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Análise do potencial de erodibilidade de Taludes em um Trecho da estrada de ferro Vitória – Minas Bruno de Oliveira Costa Couto Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, bruno.couto.amb@gmail.com Romero César Gomes Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, romero@em.ufop.br Lucas Deleon Ferreira Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, ldf_deleon@yahoo.com.br Luís Fernando Filgueiras Vieira Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, luisfvieira7@hotmail.com Rosyelle Cristina Corteletti Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, rosyelle@ig.com.br RESUMO: A erodibilidade pode ser definida como a susceptibilidade do solo ao processo erosivo, seja ele por um fluxo superficial concentrado ou difuso, ou até mesmo pelo fenômeno de infiltração. Apesar de facilmente conceituada, a erodibilidade se mostra muito mais complexa, devido a o grande número de variáveis intervenientes, como: fatores climáticos, vegetação, declividade, etc. Associado a ferrovias, a erosão pode ser responsável por inúmeros problemas, muitas vezes levando a interrupção do trafego de pessoas e produtos. Este trabalho apresenta um estudo de erodibilidade de solos na Estrada de Ferro Vitória-Minas, em um trecho de 192 km, onde foram escolhidos seis taludes e coletadas amostras deformadas e indeformadas. Vale ressaltar que foram selecionados taludes que apresentam processos erosivos avançados. As amostras foram submetidas a ensaios de caracterização (granulometria e limites de Atterberg) e aqueles relacionados à metodologia MCT. Os resultados mostraram uma predominância de solos argilosos nos taludes erodidos, porém não foram realizados estudos para identificação dos agregados ou de materiais dispersivos. A classificação MCT se mostrou mais adequada para este estudo uma vez que estes solos foram classificados basicamente como NG’ e NS’, demostrando que ambos são solos saproliticos, ou seja, apresentam características da rocha em elevado grau de deteriorização. PALAVRAS-CHAVE: Erosão, Erodibilidade, Estrada de Ferro Vitória-Minas, Granulometria, Classificação MCT. 1 INTRODUÇÃO A erosão é um processo complexo que pode ser caracterizado como natural ou acelerada. A erosão natural é o desgaste do solo em equilíbrio com a sua taxa de formação e a erosão acelerada é a ação de destruição sobre o solo constituído, em período de tempo muito menor do que o de sua formação, estas muitas vezes ocasionadas devido a ações antrópicas (Bertoni & Lombardi Neto, 2010). A erosão pode ser conceituada como um fenômeno complexo, podendo ser dividida em três partes distintas: desagregação transporte e deposição. Estas etapas são influenciadas por diversos mecanismos, que segundo Bastos (1999), podem ser agrupados em quatro classes: Fatores climáticos (chuva, temperatura, vento, etc.), topográficos (declividade e comprimento de rampa), vegetação (cobertura vegetal) e o próprio solo (influenciado por suas propriedades particulares que interferem na velocidade de infiltração da água e que determinam à resistência a erosão pelas gotas de chuva e pelo escoamento superficial). Dentro do fator solo tem-se a erodibilidade, uma das principais variáveis condicionantes do processo erosivo, a qual é comumente definida como uma propriedade do solo que retrata a maior ou menor facilidade com que suas partículas são desagregadas e transportadas pela ação de um agente erosivo. Inúmeros índices, baseados em parâmetros de solos determinados em ensaios de laboratório, têm sido usados para avaliar a suscetibilidade dos solos à erosão (Bennet, 1939; Midleton, 1930; Voznesensky e Artsruui, 1940; Wischmeier & Smith, 1978; Nogami e Villibor, 1979; Dernadin, 1990; Pejon, 1992). Grande parte destes índices é baseada na resistência do solo a desagregação e a infiltração, porém estes índices representam uma medida relativa e podem não representar o comportamento de solo a um processo erosivo em condições naturais. Como marco inicial da quantificação dos processos erosivos tem-se a Equação Universal de Perda de Solos (EUPS) desenvolvida por Wischmeier & Smith (1978), sendo expressa da seguinte forma: (1) Onde: A é a perda de solo por unidade de área e de tempo, expressa em t/ha.ano; R é o fator erosividade da chuva; K é o fator erodibilidade do solo; L é o fator comprimento de rampa; C é o fator cobertura vegetal; S é o fator inclinação da rampa e P é o fator de práticas e cultivos de manejo. O fator erodibilidade (Equação 1) é um parâmetro quantitativo determinado experimentalmente no campo numa parcela com dimensões e características padronizadas (22 metros de comprimento, 9 % de declividade e mantida, permanentemente, descoberta e com preparo do solo no sentido do declive (Wischmeier & Smith, 1965)). Com base neste estudo, vários trabalhos se dedicaram a escolha de um índice para