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Conferência Cicatrização, pele e outros temas! Lívia Ribeiro Célem 3º período Por causa da febre amarela ...... Vamos usar o texto usar do período anterior NOVO EMPREGO... E UM GRANDE QUE SUSTO! Rondinelli, 46 anos, estava desempregado há quase um ano... Depois de muita procura, conseguiu um trabalho como servente de obra, com carteira assinada. Sua esposa, Maria das Dores, era quem o acordava todos os dias pela manhã. E logo no primeiro dia de emprego, Maria das Dores não colocando o celular para despertar, fez com que Rondinelli se atrasasse para o trabalho... Durante o trajeto, muito apressado, Rondinelli claudicou e teve uma queda. Chocou-se contra um metal que estava na rua, que gerou uma ferida corto-contusa na face posterior da perna direita. Perdeu muito sangue e por isso resolveu buscar auxílio na UPA. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de três formas diferentes: de acordo com a maneira como foram produzidas, de acordo com o grau de contaminação e de acordo com o comprometimento tecidual. Classificação das Feridas Mecanismo causal Potencial / Grau de contaminação Grau de comprometimento tecidual Classificação de Feridas – Mecanismo Causal Classificação de Feridas – Mecanismo Causal Classificação de Feridas – Mecanismo Causal PERFURANTES Classificação de Feridas – Mecanismo Causal INCISIONAL Classificação de Feridas – Mecanismo Causal CONTUSA Classificação de Feridas – Mecanismo Causal PERFURO-CORTANTE Classificação de Feridas – Mecanismo Causal CORTO-CONTUSA Classificação de Feridas – Mecanismo Causal LACERAÇÃO Para que saber isso???? Classificação de Feridas – Grau de Contaminação FERIDA LIMPA Cirúrgicas realizadas com boa técnica sem penetração dos tratos: Digestivo Respiratório e Gastrointestinal A probabilidade da infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5% Classificação de Feridas – Grau de Contaminação FERIDAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS Lesões < 6 hora O risco de infecção é de 3 a 11% Lesões em áreas de baixa colonização Classificação de Feridas – Grau de Contaminação FERIDAS CONTAMINADAS Má técnica cirúrgica Cirurgia com abertura de trato respiratório, digestivo e urinário Lesões em áreas de alta colonização Lesões > 6 horas O risco de infecção da ferida já atinge 10 a 17%. Classificação de Feridas – Grau de Contaminação FERIDAS INFECTADAS Grosseiramente contaminadas Matéria orgânica, terra, etc. Tecido desvitalizado Material purulento Classificação de Feridas – Grau de comprometimento tecidual COMPROMENTIMENTO TECIDUAL Estágio I: o tecido apresenta-se hiperemiado, com áreas de descoloração e endurecimento local. Estágio II: ruptura e perda da epiderme ou derme, são superficiais e podem apresentar bolhas ou crateras rasas. Estágio III: ferida com maior profundidade por perda total de tecido cutâneo, geralmente apresenta-se com necrose do tecido subcutâneo até a fáscia muscular, tem odor característico de tecido necrótico. Estágio IV: ferida em cavitação, profunda que atinge músculos, tendões e ossos, com necrose e odor característico Na UPA, Rondinelli foi prontamente acolhido pelo Dr. Iverssen, que realizou junto à equipe os primeiros cuidados com sua ferida Cuidados com as Feridas ANAMNESE - Natureza e a força do agente causador - Tempo transcorrido até o atendimento. EXAME FÍSICO – Inspeção da lesão - Contaminação (corpo estranho / lesões associadas) - Expor a área – avaliar outras lesões Cuidados com as Feridas Limpeza da superfície do ferimento - Remoção de corpos estranhos - Utilizar uma gaze estéril + instilação de soro fisiológico Explore a lesão - Profundidade e a extensão Quando suturar uma ferida ( ou não ) Ferimentos acima de 6-8 horas Ferimentos puntiformes Mordidas de animais Feridas com focos visíveis de infecção Exceção a regra - ferimentos em face em até 24 horas, nos quais, muitas vezes, o bom suprimento vascular pode sobrepujar até uma contaminação O médico aproveitou para analisar se Rondinelli expunha outras