con-
centração de CO2 e pH do meio.
Habitat
São amplamente encontrados na natureza.
Figura �: Syncephalastrum. Fungo filamentoso com 
hifas asseptadas. Ilustração: Mário Silva
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2
Importância
Os fungos são os agentes etiológicos das micoses e de milhares de doenças que afetam plan-
tas economicamente importantes. Atuam também na decomposição e são simbiontes de ve-
getais (micorrizas). Servem de alimento e são utilizados pelo homem na produção de drogas 
e comida. Também atuam no controle biológico de insetos.
Fisiologia
Os processos empregados na obtenção de energia são a respiração e fermentação, sendo o 
último mais característico das leveduras. Diferentes fontes de carbono são utilizadas, incluin-
do carboidratos complexos como a lignina (componente da madeira) para a síntese de car-
boidratos, lipídeos, ácidos nucléicos e proteínas. Essas diferenças são utilizadas na taxonomia, 
conjuntamente com a morfologia. 
Nenhum fungo é capaz de fixar nitrogênio. Esse pode ser obtido na forma de nitrato, nitrito, 
amônia ou nitrogênio orgânico, dependendo do fungo em questão. 
Desenvolvem-se em locais com baixa umidade e com concentrações relativamente altas de 
sais e açúcares. O pH ótimo para seu crescimento é próximo a cinco. Quase todos os fungos 
são aeróbios, enquanto a maioria das leveduras é anaeróbia facultativa. Seu crescimento e 
esporulação são influenciados por estes fatores e pela temperatura, teor de oxigênio, pressão, 
luz, radiações, entre outros.
Reprodução assexuada
• Brotamento: A célula parental forma um 
broto na sua superfície externa. Á medida que 
o broto se desenvolve, o núcleo da célula pa-
rental se divide e um dos núcleos migra para 
o broto. O material da parede celular é então 
sintetizado entre o broto e a célula parental, 
separando-os. Algumas leveduras produzem 
brotos que não se separam e formam uma pe-
quena cadeia de células chamada de pseudo-
hifa ou pseudo-micélio.
• Fragmentação da hifa: As hifas crescem 
por alongamento das extremidades. Um frag-
mento quebrado pode se alongar para formar 
uma nova hifa.
• Esporos assexuais: Formados pelas hifas, 
quando germinam tornam-se clones do indi-
víduo parental. 
Figura 2: Candida albicans. Blastoconídeos 
produzidos por brotamento. Ilustração: Mário Silva
3
Tipos de esporos assexuais
• Conidiósporo ou conídio: produzidos em cadeia na extremidade de um conidióforo.
• Artrósporo ou artroconídios: resultam da fragmentação de uma hifa septada células únicas, 
pequenas e levemente espessas.
• Blastoconídio: formados a partir de brotos de uma célula parental.
• Clamidósporo: formado por um arredondamento e alargamento no interior de um segmen-
to de hifa. 
• Esporangiósporo: formados dentro dos esporângios na hifa reprodutiva.
Figura 3 e 4: Aspergillus 
sp. e Curvularia sp. 
Conídios organizados 
em cadeias na 
extremidade dos 
conidióforos. 
Ilustrações: Mário Silva
Figura 5: Rhizopus sp. 
Esporangiosporos 
dentro do esporângio. 
Ilustração: Mário Silva
Figura 6: Coccidioides 
immitis. Fragmentação 
da hifa formando 
artroconídios. 
Ilustração: Mário Silva
4
Reprodução sexuada
Espécies são heterotálicas quando os indivíduos apresentam gametas de células doadoras (+) 
e de células receptoras (-) localizadas em talos separados ou quando apresentam ambos os 
sexos, mas estes são auto-incompatíveis. Espécies homotálicas ou hermafroditas são repre-
sentadas por indivíduos que produzem gametas (+) e (-) autocompatíveis no mesmo talo.
O tecido é denominado dicariótico quando existem dois núcleos compatíveis na mesma hifa 
e heterocariótico quando existem mais de dois tipos de núcleo na mesma hifa.
O esporo sexual resulta de três etapas
�. Plasmogamia: um núcleo haplóide de uma célula doadora penetra no citoplasma da célula 
receptora.
2. Cariogamia: Os núcleos e se fundem para formar um zigoto diplóide.
3. Meiose: O núcleo diplóide origina um núcleo haplóide (esporos sexuais, dos quais alguns 
podem ser recombinantes genéticos).
Processos de fecundação
• Conjugação planogamética: envolve o encontro de gametas móveis.
• Conjugação gametangial: ocorre plasmogamia.
• Contato gametangial: quando núcleo masculino passa para o gameta feminino
• Espermatização: o gameta masculino (aplanósporo) desprende-se do micélio aderindo ao 
gameta feminino que permanece fixo ao talo.
• Somatogamia: hifas somáticas pouco ou não diferenciadas entram em contato, e então 
ocorre a fusão e a transferência de gametas.
Ciclo parassexuado
A recombinação ocorre durante a mitose.
Classificação
Domínio Eucarya
Reino Fungi (Mycetae)
Divisão: Eumycota: Fungos Verdadeiros
�. Chytridiomycotina (Mastigomycotina): fungos aquáticos, hifas asseptadas, esporos flagela-
dos.
2. Zygomycotina: hifas asseptadas, reprodução sexuada com a formação do zigósporo. Repro-
dução assexuada pela formação do esporangiósporo.
3. Ascomycotina: Incluem fungos com hifas septadas e algumas leveduras. Seus esporos asse-
xuais são normalmente conídios. Ascósporos são esporos sexuados que se originam da fusão 
do núcleo de duas células numa estrutura em forma de saco, o asco.
4. Basidiomycotina: Fungos de hifas septadas que produzem cogumelos. Esses fungo produ-
zem esporos provenientes da reprodução sexuada exógena, os basidiósporos. 
5. Deuteromycotina ou Fungi Imperfecti: fungos de hifas septadas, não apresentam reprodução 
sexuada, porém alguns têm o ciclo parassexuado. As principais espécies patogênicas para o 
homem e animais estão nesta subdivisão. 
Bibliografia
RAVEN, P. Biologia Vegetal. 6.ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2001.
RESENDE, M. A. Morfologia e classificação dos fungos. In: AULA PARA A DISCIPLINA 
MICROBIOLOGIA MÉDICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA, 2006, 
UFMG, 
Belo Horizonte. 
TORTORA G.J. et al. Microbiologia. 8.ed. ArtMed. 200�.ArtMed. 200�. 
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