quantificação da erodibilidade do solo, relacionando o valor de K a outras propriedades do solo. Em alguns casos, a erodibilidade foi determinada por meio de ensaios específicos, também chamados de ensaios de erosão. A presença destes ensaios não é comum nos laboratórios de mecânica dos solos no Brasil, entretanto alguns destes merecem ser destacados pela previsão do processo erosivo em solos tropicais, tais como: ensaio de Inderbitzen (1961), ensaio de desagregação e ensaio de Philipponat (1973). Devido a diversos problemas relacionados à aplicação das metodologias consagradas de estimativa de erosão para solos tropicais, Nogami e Villibor (1979) desenvolveram um método próprio para estimativa de erodibilidade. O critério apresentado é essencialmente empírico e baseado no comportamento frente à erosão de um grande número de cortes no Estado de São Paulo. As duas propriedades que permitem prever o comportamento dos solos tropicais frente à erosão são a infiltrabilidade (medida pelo ensaio de sorção) e a erodibilidade específica (estimada pelo ensaio de perda de massa por imersão). A partir dos dados de coeficiente de sorção (S) e perda de massa por imersão (Pi), Nogami e Villibor (1979) estabeleceram a relação Pi/S=52 como limite. Assim solos com Pi/S> 52 são considerados erodíveis. Em Nogami e Villibor (1995) o mesmo critério é proposto, porém expresso de forma gráfica. Diante disso o presente trabalho tem por objetivo a realização de uma campanha de ensaios de caracterização de solos e correlação dos resultados na busca de algum fator que possa estar diretamente relacionado com a erodibilidade dos solos. 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Área de Estudo A Estrada de ferro Vitória Minas se situa na região Sudeste do Brasil, possuindo 929 km de extensão, onde são transportados cerca de 150 milhões de toneladas de produtos por ano, das quais 80 % são minério de ferro e 20% correspondem a mais de 60 diferentes tipos de produtos, tais como aço e ferro-gusa, carvão, calcário, produtos agrícolas, madeira, celulose e cargas diversas. Além dos produtos, um trem de passageiros circula, diariamente, em cada sentido da linha entre Vitória (ES) e Belo Horizonte/Itabira (MG), transportando anualmente cerca de um milhão de pessoas. A inserção estratégica da EFVM possibilita interconexões com outras ferrovias, interligando os estado de Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato grosso do Sul, Tocantinse Distrito Federal, com acesso direto ao Porto de Tubarão, no Espírito Santo. O traçado da linha tronco da EFVM está inserido entre os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, cruzando um total de 25 municípios. O projeto da EFVM está inserido na Província da Mantiqueira, constituído basicamente de gnaisses migmaticos, geralmente bandados, com bandas máficas compostas por hornblenda – biotita gnaisses com ou sem granada, e as félsicas compostas de ganaisses quartzo feldspático de composição tonalítica e granítica. Para concepção deste estudo foi utilizado o trecho inicial de 192 km, que se estende entre as cidades de Vitória (ES) e Aimorés (MG). Com base em mapas da Companhia e Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM, 2003), foram encontradas as seguintes unidades geológicas: Complexo Paraíba do Sul (rochas metassedimentares com intercalações calcissilicáticas, mármores, quartzitos e granitoídes); Suíte Intrusiva Aimorés (rochas de composição granítica etonalítica com ortopiroxênio e noritos associados); Tonalito Galileia (rochas intrusivas que cortam a maioria das unidades da coluna estratigráfica da região, apresentam granulação média, porém seus xenólitos apresentam granulação fina); Formação São Tomé (composta por xistos e gnaisses que prolongam-se nas margens do Rio Doce); Terraço Aluvial (depósitos areno- argilosos, argilosos e conglomeráticos) e Aluvião (sedimentos areno-argilosos, localmente com níveis de cascalho). Com objetivo de simplificar os aspectos geológicos para aplicação em engenharia, o trecho inicial de 192 km foi dividido basicamente em: granitos, gnaisses, gnaisses com intrusivas máficas, xistos e gnaisses e sedimentos inconsolidados (Figura 1). Desta forma, o pavimento ferroviário da EFVM, pelas suas características intrínsecas de linearidade e grande extensão, evolui através de Figura1: Mapa de Litologia da Estrada de Ferro Vitória-Minas no trecho inicial de 192 km. diferentes sítios regionais, tipificados por características bem distintas em termos de relevo, vegetação, geologia e condicionantes geotécnicas, que podem afetar a ferrovia de diversas maneiras. Normalmente, geram instabilidades nos taludes de corte e aterros ao longo da via, e podem atingir, inclusive, a estrutura da plataforma ferroviária. As instabilidades supracitadas podem ocorrer devido a mecanismos de desencadeamento de movimentos de massa e a processos erosivos avançados, estes comumente associados a deficiências no sistema de drenagem. 