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FACULDADE DE ILHÉUS – CESUPI COLEGIADO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTABEIS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO GABRIEL SOARES ARAÚJO PLANEJAMENTO PARA ABERTURA DE UMA LOJA NO RAMO VAREJISTA DE MATERIAL ELÉTRICO E ELETRÔNICO NAZONA SUL DA CIDADE DE ILHÉUS - BA ILHÉUS / BA 2015 GABRIEL SOARES ARAUJO PLANEJAMENTO PARA ABERTURA DE UMA LOJA NO RAMO VAREJISTA DE MATERIAL ELÉTRICO E ELETRÔNICO NAZONA SUL DA CIDADE DE ILHÉUS - BA Trabalho monográfico apresentado ao Colegiado de Ciências Contábeis da Faculdade de Ilhéus como parte dos requisitos para a avaliação da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) II. Orientador: M. Sc. Danilo José S. dos Reis Área de concentração: Contabilidade Gerencial ILHÉUS / BA 2015 LAUDA DE APROVAÇÃO Dedico este trabalho, aos meus pais, noiva, irmã, amigos e colegas que me ajudaram a concluir mais uma etapa importante em minha vida. Pessoas sem as quais eu seria muito menos, que estiveram presentes e acreditaram em meu potencial e sempre me incentivando na busca de novas realizações. AGRADECIMENTOS Primeiramente a deus, razão de todas as coisas. A toda a família, em especial o meu pai Eduardo, a minha mãe Celidalva, a minha irmã Kauanna, dedicação, compreensão e suporte em todos os momentos desta e de outras caminhadas. Todos eles são meus melhores amigos e meu maior orgulho, fontes de inspiração e motivação. A noiva do autor Arielle, por estar sempre com carinho, ternura e disposição, ajudando-me e incentivando-me em todos os momentos. A todos os amigos e colegas, os de longas datas e os que conquistei durante esses anos, pelos momentos de alegrias, coleguismo, amizade e compreensão que foram fundamentais para esta etapa da minha vida. Ao orientador, Danilo, por auxiliar-me na construção deste trabalho e do meu conhecimento e ao professor André Ricardo por nos orientar a montar e formatar nosso trabalho sem medir esforços. Aos professores da Faculdade de Ilhéus, facilitadores do saber e que muito contribuíram para a minha formação. Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível. Charles Chaplin RESUMO Este trabalho apresentou a elaboração de um plano de negócios com a análise de viabilidade para abertura da filial de uma microempresa de materiais elétricos e eletrônicos a ser instalado na parte localizada na zona sul da cidade de Ilhéus - BA. Para tanto, o planejamento, a análise de custos e receitas, investimento, a capacidade de retorno do investimento, bem como a análise das características do mercado, estão miradas neste estudo. Este trabalho teve como fonte de coleta os dados prontos da própria empresa, o que auxiliou e facilitou bastante nas previsões dos custos, relatório de vendas, planos de marketing, estoque, entre outros. Também se utilizou de uma pesquisa bibliográfica que incluiu livros, monografias, revistas, artigos científicos entre outros e entrevista semi-estruturada realizada com os sócios da empresa. Outra ferramenta utilizada neste plano de negócios foi a analise de SWOT onde foi possível destacar os pontos fortes e fracos da empresa como também analisar ameaças e oportunidades que venha poder influenciar no funcionamento da empresa. Utilizando métodos da engenharia econômica foi possível realizar os cálculos do valor presente liquido (VPL), a taxa de retorno (TIR), e o payback. Finalizando com os dados obtidos dos indicadores de viabilidade juntamente com a análise do fluxo de caixa projetada, foi possível obter resultados positivos e concluir que o negócio é viável e que acatará os objetivos dos sócios e também atender as necessidades exigidas pelo mercado. Palavras-chaves: Plano de Negócios. Engenharia econômica. Viabilidade. LISTA DE FIGURAS FIGURA 01:Logo marca da empresa ........................................................................ 37 FIGURA 02:Gráfico de vendas por setores............................................................... 38 FIGURA 03:Variação de Faturamento da empresa matriz ....................................... 40 FIGURA 04: Evolução dos fluxos de caixa ............................................................... 53 LISTA DE QUADROS QUADRO 01–Exemplo de matriz SWOT...... ............................................................ 24 QUADRO 02 - Margem de lucro dos produtos por categoria...... .............................. 39 QUADRO 03 - Investimento inicial ............................................................................ 44 QUADRO 04- Cálculo do caixa mínimo .................................................................... 45 QUADRO 05 - Investimento Total ............................................................................. 45 QUADRO 06 - Resumo do financiamento ................................................................. 46 QUADRO 07 -Estimativa Faturamento Mensal ......................................................... 47 QUADRO 08- Estimativa dos custos de comercialização ......................................... 48 QUADRO 09 - Apuração do CMV. ............................................................................ 49 QUADRO 10 - Estimativa com custo de Mão de obra .............................................. 49 QUADRO 11 - Estimativa com custo de depreciação ............................................... 50 QUADRO 12 - Estimativa dos custos fixos Operacionais ......................................... 51 QUADRO 13 - Fluxo de caixa Anual ......................................................................... 52 QUADRO 14 - Ponto de equilíbrio ............................................................................ 53 QUADRO 15 - Lucratividade. .................................................................................... 54 QUADRO 16 - Rentabilidade. ................................................................................... 54 QUADRO 17 - Valor presente liquido ........................................................................ 54 QUADRO 18 - Taxa Interna de Retorno ................................................................... 55 QUADRO 19 - Pay Back. .......................................................................................... 55 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS 4P’s: Produto, Preço, Praça e Promoção CMV: Custo da mercadoria Vendida CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FNE: Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste INSS: Instituto Nacional do Seguro Social NCG: Necessidade de capital de giro SAC: Sistema de Amortização Constante SEBRAE: Segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SWOT – Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças TIR: Taxa Interna de Retorno VPL: Valor Presente Líquido LISTA DE TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS NO TEXTO Cash-Flow: Termo que se refere a uma quantidade de dinheiroque é recebido e pago por um negócio durante um determinado período. Marketing: Termo utilizado para poder agregar valor a um produto ou serviço facilitam o ingresso e divulgação dele no mercado. Payback: Termo utilizado para encontrar o tempo necessário para recuperar o valor investido em um empreendimento. SWOT: Termo em inglês que é utilizado para analise das variáveis internas e externas de uma organização. Também conhecido como FOFA (Força, oportunidade, fraqueza e Ameaças). Showroom: Termo utilizado onde os comerciantes podem expor seus produtos ou serviços de fácil acesso aos clientes. SUMÁRIO RESUMO LISTA DE FIGURAS LISTA DE QUADROS LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS LISTA DE TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS NO TEXTO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 13 1.1 Problematização ......................................................................................... 14 1.2 Objetivo ....................................................................................................... 14 1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 14 1.2.1 Objetivos Específicos ................................................................................... 14 1.3 Justificativas ............................................................................................... 15 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 16 2.1 Empreendedorismo .................................................................................... 16 2.2 Planejamento .............................................................................................. 16 2.3 Processo Decisório .................................................................................... 17 2.4 Plano De Negócios ..................................................................................... 18 2.4.1 Plano estratégico .......................................................................................... 18 2.4.2 Estrutura Organizacional .............................................................................. 19 2.4.3 Plano de Marketing ....................................................................................... 