Buscar

ANALISE DE DESEMPENHO BASEADA EM PROVAS DE CARGA ESTATICA EM TUBULOES, ESTUDO DE CASO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Análise de Desempenho Baseada em Provas de Carga Estática em 
Tubulões: Estudo de Caso 
 
Vinícius Resende Domingues 
Centro Universitário de Brasília, Brasília, Brasil, vinicius.rdomingues@gmail.com 
 
Neusa Maria Bezerra Mota 
Centro Universitário de Brasília, Brasília, Brasil, neusamota@bmsengenharia.com.br 
 
RESUMO: A Engenharia de Fundações recentemente deparou-se com a atualização da norma NBR 
6122/2010 - Projeto e Execução de Fundações – e com a inclusão do item 9 que relata as condições 
para determinação do “desempenho” das fundações. O estudo compreende a avaliação de 7 (sete) 
edifícios em um empreendimento residencial, localizado em Águas Claras/DF, executado em tubulão. 
As fundações supracitadas foram submetidas ao total de 12 (doze) ensaios de prova de carga 
estática, realizados conjuntamente a execução dos elementos de fundação no início da obra. A área 
em estudo compreende aproximadamente 50.000 m² e foi submetida a 41 furos de sondagem que 
permitiram uma investigação satisfatória do subsolo. Segundo os critérios previstos pela norma de 
Projeto e Execução de Fundações, as fundações apresentaram desempenho satisfatório e estimativa 
de carga de ruptura obtida pelo método de Van der Veen. Com isso, a pesquisa demonstra o estudo 
de caso de um empreendimento de porte relevante, executado em tubulão, que obteve desempenho 
satisfatório mediante as preposições da NBR 6122/2010. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Desempenho, Fundação, Tubulão. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Engenharia Civil busca soluções que possam 
atender às necessidades humanas por meio da 
inserção de construções no meio ambiente. As 
estruturas existentes, em geral, recebem um 
fluxo diário de pessoas que necessitam de tal 
espaço para praticar suas funções cotidianas. No 
caso dos engenheiros há a necessidade de dar 
confiabilidade a obra para assegurar as pessoas 
que irão utilizar o espaço. 
 A norma NBR 6122/2010 – Projeto e 
Execução de Fundações – prevê que a 
determinação do desempenho dos elementos de 
fundação faz parte da função do profissional 
responsável pela subestrutura da obra. Segundo 
a norma, para correta verificação do 
desempenho das referidas fundações, o solo de 
apoio deve ser aprovado por engenheiro antes 
da concretagem. 
 Neste enfoque, o estudo relata análises de 
desempenho baseadas em provas de carga 
estática (PCE) realizadas em tubulão. O critério 
de ruptura adotado, para os elementos de 
fundação, que não apresentaram carga última 
evidente no carregamento ensaiado, foi o 
método de Van der Veen. 
 
 
2 NORMA ABNT-NBR-6122/2010 
 
A partir do dia 20 de outubro de 2010 entrou 
em vigor a nova norma “Projeto e Execução de 
Fundações”, ABNT-NBR-6122/2010. Essa 
norma tem o intuito de adequar as atuais 
atividades relacionadas a projetos e execução de 
fundações que careciam de revisão perante o 
que era regido pela NBR 6122/96. Dentre as 
alterações previstas pode-se ressaltar: o 
acréscimo de um novo item referente ao 
desempenho das fundações e a possibilidade de 
redução dos fatores de segurança de acordo 
com a quantidade de sondagens e provas de 
cargas executadas a priori na obra. No caso da 
obra em estudo, as provas de carga foram 
realizadas com intuito de projetar a 
subestrutura, portanto, os dados obtidos em 
campo permitiram uma redução no fator de 
segurança e deram confiabilidade a estrutura 
proposta. 
 
