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Processos de conversão, separação e tratamento Prof.ª Tatiana Felix Processos de conversão Visa a alteração da estrutura molecular dos hidrocarbonetos seja por quebra em moléculas menores, seja por combinação em moléculas maiores, seja na produção de moléculas de “maior qualidade”, através de rearranjo molecular. Craqueamento É um processo de transformação de frações de petróleo pesadas em outras mais leves, através da quebra (cracking) das moléculas dos constituintes, sob elevadas temperaturas e pressões, com ou sem catalisador. Craqueamento Processo térmico Processo catalítico Termocraqueamento Viscoredução Coqueamento retardado FCC RCC HCC Craqueamento térmico Consiste na quebra de moléculas presentes na carga, sob elevadas temperaturas e pressões, visando à obtenção de gasolina e GLP como produto principal, e gás combustível, óleos leve e residual e coque como subprodutos. Atualmente, o craqueamento térmico é um processo obsoleto, em função do surgimento do craqueamento catalítico, mais econômico e de operação mais simples. Craqueamento catalítico É um processo químico que quebra as moléculas dos constituintes, por meio de catalisadores, em condições menos severas de pressão e temperatura que o craqueamento catalítico devido a seletividade dos catalisadores. Sua carga é , normalmente, constituída de gasóleos leves e pesados das unidades de destilação, da unidade de coqueamento e das operações de desasfaltação. Sua carga de entrada é decomposta em várias frações mais leves, produzindo gás combustível, gás liquefeito, gasolina (nafta), gasóleo leve (óleo leve ou diesel de craqueamento) e gasóleo pesado de craqueamento (óleo decantado ou óleo combustível). FCC de Resíduos (RFCC) Efetuaram-se modificações no catalisador do processo; na injeção da alimentação; na configuração do Riser e separação do produto, na razão catalisador/óleo para evitar supercraqueamento e na configuração do regenerador para lidar com altos teores de coque e impedir danos a estrutura do catalisador. Os produtos obtidos são gasolina, diesel e gasóleo. Hidrocraqueamento catalítico (HCC) O HCC é um processo de craqueamento catalítico, realizado sob pressões parciais de hidrogênio elevadas, que consiste na quebra de moléculas existentes na carga de gasóleo, por ação complementar de catalisadores e altas temperaturas e pressões. Em função da presença de grandes volumes de hidrogênio, acontecem reações de hidrogenação do material produzido, simultaneamente às reações de decomposição. É o processo mais versátil quanto à carga: de gasóleo leve a óleo desasfaltado, incluindo resíduo da destilação à vácuo, maximizando assim as frações desejadas na refinaria. A presença de hidrogênio tem a finalidade de reduzir a deposição de coque sobre o catalisador, hidrogenar os compostos aromáticos polinucleados, facilitando sua decomposição, e hidrogenar olefinas e diolefinas que se formam no processo de craqueamento, aumentando a estabilidade dos produtos finais. A aplicação das severas condições de temperatura e pressão, ainda possibilita a hidrogenação dos compostos de enxofre e nitrogênio, eliminando-os dos produtos finais. Sua principal desvantagem reside na necessidade de implantar equipamentos caros e de grande porte, devido as condições drásticas do processo. Unidades de geração de hidrogênio e de recuperação de enxofre devem também estar presentes, de forma que elevado investimento deve ser feito na construção do sistema completo. Hidrocraqueamento catalítico (HCC) Viscoredução Este processo visa à redução da viscosidade de derivados pesados aumentando a quantidade de gasóleo destinado a produção de gasolina através da utilização de condições menos severas que o craqueamento térmico. Coqueamento retardado É um processo térmico onde as moléculas abertas presentes na carga (normalmente, resíduo de vácuo) são craqueadas e as moléculas aromáticas polinucleadas coqueiam gerando gases, nafta, diesel, gasóleo e principalmente coque de petróleo. Reforma catalítica A reformação ou reforma catalítica tem como objetivo transformar a nafta rica em hidrocarbonetos parafínicos em hidrocarbonetos aromáticos (nafta de reforma). Este processo de aromatização de compostos parafínicos e naftênicos, visa primordialmente à produção de gasolina de alta octanagem e produtos aromáticos leves (BTX’s) de elevada pureza, para posterior utilização na indústria petroquímica. Isomerização A isomerização é empregada no rearranjo molecular sem adição ou remoção de átomos na molécula original. Normalmente, parafinas (butano e pentano) provenientes da destilação atmosférica são convertidas em isoparafinas (produção de gasolina com alta octanagem e baixo teor de contaminantes). Alquilação catalítica A alquilação catalítica, consiste na combinação de olefinas leves (C3-C5) com isoparafinas, para a síntese de moléculas de maior peso molecular (líquida), catalisada por um agente de forte caráter ácido (HF ou o H2SO4). Polimerização A polimerização é um processo usualmente empregada na conversão de propeno e buteno (de frações GLP ou subprodutos das unidades de craqueamento) em gasolina de alta octagem. Trata-se de um unidade similar à de alquilação, porém, menos custosa. Produção de lubrificantes Um complexo de produção de lubrificantes consiste tipicamente em uma torre de destilação a vácuo, uma unidade de desasfaltação, uma unidade de extração de aromáticos, uma unidade DEWAX e uma unidade opcional de hidrogenação a alta pressão associada à hidrotratamento, para melhorar a qualidade dos produtos (cor e estabilidade) e remover as impurezas. Tratamentos Adoçamentos O tratamento de adoçamento transforma os compostos de enxofre agressivos em compostos menos agressivos. O teor de enxofre permanece constante, pois há apenas transformação e não remoções. Dessulfurização Os tratamentos de dessulfurização removem o enxofre das frações de petróleo, reduzindo o teor deste contaminante. ABADIE, E. Processos de Refinação. Apostila de Engenheiro de Processamento, Universidade Corporativa, PETROBRAS. SZKLO, A. & ULLER, V. C. (2008). Fundamentos do Refino do Petróleo: Tecnologia e Economia - 2 ª Ed. – Rio de Janeiro: Interciência. Referência Bibliográfica
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