20 2.4.3.1 Mix de Marketing ........................................................................................... 21 2.4.3.2 Analise de Mercado ....................................................................................... 22 2.4.3.3 Analise de SWOT .......................................................................................... 23 2.4.4 Plano Financeiro / Engenharia Econômica ................................................... 25 2.4.4.1 Investimento Inicial ........................................................................................ 25 2.4.4.2Receitas ......................................................................................................... 26 2.4.4.3Custos e Despesas ........................................................................................ 26 2.4.4.4Capital de giro ................................................................................................ 27 2.4.4.5Fluxo de Caixa ............................................................................................... 28 2.4.4.6Pay Back ........................................................................................................ 29 2.4.4.7Taxa intenta de retorno (TIR) ......................................................................... 30 2.4.4.8Valor Presente Liquido (VPL) ......................................................................... 31 3 METODOLOGIA........................................................................................... 32 3.1 Quanto ao tipo de pesquisa e forma de abordagem ............................... 32 3.2 Área de estudo ............................................................................................ 34 SUMÁRIO (Continuação...) 3.3 Coleta e tratamento dos dados ................................................................. 35 3.4 Limite da pesquisa ..................................................................................... 35 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 36 4.1 Empresa e area de atuação ....................................................................... 36 4.2 Missão ......................................................................................................... 37 4.3 Visão ............................................................................................................ 37 4.4 Valores ......................................................................................................... 37 4.5 Mix de Marketing ......................................................................................... 38 4.5.1 Produto ......................................................................................................... 38 4.5.2 Preço ............................................................................................................ 38 4.5.3 Praça ............................................................................................................ 39 4.5.4 Promoção ..................................................................................................... 40 4.6 Análise de Mercado .................................................................................... 41 4.6.1 Publico Alvo .................................................................................................. 41 4.6.2 Concorrentes ................................................................................................ 41 4.6.3 Fornecedores ............................................................................................... 41 4.7 Análise de SWOT ........................................................................................ 41 4.8 Investimento Inicial .................................................................................... 43 4.9 Capital de Giro ............................................................................................ 44 4.10 Investimento Total ...................................................................................... 45 4.11 Estimativa do Faturamento mensal da empresa...................................... 46 4.12 Estimativa dos custos de Comercialização ............................................. 47 4.13 Apuração dos custos de comercialização Vendida ................................. 48 4.14 Estimativa com custo de Mão de obra ...................................................... 49 4.15 Estimativa dos custos de depreciação ..................................................... 50 4.16 Estimativa dos custos fixos operacionais ............................................... 50 4.17 Fluxo de Caixa projetado ........................................................................... 52 4.18 Indicadores de Viabilidade ........................................................................ 53 4.18.1 Ponto de Equilibrio........................................................................................ 53 4.18.2 Lucratividade ................................................................................................ 54 4.18.3 Rentabilidade ................................................................................................ 54 4.18.4 Valor Presente Liquido ................................................................................. 54 4.18.5 Taxa interna de Retorno ...............................................................................55 4.18.6 Prazo de retorno do investimento ................................................................. 55 4.19 CONCLUSÃO............................................................................................... 56 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 58 13 1 INTRODUÇÃO Muitas empresas têm início sem prévio planejamento, baseadas na intuição do empreendedor, o qual acredita possuir uma grande oportunidade. Porém, sem a preparação apropriada, este empreendedor corre grande risco de insucesso. Sem planejamento, ou realizado inadequadamente, aumentam-se as barreiras para iniciar e assim estabilizar os negócios. Na expectativa de colocar a organização em funcionamento no menor tempo possível e aproveitar mercados pouco explorados, deixa-se de avaliar corretamente os riscos e pula passos fundamentais para o sucesso empresarial. Isso só aumenta a importância de planejar o negócio de forma escrita e organizada para alcançar as necessidades de um empreendimento, as perspectivas futuras e a melhor forma de gerenciá-lo. Conforme Degen (2009, p. 24) “o sucesso para os empreendedores se resume na escolha, criação e planejamento”. Onde o empreendedor precisa escolher e conhecer a oportunidade de negócio, após isto conseguirá criar um conceito de mercado, gerenciar riscos, considerar lucros e definir estratégias competitivas para entrar no mercado e por último desenvolver o plano de negócio juntamente com os recursos financeiros para iniciar o negócio. Existe uma minoria de empresas que exploram estas oportunidades e que se desenvolvem com sucesso, e, para não cometer o erro de criar uma empresa que não seja promissora, é necessário se fazer um planejamento, ou seja, montar um plano de negócios da futura empresa. O Plano de negócio descreverá o que fazer e quando realizar, servindo como um norte para o empreendedor. Auxiliará a tomar as decisões mais sucedidas e que não se desviem dos objetivos. Para o caso exclusivo deste estudo, desenvolveu-se se um relatório de pesquisa com a análise de viabilidade de implantar uma empresa do ramo de materiais elétricos e eletrônicos na zona sul da cidade de Ilhéus - BA. Para tanto, o planejamento, a análise de custos e receitas, o tamanho do investimento, o potencial de retorno do investimento, bem como a análise das características do mercado, estão miradas neste estudo. Este será um plano de negócios para estudar a viabilidade de loja no ramo de segurança eletrônica e materiais elétricos e eletrônicos na zona sul da cidade, Ilhéus 14 - BA, onde inicialmente apresentou-se uma Revisão de Literatura, descrevendo sobre o empreendedorismo, processo de planejamento empresarial, estrutura do plano de negócios, plano de marketing e analise de mercado e em seguida poder realizar a coleta destas informações, o plano financeiro e dar suporte para os empreendedores decidirem sobre a viabilidade deste trabalho e assim da inicio a suas atividades. 1.1 Problematização No Brasil muitas empresas deixam de executar suas atividades devido à falta de planejamento. Fatores como crise, inflação, juros altos, inexperiência e falta de conhecimento ao lidar com números, dentre outros fatores só aumentam os riscos de dar continuidade no seu empreendimento. Mediante a isto, será realizado um plano de negócio para verificação da viabilidade de abertura de uma empresa no ramo de materiais elétricos e eletrônicos na zona sul da cidade de Ilhéus - BA analisando os aspectos relevantes do ambiente interno e externo. 