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Destilação Prof.ª Tatiana Felix Destilação A destilação é o processo básico de separação do petróleo, que consiste na vaporização e posterior condensação dos componentes do óleo cru (hidrocarbonetos e impurezas), devido à ação de temperatura e pressão. O processo se baseia nas diferenças entre os pontos de ebulição dos diversos constituintes do petróleo. Objetivo Seu objetivo é o desmembramento do petróleo em suas frações básicas de refino, tais como gás combustível, gás liquefeito, nafta, querosene, gasóleo atmosférico (óleo diesel), gasóleo de vácuo e resíduo de vácuo. Curva de destilação SKYLO, 2008. Destilação O equipamento principal é a torre de fracionamento, ou coluna de destilação, sendo seu interior composto por uma série de bandejas ou pratos perfurados. Diário do Pré-Sal Uma unidade de destilação pode ser formada por quatro seções principais: Seção de pré-aquecimento e dessalinização; Pré-flash Destilação atmosférica; Destilação a vácuo; Destilação Destilação A destilação atmosférica deve ocorrer a uma temperatura máxima de 400 °C, para evitar a formação extremamente indesejável de produtos de craqueamento térmico. Em condições de pressão próxima à atmosférica, obtêm-se óleo diesel, querosene e nafta pesada como produtos laterais de uma torre de destilação. Nafta leve e GLP são produtos de topo, condensados e separados fora da torre. Como produto de fundo, obtém-se o resíduo atmosférico, do qual ainda se podem extrair frações importantes. Destilação atmosférica Nas frações intermediárias laterais, podem haver componentes mais leves retidos, que baixam o ponto inicial de ebulição e fulgor dos respectivos cortes. Sua eliminação é necessária, e ocorre em pequenas colunas (4-10 estágios) conhecidas como retificadores laterais (strippers), em que se injeta vapor d’água, que também é injetado para retificar o produto de fundo. As correntes de vapor d’água são retiradas pelo topo, juntamente com os hidrocarbonetos leves. Destilação atmosférica Destilação atmosférica Destilação atmosférica Quando há a necessidade de se projetar unidades de grandes capacidades de carga, ou de se ampliar a carga de uma unidade de destilação já existente, utiliza-se uma torre de pré-fracionamento (pré-flash). Essa torre retira do petróleo os cortes mais leves (GLP e nafta leve), permitindo desta forma ampliar a carga total da unidade ou dimensionar-se os fornos e o sistema de destilação atmosférica de menor tamanho. Destilação atmosférica com pré-flash Destilação a vácuo O vácuo é simplesmente uma forma de reduzir os pontos de ebulição das frações pesadas e permitir a separação a temperatura menores, sem decomposição de hidrocarbonetos e formação de coque. As saídas laterais são gasóleo leve (GOL - se dentro da faixa vai para diesel, e também para unidade de conversão), gasóleo pesado (GOP – unidade de conversão). O produto de fundo da destilação a vácuo é composto por hidrocarbonetos de elevado peso molecular e impurezas, podendo ser comercializado como óleo combustível ou processado a asfalto e óleos lubrificantes. Destilação a vácuo Nas unidades de destilação, também podem estar presentes: Torre estabilizadora de nafta leve: a nafta leve não- estabilizada, proveniente da torre de Pré-Flash, é separada em correntes de GLP e nafta leve estabilizada, a qual normalmente compõe a gasolina. Destilação Nas unidades de destilação, também podem estar presentes: Torre de fracionamento de nafta: a nafta leve estabilizada (ou gasolina) é fracionada em nafta leve (petroquímica) e nafta média, que também podem ser usadas na produção de outras naftas, comercializadas como solventes. Destilação Frações ou cortes iniciais Fonte: FARAH, 2012. ABADIE, E. Processos de Refinação. Apostila de Engenheiro de Processamento, Universidade Corporativa, PETROBRAS. DIÁRIO DO PRÉ-SAL. Disponível em http://diariodopresal.wordpress.com/o-que-e-o-pre-sal/torre-de- fracionamento-de-petroleo-3/, acesso em 23/10/2012. FARAH, M.A. (2012). Petróleo e seus derivados. LTC: Rio de Janeiro. MOTA, C. (2005). Petróleo e Derivados. Apostila: Rio de Janeiro. SZKLO, A. & ULLER, V. C. (2008). Fundamentos do Refino do Petróleo: Tecnologia e Economia - 2 ª Ed. – Rio de Janeiro: Interciência. Referência Bibliográfica
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