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Guilherme Aparecido da Rocha Direito Trabalhista e Tributário 030303 Sumário CAPÍTULO 4 – Principais Disposições da Legislação Tributária Brasileira ..............................05 O Código Tributário Nacional: obrigação e crédito tributário .............................................05 Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário ..........................................................09 Principais impostos .........................................................................................................16 Contribuições sociais ......................................................................................................17 Sìntese ..........................................................................................................................20 Referências ....................................................................................................................21 0505 Capítulo 4 Introdução Você sabe como um indivíduo se torna devedor de um tributo? Saiba que a relação entre os con- tribuintes e o Fisco não é tão simples como parece, pois decorre de um complexo de atos, que se inicia a partir do momento em que o fato gerador é praticado. Mas o que é fato gerador? Essa indagação será o primeiro ponto de estudo deste capítulo. Após obter suficiente base teórica, você avançará estudando as hipóteses de suspensão, extin- ção e exclusão do crédito tributário. Se você pagar indevidamente um tributo, você pode obter o valor de volta? Essa e outras indagações serão exploradas e respondidas no segundo tópico deste capítulo. Você sabe qual imposto a propriedade rural gera ao proprietário? E a propriedade urbana? Como saber se um imóvel está na zona urbana ou rural? Veremos esses assuntos no terceiro tópico deste capítulo, bem como qual imposto incide sobre a transmissão de bens imóveis e a diferença entre transmissão feita por compra e venda e transmissão feita por doação. No último tópico, você estudará as contribuições sociais, uma espécie tributária que comporta três subespécies: as contribuições sociais propriamente ditas, as contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas e as contribuições de intervenção no domínio econômico. 4.1 O Código Tributário Nacional: obrigação e crédito tributário Neste tópico, você estudará questões relacionadas à obrigação e ao crédito tributário, com base no Código Tributário Nacional. Você sabe o que é uma obrigação tributária? E quanto ao crédito tributário? Essas são indagações que instigarão os estudos no decorrer deste tópico. Você sabe quais são os sujeitos da relação tributária? Quem são os sujeitos passivo e o ativo? É possível a delegação de alguma responsabilidade que lhes seja inerente? Tais questionamentos são muito importantes para vários aspectos profissionais, especialmente no que se refere à ela- boração de contratos e à imputação dos ônus tributários a uma das partes. 4.1.1 A obrigação tributária Para que exista uma relação jurídica de natureza tributária entre o Estado e o contribuinte, é imprescindível que: • haja uma lei que preveja qual fato do cotidiano humano será tributável; Principais Disposições da Legislação Tributária Brasileira 06 Laureate- International Universities Direito Trabalhista e Tributário • alguém pratique o fato descrito em lei, chamado de fato gerador. Quando ocorre essa combinação, nasce a obrigação tributária. A mera ocorrência dessas duas situações, no entanto, não permite que o Estado cobre, no mesmo instante, o tributo devido pelo contribuinte. Antes será necessário realizar o lançamento, ou seja, proceder a um processo ad- ministrativo que culminará na viabilização do crédito tributário. Agora, vamos compreender melhor os elementos da obrigação tributária. Você viu que, quando alguém pratica o fato tributável previsto em lei, incorre no cha- mado “fato gerador”. Mas o que é fato gerador? O Código Tributário Nacional distin- gue o conceito de fato gerador da obrigação tributária principal (art. 114 do Código Tributário Nacional) e da obrigação tributária acessória (art. 115 do Código Tributário Nacional). Para a obrigação tributária principal, é a situação jurídica ou fática prevista em lei e suficiente para configurar a obrigação tributária principal. Já para a obrigação tributária acessória, é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impo- nha a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. NÓS QUEREMOS SABER! Mas qual a diferença entre obrigação tributária principal e acessória? A obrigação tributária principal é aquela que tem como consequência obrigar o contribuinte a entregar dinheiro ao Es- tado, ao passo que a acessória é a que obriga o contribuinte a prestar informações ao Fisco, en- tregar declarações, suportar uma fiscalização etc. Chamamos de obrigação “acessória” porque ela existe para viabilizar uma situação principal, que é a arrecadação dos tributos ou penalidades pecuniárias. Aliás, entenda que o descumprimento das obrigações acessórias acarreta multa. Figura 1 – As declarações que devem ser entregues ao Fisco são obrigações tributárias acessórias. Fonte: Shutterstock, 2015. Há pouco você identificou que o fato gerador da obrigação principal pode ser uma situação de fato ou uma situação jurídica. Mas você sabe como diferenciá-la? Para facilitar, veja um exemplo. 