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo geral - Elaborar um plano de negócio para abertura de uma loja no ramo varejista de materiais elétricos e eletrônicos no centro comercial da cidade de Ilhéus-BA 1.2.2 Objetivos específicos - Identificar aspectos mercadológicos (clientes, concorrentes e fornecedores); - Desenvolver um planejamento financeiro e econômico; - Analisar a viabilidade de abertura do novo negócio. 15 1.3 Justificativa O empreendedor ao iniciar as suas atividades está propício a assumir riscos. Com isso, ele deve analisar e avaliar as oportunidades e riscos apresentados pelo mercado, além de possuir um bom conhecimento sobre o ramo em que irá se inserir. Este trabalho de pesquisa terá valor no contexto empresarial, pois aborda um tema muito explorado no momento: o empreendedorismo. Todo empreendedor pretende iniciar seu negócio de uma forma segura e sem grandes riscos, e para isso, deveria saber a importância e o significado de se montar um plano de negócios para que seja um facilitador durante sua caminhada. A empresa em qual o pesquisador atua tem interesse em abrir uma filial na zona sul da cidade de Ilhéus no ramo de materiais de segurança, elétricos e eletrônicos, portanto, foi proposta a realização de um plano de negócios para esta. Sendo assim este poderá trazer inúmeros benefícios à organização e vê nessa pesquisa uma oportunidade de avaliar a viabilidade de seu negócio, bem como desenvolver estratégias e organizar a estrutura da empresa. O ramo de atividade de segurança eletrônica e materiais elétricos e eletrônicos é um dos ramos que mais se desenvolvem no país, a sociedade cada vez mais precisando se proteger com o crescimento da marginalidade e a incapacidade da segurança publica acompanhar tamanho demanda. Assim sendo, o trabalho é de extremo interesse do pesquisador pela possibilidade de realizar um estudo minucioso e detalhado do mercado no qual a empresa atua e ainda demonstrar por meio do plano de negócios se é viável a manutenção de tal empreendimento. A realização deste trabalho é viável já que o aluno conta com tempo suficiente para realização deste, além de ter acesso à bibliografia relacionada oferecida pela própria faculdade por meio de sua biblioteca e liberdade por parte da empresa, já que é um dos sócios desta. O trabalho traz contribuição aos cursos de Contabilidade e Administração da Faculdade de Ilhéus por tratar de um negócio de ramo específico em um contexto atual, tanto para área acadêmica como para consultoria, gerando um plano de negócios baseado em um referencial teórico, porém realizado de forma prática. 16 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Empreendedorismo O empreendedorismo é uma das alavancagens fundamentais da economia, saber empreender, reconhecer oportunidades, avaliar negócios, são habilidades fundamentais para garantir seu sucesso. Segundo Calixto (2014, p. 23) "o empreendedorismo é estimular o potencial e firmar valores como a iniciativa e a busca de oportunidades, bem como a disposição para inovar e enfrentar desafios e riscos calculados". Segundo Degen (2009, p.399) “a inovação e o progresso tecnológico de um país são promovidos pelos empreendedores”. Empreendedores se definem como indivíduos que perseguem o benefício, trabalham de forma sozinha ou em grupo. Podem ser denominados como indivíduos que inovam, identificam e criam oportunidades de negócios, montam e coordenam novas combinações de recursos, para extrair os melhores benefícios de suas inovações (CHIAVENATO, 2014). O empreendedorismo consegue atingir todas as etapas de criação e atividades ligadas à criação de uma empresa. Com isso, é necessário comprometimento, esforço e tempo para fazer com que o negócio evolua. O empreendedorismo ainda demanda que se assumam riscos calculados, se tomem decisões e que não se desanime com falhas e erros, além de oportunismo. 2.2 Planejamento Uma das fases para um bom desenvolvimento do plano de negóciosé o planejamento, ele vem a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e poder aumentar a probabilidade de acerto dos seus objetivos. Segundo Chiavenato (2014, p. 189) “planejamento é definido como um processo de estabelecer objetivos e decidir a maneira como alcançá-los.” Ou seja, envolve especificamente a preparação de objetivos globais e de longo prazo da empresa, um plano de resultados a curto e longo prazo detalhado com os diferentes níveis relevantes de responsabilidade (divisões, produtos e projetos) e um sistema de relatórios periódicos de desempenho. 17 Segundo Oliveira (2011, p.5): O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. Através do planejamento é possível identificar quais os recursos necessários, tarefas a serem cumpridas, ações a serem tomadas e cronogramas a serem cumpridos. 2.3 Processo Decisório O ato de tomada de decisão pode ser para muitos indivíduos, um ato de sofrimento. Algumas possuem dificuldades nas decisões mais simples, porém, não se tem como escapar, em todos os momentos as pessoas e os profissionais precisará tomar decisões, e saber tomar as decisões mais eficazes é uma das qualificações mais importantes que ela pode vir a desenvolver. Segundo Oliveira (2011, p. 4), o processo de tomada de decisões: O processo de tomada de decisões na empresa deve conter, ao mesmo tempo, os componentes individuais e empresariais, bem como a ação nesses dois níveis deve ser orientada de tal maneira que garanta cerca confluência de interesses dos diversos fatores não controláveis, os quais estão alocados no ambiente da empresa. Segundo Chiavenato (2014, p. 243) “processo decisório é o caminho mental que o usuário utiliza para chegar a uma decisão”. O grande desafio de se lidar com um problema é encontrar uma solução eficaz, o qual se dá através do processo de identificar a diferença entre o estado real e o desejado, para que sejam tomadas as providências a fim de resolver esta discrepância. A tomada de decisão se caracteriza por ser o processo para escolha de um curso de ação preferido entre um conjunto de alternativas. A fim de facilitar a tomada de decisão, o empreendedor pode designar uma ferramenta que o auxilie a conhecer o negócio, o plano de negócios. Este representa um instrumento bastante respeitável para a organização das idéias do empreendedor e auxilia na busca detalhada de informações (ROSA, 2007). 18 O processo decisório é o poder de escolher o caminho mais adequado para a empresa. Para que um negócio ganhe a vantagem competitiva é necessário que ela alcance um desempenho superior, e para tanto, a organização deve estabelecer uma estratégia adequada, tomando as decisões certas. 2.4 Plano Negócio O plano de negócios tende a montar as principais alternativas para análise correta da viabilidade do negócio desejado, proporcionando uma avaliação prévia da estruturação de novas idéias. Com isso, evita-se de desperdiçar recursos e esforços em um negócio inviável. Segundo Degen (2009, p. 208) define plano de negócios: O Plano de negócios é a descrição, em um documento, da oportunidade de negócio que o candidato a empreendedor pretende desenvolver, como a descrição do conceito do negócio, dos atributos de valor da oferta, dos riscos, da forma como administrar esses riscos, do potencial de lucro e crescimento do negócio, da estratégia competitiva, bem como o plano de marketing e vendas, o plano de operação e o plano financeiro do novo negócio, com projeção do fluxo de caixa e o calculo da remuneração esperada, além da avaliação dos riscos e o plano para superá-los. O plano de negócios é uma forma de auxiliar e orientar o empreendedor no momento em que ele decide por um novo negócio, acompanhando na analisando viabilidade deste empreendimento. Sendo assim, o plano é uma forma de orientar uma busca de informações sobre o ramo, produtos, serviços, clientes, fornecedores, concorrentes e principalmente as forças e fraquezas do negócio (ROSA, 2007). 2.4.1 Plano Estratégico Para definir as estratégias que serão adotadas pela empresa, é importante conhecer os produtos e serviços que serão ofertados para que fique de acordo o que é planejado, do que será realmente realizado. A essência para a formulação de uma estratégia, segundo Cruz (2014), é saber lidar com os concorrentes. No entanto, as organizações conhecem seus concorrentes de forma muito limitada e pessimista. Entretanto, não só os concorrentes se manifestam na luta pela a participação no mercado. Outras quatro 19 forças competitivas são identificadas por este mesmo autor: os clientes; os fornecedores; os novos entrantes em potencial e os produtos substitutos. Para Oliveira (2011, p. 17) define plano estratégico como: O plano estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando à melhoria do grau de interação com os fatores externos – não controláveis- e atuando de forma inovadora e diferenciada. De acordo com Castro (2008) o plano estratégico refere-se ao curso de ação escolhido de modo intencional pelos membros organizacionais, para lidar com determinada situação. O plano estratégico determinará direções e objetivos a serem atingidos, nele estarão descritos a missão, visão, valores, será realizado uma analise ambiental da organização e serão traçados as estratégias a serem definidas e os planos de ação a serem executados. 