 
3 PROVA DE CARGA ESTÁTICA 
 
A prova de carga estática, regida pela norma 
NBR 12.131, é um ensaio adotado para se 
avaliar a capacidade de carga de uma estaca ou 
tubulão. O processo consiste, basicamente, em 
aplicar esforços estáticos crescentes à estaca e 
registrar os deslocamentos correspondentes, 
segundo metodologia definida na norma 
brasileira NBR 12.131/92. Os esforços aplicados 
podem ser axiais de tração ou compressão, ou 
transversais. 
A capacidade de carga do elemento de 
fundação é retratada quando ocorrer ruptura 
nítida caracterizada por deformações 
continuadas sem novos acréscimos de carga. Em 
cada estágio, a carga é mantida até a 
estabilização dos deslocamentos ou, no mínimo, 
por 30 minutos. A estabilização dos 
deslocamentos ocorre quando em duas leituras 
consecutivas o recalque não excede 5% do 
recalque total observado no mesmo estágio de 
carregamento (ABNT NBR 12131, 2006). 
Caso o elemento de fundação não indique 
uma ruptura clara, deve-se extrapolar a curva 
carga-recalque para se avaliar a carga de 
ruptura. O descarregamento, sempre que o 
ensaio não atinge a ruptura, é iniciado depois de 
decorridas 12 horas de manutenção da carga 
máxima aplicada. Para este procedimento, a 
ABNT NBR 12131:2006 recomenda que sejam 
realizados pelos menos quatro estágios de 
descarregamento. 
A Figura 1 apresenta a montagem do ensaio 
de prova de carga estática no empreendimento 
em estudo. 
 
 
Figura 1. Montagem da prova de carga estática. 
3.1 Método de Van der Veen 
 
O método de Van der Veen (1953) é um dos 
mais utilizados no Brasil e determina a carga 
última através de soluções matemáticas. Este 
método foi utilizado na pesquisa para prever a 
carga última dos tubulões submetidos a prova de 
carga estática. A metodologia é embasada nas 
equações 1 e 2. 
 
 (1) 
 
 
(2) 
 
 
Onde: 
P = carga aplicada; 
Púlt = carga última; e 
 ρ = recalque correspondente à carga 
aplicada. 
 
Van der Veen propõe a obtenção da carga 
última arbitrando-se diversos valores de carga 
última, até que o gráfico “-ln(1-P/Púlt) x ρ” seja 
uma reta. 
 
 
4 CARACTERIZAÇÃO DA OBRA 
 
O empreendimento situa-se em Águas Claras – 
DF em um lote de aproximadamente 65.000 m². 
A obra compreende 17 (dezessete) torres 
residenciais e área de lazer, sendo que cada 
bloco apresenta 29 (vinte e nove) pavimentos 
com 2 (dois) subsolos, 1 (um) térreo, 25 (vinte e 
cinco) pavimentos tipo e 1 (uma) cobertura. 
 A presente pesquisa irá avaliar o desempenho 
de 7 (sete) edifícios desse empreendimento. 
Dentre os Blocos em estudo, foram realizadas 
12 (doze) provas de carga estática (PCE), 
correspondentes a 1ª e 2ª fase do 
empreendimento. 
 As fundações dessas torres, executadas em 
tubulão, tem diâmetro do fuste de 0,60m e uma 
variação no diâmetro da base. Os elementos de 
fundação correspondentes da PC1 a PC6 
apresentam diâmetro da base de 1,20m enquanto 
os da PC7 a PC12 é de 1,30m. Com relação à 
profundidade, a variação acontece da seguinte 
forma: 8,0m na PC1, 15,30m na PC2, 12,60m 
na PC3, 10,10m na PC4, 14,40m na PC5, 
16,10m na PC6, 10,10m na PC7, 8,90m na PC8, 
8,70m na PC9, 9,10m na PC10, 9,50m na PC11 
e 8,90m na PC12. A altura da base é de 0,70m 
para todas as subestruturas. 
 Os blocos de coroamento dos tubulões das 
provas de cargas PC1 a PC6, correspondentes a 
primeira fase do empreendimento, medem 
0,90m x 0,90m e 0,75m de altura. Já os blocos 
representados pelas provas de carga PC7 a 
PC12, ensaiados na segunda fase, medem 0,95m 
x 0,95m x 0,75m de altura. 
 
5 PERFIL GEOTECNICO 
 
O perfil geotécnico do terreno que será 
implantado a obra apresenta os horizontes 
estratigráficos divididos, sequencialmente, da 
seguinte forma: argila arenosa vermelha, silte 
arenoso variegado, silte argiloso variegado, 
arenito, siltito e quartzito (rocha sã). O nível 
d’água (NA) foi encontrado em uma 
profundidade média de 13 metros. Para 
possibilitar melhor visualização foirealizada 
uma extrapolação do nível d’água (Figura 3) e 
exposto um mapa de implantação do 
empreendimento (Figura 2) delimitando a área 
em estudo. As Figuras 3 e 4 apresentam 
modelos estratigráficos gerados através do 
software Rockworks. 
 