lesões na pele, tais como máculas, pápulas, fístulas ou crostas. Funções da Pele Proteção física/ química Regulação de temperatura corporal Excreção Percepção do meio externo Metabolização de Hormônios ( Vit D, Testo e DHT) Epiderme Camada mais externa da pele Função da epiderme é formar uma barreira protetora -Protegendo contra danos externos -Dificultando a perda de água - Bloqueando a entrada de substâncias e de microrganismo. Se encontram os melanócitos, células de Langerhans e as de Merkel A epiderme também origina os anexos da pele: unhas, pêlos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas. Camadas da Epiderme - Basal Células cuboidais basofilicas Presença de stem-cells Intensa atividade mitótica Responsável pela constante renovação da epiderme Já contém os filamento de queratina que vão se tornando mais numerosos no trajeto pela epiderme Camadas da Epiderme - Espinhosa Células cuboidais que vão se tornando mais poligonais Contem feixes de queratina ( Tonofilamentos) Se mantem unidas as células vizinhas pelos desmossomos, que dão o aspecto espinhoso. Ainda tem Stem cells Responsável pela adesão das células, e resistência aos atritos Camadas da Epiderme - Granulosa Células poligonais Repletas de grânulos de querato-hialina Apenas 3 -5 fileiras de células Citoplasma mais basofílico Grânulos lamelares ( vistos apenas ME), auxiliam na impermeabilização da pele Camadas da Epiderme - Lúcida Mais evidente na pele espessa Pode estar ausente em determinadas localizações Células achatadas e translucidas Camada de transição para a camada córnea Camadas da Epiderme- Cornéa Camada mais superficial Composta por células planas, largas, achatadas e anucleadas Células repleletas de queratina Células se desprendem facilmente Espessura variável Queratinócito Origem no ectoderma Formam a maior parte das células da epiderme Na basal temos células tronco Aderem-se à lâmina basal através de hemidesmossomos Aderem-se aos queratinócitos adjacentes por desmossomos Renovação epidérmica em torno de 4 semanas. Melanócito Produzem a coloração da pele Localizados na basal ( JDE) e lançam projeções para a espinhosa 1/10 Mc X Kc Tirosinase responsável pela produção de melanina Célula de Merkel Localizam-se na basal, presa ao queratinócitos por hemidesmossomos São mecano-receptores ( tátil) Mais presentes em áreas de pele espessada ( mãos e pés) Podem atuar em um sistema neuro-endócrino difuso Célula de Langerhans Localizam-se em toda epiderme, mas são mais frequentes na espinhosa Se originam na medula óssea e são transportadas pelo sangue Captam antígenos e os apresentam aos linfócitos T Papel importante nas reações imunitárias da pele Derme Camada intermediária da pele Composta por : Fibras de colágeno Elastina Vasos sanguíneos Terminações nervosas Estão localizados: Folículos pilosos Nervos sensitivos Derme papilar Porção mais superficial da derme Tem fibras colagênicas que se inserem na membrama basal, aderindo-a Papilas dérmicas Constituição: tecido conjuntivo frouxo Muitas células (fibroblastos, macrófagos, plasmócitos, etc..). Alças capilares nas papilas – regulação da temperatura corpórea Presença de receptores- corpúsculos de Meissener Derme Reticular Tecido conjuntivo denso não modelado Colágeno tipo I, grossas fibras elásticas, proteoglicanas Menor número de células Presença dos anexos: glândulas sebáceas, sudoríparas e pêlos Presença de receptores: - Vater- Paccini – pressão e vibração - Ruffini – Força tênsil Responsável pela elasticidade da pele Hipoderme Terceira e última camada da pele Tecido conjuntivo frouxo Adipócitos Espessura é bastante variável ( constituição física individual x localização) Ela apóia e une a epiderme e a derme as estruturas adjacentes Mantém a temperatura, acumula energia Anexos Glândulas Sebáceas Glândulas sudoríparas - Apócrinas - Écrinas Pêlos e unhas Glândula Sebácea Pequenas e saculiformes alojadas na derme Holocrina Encontradas em muitas partes da pele, mas em abundância no couro cabeludo e na face Um simples ducto que