2.4.2 Estrutura Organizacional A estrutura organizacional estabelece a ligação entre as informações estratégicas da empresa e sua forma de atuação no mercado, evidencia a definição de como as atividades são especificadas e distribuídas, mostrará as dependências hierárquicas e ainda mostra a forma como são estabelecidos os sistemas de comunicação das organizações. Conforme Chiavenato (2014), a estrutura organizacional é a maneira como as atividades da organização são divididas, organizadas e coordenadas, constitui a arquitetura ou formato organizacional que assegura a divisão e coordenação das atividades dos membros da organização. De acordo com Maximiano (2012, p. 367) define a estrutura organizacional como uma: Estrutura permanente, desenhada no organograma, com suas unidades de negócios e áreas funcionais, é o retrato da estratégia explicita ou implícita. O organograma mostra as áreas em que a empresa esta atuando e as formas de lidar com os mercados e os clientes. Não existe um modelo ideal de estrutura organizacional, o importante é que ela funcione de maneira eficaz, atingindo os objetivos e cumprindo a missão da 20 organização. A organização mais recomendável para cada organização vai depender de sua realidade internamente e externamente. 2.4.3 Plano de Marketing O plano de marketing deve abranger a descrição dos produtos oferecidos pela organização, retratar os aspectos de mercado, análise de mercado e análise SWOT (Strengths, weaknesses, opportunities, threats), onde são identificados os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças da empresa. Segundo Zenaro (2007) o plano de marketing é um documento que irá situar os objetivos da empresa. Pode-se definir que são os programas de ação necessários para o alcance desses objetivos, nele estará presenteuma analise do ambiente geral do negócio, verificando variáveis e fatores externos, analisando também o mercado da empresa (clientes, fornecedores e concorrentes), como também o produto, preço, localização, entre outros e somente após isso estará em condições de estruturá-lo. Segundo Sandhusen (2003, p. 124) define a preparação para o plano de marketing: O componente chave desse plano inclui analise da situação, objetivos e metas, estratégias de longo prazo e táticas de curto prazo para reunir mercados-alvo e compostos de marketing, cronograma de implementação, estimativas de custo e de lucro, determinação de controle e, se necessário, planos de contingência. De acordo com Costa (2003, p. 264) "O plano de marketing é um documento escrito que contem todos os elementos resultantes do planejamento mercadológico, divididos em etapas." São as etapas citadas por Costa (2003) os levantamentos e coleta de informações, análise da situação (pontos fracos, pontos fortes, problemas, ameaças e oportunidades), definição dos objetivos e estabelecimento das estratégias, elaboração dos planos de ação ou operacionais, controle e avaliação e dimensionamento de investimentos. O plano de marketing deve ser entendido como uma complementação ao plano de negócios e como um instrumento fundamental ao desenvolvimento da empresa. Esta ferramenta pode cobrir entre um e cinco anos de uma empresa ou 21 negócio, sendo muito importante a sua atualização. O planejamento pode ser feito tanto para a marca, como para o produto ou serviço. 2.4.3.1 Mix do Marketing (Os Quatros P’s) A organização deve conter instrumentos de marketing onde a organização utilizará para atingir seus objetivos no mercado-alvo, chamado de mix de marketing. Segundo Kotler e Armstrong (2003, p 47) "O mix de marketing pode ser definido como um conjunto de ferramentas de marketing táticas e controláveis que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado alvo." De acordo com Falcão (2014) na descrição dos produtos, é necessário apresentar os principais itens fabricados, vendidos ou serviços prestados pela empresa. A descrição de produtos deve informar quais são suas linhas de produtos, especificando ao máximo os detalhes como tamanho, cor, sabores, embalagem, apresentação, rótulo, marca, dentre outros. Também é interessante a documentação de fotografias dos produtos. Já, para empresas prestadoras de serviços devem-se apontar quais serviços serão prestados, suas características e garantias oferecidas pela empresa. Segundo Lima et al. (2007), o preço tornou-se umas das variáveis de marketing mais relevantes. O preço também tem forte impacto no nível de venda, margem e na posição estratégica do produto. A principal questão a ser levada em conta na decisão sobre preços é o que o cliente busca benefícios, e para isto admitem pagar um determinado preço. Maximiano (2012) considera a praça ou a distribuição um fator útil aos consumidores, isto é, torna o produto conveniente para a compra. Os canais de distribuição, a localização e o número de intermediários devem estar de acordo com o publico a ser atingido. Kotler (1998, p. 467) relata que “promoção como desenvolvimento e disseminação de comunicações persuasivas sobre a oferta, planejadas para atrair os consumidores”. Assim, aquele que for construir do plano de negócios deve criar estratégias específicas para cada ponto do composto de marketing, o produto, preço, praça e propaganda. Desta forma, será decidido como o produto será posicionado no 22 mercado, qual a política de preços, quais as promoções, quais canais de venda serão utilizados e como o produto chegará ao consumidor. 2.4.3.2 Analise de Mercado A análise de mercado será uma das etapas fundamentais para a realização do plano de negócios, será nele que o empreendedor poderá conhecer a fundo seu negócio, observar as variáveis de mercado e direcionar seu empreendimento com mais foco e não somente se basear numa boa idéia. Conforme Chiavenato (2014, p. 73) “é no ambiente especifico que se situam os mercados servidos por uma organização: de clientes, fornecedores, concorrentes.” Cada organização possui o seu próprio e especifico microambiente como o nicho de suas operações. Segundo Zenaro (2007, p. 242) "A analise do mercado é a parte mais importante do plano de marketing, principalmente a analise da clientela". Nesta etapa do plano de marketing serão analisados os clientes, fornecedores e concorrentes mais a fundo. Maximiano (2012) ainda complementa que ao estudar o cliente o empreendedor deve levar em conta três passos, identificar as características gerais do cliente, identificar os interesses e comportamentos do cliente, identificar o que leva esses indivíduos a comprar e identificar onde estão os seus clientes. Para estudar os concorrentes, primeiro é preciso que o empreendedor identifique quais são os principais concorrentes dos negócios para consequentemente visitá-los a fim de examinar suas boas e deficientes praticas. Chiavenato (2014, p. 73) relata que “concorrentes são os elementos que disputam as mesmas entradas (fornecedores) e as mesmas saídas (clientes) da organização”. Lembrando que a concorrência não é restringível aos concorrentes diretos, ou seja, organizações que produzem produtos similares ao da empresa e, acrescenta que “devem ser considerados também os competidores indiretos, aqueles que de alguma forma desviam a atenção de seus clientes, convencendo-os a adquirir seus produtos”. 23 Conforme relatam Kotler e Armstrong (2003, p. 62): Os fornecedores constituem um elo fundamental no sistema de entrega de valor para o cliente da empresa. Eles oferecem os recursos necessários para a empresa produzir seus bens e serviços. Problemas com fornecedores podem afetar seriamente o marketing. Os gerentes de marketing devem observar a disponibilidade do suprimento – escassez ou demoras, greves e outros eventos podem prejudicar as vendas no curto prazo e a satisfação do cliente no longo prazo. Eles devem também monitorar as tendências de preço de seus principais insumos. Um aumento nos custos de suprimentos pode forçar a alta dos preços, o que pode prejudicar o volume de vendas da empresa. Diante do exposto, verifica-se a amplitude de uma análise de mercado, a qual compreende um estudo minucioso do mercado e suas variáveis. Através de sua aplicabilidade é possível conhecer o perfil do futuro cliente, estabelecer estratégias perante os concorrentes, e ter um portfólio de seus fornecedores. 2.4.3.3 Análise de SWOT Essas áreas são separadas entre análise interna (forças e fraquezas) e análise externa (oportunidades e ameaças). Além disso, também existe a visão dos elementos que ajudam (forças e oportunidades) e aqueles que atrapalham (ameaças e fraquezas). Assim, a SWOT (Strengths, weaknesses, opportunities, threats) ou FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças) em português, se torna um exercício completo de análise de ambiente que deve ser aplicado em qualquer processo de planejamento estratégico. Segundo Dornelas (2005, p. 160) destaca que com “a análise SWOT definida, a empresa poderá identificar seus fatores críticos de sucesso, que deverão ser foco de atenção de sua gestão. Assim, os objetivos e metas podem ser definidos com mais precisão e coerência.” De acordo com Tavares (2005, p. 39): O conceito de SWOT – forças (Strengths), fraquezas (Weaknesses), oportunidades (Opportunities), ameaças (Treats) [...] começou a se popularizar, a partir de uma conferência sobre política de negócios, realizada por Kenneth Andrewsem Harvard. Nesse enfoque, o planejamento o planejamento contempla a relação entre as condições internas e externas. 