 
Figura 2. Mapa de implantação do empreendimento 
(PENINSULA LAZER & URBANISMO, 2014). 
 
 
Figura 3. Vista superior com identificação dos blocos 
 
 
Figura 4. Vista superior Sudoeste 
 
 
6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS 
RESULTADOS 
 
O empreendimento sujeito a análise de 
desempenho apresentou a avaliação dos ensaios 
de prova de carga estática (PCE), executadas no 
tipo lento, em tubulão. Além disso, destaca-se 
que o método de Van der Veen constitui apenas 
uma estimativa cabendo ao projetista definir se 
nestes casos ele seria ou não aceitável como 
referência. 
 Os tubulões foram ensaiados sem a 
escavação do fuste, sendo necessário considerar 
que nos resultados apresentados, há uma 
considerável contribuição da parcela do atrito 
lateral. Para auxiliar o projetista neste sentido, 
foram instrumentados três tubulões (Blocos E, F 
e G) com strain gages, para obtenção da 
transferência de carga e parcela do atrito lateral. 
 
6.1 Bloco A (PC3) 
 
O tubulão ensaiado na PC3 tem diâmetro do 
fuste de 0,60m, diâmetro da base de 1,20m, 
altura da base de 0,70m e profundidade de 
12,60m. A Figura 5 apresenta os resultados da 
prova de carga em termos do recalque último 
medido em função da carga aplicada. Nesta 
figura observam-se, de modo aproximado, duas 
mudanças de comportamento para o tubulão. A 
primeira referente à carga de 900 kN (91,7 tf) 
que indica o ponto onde o conjunto bloco de 
coroamento+fuste+base começa a trabalhar 
conjuntamente, e a segunda a 1470 kN (149,8 
tf) que indica o início de possíveis deformações 
plásticas na interação solo-estaca ensaiada. 
Na Figura 5 observa-se que para a carga de 
1785,3 kN (182,1 tf) tem-se dois pontos de 
recalque, o primeiro referente ao tempo de 
estabilização da carga, e o segundo ponto 
referente ao recalque total do estágio, após 12 
horas em carga. 
O tubulão apresentou recalque final de 8,27 
mm. Para a carga de trabalho que é de 981 kN 
(100 tf) o valor do recalque obtido foi de 1,44 
mm. 
 
 
Figura 5. Curva carga x recalque com carga em escala 
logarítmica. 
 
A Figura 6 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura obtida pelo 
Método de Van der Veen. O valor estimado 
para a capacidade de carga do tubulão foi de 
1800 kN (183,6 tf). 
 
 
Figura 6. Resultado segundo Método de Van der Veen. 
6.2 Bloco B (PC2/PC5) 
 
O tubulão ensaiado na PC2 tem diâmetro do 
fuste de 0,60m, diâmetro da base de 1,20m, 
altura da base de 0,70m e profundidade de 
15,30m. O tubulão ensaiado na PC5, por sua 
vez, tem diâmetro do fuste de 0,60m, diâmetro 
da base de 1,20m, altura da base de 0,70m e 
profundidade de 14,40m. A Figura 7 apresenta o 
recalque imediato acumulado em função da 
carga aplicada. Nesta figura, observam-se, de 
modo aproximado, duas mudanças de 
comportamento para cada tubulão. Para o 
tubulão da PC2 a primeira alteração é referente 
à carga de 500 kN (51,0 tf) que indica o ponto 
onde o conjunto bloco de 
coroamento+fuste+base começa a trabalhar 
conjuntamente, e a segunda a 1120 kN (114,2 
tf) que indica o início de possíveis deformações 
plásticas na interação solo-estaca ensaiada. Com 
relação ao tubulão da PC5, a primeira mudança 
é referente à carga de 680 kN (69,3 tf) que 
indica o ponto onde o conjunto bloco de 
coroamento+fuste+base começa a trabalhar 
conjuntamente, e a segunda a 1320 kN (134,6 
tf) que indica o início de possíveis deformações 
plásticas na interação solo-estaca ensaiada. 
 
 
Figura 7. Curva carga x recalque com carga em escala 
logarítmica – PC2 e PC5. 
 
Os tubulões da PC2 e da PC5 apresentaram, 
respectivamente, recalque final de 4,08 mm e 
6,29 mm. Para a carga de trabalho que é de 981 
kN (100 tf) o valor do recalque obtido foi de 
1,19 mm para o tubulão da PC2 e 1,37 mm para 
o elemento de fundação da PC5. 
A Figura 8 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC2, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 2450 kN (249,7 tf). 
 