emerge de um agrupamento ovalado ou em forma de garrafa – os alvéolos, que são em geral de dois a cinco, podendo chegar, em alguns casos, até vinte Cada alvéolo é composto de uma membrana basal transparente contendo um certo número de células epiteliais O sebo é uma secreção oleosa, com ácidos graxos, ésteres de cera e esqualeno, junto com os restos das células produtoras Glândula Sudorípara Toda superfície corporal ( exceto lábios, clitóris, pequenos lábios, a glande e a superfície interna do prepúcio. Abundantes nas regiões palmar e plantar. A porção secretora situa-se profundamente na derme ou na parte superior da hipoderme Écrinas Apócrinas Glândula Sudorípara Écrinas Dispersas em toda pele Tubulares, desembocam diretamente na pele Mais em palmas , plantas e axilas Inervação Simpática Secreção é incolor inodora , hipotônica, composta 99% por água e solutos encontrados no plasma Glândula Sudorípara Apócrina Vem de uma invaginação do folículo piloso Axila, perimamilar e anogenital Tem modificação : -conduto auditivo ext. ( ceruminosas) -Palpebra ( Gld de Moll) Porção secretora e tubular Pequena secreção leitosa em longos intervalos de tempo Tem proteína, açucares, amônia, ácidos graxos Odor pela de degradação do suor pelas bactérias Pêlo Quase toda superfície do corpo. Variam muito em comprimento, espessura Consiste em raiz (a parte implantada na pele) e haste (a porção que se projeta da superfície). A raiz do pêlo termina no bulbo do pelo canalículo da epiderme que o envolve, chamado folículo do pêlo. No fundo de cada folículo encontra-se uma pequena eminência cônica vascular ou papila. Ela é contínua com a camada dérmica do folículo e suprida com fibrilas nervosas. Pequeninos feixes de fibras musculares lisas involuntárias, denominadas eretores dos pelos. Emergem da camada superficial da derme e se inserem no folículo. Colocam-se do lado para onde o pêlo se inclina, e pela sua ação diminuem a obliqüidade do folículo, tornando-o reto Pêlo O folículo piloso consiste em duas túnicas: externa e interna ou epidérmica. A haste do pêlo consiste, de dentro para fora, de três partes: a medula, o córtex e a cutícula. A medula em geral está ausente em delgados pêlos que cobrem a superfície do corpo e comumente nos da cabeça. No córtex os queratinocitos são altamente compactados A cutícula compõe-se de uma simples camada de escamas achatadas que se sobrepõem da profundidade para a superfície, dão adesão ao pêlo Unha São estruturas achatadas, elásticas,. Textura córnea Sobre a superfície dorsal das falanges distais Cada unha está implantada por uma porção chamada raiz em um sulco da pele; a porção exposta é denominada corpo e a extremidade distal, borda livre. A unha é firmemente aderente ao cório e exatamente moldada sobre a superfície; a parte de baixo do corpo e da raiz da unha é chamada matriz da unha porque é esta que a produz. Próximo a raiz da unha o tecido não está firmemente aderido ao tecido conjuntivo, mas apenas em contato com o mesmo; por isso esta porção da unha é esbranquiçada e chamada lúnula devido a sua forma. Lesões Elementares Alterações de Cor – Manchas ou Mácula Manchas Vásculo-sanguíneas Ocorrem por vasodilatação, constrição, ou pelo extravasamento de hemácias. Eritema: Mancha vermelha por vasodilatação, que desaparece com digito ou vitropressão. Púrpura: Mancha vermelha por extravasamento de hemácias, não desaparece com vitropressão. Muda de coloração de acordo com o tempo por alteração da hemoglobina tornando-se arroxeada e depois verde-amarelada. Petéquia quando possui até 1 cm e de equimose quando possui mais de 1cm. Coleções Líquidas Elevação na pele por conteúdo líquido Vesícula – até 5 mm Bolha – maior que 5 mm Pústula- até 5 mm contendo pús Abscesso – Maior que a pústula com inflamação ao redor Hematoma – Formação contendo sangue na pele ou tecido subjacentes Alterações sólidas Pápula: elevação circunscrita palpável < 5 mm Placa: superfície em platô; agrupamento de várias pápulas Nódulo: lesão mais palpável que visível > 5mm; Tumor: lesão > 3 cm. Perdas e Reparações Teciduais Solução de Continuidade – Erosão: acomete apenas a epiderme; – Ulceração: acomete a derme; – Fissura: linear e estreita. Lesões Caducas – Escamas: podem ser furfuráceas ou laminares; – Crosta: ressecamento de exsudato (podem ser serosas, purulentas/milicéricas ou hemáticas). Dr. Iverssen interrogou também a propósito de sua situação vacinal para o tétano, ao que Rondinelli relata dose de reforço há 2 anos Profilaxia do Tétano Limpeza do ferimento com água e sabão e desbridamento profundo, se necessário, o mais rápido possível A necessidade de imunização ativa (vacina) contra o tétano, com ou sem imunização passiva (soro ou imunoglobulinas) depende do tipo e das condições do ferimento, assim como da história prévia de vacinação Esquema Vacinal ATT ou DT 3 doses ( 0, 30,180 dias) – intervalo mínimo de 30 dias entre cada aplicação Esquema completo 3 doses Esquema incompleto – completar com as doses restantes , independente do tempo de interrupção Reforço a cada 10 anos – 1 dose apenas Sem tomar o reforço mesmo após 10 anos – 1 dose apenas Recomendações para a Soroterapia O soro antitetânico (SAT) é indicado para a prevenção e o tratamento do tétano. A sua indicação depende do tipo e das condições do ferimento e esquema vacinal incerto ou incompleto contra o tétano. O SAT é composto a partir do soro de equinos hiperimunizados com toxóide tetânico e apresenta-se sob forma ampolas de 5 ml (5000 UI). Dose profilática é de 5000 UI (para crianças e adultos) Dose terapêutica de 20 mil UI. A administração do SAT é por via intramuscular. Recomendações para o uso da IGHAT A imunoglobulina humana hiperimune antitetânica (IGHAT) é indicada para o tratamento de casos de tétano, em substituição a SAT, hipersensibilidade ao soro heterólogo, história pregressa de alergia ou hipersensibilidade ao uso de outros soros heterólogos. A IGHAT é constituída por imunoglobulinas da classe IgG que neutralizam a toxina produzida pelo Clostridium tetani, obtida do plasma humano. Sua administração é por via intramuscular O Processo de Cicatrização Quem é o ESTÍMULO a cicatrização ? LESÃO Contato dos vasos sanguíneos com o colágeno e outras estruturas Degranulação de plaquetas Ativação da cascata de coagulação e do complemento O Processo de Cicatrização Fase Inflamatória Fase Proliferativa - Epitelização - Angiogênese - Formação de tecido de granulação - Deposição de colágeno Fase de Remodelamento ou Maturação Fases da Cicatrização - Inflamatória Inicio – imediatamente após a lesão Liberação de tromboxano A2 e prostaglandina ( são subst. vasoconstritoras) O endotélio lesado e as plaquetas , estimulam a cascata de coagulação, atraindo outras substâncias No processo de hemostasia grânulos das plaquetas são liberados Dentro dos grânulos fator de crescimento TGF-β (e também fator de crescimento derivado das plaquetas [PDGF], fator de crescimento derivado dos fibroblastos [FGF], fator de crescimento epidérmico [EGF], tromboxanos, prostaglandinas Resultando em atração de neutrófilos Fase Inflamatória Formação do coágulo = colágeno + plaquetas + trombina Reservatório protéico para síntese de citocinas e fatores de crescimento, aumentando seus efeitos Vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular Quimiotaxia (migração de neutrófilos para a ferida). Fase Inflamatória -Início Neutrófilos A primeira célula a chegar ao local Pico em 24 horas Quem chamou ? Substâncias quimiotáticas liberadas por plaquetas O que fazem ? Aderem à parede do endotélio ( por selectinas) Produzem radicais livres ( auxilar a destruição bacteriana) Serão substituídos por ? Fase Inflamatória Macrófagos - 48-96horas O que fazem? Término do desbridamento iniciado pelos neutrófilos Secreção de citocinas e fatores de crescimento Contribuírem na angiogênese, fibroplasia e síntese de matriz extracelular (fundamentais para a transição para a fase proliferativa) Fase Proliferativa Quatro etapas: Epitelização Angiogênese Formação de tecido de granulação OU FIBROPLASIA Deposição