24 Conforme Cruz (2015, p. 28) o autor ressalta que “é através do aproveitamento das oportunidades do ambiente que a organização atinge sua eficácia, enquanto a eficiência esta mais atrelada aos seus aspectos internos”. Quanto à análise externa, o autor menciona que “é a chamada análise ambiental, que focaliza as oportunidades e as ameaças do ambiente; pode ser feita por meio de uma pesquisa do mercado para identificar os fatores externos sobre os quais a empresa não tem controle [...]”. (CHIAVENATO, 2005, p. 149) QUADRO 01: Exemplo de matriz SWOT FORÇAS EMPRESARIAIS FRAQUEZAS EMPRESARIAIS º Excelente organização interna da empresa; º Pessoal com pouco treinamento e qualificação; º Atendimento impecável ao cliente; º Gerenciamento precário º Alta qualidade dos produtos/serviços; º Endividamento Exagerado da empresa; º Custos operacionais baixos; º Imagem precária da empresa; º Conhecimento de mercado; º Falta de fornecedores adequados; º Conhecimento e experiência do empreendedor; º Infidelidade dos clientes; º Capacidade Financeira da empresa; º Pouco conhecimento do mercado; º Talentos e Competências dos funcionários; º Falta de experiência do empreendedor; º Capacidade para oferecer crédito aos clientes; º Dificuldade de competir com os concorrentes º Máquinas, equipamentos e tecnologia adequados; º Máquinas, equipamentos e tecnologia inadequados; º Capital Insuficiente; OPORTUNIDADES AMBIENTAIS AMEAÇAS AMBIENTAIS º Economia nacional e global em crescimento; º Aumento da inflação e do desemprego; º Ambiente Político e econômico satisfatório; º Dificuldades de obter crédito e financiamento; º Aumento da renda perca pita da população; º Juros elevados e câmbio instável; º Desenvolvimento econômico e social; º Entrada de novos concorrentes; º Nova Tecnologia revolucionária a ser usada; º Mercado consumidor em baixa; º Aumento das oportunidades de exportação; º Maior importação de produtos estrangeiros; º Facilidades governamentais para novos negócios; º Aumentos dos impostos sobre as empresas; º Redução de impostos; º Aumentos dos impostos sobre as pessoas físicas; º Oferta de crédito e financiamentos; º Perda do poder aquisitivo dos clientes; º Incentivo do governo à pequena e média empresa; º Substituição dos produtos/serviços por outros; º Necessidade de produtos/serviços pelo mercado. º Saturação do mercado; º Economia nacional e global em queda. FONTE: Adaptado de Chiavenato (2005, p. 150). 25 São praticamente ilimitadas as forças que podem ser listadas em um negócio, mas é importante focar no que realmente faz diferença e, também, elementos que podem ser trabalhados em cima. Faz-se uma análise SWOT não apenas para refletir, mas para criar um plano de ação. 2.4.4 Plano Financeiro / Engenharia Econômica Após definir o que é o negócio, quais seus objetivos e quais estratégias serão seguidos é necessário avaliar a viabilidade econômica do projeto. Segundo Motta et al. (2009, p.101) definem engenharia econômica como: A engenharia econômica é essencial para avaliação de investimentos e finanças em geral. A decisão de investimento da empresa depende pesadamente das ferramentas de engenharia econômica, e apenas a partir da mesma é possível avaliar e distinguir oportunidades que se apresentam. Segundo Degen (2009, p. 222) “a segunda parte mais importante do plano de negócio é o plano financeiro, com a apresentação da viabilidade financeira do novo negócio.” O autor ainda comenta que esta analise se baseia nas projeções de vendas do plano de marketing e vendas e na estrutura de preços e custos apresentados na analise do processo do novo negócio. Segundo Ross (2002) o plano financeiro demonstra o capital necessário para iniciar as atividades do negócio, realizando uma previsão de vendas e receitas, estimando despesas, fluxo de caixa, demonstrativo dos resultados, além dos cálculos do prazo de payback, taxa interna de retorno e valor presente liquido. O estudo de viabilidade pressupõe levantar e colecionar dados através de ferramentas financeiras. Nesta etapa, serão descritos as etapas que o gestor deve seguir para concluir se o seu projeto é viável. 2.4.4.1 Investimento Inicial O investimento inicial será a saída de caixa relevante ocorrida no instante zero para efetivação do investimento proposto em longo prazo. De acordo com Testa (2014), o investimento inicial é o recurso financeiro ou capital que será determinado para a empresa iniciar suas atividades. O investimento 26 inicial relaciona todos os custos que serão utilizados para a execução do plano de negócio, sendo uma análise custo beneficio de cada ação a ser executada. Segundo Pereira (2012) o autor cita que os investimentos iniciais são todas as máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, capital de giro e todos aqueles investimentos pré-operacionais, como reformas, pintura, divulgação, taxas de abertura, entre outros. Os investimentos iniciais englobam todos os itens necessários para abertura de um negócio. Para isto será necessário estimar o mais real possível à quantia de capital exigida pra iniciar e manter seu empreendimento durante os primeiros meses de atividades. 2.4.4.2 Receitas A receita pode vir a ser uma remuneração obtida pela venda ou aluguel de um bem ou prestação de serviço. Ela já é contabilizada no momento em que ocorre a transação independentemente do seu recebimento. Segundo Crepaldi (2012), o autor conceitua que receitas são todos os recursos que provém da venda de mercadorias e da venda de serviços em geral como atendimento ao público. Conforme Martins (2010) a receita é considerada realizada e, portanto, passível de registro pela contabilidade, quando produtos ou serviços produzidos ou prestados pela entidade são transferidos para outra entidade ou pessoa física com a anuência destas e mediante pagamento ou compromisso de pagamento especificado perante a entidade Produtora. Nem todas as receitas são provenientes do comercio ou prestação de serviço, como por exemplo, podem-se citar os rendimentos de uma aplicação financeira, alugueis de imóveis ou veículos, de juros, dentre outros. 2.4.4.3 Custos e Despesas O custo pode abranger matéria-prima, mão-de-obra, encargos sociais (INSS – Instituto Nacional da Seguridade Social, FGTS - Fundo de Garantia Tempo de Serviço e Férias, 13º salário), combustíveis de máquina de produção, aluguel, seguros do prédio da fábrica, e tudo que está relacionado à produção. 27 Segundo Kuster (2012, p.29) “custos são recursos utilizados na aquisição de bens e serviços para uso na produção dos bens e serviços da empresa (matéria- prima, terceirização, energia elétrica do setor produtivo, dentre outros.)”. De acordo com Ribeiro (2009, p.20) “Despesas compreende os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativa, comercial e financeira, que direta ou diretamente visam à obtenção de receitas”. Conforme Neves (2012, p. 13) “Custo é todo gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços, são todos os gastos relativos à atividade de produção”. Os custos são ativados e integram o estoque de produtos em elaboração e o de produtos. Já nas despesas Neves (2012, p.13) afirma que “despesas são gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas.” As despesas são definidas aos gastos referentes àsetapas da administração, ao esforço de vendas e aos juros pagos por empréstimos obtidos. Em grande parte, despesas e custos coincidem, mas, há despesas que não são custos (despesas por reparação de danos provocados por catástrofes, despesas com alteração contratual da empresa, dentre outros.) e por outro lado, custos que não são despesas. 2.4.4.4 Capital de Giro O capital de giro ou circulante é constituído pelo ativo circulante, principalmente pelas disponibilidades, valores a receber e estoques. Ele evidencia os recursos necessários da empresa para financiamento de suas atividades operacionais, desde as aquisições de insumos básicos, até o recebimento pela venda da produção acabada. Segundo Ferreira (2013) O gerenciamento do capital de giro é fundamental para que, no dia a dia financeiro da empresa, haja sincronia entre os prazos de aquisição de matéria prima, produção, vendas e recebimento. Esses itens formam o Ciclo Operacional no qual se detecta a necessidade de Capital de Giro para o “fechamento do caixa”. Kuster (2012, p. 19) relata que "O Capital de giro demonstra os recursos de que a empresa dispõe para o financiamento de suas atividades operacionais". 