 
Figura 8. Resultado segundo Método de Van der Veen 
 
A Figura 9 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC5, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 2450 kN (249,7 tf). 
 
 
Figura 9. Resultado segundo Método de Van der Veen 
 
6.3 Bloco C (PC1/PC6) 
 
O tubulão ensaiado na PC1 tem diâmetro do 
fuste de 0,60m, diâmetro da base de 1,20m, 
altura da base de 0,70m e profundidade de 
8,00m. O tubulão ensaiado na PC6, por sua vez, 
tem diâmetro do fuste de 0,60m, diâmetro da 
base de 1,20m, altura da base de 0,70m e 
profundidade de 16,10m. A Figura 10 apresenta 
os resultados da prova de carga em termos do 
recalque último medido em função da carga 
aplicada. Neste ensaio, inicialmente trabalha-se 
o conjunto bloco de coroamento+fuste+base até 
o patamar de aproximadamente 1450,0 kN 
(147,8 tf) a partir do qual se indica o início de 
possíveis deformações plásticas na interação 
solo - tubulão. Com relação ao tubulão da PC6, 
apresentou-se duas mudanças. A primeira 
referente à carga de 925 kN (94,3 tf) que indica 
o ponto onde o conjunto bloco de 
coroamento+fuste+base começa a trabalhar 
conjuntamente, e a segunda a 1490 kN (151,9 
tf) que indica o início de possíveis deformações 
plásticas na interação solo-estaca ensaiada. 
 
 
 
Figura 10. Curva carga x recalque com carga em escala 
logarítmica – PC1 e PC6. 
 
Os tubulões da PC1 e da PC6 apresentaram, 
respectivamente, recalque final de 4,62 mm e 
5,20 mm. Para a carga de trabalho que é de 981 
kN (100 tf) o valor do recalque obtido foi de 
1,85 mm para o tubulão da PC1 e 1,41 mm para 
o elemento de fundação da PC6. 
A Figura 11 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC1, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 3200 kN (326,2 tf). 
 
 
Figura 11. Resultado segundo Método de Van der Veen. 
 
A Figura 12 apresenta o resultado da 
estimativa de carga apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC6, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 2150 kN (219,2 tf). 
 
 
Figura 12. Resultado segundo Método de Van der Veen 
 
6.4 Bloco D (PC4) 
 
O tubulão ensaiado na PC4 tem diâmetro do 
fuste de 0,60m, diâmetro da base de 1,20m, 
altura da base de 0,70m e profundidade de 
10,10m. A Figura 10 apresenta os resultados da 
prova de carga em termos do recalque último 
medido em função da carga aplicada. Nesta 
figura observam-se, de modo aproximado, duas 
mudanças de comportamento para o tubulão. A 
primeira referente à carga de 1050 kN (107,0 tf) 
que indica o ponto onde o conjunto bloco de 
coroamento+fuste+base começa a trabalhar 
conjuntamente, e a segunda a 1450 kN (147,8 
tf) que indica o início de possíveis deformações 
plásticas na interação solo-estaca ensaiada. 
Na Figura 13 observa-se que para a carga de 
1964,5 kN (200,3 tf) tem-se dois pontos de 
recalque, o primeiro referente ao tempo de 
estabilização da carga, e o segundo ponto 
referente ao recalque total do estágio, após 12 
horas em carga. 
O tubulãoapresentou recalque final de 12,80 
mm. Para a carga de trabalho que é de 981 kN 
(100 tf) o valor do recalque obtido foi de 2,25 
mm. 
 
 
 
Figura 13. Curva carga x recalque com carga em escala 
logarítmica. 
 
A Figura 14, a seguir, apresenta o resultado 
da estimativa de carga de ruptura obtida pelo 
Método de Van der Veen. O valor estimado 
para a capacidade de carga do tubulão foi de 
2100 kN (214,1 tf). 
 
 
Figura 14. Resultado segundo Método de Van der Veen. 
 