07 CASO João é um profissional do ramo de gestão imobiliária. Ele administra vários profissionais, in- clusive corretores de imóveis, e é responsável pela gestão de muitos imóveis na cidade em que trabalha. Por ser prestador de serviço, é contribuinte do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), tributo de competência municipal devido em razão de uma situação de fato, isto é, a efetiva prestação dos serviços que realiza. João também atua direta e indiretamente na intermediação de operações de compra e venda de imóveis, sendo um especialista em incidência tributária. Ele sempre explica aos seus clientes que o fato gerador do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI) ocorre no momento em que é feito o registro do título de aquisição no Cartório de Registro de Imóveis. Nesse caso, há uma situação jurídica (o registro, que transfere a propriedade) que constitui fato gerador de um tributo. Para identificar se o fato gerador de um tributo é uma situação fática ou jurídica, é preciso ana- lisar a lei que o rege, no intuito de reconhecer quais elementos são importantes para a configu- ração do respectivo fato gerador. Ainda no que tange ao fato gerador, é importante salientar que, para o Estado, é irrelevante se o ato praticado pelo contribuinte é válido ou inválido, bem como se seus efeitos realmente ocorre- ram. Por exemplo: se, após o registro perante o cartório, o vendedor não entregou as chaves ao comprador nem desocupou o imóvel, o ITBI não será restituído. Saiba que caberá ao comprador procurar os meios judiciais para que possa gozar dos direitos inerentes à propriedade que adqui- riu. Mesmo se ele optar por desfazer o negócio, o tributo pago não será restituído. No mesmo sentido, o fato de alguém auferir renda já o torna contribuinte do Imposto de Renda. Não importa se a renda é proveniente de um trabalho lícito ou da prática de atos ilícitos. Para o Direito Tributário isso é irrelevante. Aliás, o pagamento do tributo não legaliza nenhuma situação que, por natureza, seja irregular. Por exemplo: se uma pessoa está ocupando indevidamente uma área e paga o IPTU do imóvel, não se tornará proprietária apenas em razão disso nem adquirirá nenhum direito relativo à propriedade imobiliária. 4.1.2 Os sujeitos da obrigação tributária São dois os polos da obrigação tributária. De um lado, como sujeito ativo, está o ente federativo competente pelo respectivo tributo. De outro,está o sujeito passivo, que pode ser o próprio con- tribuinte ou um responsável tributário. O sujeito ativo, portanto, pode ser a União, os estados, o Distrito Federal ou os municípios. Todos eles possuem a chamada capacidade tributária ativa, que permite que eles pratiquem atos de: • administração; • arrecadação; • cobrança; • fiscalização. Também se admite que um ou mais desses atos sejam delegados, sempre no interesse da arreca- dação. Por outro lado, o sujeito passivo da obrigação tributária é aquele que está obrigado ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária. Como mencionado, ele pode ser: 08 Laureate- International Universities Direito Trabalhista e Tributário • o contribuinte, que possui relação direta e pessoal com a situação que constitui o fato gerador; • o responsável tributário, que, mesmo não tendo relação pessoal e direta com o fato gerador, tem a obrigação de pagar o tributo ou a multa por expressa previsão legal. No contexto da sujeição passiva, é importante citar o conteúdo do artigo 123 do Código Tribu- tário Nacional: Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. É devido a esse artigo que um contrato de locação não pode ser apresentado para afastar o dever de um locador, por exemplo, de pagar o IPTU, quando o locatário tenha ficado com o carnê e não tenha procedido ao pagamento no prazo correto. Portanto, fique atento ao redigir um contrato no qual o ônus tributário seja entregue a uma das partes! Lembre-se de consultar a legislação tributária, para não correr o risco de elaborar um contrato ilegal. São ilegais (como regra) os contratos que prevejam a cobrança antecipada de