de colágeno 4º dia a 2ºsemana Fase Proliferativa EPITELIZAÇÃO Precoce -24 a 36 h já tem inicio Fatores de crescimento epidérmico estimulam a proliferação de células epiteliais 1ª possibilidade - Membrana basal estiver intacta Migração das células epiteliais em direção superior e temos as camadas normais da epiderme em 3 dias 2ª possibilidade - Membrana basal lesada As células epiteliais das bordas da ferida começam a proliferar Fase Proliferativa ANGIOGÊNESE Fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), bradicinina, prostaglandina, e outros mediadores oriundos dos macrófagos, estimulam a migração das células endoteliais Migração de células endoteliais e formação de capilares Novos vasos – nutrição de um tecido com alta demanda metabólica e permitir o aporte de células ( defesa e cicatrização) Fase Proliferativa FORMAÇÃO DE TECIDO GRANULAÇÃO Fibroblastos e as células endoteliais Os fibroblastos dos tecidos vizinhos migram para a ferida, porém precisam ser ativado Quem acorda o Fibroblasto ? PDGF12 (Mais importante na ativação e proliferação do FB) Em seguida é liberado o TGF-β, que estimula os fibroblastos a produzirem colágeno tipo I e a transformarem-se em miofibroblastos, que promovem a contração da ferida. Fase de Maturação/Remodelamento Deposição organizada de colágeno O colágeno inicial (tipo III) é mais fino do que o da pele normal com tem orientação paralela à pele. Com o tempo, o colágeno inicial é reabsorvido Ocorre a produção um colágeno mais espesso e é organizado ao longo das linhas de tensão ( da força tênsil da ferida) Fibroblastos e leucócitos secretam colagenases que promovem a lise da matriz antiga e reorganiza a matriz celular Fase de Maturação/Remodelamento Cicatrização com sucesso ? Equilíbrio entre a síntese da nova matriz e a lise da matriz antiga ( sucesso quando a deposição é maior) Aumento da resistência sem aumento do colágeno 1 ano após a ferida - colágeno menos organizado do que o da pele sã força tênsil jamais retornará a 100% Contração da ferida – pelos miofibroblastos ( pp em feridas que curam por 2ª intenção) Colágeno Proteína mais abundante do tecido conectivo na fase de cicatrização 19 isoformas (tipos) de colágeno codificadas por um único gene Helicoidais, com seqüência tripeptídica repetitiva composta de glicina, prolina, hidroxiprolina e hidroxilisina Presença de glicina e prolina - estrutura de tripla hélice A hidroxiprolina e hidroxilisina vem de processos enzimáticos dependentes da vit C. Deficiência de vitamina C a leva ao escorbuto, causando hemorragia (vasos sanguíneos e pele) Colágeno Colágeno tipo I Mais frequente Sintetizado pelos fibroblastos Predominante em pele, ossos, tendões e córnea. Colágeno tipo III Tecidos moles (vasos sangüíneos, derme e fáscia) Maior % dele no tecido em cicatrização (30 a 40%) Degradação do Colágeno Inicia precocemente Muito ativa durante o processo inflamatório Digestão ocorre em ambiente extracelular Mediada por 1-colagenases específicas : elastase, catepsina C e proteinase neutra 2-metaloproteinases A atividade das colagenases é controlada por citocinas A formação da matriz extracelular é resultante de um balanço entre a deposição (síntese) e degradação de colágeno. Ou Seja…. Quanto maior a quantidade de colágeno tipo 1… …..mais força tensil ….mais madura está a cicatriz Fatores que interferem na Cicatrização Fatores locais Isquemia Infecção Técnica cirúrgica Corpo estranho Edema / pressão tecidual elevada Fatores Sistêmicos Doenças de base (DM, insuficiência hepática e renal, insuficiência respiratória) Alterações da coagulação Idade Trauma grave, queimaduras, sepse Tabagismo Radioterapia Desnutrição associada a deficiências nutricionais Uso de drogas especificas Desnutrição e a cicatrização Prolongamento da fase inflamatória Redução da síntese e da proliferação fibroblástica Redução da angiogênese Redução da síntese de colágeno e proteoglicanos Redução da força tênsil da ferida Limita a capacidade fagocítica de leucócitos ->aumentar a taxa de infecção Deficiências