2.2 Ensaios de Laboratório Primeiramente foi realizada uma investigação geotécnica, com objetivo de estabelecer premissas para avaliar o potencial de erodibilidade de taludes de corte, ao longo da Estrada de Ferro Vitória – Minas. Por meio desta investigação foram selecionados seis taludes, os quais apresentam processos erosivos avançados, conforme apresentado na Figura 2. Em conjunto com a investigação de campo, foi realizada a demarcação dos locais onde seriam retiradas as amostras deformadas e indeformadas para a realização dos ensaios. Em uma segunda etapa foram realizados diversos ensaios de laboratório, como: caracterização granulométrica, massa específica real dos grãos, limites de consistência e a metodologia MCT (considerado por alguns autores como ensaio de erodibilidade). Ressalta-se que também foi feita a classificação dos solos de acordo com a metodologia MCT. Os ensaios de caracterização foram realizados segundo as normas NBR 7181/84, NBR 6459/84, NBR 7180/84, NBR 6508/84. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos para os ensaios de granulometria demonstraram que os solos são predominantemente argilosos (Tabela 1), contrariando o proposto em alguns estudos, que indicam que a susceptibilidade a erosão de um determinado do solo está diretamente relacionado aos percentuais de silte e areia presentes no mesmo, fato este devido a baixa coesão destes materiais. O fato de a fração argila se apresentar em maiores proporções quando comparada as demais contraria uma série de trabalhos, como por exemplo, o proposto por Wischmeier & Mannering (1969), que expressam a erodibilidade dos solos por meio de vinte e quatro variáveis independentes, elas: pH, granulometria, teor de matéria orgânica. No entanto, este se aplica apenas a solos de textura média, ou seja, aqueles que apresentam equilíbrio entre as frações areia, silte e argila. Desta forma não se pode trabalhar com a metodologia proposta por Wischmeier & Mannering (1969), uma vez que os solos utilizados pelos mesmos possuíam textura Figura 2: Taludes selecionados para amostragem devido a processos erosivos avançados. média, com altos e médios teores de silte, ao contrário de muitos solos do Brasil, que possuem em geral baixos teores de silte e altos teores de argila ou areia. Neste caso, a variável melhor correlacionada com o fator erodibilidade, segundo Angulo (1983), seria a resistência dos agregados aos impactos das gotas de chuva. Os solos estudados são predominantemente de textura argilosa (também chamados de solos pesados por alguns autores), uma vez que possuem teores de argila superiores a 35 %, assim possuem baixa permeabilidade e deveriam apresentar maior coesão entre as partículas, sendo pouco susceptível a erosão. Porém a coesão do solo é altamente dependente de constituintes químicos e mineralógicos, assim não podemos afirmar se os solos estudados apresentam alto ou baixa susceptibilidade a erosão pela simples análise de suas frações granulométricas. Alguns autores, como Romkens et al (1977), partiram do principio de que a coesão seriam intrínseca aos constituintes químicos e mineralógicos, desenvolvendo um modelo matemático para solos argilosos, onde analisou os teores de óxidos de ferro, alumínio e sílica, concluindo que a erodibilidade seria uma função direta do concentração de ferro e alumínio. Salienta-se que no referido estudo não foram realizados ensaios para determinação química e mineralógica do solo. Também não foram utilizados métodos para a determinação de um possível material dispersivo. O fato deste estudo estar trabalhando com solos tropicais é de grande valia no estudo de erosão, visto que a maioria dos estudos neste âmbito é desenvolvido para solos do hemisférios norte, desta maneira devemos levar em consideração os estudos da metodologia MCT desenvolvidos por Nogami e Villibor em 1979. Segundo a classificação MCT, solos NG’ compreendem os saprolitos argilosos, que derivam de rochas sedimentares. O emprego dos solos desse grupo se prende as restrições consequentes as suas elevadas: expansibilidade, plasticidade, compressibilidade e contração, quando submetidos à secagem. Os solos classificados como NS’, consistem nos saprolitos silto-arenosos, resultantes do intemperismo tropical. Caracterizam-se, quando compactados próximo a umidade ótima, baixa capacidade de suporte quando imersos em água; baixo módulo de resiliência, elevado coeficiente de sorção e, consequentemente, elevada expansibilidade e elevada erodibilidade. O grupo LG’ é representado pelas argilas arenosas, possuindo menores módulos de resiliência, maior plasticidade, menor massa específica aparente seca, sendo mais resistentes a erosão quando compactados adequadamente. Segundo Nogami e Villibor (1979), uma explicação para o fenômeno de colapsibilidade destes solos por imersão em água estaria relacionadoa presença de agregados bem desenvolvidos, característica que confere alta permeabilidade a estes solos, apesar de serem granulometricamente argila. 