aluguéis, assim como aqueles que sejam celebrados apenas para frustrar os interesses de terceiros. No último caso, imagine que um devedor, para não honrar os débitos que possui em face de determinado credor, simule uma compra e venda na qual transfira todo o seu patrimônio a outrem. Você acha que esse contrato será lícito? A resposta é negativa. Nesse caso, o contrato poderá ser anulado judicialmente, pois foi celebrado apenas para frustrar os interesses do credor. O que é um locador? E um locatário? Locador e locatário são as partes contratuais de uma relação locatícia, isto é, de um contrato de locação. O locador é o sujeito ativo do contrato, ou seja, o proprietário. É aquele que detém a propriedade do bem que será alugado a outrem. Já o locatário é o sujeito passivo do contrato, isto é, aquele que utilizará o bem alugado, remunerando o locador mediante o pagamento dos aluguéis. NÓS QUEREMOS SABER! 4.1.3 O crédito tributário Quando alguém pratica o fato gerador, nos exatos termos descritos em lei, faz nascer a relação obrigacional de natureza tributária perante a administração pública. É dessa relação obrigacional que decorre o crédito tributário. Para que este seja constituído, no entanto, é necessário um procedimento administrativo, denominado lançamento. Saiba que, durante o procedimento de lançamento, o crédito tributário ainda não está definitiva- mente constituído e, consequentemente, ainda não pode ser cobrado. 09 O artigo Crédito tributário: definição e características fornece conhecimentos com- plementares. De autoria de Daniel Barbosa L. F. de Souza, aborda aspectos le- gais e doutrinários do assunto. Está disponível no link: <http://www.esdm.com.br/ include%5Cdownload.asp?file=artigos%5CCR%C9DITO%20TRIBUT%C1RIO.pdf>. NÃO DEIXE DE LER... 4.2 Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário Neste tópico, você estudará as hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributá- rio. Todas estão previstas no Código Tributário Nacional. Você sabia que, em alguns casos, não obstante a existência de um crédito tributário, ele pode ter a sua possibilidade de cobrança sus- pensa? Por exemplo: se você for cobrado por um tributo que entende não ser devido, o que deve fazer: pagá-lo ou discuti-lo? No último caso, o que acontece durante a discussão? Você pode ser cobrado? E, se você pagar o tributo equivocadamente, poderá receber de volta a quantia indevidamente paga? Todas essas indagações serão respondidas a seguir. Você sabia que, além do pagamento, existem outras hipóteses de extinção do crédito tributário? Embora ele seja a mais conhecida, aprenderá que não é a única. Saberá também que o Fisco tem prazo para cobrar seus tributos e que a inércia pode gerar a perda desse direito. Por fim, você estudará as isenções e imunidades tributárias, situações que eliminam o dever de pagamento de alguns tributos. 4.2.1 Hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário A partir do momento em que ocorre a constituição do crédito do crédito tributário, o Estado pode cobrar o valor devido pelo contribuinte. Primeiramente a cobrança é efetuada, como re- gra, mediante a entrega do carnê ou boleto de pagamento. Se o pagamento não for feito até o vencimento, a administração pública passa a ter várias ferramentas para proceder à cobrança. Em alguns casos, porém, o Estado fica impedido de proceder à cobrança do crédito tributário. As situações de suspensão da exigibilidade do crédito tributário são apresentadas na figura a seguir. 10 Laureate- International Universities Direito Trabalhista e Tributário Hipóteses de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário Moratória Parcelamento Depósito do montante integral Reclamações e os recursos administrativos Concessão de medida liminar em mandado de segurança Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial Figura 2 – São seis as hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Fonte: Elaborada pelo autor, 2015, com base no artigo 151 do Código Tributário Nacional. Mediante a ocorrência de cada uma dessas situações, o Estado fica impedido de cobrar o crédito tributário. No entanto, a suspensão da exigibilidade atinge a obrigação tributária principal, mas não as acessórias, o que significa dizer que, embora o contribuinte não possa ser cobrado pelo valor do tributo, não pode deixar de prestar as informações solicitadas pelo Fisco nem de se submeter às fiscalizações feitas no interesse da arrecadação. A primeira hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário descrita pelo Código Tributário Nacional é a moratória. Trata-se aqui de uma dilação no prazo para o pagamento do tributo, que pode ser concedida: • em caráter geral; • em caráter individual. Em caráter