28 Kuster (2012) ainda comenta que são poucos os casos em que se analisa uma gestão financeira profissional realizada por especialista da área. Geralmente a gestão do fluxo de caixa e as eventuais necessidades de capital de giro ficam a cargo do próprio dono. Sabe-se que estão dentre os maiores problemas das empresas o capital insuficiente ou a falta deste, o que torna imprescindível a gestão eficiente da conta caixa, por conseguinte, a Necessidade do Capital de Giro (NCG). As empresas procuram vantagens competitivas, principalmente em condições econômicas desafiantes, o que torna mais evidente a importância de um gerenciamento eficiente do capital de giro. Cada real economizado no capital de giro pode contribuir para uma melhor rentabilidade do investimento. 2.4.4.5 Fluxo de Caixa O fluxo de caixa trabalha como uma eficaz ferramenta de controle das entradas e saídas do caixa da empresa, ou seja, receitas e despesas em um determinado período de tempo. Segundo o SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas empresas (2014) no fluxo de caixa deverão ser registrados todos os recebimentos (vendas à vista e recebimento de duplicatas, entre outros) e todos os pagamentos (compras à vista, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas e outros pagamentos) previstos para o dia, a se mana e até para o mês, caso essas compras e pagamentos sejam parcelados. Wildauer (2011) comenta que o fluxo de caixa é um modelo baseado em cálculos matemáticos, através de planilhas ou tabelas, que facilita o estudo e efeitos da análise de uma determinada aplicação, podendo ser um investimento, empréstimo, financiamento ou qualquer outro elemento financeiro. Nesse fluxo está relacionado às entradas, saídas, saldo, assinalados com o cronograma de um projeto, tendo seu inicio igual à zero. Para Salim (2005, p. 110): O fluxo de caixa representa a evolução das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa ao longo do tempo, de forma a visualizar, a cada momento, a disponibilidade líquida do caixa e verificar se os desembolsos futuros poderão ser efetuados nas datas previstas. 29 É de extrema importância, o planejamento do fluxo de caixa da empresa, pois a partir de seu capital disponível, saberá se irá precisar ou não tomar empréstimos de curto ou longo prazo, se precisará entrar no cheque especial no banco, ou recorrer a alguma outra forma de recurso financeiro, ou no caso de superávits, o que fará com o dinheiro, onde aplicar, comprar novos equipamentos ou investir. 2.4.4.6 Payback O payback trabalha como uma alternativa financeira que calcula a definição de um limite de tempo máximo para retorno do investimento. Se o resultado deste prazo calculado por esta ferramenta for um período aceitável pelos proprietários, então o projeto será efetivado, caso contrário será descartado. De acordo com Pereira (2012, p. 38) "o processo de determinação do payback consiste em somar os fluxos de caixa futuros de cada ano até que o custo inicial do projeto seja coberto" a sua utilidade consiste em informar quanto tempo os recursos investidos ficarão vinculados ao projeto e assim podendo oferecer um indicador de liquidez do projeto. Fórmula 01: Payback PR = 𝑇𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐶𝐹𝑡 = 𝐼𝑜 𝑇 𝑡=0 Fonte: Adaptado de Pereira 2012. Onde: PR= Período de Recuperação CFt = Cash-Flow total no ano t Io= Cash-Flow do investimento Inicial Conforme Bonanci (2009), este método é aplicado de duas formas: payback simples e payback descontado. A principal diferença entre os dois é que o payback descontado considera o valor temporal do dinheiro, ou seja, atualiza os fluxos futuros de caixa a uma taxa de aplicação no mercado financeiro, trazendo os fluxos a valor presente, para depois calcular o período de recuperação. 30 É a partir do método payback que os investidores identificam qual o período em que o investimento aplicado a um projeto terá o seu retorno, podendo este ser em dia, mês e ano. 2.4.4.7 Taxa Interna de Retorno (TIR) A taxa interna de retorno (TIR) é outra medida de investimento, porém, diferentemente do VPL (valor presente liquido), a TIR não retorna um valor monetário, e sim a um valor percentual. Segundo Amaral (2013) a TIR pode ser entendida, então, como a remuneração do capital esperada para um projeto qualquer. Assim, se o custo de capital for menor que a TIR, o projeto torna-se viável. Caso contrário, deve ser rejeitado. Se a TIR for maior do que o custo de capital, o VPL será positivo e o projeto será viável. Pereira (2012, p. 39) relata que "A taxa interna de retorno (TIR) é aquela que iguala o valor presente do investimento inicial (Io) ao valor presente dos fluxos de caixa futuros (Cf) esperados" e que será expresso como segue abaixo: Fórmula 02: Taxa Interna de Retorno TIR = (CF) (1 + 𝑖) n ʲ=0 = ZERO Fonte: Adaptado de Pereira 2012. PR= Período de Recuperação CFt = Cash-Flow total no ano t Io= Cash-Flow do investimento Inicial Atualmente, todos os profissionais não utilizam a formula acima para achar a taxa da TIR, ela pode ser encontrada facilmente através de uma calculadora financeira HP ou até mesmo com ajuda do Microsoft Excel que dar o resultado com precisão e agilidade. A aplicação da TIR na área de orçamentos de capital seria mais como taxa de retorno de ativos individuais, e assim utilizando como regra de decisão para o projeto se o empreendimento avaliado tenha sua TIR igual ou maior que o custo de capital da empresa. 31 2.4.4.8 Valor Presente Liquido (VPL) O valor presente líquido (VPL) é definido como o somatório dos valores presentes dos fluxos estimados de uma aplicação, calculados a partir de uma taxa dada e de seu período de duração. De acordo com Amaral (2013) O valor presente líquido - VPL é o critério mais recomendado por especialistas em finanças para decisão de investimento. Esta recomendação está fundamentada no fato de que o VPL considera o valor temporal do dinheiro, utiliza todos os fluxos de caixa futuros gerados pelo projeto, refletindo toda a movimentação de caixa. Segundo Pereira (2012) o VPL pode ser explicado como a soma dos N fluxo de caixa líquidos futuros esperados (CFt) do projeto trazidos a valor presente pelo custo de oportunidade do capital da empresa (k) menos o valor presente do fluxo de caixa correspondenteao investimento (Io), que pode ser expresso da seguinte forma: Fórmula 03: Valor presente Liquido 𝑉𝑃𝐿 = −𝐼𝑜 = 𝐹0 1 + 𝐾 + 𝐹1 1 + 𝐾 ¹ + 𝐹2 1 + 𝐾 ² +⋯+ 𝐹𝑁 1 + 𝐾 ᴺ Fonte: Adaptado de Pereira 2012. Onde: Io = Investimento inicial Vpl= valor presente liquido Fn = fluxo de caixa após imposto no ano t N = vida do projeto em anos K = taxa de desconto (taxa de retorno exigido para o projeto) Os fluxos estimados podem ser positivos ou negativos, de acordo com as entradas ou saídas de caixa. A taxa fornecida à função representa o rendimento esperado do projeto. 32 3 METODOLOGIA 3.1 Quanto ao tipo de pesquisa e forma de abordagem Em relação à tipologia de abordagem metodológica quanto aos procedimentos, há uma variada gama de tipos de pesquisa, onde se destacaram neste trabalho a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental, a pesquisa descritiva e a pesquisa exploratória delineada em um estudo de caso, todas estas aplicáveis a ciências contábeis. Segundo Gil (2010, p. 29) “A pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos”. Contudo, em virtude do aparecimento de novos formatos de informação, estas pesquisas passaram a incluir outros tipos de fontes, como discos, CD’s, DVD’s, bem como o material disponibilizado pela internet. A pesquisa foi bibliográfica porque recorreu de material disponível para o público em geral de fontes secundárias como livros, material em meio eletrônico, dissertações, teses, periódicos, artigos científicos, dentre outras fontes e assim poder explicar por diversos ângulos de autores distintos um mesmo tema. Conforme Andrade (2010, p. 64) “A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados esta restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primarias”. A pesquisa documental, diferentemente da pesquisa bibliográfica, utiliza-se de materiais pouco analisados, como os estudos científicos, onde tais informações podem ser vistas de uma forma diferente a já utilizada pelo autor, visto a maior flexibilidade que este tipo de pesquisa proporciona. Na pesquisa documental foram coletados documentos prontos da empresa matriz já existente, documentos como acesso aos relatórios de vendas da empresa, de clientes, fluxo de caixas, estoque, relatórios financeiros, planos de marketing, entre outros para traçar com maior exatidão possível o estudo da viabilidade do projeto estudado. 