6.5 Bloco E (PC7/PC8) 
 
O tubulão ensaiado na PC7 tem diâmetro do 
fuste de 0,60m, diâmetro da base de 1,30m, 
altura da base de 0,70m e profundidade de 
10,10m. O tubulão ensaiado na PC8, por sua 
vez, tem diâmetro do fuste de 0,60m, diâmetro 
da base de 1,30m, altura da base de 0,70m e 
profundidade de 8,90m. A Figura 15 apresenta 
os resultados da prova de carga em termos do 
recalque último medido em função da carga 
aplicada. Para o tubulão da PC7 na carga de 900 
kN (91,8 tf) e para o tubulão da PC8 na carga 
de 1100 kN (112,2 tf) o conjunto bloco de 
coroamento+fuste+base começam a trabalhar 
conjuntamente. Segue-se este comportamento 
da PC7 até a carga de 1400 kN (142,8 tf) onde 
se inicia uma fase de plastificação na curva. 
 
 
Figura 15. Curva carga x recalque com carga em escala 
logarítmica – PC1 e PC6. 
 
Os tubulões da PC1 e da PC6 apresentaram, 
respectivamente, recalque final de 4,62 mm e 
5,20 mm. Para a carga de trabalho que é de 981 
kN (100 tf) o valor do recalque obtido foi de 
1,85 mm para o tubulão da PC1 e 1,41 mm para 
o elemento de fundação da PC6. 
A Figura 16 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC1, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 3200 kN (326,2 tf). 
 
 
Figura 16. Resultado segundo Método de Van der Veen. 
 
A Figura 17 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC6, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 2150 kN (219,2 tf). 
 
 
Figura 17. Resultado segundo Método de Van der Veen. 
 
 A Figura 18 apresenta os resultados obtidos 
para a prova de carga realizada no Bloco E. 
 
 
Figura 18. Transferência de carga ao longo do fuste e da 
base (Bloco E) 
 
 Através da análise da transferência de carga, 
apresentada acima, observa-se que o 
carregamento total foi de 1991,7 kN (203,1 tf) 
transferindo ao fuste instrumentado uma carga 
máxima de 1496,0 kN (152,5 tf) equivalente a 
76,2%. A carga medida na profundidade de 
9,6m foi de 467,0 kN (47,6 tf) equivalente a 
23,8%. Houve mobilização da base do tubulão a 
partir do primeiro carregamento (199,1 kN ou 
20,3 tf) sendo os valores da ordem de 14 kN 
(1,4 tf) equivalente a 7,0%, atingindo o valor 
máximo de 23,8% no último estágio. 
 
6.6 Bloco F (PC9/PC10) 
 
O tubulão ensaiado na PC9 tem diâmetro do 
fuste de 0,60m, diâmetro da base de 1,30m, 
altura da base de 0,70m e profundidade de 
8,70m. O tubulão ensaiado na PC10, por sua 
vez, tem diâmetro do fuste de 0,60m, diâmetro 
da base de 1,30m, altura da base de 0,70m e 
profundidade de 9,10m. A Figura 19 apresenta 
os resultados da prova de carga em termos do 
recalque último medido em função da carga 
aplicada. Para o tubulão da PC9 na carga de 
1100 kN (112,2 tf) e para o tubulão da PC10 na 
carga de 1300 kN (132,6 tf) o conjunto bloco de 
coroamento+fuste+base começam a trabalhar 
conjuntamente. 
 
 
Figura 19. Curva carga x recalque com carga em escala 
logarítmica – PC9 e PC10. 
 
A Figura 20 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC9, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 3000 kN (305,8 tf). 
 
 
Figura 20. Resultado segundo Método de Van der Veen. 
 
A Figura 21 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC10, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 3200 kN (326,2 tf). 
 
 
Figura 21. Resultado segundo Método de Van der Veen. 
 
 Os resultados obtidos por meio da 
instrumentação, no Bloco F, estão apresentados 
na Figura 22. 
 
 
Figura 22. Transferência de carga ao longo do fuste e da 
base (Bloco F) 
 
 Através da análise da Figura 22, nota-se que 
o carregamento total foi de 1991,7 kN (203,1 tf) 
foi transferido ao fuste instrumentado uma carga 
máxima de 917,0 kN (93,5 tf) equivalente a 
46,0%. A carga medida na profundidade de 8,2 
m foi de 1075,0 kN (109,6 tf) equivalente a 
54,0%. Houve mobilização da base do tubulão a 
partir do primeiro carregamento (204,9 kN ou 
20,9 tf) sendo os valores da ordem de 26 kN 
(2,7tf) equivalente a 12,6%, atingindo o valor 
máximo de 54,4% na carga de 1184 kN (120,7 
tf). 
 