geral, a moratória pode ser concedida pelo ente competente à instituição do tributo. Por exemplo: o ente federativo competente para a instituição de uma moratória de IPTU é o mu- nicípio. Imagine que, em determinado município brasileiro, em virtude de uma catástrofe natural, seja criada uma lei que altera o prazo de pagamento do IPTU, dilatando-o de fevereiro para maio. Essa seria uma hipótese de moratória. Em caráter individual, a moratória é concedida, após ter sido autorizada em lei, por despacho da autoridade administrativa. Por exemplo: uma lei municipal prevê que as empresas afetadas por determinada crise regional poderão ter dilatados os prazos para pagamento do ISS, desde que comprovem prejuízos no último exercício financeiro. Nesse caso, para gozar do benefício tribu- tário, o contribuinte do ISS deverá peticionar à autoridade municipal, comprovando o prejuízo solicitado, e, após o despacho desta, poderá pagar o tributo no prazo dilatado. O parcelamento, na verdade, nada mais é que uma espécie de moratória. Saiba que ele foi expressamente incluído no Código Tributário Nacional como uma situação de suspensão da exigibilidade do créditotributário apenas em 2001, por meio da Lei Complementar no 104, que inseriu o artigo 155-A, o qual possui a seguinte redação: Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. § 1º Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. 11 § 2º Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória. § 3º Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. § 4º A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica. Analisando o § 2o do artigo 155-A, fica evidente que o parcelamento está diretamente relacionado à moratória. Parcelado o crédito tributário, o Fisco não pode proceder a qualquer espécie de co- brança, e o contribuinte tem o direito de obter Certidão Positiva de Débitos Tributários, com Efeito de Negativa. Essa certidão produz exatamente os mesmos efeitos da Certidão Negativa de Débitos Tributários e é fundamental, por exemplo, para que empresas possam participar de licitações. Outra situação que suspende a exigibilidade do crédito tributário é o depósito do montante inte- gral. Quando o contribuinte o realiza, ele não está pagando o tributo, mas apenas depositando o valor cobrado pelo Fisco para evitar a incidência de juros e correção monetária. Nesse caso, o contribuinte mostra ao Fisco que não concorda com a cobrança e que irá discuti-la administrativa ou judicialmente. Feito o depósito do montante integral, o que acontece ao final da discussão? Se o con- tribuinte vencer, obterá de volta o valor depositado. Se perder, o valor depositado será convertido em renda (do Poder Público), gerando a extinção do crédito tributário. A solução para a situação é justa e razoável. Como o dinheiro estava depositado, rendeu juros, independentemente de quem fizer o levantamento. Por isso, em qualquer caso estes não serão devidos. NÓS QUEREMOS SABER! Processos administrativos e judiciais também podem suspender a exigibilidade do crédito tributá- rio. Tanto defesas e recursos administrativos quanto concessão de medidas liminares em proces- sos judiciais podem impedir o Fisco de cobrar tributos durante a pendência de ação que tiver por objetivo discutir a regularidade das respectivas cobranças. 4.2.2 Hipóteses de extinção do crédito tributário A extinção do crédito tributário elimina o dever do contribuinte de pagar o valor do tributo de- vido, bem como o direito de o Fisco exigi-lo. Saiba que o principal meio de extinção do crédito tributário é o pagamento, mas este não é o único. Na verdade, o Código Tributário prevê onze modalidades de extinção do crédito tributário. Elas estão apresentadas na figura a seguir. 12 Laureate- International Universities Direito Trabalhista e Tributário Hipóteses de Extinção do Crédito Tributário Pagamento Compensação Transação Remissão Prescrição e a Decadência Conversão de depósito em renda Pagamento antecipado e a homologação do lançamento Consignação em pagamento Decisão administrativa irreformável Decisão judicial passada em julgado Dação em pagamento em bens imoveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Figura 3 – A extinção do crédito tributário impede que o Fisco cobre o tributo. Fonte: Elaborada pelo autor, 2015, com base no artigo 156 do Código Tributário Nacional. E você sabe qual é o prazo legal para pagamento de um tributo quando não houver estipula- ção expressa do Fisco? Nesse caso o prazo é de trinta dias, contados a partir da notificação do sujeito passivo. Mas, e se o pagamento de um tributo for feito indevidamente, existe a possibilidade de reaver a quantia indevidamente entregue ao Fisco? Sim. O termo técnico que identifica essa possibilidade é repetição do indébito, que significa devolução do que foi pago indevidamente, ou seja, sem que fosse devido. Saiba, porém, que o prazo para a repetição do indébito é de cinco anos, con- tados do fato gerador do tributo. 