33 De acordo com Biagi (2012, p. 54) "a pesquisa descritiva consegue precisar as características do objeto de estudo, mostram relações entre fenômenos, entre variáveis, mas não se propõem a determinar causalidade". Segundo Andrade (2010, p. 112) “a pesquisa descritiva, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles”. A pesquisa sendo descritiva busca descrever fatos e fenômenos a realidade da referida empresa. Descreverá com rigorosidade fatos e fenômenos da realidade estudada, dentre eles suas características e seus problemas, como na área mercadológica que se busca conhecer os clientes, concorrentes, produtos, entre outros. Segundo Andrade (2010, p. 112): A pesquisa exploratória é o primeiro passo de todo trabalho científico. São finalidades de uma pesquisa exploratória, sobretudo quando bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre determinado assunto; facilitar a delimitação de um tema de trabalho; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente. Através das pesquisas exploratórias avalia- se a possibilidade de desenvolver uma boa pesquisa sobre determinado assunto. A pesquisa exploratória tem como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema, deixá-lo mais explicito. Já no estudo de caso Yin (2003, p. 32) conclui expondo que “um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”. Com isso, deve-se utilizar o método exploratório quando estiver buscando indícios de um problema, variáveis ou até mesmo pesquisas de mercado que é um dos objetivos deste plano de negócios. E o estudo de caso se confirma, já que foi reforçada a viabilidade de abertura de uma empresa no ramo de materiais elétricos e eletrônicos de forma profunda e que permite amplo conhecimento da organização. Quanto à forma de abordagem, as tipologias de pesquisas mais comumente aplicadas à contabilidade se ramificam entre pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa. 34 Beuren (2003, p.92) complementa que a pesquisa qualitativa é: Na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último. O tipo de pesquisa qualitativa busca analisar fatos e descobrir as causas do problema, o porquê daquele fato acontecer, o que é bastante comum na contabilidade já que suas informações nem sempre são exatas, mesmo lidando com números. Já na pesquisa quantitativa Beuren (2003, p.93) afirma que "A utilização dessa tipologia de pesquisa torna-se relevante à medida que se utiliza de instrumentos estatísticos desde a coleta, até a análise e o tratamento dos dados". Dessa maneira, o método quantitativo busca precisão dos resultados, evitando assim distorções acerca da análise e interpretação dos dados. Neste enfoque, a presente pesquisa caracteriza-se por assumir uma tipologia mais quantitativa do que qualitativa, pois busca através de analise de engenharia econômica, utilizando-se os métodos da TIR (Taxa interna de retorno), VPL (Valor presente liquido), payback e avaliar a viabilidade financeira do trabalho a ser implantado. 3.2 Área do Estudo A área de estudo desta pesquisa limita-se a elaboração de um plano de negócio de abertura de uma empresa no ramo de segurança eletrônica e materiais elétricos e eletrônicos na zona sul da cidade de Ilhéus – BA, no bairro Nelson Costa. Foram analisados dados primários referentes aos clientes, fornecedores e concorrentes. A empresa estudada para ser aberta irá guiar-se praticamente com todos os dados e documentos da empresa matriz dos sócios. Mesmo sabendo que a localização será diferente e com isso podendo obter um novo público de consumidores, os concorrentes e os fornecedores serão praticamente os mesmos da empresa matriz e assim, podendo aproveitar os documentos e registros prontos dos sócios da empresa. 35 3.3 Coleta e Tratamento dos Dados Inicialmente a coleta ocorreu pela pesquisa bibliográfica, onde o autor pesquisou fontes secundárias (livros, site de órgãos públicos, artigos, revistas científicas, entre outros) para aprofundar o objeto de estudo e assim poder realizar uma revisão a respeito da literatura existente sobre o tema abordado. Em seguida, foi realizada também uma pesquisa com dados primários da empresa através de análises documentais e observações diretas já existentes por meios dos sócios. Nesta etapa foram analisados os fornecedores, concorrentes e clientes em potencial, o que facilitou bastante a construção do plano de marketing e diminuir a possibilidadede uma pesquisa de mercado mais profunda na cidade e, especificamente, na zona sul onde será instalada a empresa. Por fim, foram montados os fluxos de caixa, analisados os relatórios financeiros, operacionais e de marketing para o desenvolvimento e firmamento do plano de negócios e analisado através dos métodos de engenharia econômica (VPL, TIR e payback) a viabilidade da implantação do negócio. 3.4 Limites O limite desta pesquisa restringiu-se devida a falta de tempo para poder realizar um trabalho de campo aguçado buscando pesquisar mais as variáveis que venham a influenciar na abertura deste novo negócio. 36 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Nesta etapa serão apresentadas todas as informações coletadas da empresa juntamente com seu plano de marketing e plano financeiro e assim podendo realizar um análise de viabilidade de abertura dela. 4.1 Empresa e Área e Atuação A empresa será filial da G&K Sistemas de Segurança e Materiais elétricos e eletrônicos ME que atualmente possui estabelecimento no centro da cidade de Ilhéus – BA e os sócios têm interesse de estudar a viabilidade de abertura desta organização na zona sul da Cidade. A G&K é uma empresa com estabelecimento fixo e filiado ao CREA, atuando no mercado regional há vinte e um anos, contendo um corpo técnico com experiência procurando aliar honestidade, técnica e responsabilidade, sempre pensando no conforto e segurança dos seus clientes. Os sócios da empresa são Eduardo Oliveira de Araujo e Celidalva Soares Araujo e Gabriel Soares Araujo, onde Eduardo Araujo fica responsável pelo setor de projetos, Celidalva fica responsável pelo administrativo (Financeiro) e Gabriel Pelo setor de compras, logística e setor de serviços da empresa. Hoje a G&K conta com 08 (oito) funcionários efetivos para dar conta da gestão, manutenção e instalações dos seus produtos em Ilhéus e cidades circunvizinhas. A nova filial atuará no ramo varejista de materiais elétricos e eletrônicos, como informática, antenas, ferramentas, pilhas e baterias, telefonia, cabos de áudio e vídeo, plugues e conectores, componentes eletrônicos, entre outros. Diferentemente da empresa matriz esta não atuará no ramo de serviços de instalações e manutenções de equipamentos eletrônicos e de segurança, ficando somente com a comercialização destes produtos. Abaixo segue a logomarca da empresa Matriz; 37 FIGURA 01: Logo marca da empresa FONTE: Dados da própria pesquisa 2015. 4.2 Missão Proporcionar segurança, tecnologia e transparência para que nossos clientes tenham os melhores produtos e serviços a sua disposição, nos atualizando e nos moldando a cada necessidade. 4.3 Visão Para os próximos anos, a busca é ser uma referência ainda maior e considerável no mercado, abrangendo uma gama maior de produtos sem fugir dos padrões de qualidades. 4.4 Valores Nossa conduta deve refletir os mais altos padrões da ética, possuir uma comunicação clara e precisa e um relacionamento com os clientes e colaboradores com total transparência a fim de atingirmos excelência no atendimento de suas necessidades. 38 4.5 Mix de Marketing (Os 4P’s) 4.5.1 Produto A empresa estudada comercializará produtos no ramo de informática, ferramentas, pilhas e baterias, cabos de áudio e vídeo, telefonia, plugues e conectores, componentes eletrônicos, antenas e acessórios, interfones e fechaduras e matéria de câmeras e seus acessórios. FIGURA 02: Gráfico de vendas por setores FONTE: Dados da própria pesquisa 2015. Acima segue um gráfico com uma média fornecida pela empresa matriz das vendas dos produtos com maiores saídas separadas por setores. Esta informação é de suma importância par abertura da filial para ter uma base dos produtos que mais saem e assim evitar estoques desnecessários dentro da organização. 4.5.2 Preço Muitos dos produtos comercializados pela G&K estão estreitamente relacionados com a variação cambial, fazendo com que o preço dos produtos esteja em constantes mudanças, fato este justificado pela escassa indústria nacional, R$ 4.500,00 R$ 2.000,00 R$ 2.500,00 R$ 5.000,00 R$ 4.000,00 R$ 1.500,00R$ 1.200,00 R$ 4.000,00 R$ 4.500,00 R$ 6.000,00 39 fazendo com que haja uma massiva importação de produtos de muitos dos produtos comercializados pela empresa. Porém, já são inúmeras as fábricas que vem se instalando no território nacional, fazendo com que tenham uma queda nos preços e conseqüentemente tendo um aumento de vendas. Os preços comercializados e a margem de lucro desejada pela empresa irão basear-se nos preços da matriz onde o autor montou uma tabela abaixo coma margem de lucro de cada área trabalhada. QUADRO 02: Margem de lucro dos produtos por categoria PRODUTOS ML INFORMATICA 35% FERRAMENTAS 50% PILHAS E BATERIAS 55% CABOS DE AUDIO E VIDEO 60% TELEFONIA 30% PLUGUES E CONECTORES 60% COMPONENTES ELETRONICOS 70% ANTENAS E ACESSÓRIOS 45% INTERFONES E FECHADURAS 50% CAMERAS E ACESSÓRIOS 50% FONTE: Dados da própria pesquisa 2015. A empresa matriz orienta-se nos preços de seus produtos através de negociações com seus fornecedores e também de um estudo dos preços da concorrência. Logicamente que não são todos os produtos, um exemplo, do setor de informática, que será aplicado uma margem de lucro de 35% foi tirado uma média da margem de lucro de todos os produtos do setor e selecionado no quadro acima. 