Nutricionais Fase inflamatória Vitamina K – hemostasia Fase proliferativa Vitamina A, proteínas, zinco – Proliferação de fibroblasto Vitamina C e ferro - Síntese do colágeno Cigarro e a cicatrização Estudo feito por Skinovsky relacionado a nicotina - Redução da força tensil, da deposição de colágeno tipo III, da angiogênese e dos miofibroblastos Substâncias vasoconstritoras na pele Drogas e Cicatrização Corticosteróides Drogas antineoplásicas - Ciclosporina A/ MTX Colchicina e penicilamina KEEP CALM TÀ ACABANDO Cicatrização por 1ª Intenção Tem reepitelização na qual a camada externa da pele cresce fechada. As células crescem a partir das margens da ferida e de fora das células epiteliais alinhadas aos folículos e ás glândulas sudoríparas. As feridas que cicatrizam por primeira intenção são feridas superficiais, agudas, que não tem perda de tecido. Levam de 4 a 14 dias para fechar Cicatrização por 1ª Intenção Cicatrização por 1ª Intenção Cicatrização por 2ª Intenção Ocorre quando a ferida não cicatriza por união primária Processo de cura mais complicado e demorado Pode ser causada por infecção ou trauma com perda excessiva ou imprecisa aproximação do tecido Migração das células das camadas mais profundas até a superficie a ferida Tecido de granulação, contendo miofibroblastos - fechamento pela contração Pode ser necessário que se remova o tecido de granulação Cicatrização por 2ª Intenção Cicatrização por 2ª Intenção Cicatrização por 3ª Intenção Fechamento primário atrasado. Reparação de feridas contaminadas, como feridas sujas e infectadas, ou feridas traumática, com extensa perda tecidos e maior risco de infecção. Normalmente trata-se dessas lesões pelo desbridamento de tecido não viável, deixando a ferida aberta. Cicatrização por 3ª Intenção Ocorre quando intencionalmente a ferida é mantida aberta para permitir a diminuição ou redução de edema ou infecção ou para permitir a remoção de algum exsudato através de drenagem como drenos ou orifícios A ferida aberta em cicatrização recupera gradualmente a resistência suficiente à infecção, que permite um fechamento menos complicado. Esse processo é caracterizado pelo desenvolvimento de novos capilares e tecido de granulação. Cicatrização por 3ª Intenção Cicatrização por 3ª Intenção O médico orienta repouso por alguns dias visando facilitar o processo de cicatrização da ferida, sinalizando a Rondinelli que a perda da barreira da pele o deixa vulnerável a complicações secundárias. Rondinelli já estava com receio de perder o emprego, e ficou ainda mais preocupado quando Dr. Iverssen referiu que ele deveria ficar afastado do trabalho por ao menos sete dias. “Doutor, se eu não for trabalhar hoje ainda, vou perder o meu emprego!” Comovido, o médico faz uma declaração de próprio punho, onde sinalizou os riscos inerentes ao retorno precoce de Rondinelli ao trabalho. Dr. Iverssen pediu a Rondinelli que entregasse a declaração ao médico do trabalho de sua empresa. Ele deixou a unidade satisfeito com o atendimento de Dr. Iverssen. No mesmo dia, Rondinelli compareceu ao novo serviço e lá foi se encontrar com Dr. Sebastião, médico do trabalho CAT A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional. Acidente de trabalho ou de trajeto: é o acidente ocorrido no exercício da atividade profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho / residência, e que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução (permanente ou temporária) da capacidade para o trabalho ou, em último caso, a morte CAT Nos acidentes menos graves, em que o empregado tenha que se ausentar por período inferior a quinze dias, o empregador deixa de contar com a mão de obra temporariamente afastada em decorrência do acidente e tem que arcar com os custos econômicos da relação de empregado. Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. Incumbe ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS administrar a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. ACABOU !!
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