13 Figura 4 – O pagamento feito indevidamente ao Fisco pode ser restituído ao contribuinte. Fonte: Shutterstock, 2015. A compensação ocorre quando devedor e credor têm débitos e créditos, um em relação ao ou- tro. Em matéria tributária ela somente ocorre excepcionalmente, mediante expressa autorização legal. A compensação é possível quando o contribuinte notificado para pagamento de determi- nado tributo, em vez de entregar dinheiro aos cofres públicos, compensa o valor devido com créditos que tenha em face da entidade tributante. A transação é o acordo que pode ser celebrado entre o Fisco e o contribuinte, visando à extinção do crédito tributário. Para que ela possa ocorrer, exige-se prévia e expressa autorização em lei. Já a remissão é o perdão do crédito tributário. Ela pode ser total ou parcial, e deve atender (art. 172 do CTN): • à situação econômica do sujeito passivo; • ao erro ou à ignorância escusáveis do sujeito passivo quanto à matéria de fato; • à diminuta importância do crédito tributário; • a considerações de equidade em relação com as características pessoais ou materiais do caso; • a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. A decadência é a perda do direito de constituir o crédito tributário pelo Fisco. A partir do momen- to em que o contribuinte pratica o fato gerador, o Fisco tem o prazo de cinco anos para constituir o crédito tributário, o que se faz mediante o processo administrativo de lançamento. Se o crédito tributário não for criado nesse período, ele será extinto e o Fisco não poderá mais cobrá-lo. Entenda, agora, que a prescrição é a perda do direito de cobrar o crédito tributário pelo Fisco. A partir do momento em que o crédito tributário é devidamente constituído, o Fisco tem o prazo 14 Laureate- International Universities Direito Trabalhista e Tributário de cinco anos para cobrá-lo. Se essa cobrança não for feita, o crédito será extinto e não poderá mais ser cobrado. A conversão do depósito em renda ocorre quando o contribuinte deposita o montante integral do tributo devido para discutir aspectos relacionados à sua regularidade, mas perde a discussão. Nesse caso, como mencionado anteriormente, o depósito será convertido em renda e o crédito tributário, extinto. A homologação do lançamento, após o pagamento antecipado, ocorre em referência aos tribu- tos lançados por homologação. São aqueles em relação aos quais o contribuinte apresenta a declaração, calcula o montante devido e antecipa o pagamento. É o que acontece no que diz respeito ao imposto sobre a renda, por exemplo. Nesses casos, a extinção do crédito tributário não é imediata, ou seja, não ocorre após a antecipação do pagamento feita pelo contribuinte, mas somente depois que o Fisco homologar a declaração apresentada por ele. A consignação em pagamento é feita quando o contribuinte tem dificuldade em realizar o pagamento do tributo diretamente ao Fisco. Ela é pertinente quando houver recusa no recebimento, por exemplo, ou quando mais de um ente federativo cobrar um mesmo tributo do contribuinte. Por exemplo: se um imóvel situado na zona limítrofe de dois municípios receber dois carnês de IPTU, qual deve ser pago? Nesse caso, saiba que o contribuinte pode consignar o pagamento em juízo, livrando-se da dívida, e deixando entre os municípios a discussão para que verifiquem a quem cabe o crédito depositado. As decisões definitivas, seja em âmbito administrativo ou judicial, quando julgam que o crédito tributário é indevido, geram a sua extinção definitiva. Enquanto que as medidasliminares ape- nas suspendem a exigibilidade dos tributos, as decisões extinguem efetivamente os respectivos créditos. A dação em pagamento em bens imóveis é uma hipótese de extinção do crédito tributário por meio da qual o Fisco aceita receber um bem imóvel como forma de pagamento de um tributo. Entenda, porém, que essa é uma modalidade excepcional de extinção do crédito tributário e depende de prévia previsão em lei. 4.2.3 Hipóteses de exclusão do crédito tributário A exclusão do crédito tributário ocorre apenas em duas situações, conforme você pode constatar na imagem seguinte. Hipóteses de Exclusão do Crédito Tributário Isenção Anistia Figura 5 – São duas as hipóteses de exclusão do crédito tributário. Fonte: Elaborada pelo autor, 2015, com base no artigo 175 do Código Tributário Nacional. A isenção incide sobre os tributos. Já a anistia recai exclusivamente sobre as penalidades pecuniá- rias, ou seja, as multas. Essa distinção básica entre as duas hipóteses de exclusão do crédito tribu- tário são fundamentais, embora tanto a isenção quanto a anistia dependam de lei que as conceda. 