6.7 Bloco G (PC11/PC12) 
 
O tubulão ensaiado na PC11 tem diâmetro do 
fuste de 0,60m, diâmetro da base de 1,30m, 
altura da base de 0,70m e profundidade de 
9,50m. O tubulão ensaiado na PC12, por sua 
vez, tem diâmetro do fuste de 0,60m, diâmetro 
da base de 1,30m, altura da base de 0,70m e 
profundidade de 8,90m. A Figura 23 apresenta 
os resultados da prova de carga em termos do 
recalque último medido em função da carga 
aplicada. Para o tubulão da PC11 na carga de 
900 kN (91,8 tf) e para o tubulão da PC12 na 
carga de 850 kN (86,7 tf) o conjunto bloco de 
coroamento+fuste+base começam a trabalhar 
conjuntamente. Segue-se este comportamento 
da PC12 até a carga de 1500 kN (152,9 tf) 
aonde se inicia uma fase de plastificação na 
curva. 
 
 
Figura 23. Curva carga x recalque com carga em escala 
logarítmica – PC11 e PC12. 
 
Os tubulões da PC11 e da PC12 
apresentaram, respectivamente, recalque final de 
6,53 mm e 11,47 mm. 
A Figura 24 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC11, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 2500 kN (254,9 tf). 
 
 
Figura 24. Resultado segundo Método de Van der Veen. 
 
A Figura 25 apresenta o resultado da 
estimativa de carga de ruptura, do tubulão da 
PC12, obtida pelo Método de Van der Veen. O 
valor estimado para a capacidade de carga do 
tubulão foi de 2300 kN (234,5 tf). 
 
 
Figura 25. Resultado segundo Método de Van der Veen. 
 
 Por fim, a instrumentação do Bloco G é 
apresentada na Figura 26. 
 
 
Figura 26. Transferência de carga ao longo do fuste e da 
base (Bloco G) 
 
 O carregamento total foi de 1964,2 kN 
(200,3 tf) transferindo ao fuste instrumentado 
uma carga máxima de 722,0 kN (73,6 tf) 
equivalente a 36,8%. A carga medida na 
profundidade de 8,6 m foi de 1242,0 kN (126,6 
tf) equivalente a 63,2%. Houve mobilização da 
base do tubulão a partir do primeiro 
carregamento (204,0 kN ou 20,8 tf) sendo os 
valores da ordem de 48 kN (4,9 tf) equivalente a 
23,8%, atingindo o valor máximo de 63,2% no 
último estágio. 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os elementos de fundação estudados 
apresentaram fator de segurança maior ou igual 
a 2 com relação a carga de ruptura obtida na 
prova de carga estática e um recalque na carga 
de trabalho admissível pela estrutura. Com isso, 
sabendo que o processo executivo foi realizado 
segundo as recomendações da norma, as 
fundações apresentaram desempenho 
satisfatório. 
 Em resumo tem-se a Tabela 1 com os 
resultados referente ao desempenho das 
fundações, com a tensão admissível calculada 
semdescontar a parcela de atrito lateral. 
 
Tabela 1. Resumo dos resultados obtidos nas provas de 
carga estáticas. 
 
 
 No geral os tubulões apresentaram 
desempenho acima do esperado. De qualquer 
forma, ressalta-se que, para a realização do 
ensaio, o fuste não foi desconfiando, assim a 
maior parte das cargas foram absorvidas por 
atrito lateral conforme pode-se observar nas 
instrumentações dos Blocos E, F e G. 
 Conclui-se ainda que as provas de carga 
estáticas realizadas a priori fornecem segurança 
ao projetista, além de possibilitar a redução do 
fator de segurança previsto na norma NBR 
6122/2010. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a todos os colegas e professores que 
contribuíram para o desenvolvimento dessa 
pesquisa, em especial a Professora Neusa Mota 
e ao Engenheiro Henrique Leoni. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT NBR 12131 (2006). Estaca – Prova de carga 
estática – Método de ensaio: NBR 12131, Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro. 
ABNT NBR 6122 (2010). Projeto e execução de 
fundações, Associação Brasileira de Normas 
Técnicas, Rio de Janeiro. 
Peninsula Lazer & Urbanismo (2014) Acesso em 10 de 
Março de 2014, disponível em 
http://www.peninsulalazer.com.br/principal/OProjeto 
Van der Veen, C. (1953) The bearing capacity of pile, 
3rd International Conference on Soil Mechanics and 
Foundation Engineering, Zurique, Suíça.

Outros materiais