4.5.3 Praça A localização estudada para abrir a nova filial da G&K será situada na Zona sul da cidade, onde já possui um comercio solido e bem diversificado atendendo aquela 40 região, mas especificamente na está situada na Av. Lótus no Bairro Nelson Costa, Ilhéus – BA. O autor já pesquisou e detectou alguns estabelecimentos em potencial a disposição para aluguel. Porém não decidiram ainda pelo ponto ideal, aquele que possa montar a mesma estrutura da matriz, com os mesmo expositores e formatos de balcão, ainda que no inicio venham a ser menor o fluxo de vendas desejado em relação à matriz. 4.5.4 Promoção O autor do projeto buscou conhecer dos sócios quais as épocas com vendas mais intensas na empresa para poder ser aplicado um plano de mídia satisfatório para a empresa. FIGURA 03: Variação de faturamento da empresa matriz FONTE: Dados da própria pesquisa 2015. É com base no gráfico acima que se pode nortear em quais épocas devem ser intensificadas e quais os meios mais eficazes para uma boa estratégia de comunicação da empresa. Uma vantagem competitiva deste empreendimento ao 41 abrir à filial é que ao depender do meio de marketing utilizado poderá ser rateadas entre as duas organizações e assim diminuindo custos. 4.6 Análise de Mercado 4.6.1 Publico Alvo Os clientes da empresa irão atingir todo público-alvo da cidade com maior precisão para a região sul da cidade fornecendo materiais elétricos e eletroeletrônicos. 4.6.2 Concorrentes Foi realizada pelo autor do plano de negócios uma pesquisa dos concorrentes na cidade de Ilhéus – BA, e foram detectadas sete lojas como concorrentes diretas na cidade, cinco no centro da cidade e duas na zona sul da cidade. Estas empresas selecionadas trabalham com mais de 60% das mercadorias que a nova filial comercializará, por isso foram selecionadas, porém não se podem descartar as outras empresas que também comercializam mesmo que somente um das áreas. 4.6.3 Fornecedores Os fornecedoresda filial serão os mesmo da matriz, o que facilitará bastante na negociação e compras, porém todas as mercadorias da filial serão controladas pela matriz por um software de gestão e somente ela se encarregará de realizar as comprar juntamente com os fornecedores. 4.7 Análise de SWOT Nesta etapa do plano de negócio foi realizado um estudo das análises internas, forças e fraquezas, e das analises, oportunidades e ameaças, que podem vir a favorecer ou a prejudicar esta organização estudada. 42 A análise interna e externa da filial da G&K contou com a participação dos sócios, funcionários e estagiários da matriz e estudo de mercado. Como pontos fortes foram selecionados: Credibilidade da empresa matriz junto à sociedade: vinte e um anos no mercado; Qualidade e garantia dos produtos comercializados; Empresa sustentável: Reciclagem de pilhas e baterias; Formas de pagamento, à vista ou cartão de crédito ou débito. Satisfação dos funcionários com os serviços que realizam; Estabelecimento filiado ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia); Showroom dos produtos na empresa; Como pontos fracos foram selecionados: Não possui ponto comercial próprio. A consolidação de clientes, tempo necessário para se tornar um frequentador constante. Não tem um estacionamento reservado para os clientes; A organização dará inicio com poucos funcionários; Como oportunidades foram selecionadas: Possibilidade de Crescimento de nichos de mercado; Oferta de produtos para todas as classes e segmentos; A globalização como facilitador de novas alianças tecnológicas Investimento em qualificação dos funcionários; Oferta de novos produtos e serviços 43 Como ameaças foram selecionadas: A quantidade de concorrentes já atuantes no mercado local; Surgimento de novos concorrentes. A sazonalidade econômica da cidade. Rápida evolução dos equipamentos, tornando obsoletos os antigos produtos; Competição ilegal e sem qualidade dos concorrentes autônomos. Falência dos fornecedores; Aumento nos custos dos produtos; São muitas as variáveis que podem afetar o ambiente interno e externo de uma organização tanto no caráter demográfico, tecnológico, ambiental, social, político legal, econômico, entre outros. Foram selecionadas as principais variáveis que se aplicam a esta organização estudada. 4.8 Investimento Inicial Neste item foram observados todos os móveis e utensílios, maquinas e equipamentos necessários para o funcionamento deste novo negócio. Foram descrito também os valores das atividades que serão realizadas antes do início do empreendimento como pintura, instalação elétrica, troca de piso, construções e reformas, taxas de registro da empresa, cursos e treinamentos para os funcionários, entre outros. 44 QUADRO 03: Investimento inicial 5.1 INVESTIMENTOS FIXOS DESCRIÇÃO VALOR UNITARIO VALOR TOTAL MÓVEIS E UTENSÍLIOS BALCÕES E ESTANTES 01 R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 CADEIRAS E MESAS 04 R$ 150,00 R$ 600,00 VITRINES 02 R$ 1.000,00 R$ 2.000,00 VENTILADORES 02 R$ 140,00 R$ 280,00 TOTAL R$ 10.880,00 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS COMPUTADOR 02 R$ 1.300,00 R$ 2.600,00 IMPRESSORA 01 R$ 300,00 R$ 300,00 ROTEADOR INTERNET 01 R$ 100,00 R$ 100,00 SOFTWARE GESTÃO 01 R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 CÂMERAS E ALARME 01 R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 BALCÃO SOLDA / MANUT. 01 R$ 500,00 R$ 500,00 TOTAL R$ 7.500,00 INVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS Despesas de Legalização R$ 1.000,00 Obras Civis / Reformas R$ 5.000,00 Divulgação R$ 8.000,00 Cursos e Treinamentos R$ 1.000,00 Outras Despesas R$ 500,00 TOTAL R$ 15.500,00 TOTAL GERAL R$ 33.880,00 FONTE: Dados da própria pesquisa 2015. 4.9 Capital de Giro O capital de giro compreende os recursos destinados ao processo de iniciação do funcionamento da organização e representam basicamente os valores necessários para despesas operacionais iniciais (salários, encargos, aluguel, telefone, água, material de limpeza, dentre outros.), para os três primeiros meses de atividade até iniciar-se o período de entrada das receitas geradas pelo negócio. Também está inclusa no capital de giro, uma reserva técnica de 10% sobre o valor do investimento fixo, para fins de necessidades imprevistas. 45 QUADRO 04: Cálculo do caixa mínimo 5.2.5 Cálculo do Caixa Mínimo 1. Custo Fixo Mensal R$ 7.284,22 2. Reserva Técnica - 10% Inv. Fixo R$ 1.838,00 3. Custo Total da Empresa Mensal (1+2) R$ 9.122,22 4. Custo total Diário R$ 304,08 5. Necessidade Liquida de Cap. De Giro em dias 60 6. Caixa Mínimo R$ 18.244,80 FONTE: Dados da própria pesquisa 2015. 4.10 Investimento total Nestequadro05 abaixo se encontra um resumo dos investimentos fixos, capital de giro e estimativa de investimentos pré-operacionais. QUADRO 05: Investimento Total INVESTIMENTO TOTAL DESCRIÇÃO DOS INVESTIMENTOS VALOR (R$) (%) 1. Investimentos Fixos R$ 18.380,00 35% 2. Capital de Giro R$ 18.244,80 36% 3. Investimentos Pré Operacionais R$ 15.500,00 29% TOTAL R$ 52.124,80 100% FONTES DE RECURSOS VALOR (R$) (%) 1. Recursos Próprios R$ 15.000,00 27% 2. Recursos de Terceiros R$ 40.000,00 73% 3. Outros R$ 0,00 0% TOTAL R$ 55.000,00 100% FONTE: Dados da própria pesquisa 2015. E abaixo segue um resumo do financiamento que virá a ser adquirido com a implantação da filial: 46 QUADRO 06: Resumo do financiamento Resumo do financiamento Valor a financiar R$ 40.000,00 Carência 03 Prazo (meses) 48 Juros (anual) 8,24% Juro mensal 0,66% Total R$ 46.890,30 Primeira Parcela R$ 1.153,70 Ultima Parcela R$ 894,77 FONTE: Dados da própria pesquisa 2015. Realizando o cálculo financeiro pelo sistema de financiamento SAC (Sistema de Amortização Constante), ou seja, financiamento com parcelas decrescentes, a primeira parcela após os três meses de carência será no valor de R$1.153,70 (Um mil cento e cinqüenta e três reais e setenta centavos) e a última parcela ficara no valor de R$894,77 (Oitocentos e noventa e quatro reais e setenta e sete centavos). As amortizações representam um total de R$ 40.000,00 (Quarenta mil reais). A soma dos valores do pagamento das amortizações mais os juros totalizam no final do período um valor de R$ 46.890,30 (Quarenta e seis mil reais e oitocentos e noventa reais e trinta centavos), sendo este o valor final no período de 48 (Quarenta e oito) meses. A Taxa de juros escolhida de 8,24 a.a. foi baseada na taxa de investimento do Banco do Nordeste, aonde a fonte de financiamento escolhida será do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), como já foi dito a empresa possuíra uma carência de 03 meses escolhida pelos gestores. A empresa matriz já possui conta em aberto com o Banco do Nordeste e possui bom relacionamento, o que poderá facilitar na abertura da conta da empresa filial. 4.11 Estimativa do faturamento mensal da empresa Neste item, um dos mais difíceis, já que ainda não iniciaram as atividades, foi calculada uma média mensal do consumo dos produtos e também formatado o preço de venda se baseando nos concorrentes, também com relação às pesquisas e 47 definindo até quanto os nossos potenciais clientes estão interessados em desembolsar pelo nosso produto. Essa média mensal de estoque foi baseada nos cinco anos iniciais de abertura
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