15 A isenção é uma hipótese que não exclui a obrigação tributária, mas apenas o crédito, isto é, o dever de o contribuinte pagar o tributo decorrente do fato gerador praticado ao Fisco. Por exem- plo: se determinado município deseja incentivar a instalação de empresas no seu território, pode conceder a isenção de IPTU àquelas que preencherem certos requisitos, como a contratação de, no mínimo, dez funcionários. Nesse caso, veja que o fato gerador do IPTU será praticado pela empresa que se tornar proprietária de imóvel urbano, mas o crédito tributário não será gerado devido à isenção. Toda isenção tributária deve estar prevista em lei. Entenda que não há hipótese de isenção tributária fora da lei, nem mesmo na Constituição Federal. A anistia, por sua vez, presta-se a excluir penalidades pecuniárias decorrentes de infrações co- metidas antes do início da vigência que a tenha concedido. Ela não se aplica, no entanto (art. 180 do CTN): • aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; • salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. Quando uma prefeitura municipal oferece aos contribuintes a possibilidade pagar tributos muni- cipais atrasados com “perdão” da multa, nada mais está fazendo do que aplicando uma anistia. Para isso, no entanto, é fundamental que tenha sido aprovada previamente uma lei. Veja, por fim, que a anistia não elimina o dever de pagamento dos juros moratórios nem da correção monetária. 4.2.4 Isenções e imunidades tributárias As isenções e as imunidades tributárias são hipóteses que não se confundem. Além disso, são várias as razões que as distinguem. A primeira delas diz respeito à sua previsão normativa. As imunidades estão previstas, tão somente, na Constituição Federal de 1988. Já as isenções estão todas previstas em leis, não havendo nenhuma isenção prevista na Constituição Federal. Eduardo Sabbag (2009, p. 243), no mesmo sentido, ensina que “enquanto a norma imunizante revela uma dispensa constitucional de tributo, a regra isentiva indica uma dispensa legal”. Eduardo Sabbag é doutor em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e professor de Direito Tributário em cursos de pós-graduação. É autor de várias obras, como Manual de Direito Tributário, Manual de português jurídico, Prática tributária, entre outras. VOCÊ O CONHECE? Outra diferença fundamental entre a imunidade e a isenção diz respeito à sua natureza. A imu- nidade é uma hipótese de não exercício da competência tributária. Se a Constituição tornou imune de impostos os templos de qualquer culto, significa que eles não podem ser tributados por nenhum ente federativo em relação aos impostos previstos na Constituição. Essa é uma veda- ção válida sem limitação de tempo. Já a isenção é apenas uma hipótese de exclusão do crédito tributário, conforme você estudou. A qualquer momento a lei que concede a isenção pode ser revogada. Neste caso, a isenção deixará de existir. Isso porque a isenção não impede o Fisco de exercer suas competências tributárias, diferentemente das imunidades. 16 Laureate- International Universities Direito Trabalhista e Tributário 4.3 Principais impostos Neste capítulo, você estudará alguns dos principais impostos brasileiros. Você sabe qual é a di- ferença entre IPTU e ITR? Essa é a primeira questão que veremos. Quando um imóvel é vendido, incide o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI). Mas e se houver uma doação? Há incidência de algum tributo? Qual? Você estudará o ITBI e o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) para compreender a inci- dência tributária em operações comuns no cotidiano imobiliário. Por fim, conhecerá o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), cobrado pelos municípios das pessoas prestadoras de serviços, hipótese que pode enquadrar o gestor de negócios imobiliários. 4.3.1 IPTU e ITR O IPTU é o Imposto Predial e Territorial Urbano. Já o ITR é o Imposto sobre a Propriedade Ter- ritorial Rural. Portanto, a regra distintiva básica entre os dois impostos é que um incide sobre a propriedade urbana e outro sobre a propriedade rural. Mas existem outras diferenças. O IPTU incide sobre o valor da terra (terreno) e também sobre as edificações eventualmente exis- tentes no local, ao passo que o ITR incide apenas sobre o valor da terra nua, sendo irrelevante a existência, ou não, de edificações. Além disso, o IPTU é de competência dos municípios, enquan- to que o ITR é de competência da União, ou seja, trata-se de um imposto federal. Mas como identificar se o imóvel está ou não situado na zona urbana do município, para fins de incidência do IPTU? O artigo 32 do Código Tributário Nacional prevê claramente as condições para essa aferição. Confira a seguir. Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. Sem as mencionadas condições, o proprietário do imóvel não poderá ser considerado contribuin- te do IPTU, embora possa sofrer a cobrança do ITR. É importante salientar, por fim, que a falta de pagamento do IPTU pode ensejar a perda da propriedade, por meio de ação de execução fiscal, caso o contribuinte não tenha outros meios de pagar os créditos tributários. 17 NÃO DEIXE DE VER... O filme Casa de areia e névoa tem como pano de fundo a angústia de uma das per- sonagens (Kathy) que está prestes a perder seu imóvel em virtude de uma ação de exe- cução voltada à cobrança de tributos não pagos. O filme estádisponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=zHbZetIsQsA>. 4.3.2 ITBI e ITCMD O ITBI e o ITCMD são impostos que incidem sobre a transmissão da propriedade imobiliária. O primeiro deles significa Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI) e direitos a eles relativos, enquanto que o último significa Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) de quaisquer bens ou direitos. O ITBI é de competência do município e depende da situação do bem. Ele incide sobre a trans- missão entre pessoas vivas (inter vivos) de bens imóveis e de direitos reais sobre bens imóveis. A alíquota do ITBI é fixada pelo município competente para sua instituição, sempre por lei. Con- tudo, e se a transmissão da propriedade não for realizada por ato oneroso entre vivos, mas por doação ou por herança? Nesse caso haverá incidência do ITCMD. O ITCMD é de competência dos estados. Seu fato gerador é a transmissão da propriedade de bens imóveis por causa de morte ou doação. É o imposto incidente sobre a herança e as doações em geral. Fique atento, pois tanto o ITBI como o ITCMD podem ser instituídos e cobrados pelo Distrito Federal, por expressa previsão constitucional. 4.3.3 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) O ISS é o tributo devido por todos os prestadores de serviços. Dependendo da forma por meio da qual o gestor de negócios imobiliários trabalhar, terá de pagar o ISS, que é um imposto de competência municipal. Entenda que, como regra, a prestação do serviço considera-se efetivamente realizada no local do estabelecimento do prestador do serviço ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador. Portanto, antes de iniciar suas atividades profissionais, você deverá se dirigir ao setor competente no seu município, para obter uma prévia autorização de exercício laborativo, bem como para se inscrever como contribuinte do ISS. 4.4 Contribuições sociais Neste tópico, você estudará as contribuições sociais. Você sabe quais tributos estão incluídos nessa espécie tributária? Primeiramente, conhecerá as contribuições sociais propriamente ditas, como a contribuição previdenciária. Você também aprenderá sobre outras contribuições sociais, como a de interesse das categorias profissionais e econômicas e as de intervenção no domínio econômico. Nesse contexto, você sabe dizer qual é a natureza da anuidade paga aos conselhos de classe? Fique atento, pois exa- minaremos tais questões nas próximas páginas. 18 Laureate- International Universities Direito Trabalhista e Tributário 4.4.1 Contribuições sociais propriamente ditas As contribuições sociais propriamente ditas são um conjunto de tributos instituídos e cobrados pela União, para a manutenção da Seguridade Social, que é composta conforme mostra a figura a seguir. Seguridade Social Previdência Social Assistência Social Saúde Figura 6 – A Seguridade Social resulta de um conjunto formado pelos serviços públicos de Previdência Social, Assistência Social e Saúde. Fonte: Elaborada pelo autor, 2015. A contribuição social mais conhecida é a previdenciária, que incide sobre os salários dos traba- lhadores. Esse é o “desconto” mensal que você suporta ao receber seu salário e que muitos cha- mam de INSS. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é apenas a autarquia que administra as questões previdenciárias brasileiras. Portanto, lembre-se: o que você paga todos os meses, e automaticamente repassado pelo seu empregador à União, é uma contribuição previdenciária. Essa contribuição, aliás, não é sobrada apenas do empregado. O empregador também tem de pagá-la. É a denominada quota patronal da contribuição previdenciária. O Ministério da Previdência Social publicou um compêndio de estudos sobre o fi- nanciamento da Previdência Social que aborda alternativas e perspectivas para o sistema. Ele está disponível no link: <http://www.previdencia.gov.br/arquivos/offi- ce/3_081014-111400-183.pdf>. NÃO DEIXE DE LER... É essa contribuição previdenciária que custeia os benefícios previdenciários dos trabalhadores, como auxílio-doença, pensão por morte, auxílio-reclusão, aposentaria etc. 19 Figura 7 – As contribuições previdenciárias servem ao custeio de vários benefícios da Seguridade Social, como a aposentadoria. Fonte: Shutterstock, 2015. Além da contribuição previdenciária, existem outras contribuições sociais, como a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade So- cial (Cofins). 