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INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS ARACAJU COORDENADORIA DE ALIMENTOS Anne Karoliny de Oliveira Silva Flávia Evanny Fraga de Jesus Karen Milleny Teixeira Leite Liliane dos Santos Cruz Maria Daniella Moura da Silva Vanessa Helen da Conceição Bastos PRODUÇÃO DE DOCE EM MASSA SABOR BANANA Drª Julianna Freire de Souza (Professora) Aracaju Março de 2018 2 1. INTRODUÇÃO Doce em massa ou doce em pasta é o produto que resulta do cozimento da fruta até a consistência sólida. Em geral, os doces tomam designação específica de acordo com a fruta que lhe deu origem, como: bananada, goiabada, pessegada, etc. Para a preparação do doce, é necessária a geleificação da massa. Isto se consegue com açúcar, ácido e pectina, em proporções bem determinadas e em presença de calor. Este doce é uma maneira fácil e prática de conservar a fruta. (SILVA, 1997) A banana (Musa spp.) é uma das frutas mais consumidas no mundo, sendo produzida na maioria dos países tropicais. Ela não é um fruto, mas sim, um pseudofruto, onde o tubo floral desenvolve-se em conjunto com o ovário, durante a frutificação; comercialmente é chamada de fruta. As bananas possuem um formato alongado, uma coloração amarela ou vermelha e um sabor doce. Por ser um fruto partenocárpico, a banana não possui sementes, com exceção de uma espécie vendida no mercado indonésio, a Musa balbisiana. (EMBRAPA, 2006) Madura apresenta 19% de açucares e 1% de amido. O fruto é basicamente composto de: água (70%); proteína (1,2%); carboidrato rico em fósforo (27%), apresentando regular teor de cálcio, ferro, cobre, zinco, iodo, manganês e cobalto, vitamina A, tiamina, riboflavina, niacina e vitamina C (EMBRAPA, 2006) 2. OBJETIVO Produzir uma bananada de acordo com as normas da legislação brasileira e observar os possíveis defeitos que podem ocorrer. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais e equipamentos para a produção 1. Beckeres de diversos tamanhos 2. Colheres 3. Espátulas 4. Faca de aço inoxidável 5. Espátula de silicone 6. Panela de aço inoxidável 7. Termômetro 8. Forma pequena de pão 9. Plástico filme 3 10. Papel toalha 11. Pisseta 12. Etiquetas 13. Balança semi-analítica 14. Liquidificador 15. Refratômetro 16. Fogão 3.1.1 Reagentes 1. 6 bananas maduras 2. Ácido cítrico 3. Pectina cítrica 4. Água filtrada 5. Açúcar 3.1.2 Sensorial 1. Bananada 2. Água filtrada 3. Faca de aço inoxidável 4. Bandejas 5. Copos descartáveis 6. Guardanapos 7. Fichas 8. Canetas 3.2 Métodos 3.2.1 Produção do doce As 6 bananas foram descascadas manualmente, cortadas ao meio, colocadas em um béquer e pesadas na balança semi-analítica (350 g). Logo em seguida, pesou-se em três béqueres, separadamente, 175,726 g de açúcar cristal, 17,530 g de pectina e 1,447 g de ácido cítrico, na balança semi-analítica. Após todos os reagentes necessários terem sido pesados, as frutas foram colocadas no liquidificador, juntamente com 100 mL de água filtrada e o ácido cítrico, previamente pesado, foi batido até chegar ao ponto de uma mistura homogênea. A qual, foi colocada em uma panela de aço inoxidável, onde adicionou-se metade do açúcar e foi levada ao fogo. 4 Mexeu-se a mistura, com a ajuda de uma espátula de silicone, e foi observado sua temperatura, utilizando um termômetro. Ao chegar a temperatura de 65°C, adicionou-se o restante do açúcar e a pectina, continuou-se mexendo por 46 minutos até ser alcançado 62 °Brix, tendo obtido cor caramelo e textura pastosa. Posteriormente, o doce foi retirado do fogo e colocado em uma forma de pão, foi esperado um tempo para que ocorresse o resfriamento do mesmo, em seguida embalou-o com papel filme, foi devidamente identificada e armazenada em um ambiente limpo e seco. 3.2.2 Análise Sensorial Após 7 dias, o doce foi desembalado, cortado com o auxílio de uma faca em 20 pedaços de maneira uniforme e colocados em um guardanapo separadamente. Após isso, foram servidos juntamente com um copo de água. Aplicou-se a seguinte ficha para o teste de aceitação e intenção de compra em escala hedônica: Imagem 1 – Ficha de análise sensorial Nome: _____________________________________________ Data: ___/____/___ Você está recebendo uma amostra de bananada no qual você deverá avaliar a amostra de acordo com o pedido. Siga as escalas abaixo para avaliar a amostra no sentido sensorial e intenção de compra. 1 – Desgostei muitíssimo 1 - Certamente não compraria 2 – Desgostei muito 2 - Não compraria 3 – Desgostei moderadamente 3 - Possivelmente não compraria 4 – Desgostei ligeiramente 4 - Provavelmente não compraria 5 – Nem gostei/ nem desgostei 5 - Talvez compraria/ Talvez não compraria 6 – Gostei ligeiramente 6 - Provavelmente compraria 7 – Gostei moderadamente 7 - Possivelmente compraria 8 – Gostei muito 8 - Compraria 9 – Gostei muitíssimo 9 - Certamente compraria Cor ___ Aparência ___ Aroma___ Sabor ___ Textura ___ Impressão Global ___ Intenção de compra ___ Comentários:________________________________________________________________ ____ 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Custo da bananada Cálculo do valor gasto aproximado na produção da bananada foi a descrita abaixo: GA + GE + GG + MP + ER = Vb 0,21 + 0,72+ 0,26+ (2 + 3 + 0,35 + 0,38) + 2 = 8,92 Legenda: GA- Gasto com água GE- Gasto com energia GG- Gasto com gás MP- Matéria-prima (banana + pectina + açúcar + ácido cítrico) ER- Embalagem e rótulo Vb- Valor da bananada O produto final gerou um custo de R$ 8,92, sendo avaliados os gastos com água, energia, gás, matéria-prima, embalagem e rótulo durante 1 hora de produção total. Detendo-se na proximidade do valor e não em sua absolutividade. 4.2 Discussão da análise sensorial 4.2.1 Gráfico 1 – Médias dos parâmetros organolépticos e de aceitação analisados 6,4 6,6 6,8 7,0 7,2 7,4 7,6 7,8 8,0 8,2 7,1 7 7,4 7,5 8,2 7,9 7,5 Médias Médias Cor Aparência Odor Textura Sabor Avaliação Intenção 6 Com os dados obtidos atráves do teste com 20 provadores, é perceptível que a característica mais atrativa foi o sabor, com média de 8,2 e a menos atrativa, a aparência. Vale ressaltar a média de intenção de compra, que foi de 7,5, significando que esse produto teria uma boa aceitação no mercado 5. CONCLUSÃO Conclui- se que foi possível realizar a produção da bananada de acordo com as normas da legislação brasileira, observando os possíveis defeitos que poderiam ter ocorrido. 6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 6.1 (SILVA, 1997) SILVA, F. T. Manual de Produção artesanal de doce em massa. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CTAA, 1997. 12 p. (EMBRAPA-CTAA. Documentos, n. 18) 6.2 (EMBRAPA, 2006) A cultura da banana / Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. – 3. ed. rev. e amp. – Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2006. 110 p. : il. – (Coleção Plantar, 56).
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