4 CONCLUSÃO Os problemas causados pela erosão, associados Tabela 1: Granulometria, Limites de Atterberg e Classificação MCT dos solos estudados às obras de engenharia, neste caso as ferrovias, têm levado a uma significativa evolução dos estudos, principalmente, na quantificação do fator erodibilidade do solo. Existe uma série de metodologias que estimam este fator com base em diferentes características do solo, algumas relacionadas a índices básicos como a própria granulometria, e outros que determinam a erodibilidade por meio de ensaios específicos, como aqueles associados à metodologia MCT e o ensaio de Inderbitzen. Também é importante lembrar que grande parte das metodologias desenvolvidas se encontrava restrita a determinados tipos de solos, ou seja, ainda não existe uma metodologia universal de estimativa do fator erodibilidade, assim para diferentes solos teremos distintas variáveis responsáveis por desencadear o processo erosivo. Apesarde se tratarem de ensaios preliminares, foi possível proceder uma análise acerca da erodibilidade do solo no trecho inicial de 192 km, onde constatou-se a predominância de solos argilosos relacionados ao processo erosivo. Pela classificação MCT constatou-se que, mesmo em solos argilosos, havia uma concentração significativa da fração areia, sendo que a mesma poderia ser a responsável pela ocorrência do fenômeno erosivo. Vale ressaltar, que para um estudo mais detalhado destes solos, deveriam ser realizados ensaios complementares, com vista a determinar os argilominerais presentes na massa de solo, teor de matéria orgânica e concentração de determinados cátions, principalmente ferro e alumínio. Outra sugestão para trabalhos futuros seria a realização de ensaios de granulometria sem o uso de defloculante, a fim de se avaliar qual o percentual de argila encontra-se agregada em partículas de tamanho silte ou areia. Logo, acredita-se que avaliação da erodibilidade do solo em alguns taludes da EFVM, mesmo que apenas por ensaios de caracterização e metodologia MCT, contribui para uma percepção do comportamento destes solos frente ao processo erosivo. REFERÊNCIAS Angulo, R. J. Relações entre erodibilidade e algumas propriedades de solos brasileiros. Tese de mestrado. Universidade Federal do Paraná Curitiba, 1983. 154 p. Bastos, C. A. B. Estudo geotécnico sobre a erodibilidade de solos residuais não saturados. Tese (Doutorado em Engenharia). Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Poro Alegre, 1999. Bennett, H. H. Soil conservation. Cap 6: Relation of physical and chemical properties of soil to erosion problem, p. 169-178. 1939. Bertoni, J.; Lombardi Neto, F. Conservação do solo. 7ª ed. São Paulo. Editora Ícone, 2010. 355p. Dernadin. J. E. Erodibilidade estimada por meio de parâmetros físicos e químicos. Tese (Doutorado em Agronomia). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Universidade de São Paulo. Piracicaba, 1990. Middleton, H. E. Properties of soils wich influence soil erosion. U. S. Departament Agricultural Technical Bulletin, n. 178, 16 p., 1930. NOGAMI, J. S., VILLIBOR, D. F. Soil characterization of mapping units for highway purposes in a tropical area. Bulletin o the International Association of Engineeringg Geology, Krefeld, n. 19, p. 196- 199,1979. Nogami, J. S.; Villibor, D. F. Pavimentação de baixo custo com solos lateríticos. São Paulo/SP. Cap 7: Erosão na faixa marginal, p. 169-196. Editora Villibor, 1995. Pejon, O. J. Mapeamento Geotécnico regional da folha de Piracicaba-SP escala 1:10.000: estudo de aspectos metodológicos, de caracterização e de apresentação de atributos. Tese (Doutorado) – EESC/USP, São Carlos, 224 p.; 2 vol.; 1992. Philipponat, G. Étude expérimentale de I’erosion des sols et du drainage superficiel à Madagascar. Ver. Gen. Routs er Aerodron, Paris, v. 419, p. 59-64, 1973. Romkens, M. J. M.; Roth, C. B.; Nelson, D. W. Erodibility of selected clay subsoils in relation to physical and chemical properties. Soil. Sci. Soc. Am. J., Madison, 41: 954 – 960, 1977. Voznesensky, A. S.; Artsruui, A. B. A laboratory method for determining the anti-erosion resistance of soils. Soils anda Fertilizer, n. 10, p. 289-192, 1940. Wischmeier, W. H; Mannering, J. V. Relation of soil properties to its erodibility. Soil Sci. Soc. Am. Proc., 33 (1): 131 – 137, 1969. Wischmeier, W. H.; Smith, D. D. Predicting rainfall erosion losses. A guide conservation planning. USDA Handbook, Washington, n 537, 57p., 1978. Wischmeier, W. H.; Smith, D. D. Predicting rainfall erosion losses from cropland east of the Rocky Mountains-guide for selection on practices for soil and water conservation. Washigton: USDA, 1965. 47 p. (Agriculture Handbook, 282).
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