4.4.2 Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas No grupo das contribuições sociais, também existem as chamadas contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Estas são destinadas ao custeio de entidades sindicais ou aos órgãos de classe de determinadas profissões. A anuidade cobrada dos corretores de imóveis pelos respectivos conselhos regionais é um exemplo de contribuição dessa natureza. Tais contri- buições servem para a manutenção da entidade. 4.4.3 Contribuições de intervenção no domínio econômico Há, por fim, outras espécies de contribuições. São as de intervenção no domínio econômico. Por meio delas, o Poder Público visa, mais do que arrecadar dinheiro para os cofres públicos, intervir na economia brasileira, regulando determinados setores, sempre que necessário. Em exemplo de contribuição de intervenção no domínio econômico é a que incide sobre com- bustíveis. É a chamada de CIDE-Combustíveis. Por meio dela a União consegue evitar que a economia suporte direta e imediatamente efeitos externos da variação do petróleo, reduzindo ou aumentando a contribuição conforme a necessidade. 20 Laureate- International Universities Síntese Neste capítulo, você: • aprendeu quais são as etapas para que uma pessoa se torne devedora de um tributo ou, tecnicamente, para que se torne sujeito passivo tributário; • estudou que o Estado é o sujeito ativo da relação tributária, ao passo que o contribuinte é o sujeito passivo; • compreendeu que o crédito tributário somente é constituído após um procedimento administrativo, chamado lançamento; • conheceu as hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, que são: a moratória, o parcelamento, o depósito do seu montante integral, as reclamações e os recursos administrativos, as liminares judiciais; • aprendeu as hipóteses de extinção do crédito tributário, as quais são: o pagamento, a compensação, a transação, a remissão, a prescrição, a decadência, a conversão de depósito em renda, o pagamento antecipado e a homologação do lançamento, a consignação em pagamento, as decisões administrativas e judiciais definitivas e a dação em pagamento em bens imóveis; • estudou as hipóteses de exclusão do crédito tributário, que são: a isenção e a anistia; • conheceu as diferenças entre as hipóteses de isenção e de imunidade tributária; • identificou os principais impostos incidentes sobre a atividade imobiliária, como o IPTU, o ITR, o ITBI, o ITCMD e o ISS; • estudou as contribuições sociais, que se dividem em três grupos: contribuições sociais propriamente ditas, contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas e contribuições de intervenção no domínio econômico. 2121 Referências BRASIL. Ministério da Previdência Social. Base de financiamento da previdência social: alter- nativas e perspectivas. Brasília, DF: MPS, 2003. ______. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado. htm>. Acesso em: 28 mar. 2015. ______. Presidência da República. Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>.Acesso em: 28 mar. 2015. CASA de areia e névoa. Direção de Vadim Perelman. Estados Unidos: [S. n.], 2003. 1 DVD (126 min), color. SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. SOUZA, Daniel Barbosa Lima Faria-Corrêa de. Crédito tributário: definição e caracte- rísticas. 6 jun. 2009. Disponível em: <http://www.esdm.com.br/include%5Cdownload. asp?file=artigos%5CCR%C9DITO%20TRIBUT%C1RIO.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. 22 Laureate- International Universities Direito Trabalhista e Tributário MINICURRÍCULO DO AUTOR Guilherme Aparecido da Rocha. Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Bauru (Ins- tituição Toledo de Ensino – ITE). Pós-graduado em Direito Civil, Processual Civil e do Trabalho pela ITE. Pós-graduado em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professor Universitário da IERT (Instituições de Ensino Reunidas Tietê). Professor de vários cursos de Direito nas áreas pública e privada. Autor do livro “Exame de Ordem Resolvido: Ética Profissional”. Coordenador da coleção “Exame de Ordem Resolvido”. Procurador da Câmara Municipal de Jahu/SP. Advogado. Currículo lattes: <http://lattes.cnpq.br/5444414523142287>. 23
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